Palavra após palavra, siga em frente
Deixando que o seu texto lhe conduza
Sem pressa nem arroubos, calmamente,
Ao gosto e bel-prazer da sua musa.
Escreva com vagar, porém não tente
Subestimar a língua — esta Medusa
Que às vezes petrifica a nossa mente,
Paralisando a verve mais profusa.
Evite empregar termos rebuscados.
É bom sempre tomar esses cuidados,
De modo que seu texto seja limpo.
A escrita exige esforço, dá trabalho.
Das frases nós limpamos o cascalho
Assim como pepitas num garimpo.
Marcos Ferreira é escritor