• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 27/12/2015 - 23:29h

Pensando bem…

“Quando adestramos a nossa consciência, ela beija-nos ao mesmo tempo que nos morde.”

Friedrich Nietzsche

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domingo - 27/12/2015 - 20:42h
Mossoró

Humilhação na busca por um lugar na creche

“Desde o início da manhã deste domingo (27) que vários pais estão concentrados na calçada da Creche do bairro Nova Vida para garantir vaga a seus filhos”.

Várias mulheres e homens fazem plantão durante o dia e avançam pela noite e madrugada (Foto: Magnos Alves)

Postagem do jornalista Magnos Alves, em seu endereço próprio no Twitter, à noite de hoje.

Nota do Blog – É um quadro que se repete há muitos anos.

Não está restrito ao Governo Francisco José Júnior (PSD).

Lamentável.

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  • Pastel Premium Mossoró - Pastel de Tangará - Aclecivam Soares
domingo - 27/12/2015 - 20:33h
PMDB de Mossoró

Ala histórica pensa em apontar o vice para Rosalba em 2016

Se depender da fina flor do aluizismo mossoroense, incrustada historicamente no PMDB, a chapa para a campanha municipal de Mossoró no próximo ano tem nome e sobrenome.

Aldo: preferência influente (Foto: OAB)

PP e PMDB juntos.

Rosalba Ciarlini (PP) a prefeito e o advogado Aldo Fernandes, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional de Mossoró, a vice.

Mas… muita água ainda vai rolar até as convenções, campanha e eleições em si.

O próprio PMDB não está pacificado. Não faltam interesses conflitantes e nomes divergentes.

Lá em cima é que parece praticamente certo, se não houver qualquer situação inesperada. A composição PP-PMDB deve prevalescer.

Mas o vice dependerá de variados fatores.

Influência

O nome de Aldo é uma preferência, principalmente, de Rose Cantídio – nome histórico do PMDB e do aluizismo local, com forte influência sobre o presidente estadual do partido, ministro do Turismo Henrique Alves. Aldo Fernandes é filho de uma sobrinha dela.

Aldo tem escassa vivência política. Nunca foi candidato a qualquer cargo eletivo partidário.

Em 2012, chegou a gravitar em torno da possibilidade de ser o vice de Cláudia Regina (DEM), depois de recuo do médico hematologista Cure de Medeiros. O lugar acabou caindo “de graça” no colo do advogado Wellington Filho (PMDB), nome praticamente desconhecido no meio.

Nas eleições estaduais do ano passado, Aldo foi entronizado como coordenador da campanha de Henrique Alves ao Governo do Estado, em Mossoró.

O resultado foi catastrófico por diversos motivos. O principal: a insanável arenga interna entre a ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB), então deputada federal Sandra Rosado (PSB) e a prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM), que destroçou a majoritária.

Veja bastidores políticos em primeira mão em nosso Twitter clicando AQUI.

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Categoria(s): Política
domingo - 27/12/2015 - 19:54h
Nessa segunda-feira, 28

Governador recebe imprensa e cumprimentos de final de ano

O governador Robinson Faria (PSD) recebe a imprensa ao meio-dia dessa segunda-feira (28), em Natal, no hotel Holiday Inn, da Avenida Salgado Filho.

Será confraternização em almoço.

Às 16h, será a vez de receber cumprimento de final de ano na Escola de Governo.

Servidores públicos e políticos devem comparecer.

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domingo - 27/12/2015 - 19:35h

A Constituição não é o que a sociedade quer; é o que o Supremo Tribunal Federal (STF) diz que a sociedade deve querer

Por Honório de Medeiros

Uma das lições a ser extraída do julgamento do Mensalão diz respeito ao Direito, mais especificamente ao Ordenamento Jurídico brasileiro e à forma de interpretar as normas que o constituem.

A lição é simples: a interpretação de uma norma jurídica, ou de um conjunto de normas jurídicas, poderá ter qualquer feitio, seja qual seja ele. Em linguagem coloquial: uma norma jurídica está para uma nota musical assim como um conjunto de normas jurídicas está para uma partitura.

Imaginemos, então, uma mesma composição musical sendo interpretada de infinitas formas por infinitos músicos. É assim que funciona.

