segunda-feira - 07/03/2022 - 22:38h
Show

Valéria Oliveira apresenta “Sacrário” no próximo dia 25

O décimo álbum da cantora Valéria Oliveira, “Sacrário”, foi lançado nas plataformas digitais em maio de 2021, durante a pandemia, e agora chega aos palcos em um show vibrante que promete agradar ao público da artista que estava ansioso por este momento.  A apresentação será no dia 25 de março, no Teatro Alberto Maranhão, às 20h.

Valéria lançou Sacrário ainda no ano passado, em plena pandemia (Foto: divulgação)

Valéria lançou Sacrário ainda no ano passado, em plena pandemia (Foto: divulgação)

Haverá distribuição gratuita de ingressos através da plataforma Sympla, a partir do próximo dia 10, com início às 13h.

O show é para Valéria uma celebração à vida, aos encontros e a parcerias seladas com artistas potiguares como Drika Duarte, Ivando Monte, Luiz Gadelha, Simona Talma, Khrystal e Vinícius Lins, e com o paraibano André Morais e o carioca Rico Dias.

O repertório traz ainda uma releitura de “Essa Tal Criatura” – clássico de Leci Brandão – e de “Não sei por onde começar”, de Delcio Carvalho e Wilson das Neves.

A direção musical é de Jubileu Filho e reúne outros músicos de peso: Willames Costa, Raphael Almeida, Jane Eyre, Érick Firmino, Darlan Marley, Weslley Silva (Cicinho), Kelliney Silva, Ninho Brasil e os vocalistas Marco Rodrigues e Alice Peixoto. Além da participação superespecial de Simona Talma, uma das cantoras que participa do álbum

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Categoria(s): Cultura
segunda-feira - 07/03/2022 - 21:36h
Mossoró

Guarda Civil entra em última etapa para ter porte de arma

Nesta segunda-feira (7), a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito (SESDEM) iniciou o Curso de Capacitação em Armamento e Tiro para guardas civis municipais. O treinamento faz parte da última etapa para aquisição do porte de arma institucional, demanda antiga da categoria.

Evento de hoje marca transição importante para Guarda Municipal (Foto: Célio Duarte)

Evento de hoje marca transição importante para Guarda Municipal (Foto: Célio Duarte)

Na aula inaugural realizada na manhã desta segunda-feira, no Teatro Lauro Monte Filho, os guardas municipais receberam representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na oportunidade, os agentes Kaio Coelho e Rodrigo Fernandes palestraram sobre a lei de abuso de autoridade, dando início ao curso de formação.

Espera longa

O prefeito  Allyson Bezerra (Solidariedade) participou da cerimônia. “Nós quando assumimos a Prefeitura e com um compromisso com a segurança pública, vimos a necessidade urgente de tocar o processo do porte institucional. Uma espera de mais de nove anos que a categoria tinha para o início do processo. Nós no ano passado firmamos um termo com a Polícia Federal que deu a condição de iniciar o processo e agora vamos fazer o curso de treinamento para armar 240 guardas municipais”, disse o chefe do Poder Executivo.

De acordo com Cledinilson Morais, secretário de Segurança, o porte institucional vai garantir mais proteção para o agente e melhorar a segurança no município.

“No início de 2021 encontramos uma guarda sem condição de atuação. Um cenário bastante precário com veículos sucateados com vários problemas mecânicos. Conseguimos renovar e ampliar a frota de viaturas, dando melhor condição de trabalho para a GCM. Os principais mercados públicos, por exemplo, não contavam com a presença da guarda. Agora a população está mais segura com a atuação da GCM nos equipamentos públicos”, disse.

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segunda-feira - 07/03/2022 - 18:12h
Rogério Marinho

Ministro tira proveito de enxurrada de notas e polariza na oposição

Rogério passou a dar duelar diretamente com o governo local (Foto: reprodução)

Rogério passou a dar duelar diretamente com o governo local (Foto: reprodução)

Pré-candidato ao Senado, o ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL) consegue um feito, até involuntário, que não alcançou durante vários meses: começa a polarizar com o governo estadual petista.

O ‘truque’ é simples: alvo de seguidas notas e de pronunciamentos oficiais até azougados da gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), ele aproveita-se como duelista para tirar proveito.

Responde com equilíbrio, com argumentos e joga para a governadora e não para qualquer porta-voz visível ou institucional, a responsabilidade de se virar.

