“Não rejeites com o pé a canoa que te permitiu atravessar o rio.”
Provérbio Africano
Jornalismo com Opinião
“Não rejeites com o pé a canoa que te permitiu atravessar o rio.”
Provérbio Africano
O vereador e presidente mossoroense do partido Solidariedade, Soldado Jadson, declinou do convite – e cobrança – para ser candidato a deputado federal. Priorizou projeto político partidário local.
O Solidariedade – como este Blog noticiou em primeira mão (veja AQUI) – tinha planos para lançá-lo como candidato a deputado federal. Ideia era alimentar dobradinha na região de Mossoró com seu nome preferencial à Assembleia Legislativa, deputado Kelps Lima.
Até mesmo um representante nacional do Solidariedade interveio, cobrando a candidatura. Jadson estacou.
Ponderação
Nesta segunda-feira (30), o vereador pôs ponto final nas negociações. Foi acatada sua ponderação principal.
– Deixei claro que queria a liberdade para dar sequência à relação política com o Governo do prefeito Francisco José Júnior (PSD), organização e ampliação partidária – afirmou.
“Sendo candidato a deputado federal, quebraria compromissos com a administração, que abriu espaço ao partido e tem atendido nossos pleitos em questões relacionadas à mobilidade urbana, segurança, infra-estrutura e outras necessidades da população” – relatou.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dará sequência nessa terça-feira (1º de julho) – às 19h – à apreciação de matéria, em que o DEM pede o mandato do deputado federal Betinho Rosado (PP), por “infidelidade partidária”. O julgamento arrasta-se.
Na última terça-feira (24), a votação teve mais um emperramento, quando o placar estava 2 x 0 desfavorável a Betinho e ao PP.
O ministro João Otávio Noronha, na manifestação de voto, salientou que não identificou nada de grave na relação entre partido e o deputado, que justificasse a tese de perseguição interna contra o parlamentar.
Votou pela perda do seu mandato.
Mas a ministra Luciana Lóssio pediu vista do processo. Nesta terça-feira, ele deverá apresentar o seu voto-vista.
Betinho alega “justa causa” para ter mudado de partido. Em pleito para ser liberado à mudança, em processo que ele mesmo desencadeou em 2010, o TSE já negara provimento à sua vontade.
Agora, a votação se encaminha para novo prejuízo à sua pretensão.
Veja AQUI como foi a última sessão do TSE e as possíveis consequências de uma decisão desfavorável ao parlamentar.
Os servidores da Prefeitura de Mossoró vão ganhar uma nova modalidade de crédito.
A vantagem é oferecida através de cartão do Banco Bonsucesso.
A Prefeitura autorizou a instituição financeira a operar o serviço, que é facultativo, para atendimento ao servidor.
O mesmo tipo de operação existe em vários municípios do país, além de estados da federação.
Nota do Blog – Ótimo. Todos saem ganhando.
Assim deve ser.
A Câmara Municipal de Mossoró vai passar a ter a cobertura da TV, nos trabalhos de suas comissões técnicas.
Além da veiculação das sessões ordinárias, às terças e quartas-feiras, a agenda de reuniões internas também poderá ser vista pela população.
Outro espaço que também poderá ser dinamizado é a própria sessão, com uso de recursos audiovisuais.
A cobrança de alguns vereadores, é para que se possa apresentar vídeos durante as sessões, mostrando denúncias, cobranças e sugestões da população.
Anteriormente, essa modalidade de iniciativa multimídia foi vetada pela mesa diretora. Mas o atual presidente, Francisco Carlos (PV), admite franquiar o espaço para apresentação de vídeos, tornando mais dinâmico e democrático o pronunciamento de qualquer vereador.
Quem faleceu hoje em Mossoró foi o ex vereador Jessé Luiz da Rocha.
Foi sepultado hoje mesmo, após corpo ser velado em sua residência no bairro Costa e Silva.
Há tempos eu não o via.
Soube que atravessava delicados problemas de saúde.
Que descanse em paz.
O senador José Agripino, presidente nacional do Democratas, será o coordenador-geral da campanha do candidato tucano Aécio Neves (MG) à Presidência da República.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30) durante a Convenção Nacional do Democratas, em Brasília (DF), que contou com a presença de Aécio Neves. O PSDB também anunciou o senador Aloysio Nunes (SP) como vice de sua chapa presidencial.
Afinação
Segundo Agripino, a escolha de seu nome para a coordenação geral da campanha de Aécio é consequência natural de uma aliança ideológica construída ao longo dos anos.
“Ninguém mais do que eu e Aécio discutimos o Brasil de norte a sul, leste a oeste. Há meses venho discutindo com ele o que fazer por Rondônia, São Paulo, pela Bahia, a montagem das chapas, a discussão de quem é quem. Então, essa coordenação é uma coisa mais ou menos natural pelo exercício das conversas entre nós”, afirmou Agripino.