Isso lembra, por exemplo, um show antológico de Sivuca, interpretando o frevo “Vassourinhas”, a música “oficial” do carnaval pernambucano, de acordo com o “padrão” musical japonês, chinês, russo, francês, sueco.

Ou o carro que vende bujões de gás alertando a vizinhança com acordes da Quinta Sinfonia em ritmo de forró. Ou seja, a interpretação da Constituição Federal Brasileira, por exemplo, vai depender, sempre, da correlação de forças entre os ministro do STF, e dos interesses que os manietam.

Nada impede que com as próximas escolhas de Ministros a serem feitas pelo Executivo, assuntos até então considerados “pacificados” tenham o entendimento da Corte radicalmente modificado. Como aconteceu logo depois da entrada em vigor da Constituição com o conceito de “direito adquirido”, violentado, apesar de “cláusula pétrea”, para permitir a cobrança de contribuição previdenciária aos aposentados.

Outra lição a ser extraída diz respeito à conduta dos Ministros e é, praticamente, um corolário da anterior. A lição é a seguinte: é impossível discernir, FORMALMENTE, se e quando fatores extrajurídicos preponderam na interpretação a ser realizada. Trocando em miúdos: o intérprete escolhe o resultado que almeja e usa a interpretação, dando-lhe a roupagem técnica adequada ao caso, para alcançá-lo.

Como quando queremos tocar a mesma Quinta Sinfonia de Beethoven em ritmo de rock, e não de forró, e fazemos a adaptação.

Essa lição também deixa, por sua vez, uma consequência: fica claro que a suposta cientificidade do Direito é um discurso ideológico; e fica claro que a interpretação da norma jurídica é sempre conjuntural.Nada que Pierre Bourdieu não tenha dito, em seu “O Poder Simbólico”.

Como superar esses obstáculos em termos de democratização do processo? Mobilizando a Sociedade contra o Estado. Atualmente o Estado subjuga a Sociedade.

É preciso que a Sociedade se imponha ao Estado. E denunciando a suposta supremacia técnica dos intérpretes pagos pelo Estado.

Em uma Sociedade organizada, os intérpretes das normas jurídicas não serão mais supostos detentores de pseudo-verdades que eles criam e nos apresentam como sendo apreendidas a partir de essências inatingíveis pelos mortais comuns, tais quais o “Justo”, o “Certo”, o “Bom”.

Como a realidade é cambiante, evanescente, principalmente e mais que nunca hoje em dia, qualquer veleidade quanto a uma interpretação “correta” que fira os interesses da Sociedade deve ser vigorosamente rejeitada.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Estado do RN

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Categoria(s): Artigo
domingo - 27/12/2015 - 19:11h
Prefeitura de Mossoró

Comissão de Inquérito vai apurar ‘possíveis irregularidades’

O prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior (PSD), instituiu Comissão de Inquérito Administrativo para apurar “possíveis irregularidades” no âmbito da Secretaria Municipal da Mobilidade Urbana (SEMOB).

Charlejandro: investigado duplamente (Foto: PMM)

O Jornal Oficial do Município (JOM) do último dia 25 trouxe a publicação.

Vão ser investigadas preliminarmente 13 pessoas, num procedimento provocado a partir de investigação aberta pelo Ministério Público do RN (MPRN), deflagrado na “Operação Desmob” (veja AQUI).

O trabalho da comissão é paralelo ao do MPRN e chega com atraso de meses, haja vista que muito do que será apurado já tinha sido denunciado até na Câmara Municipal.

A comissão é formada por Edmar Vieira (procurador do Município), Cláudio Fernandes Coelho (assessor jurídico) e Fernanda Lucena de Albuquerque (procuradora do Município).