Quanto mais bate-boca, melhor para o ministro.

“Eu não tenho conhecimento de nenhum governo que está chateado porque o Governo Federal está investindo no seu estado”, provocou ironicamente Marinho, em vídeo gravado nesse domingo (6).

Excelente para seu projeto de concorrer ao Senado, num momento em que ainda é raso o palanque majoritário da oposição.

Veja AQUI em nosso Instagram (siga-nos) o vídeo de Rogério Marinho.

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segunda-feira - 07/03/2022 - 17:08h
Sessão Solene

Vereadores prestarão homenagem a 22 mulheres

WhatsApp Image 2022-03-03 at 12.12.58A Câmara Municipal de Mossoró vai realizar uma Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, no dia 10 de março, quinta-feira, às 9h da manhã. A iniciativa da Sessão é da vereadora Larissa Rosado (PSDB), através do requerimento nº 17/2022.

Na ocasião, 22 mulheres que prestaram relevantes serviços à cidade de Mossoró serão homenageadas com títulos, troféus e medalhas. A reitora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Ludimilla Carvalho, agraciada com a comenda Troféu Reitor “Milton Marques de Medeiros” pelo vereador Lamarque Oliveira (PSC), foi convidada para discursar em nome das homenageadas.

O evento será transmitido ao vivo pela TV Câmara Mossoró (canal 23.2 TCM) e pelo site www.mossoro.rn.leg.br.

Homenageadas

Honraria: Medalha de Reconhecimento da CMM

Homenageada: Francisca Elenira Queiroz de Oliveira

Vereador: Marckuty da Maísa

Honraria: Medalha do Mérito na Saúde “Dr. Duarte Filho”

Homenageada: Talliana Mirelli Marques Freire de Medeiros Sena

Vereadora: Carmem Júlia

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Edna Goes Bay de Medeiros

Vereador: Costinha

Honraria: Medalha de Reconhecimento da Câmara Municipal de Mossoró

Homenageada: Kaline da Silva Feitosa

Vereador: Edson Carlos

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Iolanda Fernandes Castro Fagundes

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Roberta Walter Rosado de Sá Costa

Vereador: Francisco Carlos

Honraria: Medalha de Reconhecimento da CMM “Celina Guimarães”

Homenageada: Dalva Pereira Bezerra

Vereador: Genilson Alves

Honraria: Medalha do Mérito na Saúde “Dr. Duarte Filho”

Homenageada: Claudinete de Sousa Pedro

Vereador: Gideon Ismaias

Honraria: Medalha de Reconhecimento da Câmara Municipal de Mossoró

Homenageada: Clecivânia Fernandes de Holanda Mariano

Vereador: Isaac da Casca

Honraria: Troféu Reitor “Milton Marques de Medeiros”

Homenageada: Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira

Vereador: Lamarque Oliveira

Honraria: Diploma de Honra ao Mérito Feminino “Ana Floriano” da Câmara Municipal de Mossoró

Homenageada: Maria Lucia Lima Ferreira

Vereadora: Larissa Rosado

Honraria: Medalha de Reconhecimento da CMM

Homenageada: Jacqueline Morgana Dantas Montenegro

Vereador: Lawrence Amorim

Honraria: Medalha do Mérito Servidor Público Municipal da Câmara Municipal de Mossoró

Homenageada: Ana Karina da Silva Freire Nóbrega Araújo

Vereador : Lucas das Malhas

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Michela Katiuscia Calaça Alves dos Santos

Vereadora: Marleide Cun

Honraria: Medalha de Reconhecimento da CMM

Homenageada: Sônia Maria Dantas de Medeiros

Vereador: Naldo Feitosa

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Raimunda Cavalcante da Silva Ramalho

Vereador Omar Nogueira

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Maria das Graças Barbosa de Lima

Vereador: Pablo Aires

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Antônia Anita da Silva

Vereador: Paulo Igo

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Lidyane Cristina Gomes De Andrade E Souza

Vereador: Raério Araújo

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Magaly Gomes de Holanda Martins

Vereador: Tony Fernandes

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Shyrley Ferreira de Oliveira Lima

Vereador: Wíginis do Gás

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Clorisa Linhares de Vasconcelos Vale

Vereador: Zé Peixeiro

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segunda-feira - 07/03/2022 - 15:24h
Gestão

Vice-prefeito entrega cargo de secretário antes de ser exonerado

Da posse à gestão, diferenças marcam convivência de vice e da prefeita (Foto: arquivo/Web)

Da posse à gestão, diferenças marcam convivência de vice e da prefeita (Foto: arquivo/Web)

O vice-prefeito de Pau dos Ferros, Renato Silva (PL), 39, entregou o cargo de secretário de Infraestrutura do município. Na verdade, antecipou-se a um ‘bota-fora’ iminente.