O adiantamento de 40% do décimo terceiro salário dos servidores estaduais será parcelado em dois meses. A decisão do Governo do Estado foi anunciada na tarde desta segunda-feira (30) durante coletiva de imprensa na sede da Governadoria, no Centro Administrativo.
Tradicionalmente pago no mês de junho, o benefício será pago em duas parcelas de 20% depositadas nos dias 16 de julho e 18 de agosto para os servidores.
O adiantamento de 40% do décimo terceiro salário dos servidores estaduais será parcelado em dois meses. A decisão do Governo do Estado foi anunciada na tarde desta segunda-feira (30) durante coletiva de imprensa na sede da Governadoria, no Centro Administrativo.
Tradicionalmente pago no mês de junho, o benefício será pago em duas parcelas de 20% depositadas nos dias 16 de julho e 18 de agosto para os servidores.
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Calendário de pagamento da antecipação do 13º foi anunciado pelo secretário Obery Rodrigues
O anúncio de uma definição sobre o adiantamento do décimo terceiro foi adiada duas vezes pelo Governo do Estado. Na última sexta-feira (27), a governadora Rosalba Ciarlini se reuniu com o secretário de Planejamento, Obery Rodrigues, para tratar do assunto..
O Estado está no limite prudencial (48,91%) e prestes a extrapolar o limite legal de gastos de pessoal (49%) pela Lei de Responsabilidade Fiscal – e vê o custo com pessoal crescer. Os gastos com a folha de pessoal do Governo do Estado cresceu 52,85 pontos percentuais no primeiro quadrimestre de 2014 na comparação com o período de janeiro a abril de 2013. Os dados são do Relatório resumido da execução orçamentária do Estado, do primeiro quadrimestre de 2014.
Nota do Blog – Bem que o Blog anunciou há vários dias que as notícias ruins iriam continuar, em relação a salários.
Aguarde.
Vem mais notícia ruim.
O presidente da Câmara de Mossoró, Francisco Carlos (PV), marcou reunião para amanhã, com vereadores da oposição.
Será às 10h.
Governista, mas com relação abalada com o governo, devido racha do seu esquema, Francisco abre diálogo para se fortalecer na Casa.
Só para lembrar: quinta-feira (3), a Câmara deverá votar o Projeto de Reforma Administrativa encaminhado pelo prefeito Francisco José Júnior (PSD).
O projeto de Reforma Administrativa do prefeito Francisco José Júnior (PSD) enfrenta silenciosa implosão.
Trabalho sinuoso, ardiloso, de bastidores, quer lhe causar embaraços.
E a sabotagem não vem da oposição. Muito pelo contrário.
Vereadores ligados à ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB), que não faz mais parte do esquema governista, olham o projeto com má vontade.
A matéria deverá ser votada na próxima quinta-feira (3 de julho).
Aguardemos os desdobramentos.
O atual secretário da Cultura de Mossoró, agitador cultural Gustavo Rosado (PV), tem sentença transitado em julgado (em que não cabe mais recurso algum, em qualquer instância judicial) contra si, que o pune com relativa severidade. As consequências são financeiras, cíveis e políticas.
Terá que ressarcir o erário municipal, e não pode exercer cargo público comissionado ou por concurso, no âmbito de Prefeitura e Câmara de Mossoró, em face de ser alcançado também por sanções da Lei da Ficha Limpa, vigente no município desde 2012.
Em decisão da juíza Anna Isabel de Moura Cruz, da Vara da Fazenda Pública, Gustavo foi condenado no último dia 9 (junho). Perdeu prazo para ratificar um recurso, em processo em que já fora condenado, por ter utilizado em favor próprio, serviço público terceirizado contratado pela Prefeitura de Mossoró, na gestão da prefeita Fafá Rosado (DEM, hoje no PMDB).
A denúncia foi formalizada pelo Ministério Público – através do processo 0005030-11.2010.8.20.0106 (106.10.005030-6).
Improbidade Administrativa e Violação aos Princípios Administrativos levaram a 7ª e 11ª Promotorias de Justiça da Comarca de Mossoró a desencadearem Ação Civil Pública contra o então chefe de Gabinete Civil da municipalidade, conhecido como o todo-poderoso “prefeito de fato”. A irmã, prefeita de direito, era figurada decorativa na gestão (em dois mandatos consecutivos).
Decisão
“(…) decorreu o prazo sem que o apelante reiterasse os termos de seu recurso,
conforme certidão de fl. 970, razão pela qual deixo de
conhece-lo por extemporâneo. IV – Determino, ainda, a
secretaria que certifique acerca do trânsito em julgado da
sentença de fls. 879/884 e, se for o caso, remeta os autos ao
setor competente para fins de execução…”
Gustavo fora condenado a restituir mais de R$ 100.000,00, além da proibição de contratar com o Poder Público por 10 (dez) anos. Havia sido interposto um recurso (intempestivamente) pelos seus advogados, não sendo depois reiterado.