Os investigados são estes servidores:

Charlejandro Rustayne Marcelino Pontes, matrícula nº 507358-8, Secretário Municipal de Mobilidade Urbana;

2. Charldson Rerycles Marcelino Pontes, matrícula nº 13686-7, Agente de Trânsito e Transportes, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

3. Alice Jales Rodrigues, matrícula nº 506301-0, Diretor de Unidade, lotado na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos;

4. Islani Kalini de Araújo Santos, matrícula nº 506935-1, Chefe de Divisão de Trânsito, lotada na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

5. Érika Katiusia de Sousa, matrícula nº 506889-4, Chefe de Gabinete, lotada na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

6. Luís Eciraldo Correia, matrícula nº 13646-8, Agente de Trânsito e Transportes, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

7. Marcondes Antonio da Silva, matrícula nº 14075-9, Agente de Trânsito e Transportes, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

8. Bruno Figueiredo Caetano de Lima, matrícula nº 13683-2, Diretor de Unidade de Trânsito, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

9. Arthur Geovanny Pereira Izidro e Silva, matrícula nº 13684-0, Agente de Trânsito e Transportes, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

10. Wiglainy Samira Dantas Fonseca Pontes, matrícula nº 13661-1, Agente de Trânsito e Transportes, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

11. Valdemir Cosme Júnior, matrícula nº 13833-9, Agente de Trânsito e Transportes, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

12. Isaias Rodrigues da silva, matrícula nº 13680-8, Agente de Trânsito e Transportes, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana;

13. Claudécio Pereira da Rocha, matrícula nº 13650-6, Agente de Trânsito e Transportes, lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.

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Categoria(s): Administração Pública
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domingo - 27/12/2015 - 17:22h
Robinson Faria

Governo convive com decisões que causam controvérsia

Há controvérsia. Mas fato é fato. Fatos, que se diga.

O ano vai terminando com o Governo Robinson Faria (PSD) tendo promovido três afastamentos sumários de servidores em cargos de destaque, na administração estadual.

Decisões derivadas de insubordinações ou um traço autocrático?

Há controvérsia.

O Governo exonerou a professora Socorro Batista (PT), adjunta da Educação, por ela ter se postado numa ponderação em defesa de grevistas da Universidade do Estado (UERN);

O delegado Fábio Rogério da Delegacia de Homicídios da capital a Dehom, foi transferido para delegacia em Parnamirim após falar em entrevistas das condições precárias de trabalho;

A tenente-coronel Margarida Brandão foi afastada do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) para ser subdiretora do Centro de Estudos Superiores (CES) da PM. Queixou-se publicamente do esvaziamento do programa.

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Categoria(s): Administração Pública
domingo - 27/12/2015 - 12:34h
RN

Conheça a trajetória do Grupo 3 Corações de São Miguel-RN

Pedro Lima: foco (Globo News)

Veja que entrevista interessante no programa Conta Corrente da Globo News.

O nome em destaque é do grupo Três Corações, maior empresa do ramo de café, através de entrevista com o empresário Pedro Lima, nascido em São Miguel (RN).

Pedro Lima e seu grupo são um símbolo de empreendedorismo, num setor muito competitivo.

O Três Corações é líder no segmento do café torrado e moído.

Mais emprego

O Brasil é o maior produtor e maior exportador de café e o produto está em mais de 98 por cento dos lares nacionais.

Tem mais de 350 mil pontos de vendas e 17 marcas no Brasil. Segundo ele, 88 por cento de sua produção estão  no mercado interno.

Pedro Lima fala da origem do grupo, na década de 50.

É entrevistado pela jornalista Juliana Rosa.

Ele diz que a indústria pode agregar maior valor e ampliar a margem de emprego no país.

Veja a entrevista na íntegra clicando AQUI.

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Categoria(s): Economia
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domingo - 27/12/2015 - 10:26h
Beija-mão

Triste herança colonial

Com todo respeito às pessoas envolvidas, mas fila de cumprimento de final de ano a presidente, governador ou prefeito, é herança colonial.

Não nos cabe mais.

Francamente!

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog
domingo - 27/12/2015 - 09:38h
Saúde em Mossoró

Dias mais complicados no Tarcísio Maia

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), sediado em Mossoró, passa final de semana e avança para o fim de ano sem especialidades importantes.

Começou pela ortopedia.

Mas também há denúncia de falta de pediatra, anestesista e neurologista.

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Categoria(s): Saúde
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domingo - 27/12/2015 - 09:04h

Noite de Festa

Por François Silvestre

Era assim que se chamava a Noite de Natal, aqui nessa chã de serra. A Praça Almino Afonso virava extensão da igreja matriz, em cujos canteiros dona Agá Lemos plantava rosas e seu irmão Pelópidas fazia o pastoramento.