A prefeita Marianna Almeida (PL) prepara uma reforma administrativa e sua pasta era um dos principais alvos à mudança, devido pesquisas que possui e ‘à voz das ruas’, mostrando que a Infraestrutura aparece com desempenho sofrível.

Suas escolhas eram simples e excludentes: tentar mudar para melhorar ou continuar se desgastando.

Silva era vereador e foi eleito com Marianna Almeida pela Coligação O Poder é do Povo, formada pelo PL, PT, PSD, PCdoB e PSB.

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segunda-feira - 07/03/2022 - 14:52h
Protesto

Grupo de pais cobra aula presencial em escola depredada e roubada

Pais e algumas crianças pararam tráfego algumas vezes em protesto (Reprodução Canal BCS)

Pais e algumas crianças pararam tráfego algumas vezes em protesto (Reprodução Canal BCS)

Um protesto que reuniu cerca de 15 pessoas cobrou recomeço de aula presencial na Escola Municipal Maurício Fernandes de Souza, antigo Colégio Evangélico.

O fato foi à manhã dessa segunda-feira (7), dia de retomada das aulas presenciais no município.

Os manifestantes fizeram movimentação em frente ao colégio, na Avenida Leste/Oeste, chegando a parar em alguns momentos o fluxo de veículos. Cobravam da Prefeitura de Mossoró o retorno presencial das aulas.

Devido arrombamento, roubos e depredações sofridos pela escola há poucos dias, o município alega não ter tido tempo para fazer a ampla recuperação necessária. Daí, provisoriamente, a definição de aulas em regime remoto.

“Queremos aulas presenciais”, bradavam os integrantes do protesto, também usando cartazes em cartolinas, expressando sua insatisfação. Participando da organização do ato público, a ex-vereadora Aline Couto (MDB) levou carro de som e discursou no local.

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  • Repet
segunda-feira - 07/03/2022 - 14:08h
Eleições presidenciais

Geraldo Alckmin acerta filiação ao PSB; vai ser o vice de Lula

Lula se reencontra com 'ex-adversário' e seu provável futuro vice (Foto: Poder 36)

Lula se reencontrou com ‘ex-adversário’ e seu provável futuro vice no fim do ano passado (Foto: Poder 36)

Do UOL

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin acertou hoje a filiação ao PSB com o objetivo de ser o vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República nas eleições deste ano. Ele estava no PSDB, adversário de décadas do petismo, há longo período.

Segundo Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, o acordo foi fechado em reunião de ambos pela manhã que contou também com a presença do ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), do prefeito de Recife, João Campos (PSB), e do presidente do diretório paulista do PSB, Jonas Donizette.

PT e PSB trabalham com PCdoB e PV a formação de uma federação partidária, união que tem vinculação em todos os estados e obriga as legendas a estarem unidas por pelo menos quatro anos.

Lula e Alckmin já concorreram em palanques opostos à presidência da República.

Saiba mais AQUI.

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segunda-feira - 07/03/2022 - 13:50h
Magistério

Ex-secretária estranha acerto de piso do professorado aceito por Sinte

Cláudia ironiza acordo que o Sinte/RN aceitou fazer (Foto: José Aldenir/Agora RN/Arquivo)

Cláudia ironiza acordo que o Sinte/RN aceitou fazer (Foto: José Aldenir/Agora RN/Arquivo)

Por Paulo Tarcísio Cavalcanti (Por dentro de tudo…)

– Jeito novo de pagar folhas em atraso! Foi assim que a ex-secretária de de Estado da Educação e Cultura Cláudia Santa Rosa classificou o acerto (veja AQUI) entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE-RN) e o governo estadual, para aplicação do reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores.