A juíza declarou o trânsito em julgado da sentença, em face da ausência de reiteração do recurso, para a qual os advogados haviam sido previamente intimados.
Pelos efeitos da sentença, desde já, Gustavo Rosado deve deixar a Prefeitura (proibição de contratação com o Poder Público por 10 anos), e restituir o valor da condenação.
Câmara de Mossoró
Mesmo uma mudança de ares é impossível para Gustavo, sendo aboletado na Direção Geral da Câmara Municipal de Mossoró, como é seu plano (veja AQUI). Líder do esquema político do qual faz parte o atual presidente da Casa, vereador Francisco Carlos (PV), o condenado é manietado também pela Lei da Ficha Limpa.
Essa lei foi publicada no Jornal Oficial do Município (JOM) na quarta-feira (18 de abril de 2012), após sanção pela então prefeita Fafá Rosado. A lei deriva de projeto apresentado pelo vereador oposicionista Lahyrinho Rosado (PSB).
Lei da Ficha Limpa
“(…) Art. 1o – Fica vedada a nomeação para cargos em comissão no âmbito dos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Mossoró as pessoas inseridas nas seguintes hipóteses:
I. Os que tenham contra sua pessoa representação julgadas procedentes pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos;
II. Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 08 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:
a. A Contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;
b. Contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;
c. Contra o meio ambiente e a saúde pública…”
A punição a Gustavo advém de série de matérias publicadas por este Blog, a partir de dezembro de 2008, quando ele era Chefe do Gabinete da Prefeitura de Mossoró.
Reportagens investigativas
Através reportagens investigativas, identificamos que a empresa SFE Segurança Patrimonial e Privada Ltda, que até hoje é terceirizada da Prefeitura de Mossoró, cedia empregados para segurança privada do super-secretário.
Chegamos a descobrir até um processo sob o número 0861-2008-011, na 1ª Vara do Trabalho (Mossoró), onde um ex-empregado da empresa provava (teve ganho de causa) que dava expediente na casa do secretário, em períodos noturnos. A folha de ponto atestava claramente, sem qualquer camuflagem e naturalidade, que o abuso era cometido.
Empregados da empresa ainda o acompanhavam em eventos que ocorriam na cidade, sem que houvesse qualquer contrato ou legalidade jurídica para esse fim.
O Ministério Público pode provar, que Gustavo – durante os 51 meses (entre janeiro de 2005 e abril de 2009) – teria se beneficiado dos serviços oferecidos pela empresa SFE, para atendimento a seus interesses particulares.
O contrato assinado pela SFE, a partir da Carta Convite 204/2008-SEDETEMA, apontava os seguintes locais para atuação da vigilância da SFE: Centro de Comercialização Prefeito Raimundo Soares de Souza (antiga Cobal), Espaço Arte da Terra, Centro Administrativo Prefeito Alcides Belo, Ginásio de Esporte Engenheiro Pedro Ciarlini Neto e Teatro Municipal Dix-huit Rosado. Mas Gustavo resolveu que entre 18 e 6h precisaria de segurança em sua casa, à Praça Bento Praxedes (Praça do Codó), Centro da cidade.
Com o uso de serviço público em benefício próprio, o prefeito de fato teria enriquecido de forma indevida às custas do dinheiro público municipal. Se fosse contratar pessoalmente segurança privada, ao tempo da instrução, um posto de segurança noturna custaria na faixa de R$ 5 mil/mês.
Perseguição e ódio
A partir daí e por outras matérias denunciativas e investigativas, o editor deste página passou a sofrer uma impiedosa perseguição que não poupou sequer familiares (como filhos).
Num único dia, o esquema de Gustavo, irmão da então prefeita Fafá Rosado, chegou a protocolizar 11 (onze) processos contra o editor desta página. A ordem era desestabilizá-lo emocionalmente, impedi-lo do exercício da profissão e bani-lo do meio.
Ao todo, foram mais de 30 demandas judiciais, usando até prefeitura e secretários municipais como autores, numa imposição autoritária.
Gustavo aparece ainda como figura proeminente na montagem, organização e comando do chamado Blog do Paulo Doido (//blogdopaulodoido.blogspot.com.br/), página apócrifa que foi utilizada durante vários meses, na Internet, para ataques, achincalhes e até ameaças (“Cuidado com o que você escreve … Você tem filho morando em Natal”, amedrontava um dos textos, se dirigindo ao editor do Blog) a quem não era aliado do poder.