Os altares da igreja eram enfeitados com flores do jardim da casa da minha avó, da casa de Santa de Quincó e do jardim da casa paroquial.

A sala da casa de dona Agá, que também era diretora do Grupo Escolar, virava um presépio imenso. Para as dimensões que veem os olhos de uma criança. Tudo muito iluminado, entre luzes e cores. Ao som triste e suave das músicas natalinas.

A tristeza dessa música é uma catarse da relação com a criança nascida. Pobremente nascida e festejada por reis distantes, de cujos reinos não se têm notícias.  Se agora o embalamos, três meses depois o penduramos na cruz.

Noite feliz, no dizer das canções. Uma felicidade tristonha, embalada pela sílfide toada dos sinos. Media-se a festa pela luminosidade.

Hoje, mede-se pela dimensão das compras. E se o tempo é de restrição aquisitiva, o brilho da festa esmorece. Cá pra essas bandas, onde os Reis Magos perderam o incenso, o clima é de apreensão e escassez de senso.

O comércio investe pouco na atração luminosa. A escassez de água produz um ambiente de quase esquizofrenia. Cada nuvem mais escura que surge ao Sul ou ao Nascente atrai olhares de esperança.

A seca repetida e assustadora deixa o Menino de Nazaré no esquecimento e antecipa as orações para o seu pai adotivo, o bondoso e donzelo carpinteiro. E o santo pede ajuda ao equinócio.

Mesmo assim é momento de festa. Que antecipa a espera do Ano Novo. Mesmo que seja velho o tempo. No caso de Martins, a Noite de Festa precede o início da Festa da Padroeira.

A bandeira da Virgem da Conceição sobe ao mastro no dia Vinte e Sete de Dezembro e desce no dia Seis de Janeiro, exatamente a data dedicada aos Reis Magos, cujos reinos nunca foram localizados. Até o número de “três” é alvo de controvérsias.

Das experiências de chuva ou seca, nessas bandas de cá, há uma que se firma exatamente na Noite de Festa. Se houver relâmpagos na noite do dia Vinte e Quatro, o ano seguinte será de inverno. Caso contrário, é de seca ou atrapalhado.

Luiz de Lulu disse que nos últimos três anos aconteceu exatamente assim: “Não relampeou na Noite de Festa e choveu no Dia de Reis”. Duas “experiências” terríveis.

Vivamos. Pois a graça da vida é laçar e domar dificuldades. E só não envelhece quem morre novo. Que os novos não desmereçam a velhice nem os velhos invejem a mocidade. Cada um, do seu jeito, cúmplice do tempo.

E possamos repetir o epitáfio do Rei, cuja lápide se perde na estepe de um sítio persa e proclama:

“Mortal! Eu sou Ciro. Aquele que edificou o império dos persas. Não invejeis o meu túmulo”.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 27/12/2015 - 08:25h

As portas do amanhã

Por Gaudêncio Torquato

A maneira como os atores políticos jogam suas cartas no tabuleiro define o estilo de governar, podendo empurrar o País para a frente ou para trás. No caso brasileiro, o estilo é de ataque recíproco, que caracteriza o jogo de soma zero. É o que estamos assistindo. De um lado, as forças oposicionistas procuram jogar sobre o governo Dilma os desacertos da economia e as perdas sociais. De outro, as forças situacionistas, mesmo dispersas e diminuídas, tentam segurar a presidente na cadeira do Planalto. A briga de foice no escuro correrá até os idos de outubro de 2018.

“A adoção do Orçamento impositivo, pelo qual os recursos alocados pelo Parlamento serão usados nos fins destinados, sem manobras do Executivo, será uma das formas de equilíbrio de forças”.

Os contendores, em intenso conflito, procuram assumir o controle das ações de forma a ganhar os torneios (decisões do STF, julgamentos no TCU, votações parlamentares, escapadas da Operação Lava Jato) a qualquer custo. Há, porém, um modo diferente e oposto de fazer política: é a ação plural e proativa, voltada para a criação de recursos. Nesse caso, os participantes se esforçariam para melhorar os vetores da administração, buscando benefícios oriundos da educação, da cultura ou da pesquisa técnico-científica nos mais variados campos. Os países que avançam mais rapidamente são os que optam por esse modelo.

A história da ciência do planejamento registra dois exemplos clássicos para denotar visões opostas: o caso de Hitler, na 2a Guerra, típico da disputa por tirar recursos de outros para redistribuí-los (jogo de soma zero), e o do Japão pós-guerra, caso notável de estilo superior de criação de recursos e oportunidades.

Não é o caso do Brasil, onde a integração de forças suprapartidárias para superar a crise se torna a cada dia mais difícil, para não dizer impossível. Infelizmente, entre nós, o que se vê é uma feroz queda de braço, um jogo de perde-ganha. E pelas escaramuças a que já começamos a assistir, ultimamente, o jogo de soma zero deverá ganhar status oficial no tabuleiro eleitoral de 2016 e 2018.

Para escapar dessa perspectiva, impõe-se aos contendores o dever de avaliar os altos interesses da Nação, e não se deixar levar pelas baixas correntes que deságuam no oceano da mediocridade. O Brasil carece sair do ramerrão inócuo. Mas essa saída, pelo que se infere, só será possível após a tormenta da Operação Lava Jato e quando a economia der sinais de que está melhorando a vida das pessoas.

Depois disso, o que pode ser feito? Primeiro, substituir a guerra entre forças de oposição e situação por uma ação plena e rica de propósitos comuns. Há de se considerar que o país precisa fechar o ciclo da redemocratização iniciado em 1984 e abrir uma nova era.

A bandeira desse novo marco poderia ser este: democratizar a democracia, dar vazão ao esforço, que algumas nações já vêm empreendendo, para expandir a participação social no processo decisório, por meio de núcleos e entidades, visando a aumentar a inclusão social, melhorar as condições do trabalho, qualificar as políticas públicas, proteger o meio ambiente e os direitos humanos e evitar as pandemias (a cada temporada de verão, o país padece de uma epidemia, bastando ver a onda de microcefalia que se espraia).

A estratégia tem como lume o incremento da democracia participativa. Nessa esteira, emerge outro eixo, a busca de um projeto amplo para o País, consoante com o nosso estágio civilizatório. Programas dispersos, canhestros, para atender a conveniências eleitoreiras, serão substituídos por planos essenciais, integradores de necessidades geográficas, sociais e econômicas. No lugar de obras grandiosas ou projetos com viés de marketing – PACs, Bolsas Famílias, Minhas Casas, Minhas Vidas -, é necessário aperfeiçoar a estrutura de amparo social, melhorar o que existe.

Outra vertente deve contemplar a via partidária, fonte permanente de mazelas. Os dutos das 33  legendas estão entupidos. Os costumes, viciados. As práticas, carcomidas. Na esfera política, sofremos de uma dupla patologia: o aumento dramático da desmotivação e do abstencionismo e a sensação generalizada de que os cidadãos são cada vez menos representados. Daí a baixa credibilidade dos políticos. Urge revitalizar os partidos, dando-lhes substância. O Brasil pós-Lava Jato não suporta continuar com a prostituição partidária.

Outra frente está na relação entre os Poderes. Veja-se o Judiciário, por exemplo. Está determinando o modus operandi da política. O mesmo se pode dizer do Executivo, que alicia, com verbas e favores, apoios políticos. Não é possível mais convivermos com a invasão de um poder sobre o terreno de outro.

Os vácuos precisam ser preenchidos. A área infraconstitucional está esburacada, ocasionando intervenções do Poder Judiciário (que não apenas interpreta os vazios constitucionais, mas fabrica ritos). A judicialização da política há de merecer um basta. Os ditames da harmonia e independência dos Poderes carecem sair do papel. Quanto ao presidencialismo, urge também atenuar seus super-poderes. A adoção do Orçamento impositivo, pelo qual os recursos alocados pelo Parlamento serão usados nos fins destinados, sem manobras do Executivo, será uma das formas de equilíbrio de forças.