Contou com a colaboração remunerada de jornalistas do Correio da Tarde (impresso já extinto) e Gazeta do Oeste. Até mesmo a estrutura e equipamentos como computador e Internet, do Palácio da Resistência (sede da prefeitura), foram utilizados nessa operação suja.
Processos – movidos por outras pessoas atacadas – correm em segredo de justiça, tratando dessa fase abjeta da administração pública mossoroense.
Repercussão
O caso teve repercussão nacional e até internacional, em centenas de publicações no Rio Grande do Norte, país e exterior, como a solidariedade e oferta de apoio concreto das ONG´s Repórteres sem Fronteiras e Artigo 19. Também mostraram a perseguição o Blog do Noblat, Observatório da Imprensa, Comunique-se e Congresso em Foco, entre tantos outros respeitáveis nomes, não obstante o silêncio da maioria da imprensa local.
Mas foi a partir de uma reportagem especial assinada pelo jornalista/editor e criador do site Congresso em Foco, sediado em Brasília, Sylvio Costa, que começou todo o desdobramento favorável ao editor desta página, identificando a perseguição hidrófoba de Gustavo Rosado, com o suporte do dinheiro público. Veja AQUI essa matéria emblemática, sob o título “Cuidado, jornalista: criticar pode dar cadeia“.
Vitórias
Até hoje enfrentamos essa sanha. O que menos causa problema é a enxurrada de processos judiciais. Graças a um elenco de advogados amigos, que se dispuseram a trabalhar no contraponto a esse cerco, colecionamos vitórias.
Essa força-tarefa desmancha paulatinamente a blitz processual, que tentou usar o Judiciário como arma de vingança e terror.
Agravante é a intimidação por outros métodos nada republicanos, que emergem do submundo, mas que passaram a ser enfrentados também. São casos de polícia. O “remédio” é próprio e eficaz.
Veja AQUI a matéria que desencadeou apuração dos fatos pelo Ministério Público, no dia 10 de dezembro de 2008, sob o título “Irmão de prefeita tem vigilância paga pela prefeitura”;
Veja AQUI a postagem “Gustavo Rosado depõe sobre uso de vigilante em sua casa”, do dia 10 de junho de 2009;
Veja AQUI “As várias faces do Paulo Doido e seu desmascaramento“;
Veja AQUI “Blog Paulo Doido é descoberto; envolve gente poderosa“.
” A juventude, ainda que um pinguinho meio sem rumo, é sempre magnânima.”
Fiodor Dostoiévski
Tudo definido e acertado. O deputado federal Betinho Rosado (PP) é candidato à reeleição e no palanque da Coligação Liderados pelo Povo.
Estará ao lado do vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD) e da deputada federal Fátima Bezerra (PT), respectivamente candidatos a governador e vice.
Na prática, Betinho “é Rosalba Ciarlini (DEM)” na campanha.
Freada em seu projeto de tentativa de reeleição pelo próprio partido, o DEM, Rosalba não participará diretamente da campanha eleitoral.
Rosalba e sua escolha
Mas claro, mais do que óbvio, que a presença do cunhado e ex-companheiro do DEM nessa coalizão, é nítida sinalização de que a governadora terá lado e nomes à sua escolha.
Praticamente impossível, que ela cruze os braços e tenha postura equidistante na disputa eleitoral deste ano.
Ao contrário do que anunciou em Mossoró no pleito suplementar a prefeito e vice, quando optou pela “neutralidade”, Rosalba já tem preferência – via Betinho.
O deputado, que ao contrário de Rosalba, rompeu com o DEM e saltou no PP, esteve hoje participando da convenção estadual que homologou as candidaturas de Robinson e Fátima.
Robinson foi o primeiro político de estatura proeminente no cenário de poder, do Rio Grande do Norte, a romper com o Governo da “Rosa”, antes do final do seu primeiro ano de gestão, em 2011.
Fátima, é crítica contumaz e contundente da administração da Rosa e do DEM, arqui-adversário do PT no plano nacional.
O ex-secretário de Energia do Governo Wilma de Faria (PSB) – Jean-Paul Prates (PT), é o primeiro suplente da candidata ao Senado pelo PT, deputada federal Fátima Bezerra.
Os nomes foram homologados hoje em Natal, nas convenções partidárias da Coligação Liderados pelo Povo, que tem o vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD) como candidato a governador.
Eleição suplementar
A segunda suplência de Fátima foi destinada ao professor Josivan Barbosa (PT), que no ano de 2012 foi candidato a vice-prefeito na chapa da deputada estadual Larissa Rosado (PSB).
O consultor especialista em energia Jean-Paul Prates foi indicado pela revista Windpower Monthly como uma das cinco maiores autoridades brasileiras em destaque como influenciador no setor eólico mundial. De acordo com a revista, ele é destaque pelo trabalho a frente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE).
Ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Barbosa este ano divergiu do PT nas eleições suplementares a prefeito e vice. Optou por se manter no palanque de Larissa, que novamente concorreu ao pleito.
Fátima esteve no palanque do vitorioso, então prefeito interino Francisco José Júnior (PSD).
A Coligação Liderados pelo Povo, que arrima a candidatura ao Governo do Estado do vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD), com muita dificuldade imposta pelo PT, terminou montando duas chapas proporcionais à Câmara Federal e igual número à Assembleia Legislativa.
A intenção de se formar chapa única à Cãmara Federal e à AL não vingou e até provocou deserções, como da deputada estadual Gesane Marinho (PSD), que há poucos dias desistiu até do projeto pessoal de reeleição.
Mesmo assim, a formatação ficou dessa forma. Veja abaixo:
Deputado Estadual:
A) – PT, PT do B e PCdoB;
B) – PSD, PTC, PP, PEN, PRTB e PPL
Deputado Federal:
A) – PSD, PP, PEN, PT, PC do B;
B) – PPL, PTN, PT do B, PRTB e PTC.
A campanha vitoriosa do prefeito mossoroense Francisco José Júnior (PSD) “dá cria”. Inspira o agora candidato a governador por seu partido, vice-governador dissidente Robinson Faria.
O nome da coligação com dez partidos, que empina a postulação de Robinson, é “Liderados pelo Povo”, a mesma denominação dada a que foi formada em torno de Francisco, na eleição suplementar de Mossoró.
55
No gestual, também há xerox.
As duas mãos empalmadas são erguidas, lembrando o número “55”, do PSD.
Faz parte da identidade de campanha de Robinson e sua coligação.
A propósito, o prefeito eleito de Mossoró participou da convenção partidária (veja postagem mais abaixo) hoje, em Natal.
“Chegou o dia e estou aqui para cumprir minha missão de ser candidato a governador” disse Robinson Faria, na primeira frase após ser oficializado pelo Partido Social Democrático (PSD) como candidato a governador nas eleições de 2014. Longe de ser uma convenção formal, neste domingo (29) os partidos PT, PSD e PCdoB fizeram festa ao receber os nomes dos candidatos na majoritária e na proporcional.
O evento aconteceu no Complexo Cultural da Zona Norte em Natal. O PSD, de Robinson, terá a companhia ainda de nove partidos à campanha deste ano.
Robinson Faria disputará o Governo do Estado ao lado da deputada federal e agora candidata ao Senado, Fátima Bezerra (PT) e do deputado estadual e agora candidato a vice-governador Fábio Dantas (PCdoB).
Em seu discurso, Robinson relembrou a sua trajetória nos últimos anos em que percorreu todo o Rio Grande do Norte conhecendo os desafios da cada região nas áreas do desenvolvimento, da educação, as deficiências da rede estadual de saúde em visita aos hospitais públicos e no desenvolvimento social.
Candidaturas
“Fiz minha estrada ao lado do povo, conhecendo a realidade de cada lugar, de cada cidade. Pude ouvir e dialogar com o povo e sei que estou preparado para assumir o Rio Grande do Norte e os desafios de uma gestão”, confirmou.
A convenção estadual do PSD oficializou ainda a candidatura a reeleição do deputado federal Fábio Faria (PSD), do deputado estadual José Dias (PSD), além de outros 14 pré-candidatos a deputado estadual como o ex-prefeito Galeno Torquato (PSD), o ex-candidato a prefeito de Jardim do Seridó, Amazan e do major Fernandes (PSD).
Coragem
Oficializada pelo PT como candidata ao Senado, Fátima Bezerra (PT) disse que a parceria com Robinson é de resistência e de coragem. “Sabemos o que o povo precisa e sabemos como fazer. Não foi fácil, mas tivemos coragem de nos colocarmos como opção para o povo que precisar ter oportunidade do debate, de escolher o que é melhor para o seu Estado”, destacou.
Fátima disse ainda que o Partido dos Trabalhadores irá ajudar ao candidato Robinson na campanha e no Governo. “Robinson você não está sozinho. A militância do PT está com você agora e estará no Governo. Você vai governar com o apoio do Dilma em Brasília e faremos uma gestão no Senado e no Governo para o povo, para os trabalhadores”,
Com 28 anos de vida pública dedicada a projetos na área legislativa como deputado estadual e mais quatro anos como vice-governador, Robinson coordenará a coligação “Liderados pelo Povo” formada pelos partidos PT, PCdoB, PSD, PP, PEN, PRTB, PTN, PTC, PPL, PT do B.
Com informações da Coligação Liderados pelo Povo.
O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Francisco Carlos (PV), reserva cargo nesse poder para o líder do seu esquema político: Gustavo Rosado (PV) deverá ser o diretor geral do Legislativo.