Por fim, a composição das altas Cortes está a exigir nova abordagem.  A nomeação de ministros para o STF, por exemplo, poderia imitar a liturgia da escolha em listas tríplices ou sêxtuplas organizadas por entidades. O fato é que nenhuma dúvida deve pairar sobre os atos da Corte Suprema. Sem a arrumação dos eixos institucionais, o País abrirá as portas do futuro com as chaves do passado. E ficaria patinando no mesmo lugar.

Gaudêncio Torquato é jornalista, professor titular da USP, consultor político e de comunicação

* Publicado no Tribuna do Norte.

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domingo - 27/12/2015 - 07:37h
Prefeitura de Mossoró

Mudanças particularmente delicadas

Algumas pessoas começaram a ser afastadas de cargos estratégicos da Prefeitura de Mossoró. Alguns locais estão infestados de organizações com comportamento ao arrepio da lei.

Desde a “Operação Desmob” (veja AQUI) que o Jornal Oficial do Município (JOM) deve ser observado com maior atenção.

Existem razões distintas para as alterações. Não devemos generalizar, claro.

Algumas ocorrem por questões técnicas e políticas. Outras, por motivação particularmente delicada.

Corrupção parece ser palavra corriqueira e prática cotidiana. Impõe-se dificuldade para a venda de facilidade.

As queixas que ouvimos sobretudo de empresários e contribuintes individuais, que se sentem coagidos, são impressionantes.

Deveremos ter mais novidades adiante.

Basta o Ministério Público resolver agir também no varejo, com uma força-tarefa, sem ficar selecionando casos ou aconselhando denunciantes a fazer trabalho que é seu papel: apurar.

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quinta-feira - 24/12/2015 - 23:56h

Pensando bem…

“Infelicidade é uma questão de prefixo.”

Guimarães Rosa

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quinta-feira - 24/12/2015 - 22:44h
Maria Lopes de Araújo

Uma grande perda em pleno Natal

Faleceu agora à noite em Mossoró, dona Maria Lopes de Araújo, 91.

Era mãe da professora Conceição Tomaz, mulher do vereador Tomaz Neto (PDT), e do professor e comentarista esportivo Alcindo Júnior, entre outros.

Seu sepultamento ocorrerá nessa sexta-feira às 10h, no Cemitério São Sebastião, Centro de Mossoró.

O velório acontece em sua própria residência, à Rua Romualdo Galvão, 245, Alto da Conceição.

Que descanse em paz.

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quinta-feira - 24/12/2015 - 17:22h
Hoje

Ceia do Natal no Oba Restaurante

O Oba Restaurante (Mossoró) prepara sua Ceia de Natal à noite desse dia 24.

Começa às 19h.

Reúna sua família num local ótimo e boa mesa.

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  • Art&C - Ecomax - Bosque das Carnaúbas - 10 a 24 de Abril de 2024
quinta-feira - 24/12/2015 - 10:38h
Saúde no caos

O mau exemplo do Rio de Janeiro

Governo do Rio de Janeiro decreta estado de calamidade na Saúde.

Paralelamente, se prepara para receber Olimpíadas, depois de Copa do Mundo.

Canalhas.

Desculpas para o caos de lá, parecem com as daqui.

Choramingam a queda na arrecadação, redução no preço do petróleo etc.

Incompetência, má-fé e furto, não.

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Categoria(s): Política
quinta-feira - 24/12/2015 - 00:30h

O que tenho pro Natal

Por Carlos Santos

Eu poderia ser repetitivo, utilizar um cabedal de lugares-comuns, palavras rebuscadas ou recorrer ao ramerrame de sempre, agarrado aos comandos do teclado – no Control C/Control V.

Estão aos montes aí na Net, as saídas para a gente ser simpático, afetuoso, familiarmente resolvido e afetivamente preenchido. Copia, cola.

Completo, feliz, bom além da conta. Ser o que definem por aí como alguém “realizado”.

Parecer que somos aquilo mesmo. Dar a entender que temos tantos dotes.

Tudo está pronto, definido. Até as músicas são as mesmas, incluindo Simone e… “Então, é Natal!” Sim, ela mesma.

O que tenho pro Natal?