Atual secretário da Cultura da Prefeitura de Mossoró, o agitador cultural Gustavo Rosado (PV) teve seu nome antecipado por este Blog para o cargo, há semanas, antes mesmo da eleição de Francisco Carlos (veja AQUI).
Com a ruptura no relacionamento político do prefeito Francisco José Júnior (PSD) – (veja AQUI) – com o esquema de Gustavo, Francisco Carlos, ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) e do deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), a saída do secretário se tornou inevitável.
“Imexível”
Ele já estava insatisfeito na Cultura. Esperava ocupar cargo equivalente ao que tivera na época da irmã, Chefia de Gabinete, quando ficou conhecido como “prefeito de fato”. Dava as cartas, as ordens; Fafá sorria para fotografias e assinava papeis.
Na gestão da prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM), já fora contrariado, quando saiu desse cargo para a Cultura. Esperava continuar “imexível”, mas Cláudia não queria uma sombra para si.
A Câmara de Mossoró, na Direção Geral, é seu próximo endereço em cargo público. Dará as cartas, dividindo prerrogativas de ordens com o presidente.
Por Affonso Romano de Sant´Anna
Chegando em casa
com a alma amarfanhada
e escura
das refregas burocráticas
leio sobre a mesa
um bilhete que dizia:
– hoje 22 de agosto de 1994
meu marido perdeu, deste terraço:
mais um pôr de sol no Dois Irmãos
o canto de um bem-te-vi
e uma orquídea que entardecia
sobre o mar.
Affonso Romano de Sant´Anna é poeta e cronista
Por Honório de Medeiros
* Para François Silvestre
Seu Antônio de Luzia, oitenta e seis anos, sentado em sua cadeira de balanço, na calçada de sua casa, no Sítio Canto, em Martins, é o próprio símbolo da passagem inalterável das manhãs, tardes, noites, madrugadas, do ritmo lento dos dias que se sucedem bucólicos, tais e quais as contas debulhadas do rosário de Sinhá, oitenta e poucos não admitidos, que deslizam por entre seus dedos, à hora do ângelus, enquanto seu pensamento vagueia nos limites de sua circunstância, e nada escapa do seu olhar dardejante e de seus ouvidos “de tuberculoso”, como me confidenciou.
Pergunto a Seu Antônio acerca das coisas que estão mudando mundo afora, em uma rapidez vertiginosa, impossível de serem acompanhadas. Lembro a ele a chegada do homem na Lua, o computador, o celular…
Ele fica calado um bocado de tempo.
Quando penso que esqueceu o assunto, ergue um pouco o braço e aponta com o dedo um passante, quebra o silêncio do final-de-tarde e me diz: “desde que o mundo é mundo, podem as coisas ter mudado, mas o homem, meu filho, é o mesmo de sempre”.
“Quando eu era de menino para rapaz”, continua, “pensava que as pessoas lá fora eram diferentes. Viajei, corri légua, vi e ouvi muitas coisas que eu prefiro esquecer, e voltei. Fico comparando o homem que vive lá fora com o homem que vive aqui, e não vejo diferença. Lá se mata, como aqui; lá se bebe, como aqui; lá se trai, como aqui; lá se rouba, como aqui. Tudo que existe lá fora, maior, existe aqui, menor”.
Fez-se silêncio, novamente, durante algum tempo.
“Eu às vezes penso” prosseguiu, “que tanto faz como tanto fez, o homem se engana demais com as coisas, é como a roupa que a mulher veste: pode ser de qualquer tipo, mas ela é sempre a mesma”.
E, depois de beber um gole de café, arrematou: “lá fora o tempo passa e eu não vejo: durmo novo e acordo velho; aqui, eu vejo que o tempo não passa: faz uma eternidade que estou vivo!”.
Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e Governo do Estado do RN
Por François Silvestre
Ou o legalismo da estupidez. Lênin afirmou que “o esquerdismo é a doença infantil do comunismo”. Ouso dizer que o legalismo é o sarampo da legalidade.
O mal das virtudes é a sua deformação. O moralismo deforma a moral, o puritanismo deforma a ética e o legalismo desmoraliza a lei.
A Constituição de 88, ciosa dos seus defeitos, previu uma reforma geral para cinco anos após a promulgação. Por covardia ou conveniência escusa não a fizeram.
Hoje, o país clama por uma Carta Constitucional que não se confronte com a realidade. A mesma covardia ou preguiça institucional impede a coragem cívica de convocar uma Constituinte originária e exclusiva para a elaboração de uma nova Constituição.
Se é verdade que ninguém está acima da Lei, também é verdade que a Lei não está acima da realidade.
Veja que a Constituição, no seu artigo 196, impõe: “Saúde é direito de todos e dever do Estado”. Pergunto: Isso é verdade? Não. Desde 88 que a realidade desmente a Constituição. E vai continuar desmentindo. Porque a Constituição é a Carta das corporações e quem banca a vida social do Brasil são as corporações. De todas as naturezas. As castas e seus interesses.
Não fica só nisso. Nem a Suíça, represa dos ladrões do mundo, tem o padrão de vida que a nossa Constituição mentirosamente oferta ao Brasil. É o patronato do legalismo.
E como toda deformação só vê suspeitas nos outros, os legalistas não fogem à regra. Vigilantes, de holofotes, a sentir o cheiro de irregularidade em tudo e em todos, são espertamente condescendentes com os próprios desvios.
Exemplos? Um prédio comprado com função inútil, sem prévia avaliação de custo e uso, largado ao abandono no centro da cidade. Fosse outro órgão o comprador, na mesma semana dois inquéritos teriam sido instaurados. Um cível e outro criminal. Além da pergunta que eles sempre fazem: “Quem ganhou o quê com esse negócio suspeito”?
Outro legalista é flagrado numa ação de tortura contra um investigado, “eu espremo até conseguir alguma informação”. Tudo para levar à sebosa delação premiada. Tortura não é só o pau-de-arara. A ameaça é crime previsto em Lei, e no inquérito é tortura. Até o Papa Francisco declarou que tortura não é pecado, é crime.
Voltemos à Constituição. A carta foi elaborada num momento de “euforia cívica”, onde todos negociaram com todos. Sob o comando de Ulysses Guimarães, Sarney, Lula, Maluf.
Ruralistas e reformistas rurais, esquerda e direita urbanas. Todo mundo se compôs. Sob o amparo das corporações. O PT ameaçou não assinar. Tudo pantim.
E num país de instrução precária, a ordem jurídica a depender de legislação irreal. Sob a fiscalização de legalistas e não da legalidade.
É o pais que temos. Geograficamente exuberante, economicamente desigual, socialmente injusto e juridicamente hipócrita.
Té mais.
François Silvestre é escritor
* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.
Do portal no Brasil do jornal espanhol “El País”
Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o cientista político Paulo Sérgio Peres crê que as alianças eleitorais são um jogo estratégico de trocas complexo. Analisando o cenário político atual no país, ele acredita que o PMDB não terá problemas em continuar no governo, seja ele qual for. Já o PSB deverá ter mais problemas do que previa com a chapa Eduardo Campos – Marina Silva.
Na sua avaliação, por qual razão os partidos não repetem nos Estados as alianças que são firmadas nacionalmente?
Paulo Sérgio Peres – O Brasil é um país muito grande e diverso em vários aspectos, inclusive dos interesses políticos. Os chamados interesses nacionais não necessariamente são os mesmos do ponto de vista regional, estadual e municipal. Nesse contexto, a única eleição realmente nacional é para a Presidência da República.
A tensão entre lógicas e interesses diferentes faz com que a coordenação de coligações eleitorais seja algo bastante complexo, colaborando para discrepâncias entre as alianças nacionais e estaduais.É um jogo estratégico de trocas bastante complexo. Essa troca de apoios envolve os cargos de governador e senador, ou seja, cargos de disputa majoritária. Ao contrário do que se pensa, as alianças tem uma lógica bastante clara. Os críticos acreditam que não há qualquer lógica nesses acordos porque não encontram neles nenhuma base ideológica mais precisa.
Eles têm razão, nem sempre é possível encontrar alguma base ideológica nas alianças; porém, a ideologia não é o único fator de motivação para as alianças. Isso não quer dizer que não há lógica nelas, mas que a lógica não é diretamente relacionada com a ideologia. Inclusive, se as alianças fossem sempre ideológicas, seriam inócuas. Como [o ex-presidente] Lula já disse há algum tempo atrás, alianças se fazem com diferentes; entre iguais nem podem ser alianças políticas. Se são tão iguais, deveriam estar no mesmo partido.
De que maneira essa falta de verticalização influencia no eleitorado?
PSP – Do ponto de vista objetivo, parece que não há qualquer influência relevante. Desde a abertura democrática, os eleitores continuam comparecendo às eleições em proporções constantes, assim como não têm oscilado os votos nulos e em branco. O eleitor parece que tem sido capaz de identificar de modo relativamente claro quais os candidatos à presidência e às governadorias de estado representam mais proximamente seus interesses e suas visões de mundo. Eleição para deputados e senadores não costumam empolgar tanto os eleitores, mas isso não parece ser efeito do perfil das coligações eleitorais.