Nada que não ofertei o ano todo. Não serei diferente, apesar de admitir que não possa estar alheio a essa atmosfera carregada. Sou Sísifo e sua obrigação de empurrar uma rocha montanha acima.

Indiferente, não. Não mesmo. Mas do meu jeito.

Tem um monte de crianças que quer ser feliz, pelo menos naquela noite.

Que sejam felizes!

Adultos que acreditam que um sujeito da Lapônia, com um sorriso engraçado – “Hô, hô, hô!” – possa aplacar ódios, mágoas e nos devolver o sorriso para sempre.

É, não custa acreditar.

Quando tudo passar, quero voltar a ser como antes. Quero ser devolvido à realidade e continuar minha marcha.

Tenho um Natal por dia. Até o fim.

Feliz Natal!

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
quarta-feira - 23/12/2015 - 23:54h

Pensando bem…

“Não existe verdade alguma que não traga consigo um travo de amargura.”

Albert Camus

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quarta-feira - 23/12/2015 - 18:35h
Sem credibilidade

Dinheiro não é problema

O prefeito Francisco José Júnior (PSD) chegou àquele estágio, que se ficar na ‘esquina do Pax’ (movimentado centro comercial de Mossoró) distribuindo R$ 100 a quem passar, vai entupir o bueiro.

Ninguém acreditará na bonança, nos “bons propósitos”.

Uns ainda vão colocar a cédula contra o sol, em busca da marca d´água.

A maioria, nem isso.

É o que Rosalba Ciarlini (PP) foi ontem e Micarla de Sousa foi anteontem.

Dinheiro não é o problema.

Nem a falta de dinheiro.

Perdeu o principal ativo para o político, mais até do que o voto: credibilidade.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - Ecomax - Bosque das Carnaúbas - 10 a 24 de Abril de 2024
quarta-feira - 23/12/2015 - 18:08h
Vai, prefeito!

Discurso pronto e na ‘torcida’ por Francisco José Júnior

A ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) tem discurso pronto para uma provável campanha municipal em 2016. Apostará, como há quase 20 anos (1996), no discurso da “reconstrução”.

Rosalba bate palmas para se viabilizar: Vai, prefeito! (Foto: Demis Roussos)

Outra vez, no messianismo, no populismo, para se eleger e salvar a Prefeitura Municipal do caos.

Desde já, é proibido falar em sua passagem pelo Governo do Estado.

Ao mesmo tempo, torce para que seu principal cabo eleitoral, o prefeito Francisco José Júnior (PSD), siga desmanchando a municipalidade.

Sem ele, será praticamente impossível esse retorno ao Palácio da Resistência.

Só vice

Seu adversário histórico, grupo da ex-deputada federal Sandra Rosado (PSB), está sem forças. Não preocupa. Quer apenas indicar seu nome a vice de Rosalba, incapaz de disputar a prefeitura novamente.

A ex-aliada e ex-adversária Fafá Rosado (PMDB, ex-prefeita), é do mesmo sonho.

Ser vice é o bastante.

Rosalba ganha tempo alimentando o sonho de ambas e mantendo-se imune às críticas das respectivas militâncias.

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quarta-feira - 23/12/2015 - 17:32h
Preocupação

Deputado cobra recursos de suas emendas para Tarcísio Maia

O deputado estadual Manoel Cunha Neto (PHS), o “Souza”, destinou todas as suas emendas orçamentárias no valor total de R$ 1,8 milhão para aplicação em reforma do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).

Sua decisão é inédita.

Nunca nenhum outro parlamentar estadual ou federal fez isso.

Entretanto, a própria burocracia interna do Estado emperra a liberação desses recursos.

Secretário

É um dinheiro que pode melhorar o Tarcísio Maia, que atende a mais de 60 municípios e a uma população superior a 800 mil habitantes.

– Eu tenho apelado até ao secretário Ricardo Lagreca (Saúde) para que pressione outros setores técnicos do Governo, para aproveitarmos essa minha decisão, mas estou preocupado com tamanha lentidão – desabafa Souza.

Souza fez promessa pessoalmente de destinação de todas as suas emendas ao Tarcísio Maia, ainda no mês de abril deste ano, em audiência com Lagreca (veja AQUI).

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Categoria(s): Saúde
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