“PENSO QUE CAMPOS FOI MUITO AFOITO AO FAZER UM CAVALO DE BATALHA SEU DESEJO DE CONCORRER À PRESIDÊNCIA AGORA”
Do ponto de vista subjetivo, a influência desse perfil tão variado de alianças ou coligações sobre a percepção dos eleitores em relação ao sistema político pode ser prejudicial. Ao não encontrar a lógica que procura nas alianças, que é a ideológica, os eleitores reforçam uma visão já arraigada de que os partidos são todos iguais e que buscam apenas o poder político. Em parte isso é verdadeiro, mas é verdadeiro em qualquer lugar do mundo. Em parte isso não é verdadeiro; os partidos, pelo menos os principais, apresentam diferenças importantes.Você acha que a união Eduardo Campos – Marina Silva obterá êxitos, já que eles estão rompidos em vários Estados (por exemplo, SP, RJ e PR)?
PSP – Pessoalmente, desde o início, avaliei como equivocada a acolhida que Campos deu a Marina e seu proto-partido. Também não acho que essa tenha sido uma boa estratégia para Marina. Ela frustrou alguns daqueles que acreditavam que ela realmente representava uma nova política.
O desespero para participar desta eleição, mesmo que dessa forma estranha, em que a Rede se fundiu, de certo modo, ao PSB, pode ter dado a entender para alguns possíveis simpatizantes de Marina que ela agiu como costumam agir os políticos tradicionais. Mas, para Campos foi pior.
Em primeiro lugar, penso que Campos foi muito afoito ao fazer um cavalo de batalha seu desejo de concorrer à presidência agora. Seu partido, o PSB, foi aliado importante do PT no governo Lula e parte do governo Dilma, e poderia ter continuado na coalizão governista até a eleição presidencial de 2018.
Se Dilma ganhar esta eleição, não poderia se candidatar de novo e o PT está sem opções para sua substituição. Duvido que Lula volte a ser candidato à presidência. Campos poderia esperar a próxima eleição e teria grandes chances de ser bem sucedido. Inclusive, talvez até pudesse se filiar ao PT. Por que não? Ou mesmo como um candidato do PSB apoiado pelo PT. O PT poderia, com isso, sinalizar que não tem a intenção de se perpetuar no poder, que aceita a rotatividade e até a apoia, ao contrário do que ocorre em São Paulo, com o PSDB. Então, acho que esse foi o primeiro erro de Campos.
O segundo foi ter acolhido Marina nas circunstâncias em que isso se deu. Ele está agora na desconfortável situação de ter uma candidata a vice que tem mais apoio eleitoral do que ele. Se ganhar, terá uma vice difícil e que provavelmente atuará como se fosse da oposição. Além disso, Marina e os principais articuladores da Rede são obstáculos à formação de algumas alianças importantes nos Estados.
“GANHE QUEM GANHAR, O PMDB DEVERÁ FAZER PARTE DA COALIZÃO DE GOVERNO”
Como o PMDB vai se comportar nas eleições, levando em conta que nacionalmente apoia Dilma Rousseff e em alguns Estados confronta o PT?
PSP – Isso não é novidade para o PMDB. Desde a redemocratização do país, o partido que se mostrou mais governista é o PMDB. Nem mesmo o PFL/DEM foi tão governista, uma vez que foi relegado à oposição durante o governo nacional do PT. No plano nacional, o PMDB esteve com todos os governos e deve se manter assim. Isso porque, no contexto político brasileiro, para conseguir governabilidade, os presidentes devem formar coalizões majoritárias.
O PMDB tem duas características essenciais para isso, ele tem uma grande bancada e ocupa uma posição intermediária no espectro ideológico. Sendo assim, partidos de centro, direita e esquerda não terão grandes resistências para chamar o PMDB para sua coalizão de governo. Atraindo o PMDB, terão grandes chances de que essa coalizão seja majoritária, inclusive a ponto de aprovar projetos que demandam maiorias qualificadas. O PMDB cobra um preço para isso, exigindo cargos e outros recursos que estão sob a guarda do Poder Executivo. Mas, para continuar exercendo esse poder de influência, o PMDB deve manter uma bancada elevada. Com poucas cadeiras, o partido teria poucos votos e, assim, deixaria de ser um aliado central para as coalizões de governo. Para conquistar um número elevado de cadeiras na Câmara dos Deputados e no Senado, é importante disputar as governadorias dos estados.
Para aumentar a competitividade de seus candidatos ao Senado, o PMDB procura forçar seus aliados a não lançarem candidatos para esse cargo. O PMDB pode apoiar o candidato a governador de um partido, desde que este partido apoie seu candidato ao Senado. O mesmo pode ocorrer no plano nacional, uma vez que o PMDB há muito tempo não lança candidato próprio à presidência. Assim, o apoio a Dilma significará que o PMDB tenderá a forçar uma distribuição que lhe seja mais favorável de cargos e recursos, um maior apoio do PT nas disputas estaduais, para governador e senador.
O PMDB é multifacetado e isso também ajuda o partido a sempre ser governo. Mas, comportando-se como aliado ou não nas eleições, uma coisa é certa. Ganhe quem ganhar, o PMDB deverá fazer parte da coalizão de governo.