Em sua página no Twitter, ela postou:

– Pronto, tudo certo, greve dos professores do Estado do RN encerrada. Reajuste do piso de 2022 terminará de ser implantado em dezembro de 2023 ou junho de 2024 (Bizarro).

Concluindo, assinalou: “A partir de segunda-feira (hoje) as escolas enfrentam o desafio de ter alunos não somente matriculados, mas presentes e aprendendo”.

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segunda-feira - 07/03/2022 - 09:54h
Imunização

Prefeitura de Mossoró aplica mais 2.366 doses contra a Covid-19

Neste final de semana a campanha “Mossoró Vacina”, promovida pela Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), aplicou 2.366 doses contra a Covid-19.

Também houve vacina de reforço (Foto: Wilson Moreno)

Também houve vacina de reforço (Foto: Wilson Moreno)

De acordo com a SMS, foram aplicadas 1.311 doses no sábado (5) e 1.055 doses neste domingo (6). Três locais estiveram abertos para receber a população. Houve pontos de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde Maria Soares, no Alto de São Manoel, Chico Costa, no Santo Antônio, além do Partage Shopping;

Deste total de doses, 1.436 foram referentes à terceira aplicação – o reforço. Houve ainda cobertura vacinal 290 pediátricas de D1 (primeira dose) e 456 referentes a segunda dose para crianças de 5 a 11 anos.

Foram aplicadas também 162 doses de D2 para o público acima de 12 anos e 18 primeiras dose.

Com informações da PMM.

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segunda-feira - 07/03/2022 - 09:20h
Legislação

Prefeito sanciona nessa segunda-feira novo Plano Diretor

Natal, capital do RN, cumpre mais um ciclo importante do seu ordenamento legal à ocupação urbanística (Foto: Canindé Soares)

Natal, capital do RN, cumpre mais um ciclo importante do seu ordenamento legal à ocupação urbanística (Foto: Canindé Soares)

O prefeito Álvaro Dias (PSDB) sanciona às 10 horas dessa segunda-feira (7) o novo Plano Diretor de Natal.

A solenidade será realizada no Centro Municipal de Referência em Educação (CEMURE).

A nova lei passou por densa discussão na Câmara Municipal, com participação de vários setores da sociedade.

O que é um Plano Diretor? – Plano Diretor Municipal é o mecanismo legal que visa orientar a ocupação do solo urbano, tomando por base um lado de interesses coletivos e difusos tais como a preservação da natureza e da memória, e de outro interesses particulares de seus moradores.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
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segunda-feira - 07/03/2022 - 08:48h
Estadual 2022

América atropela ABC e assume liderança do segundo turno

O América-RN levou a melhor no terceiro clássico do ano e bateu o ABC por 3 a 0 na Arena das Dunas, em Natal. Os três gols foram marcados no segundo tempo – William Marcílio, Wallace Pernambucano e Allef, para delírio dos mais de 10 mil torcedores presentes.

Com o resultado, o time rubro retomou a liderança do segundo turno do Campeonato Potiguar, agora com 10 pontos, um a mais que o arquirrival.

Os próximos jogos de América e ABC pelo estadual serão no domingo, dia 13.

O Alvirrubro encara o Globo FC em Ceará-Mirim, e o Alvinegro pega o Potiguar em Mossoró.

Veja mais detalhes clicando AQUI.

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segunda-feira - 07/03/2022 - 08:26h
Luto

Médico Jerônimo Dix-huit Rosado Ventura morre de infarto

Recebo notícia triste nesse início de segunda-feira (7). A amiga Naide Rosado, do Rio de Janeiro-RJ, avisa que faleceu o médico ultrassonografista Jerônimo Dix-huit Rosado Ventura, 61, seu sobrinho, neto do ex-prefeito Dix-huit Rosado.

Ventura estava na Espanha em férias quando sofreu o infarto (Foto: redes sociais)

Ventura estava na Espanha em férias quando sofreu o infarto (Foto: redes sociais)

Era filho de Liane Rosado e formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), do RJ.

Em férias na Espanha, Ventura sofreu um infarto na sexta-feira (4). Veio a óbito hoje.

Há anos estava radicado em Natal

Minha solidariedade à esposa Tânia, seus três filhos e demais familiares e amigos.

Em especial para você, Naide!

Que descanse em paz.

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domingo - 06/03/2022 - 23:52h

Pensando bem…

“Líderes que não ouvem serão, eventualmente, rodeados por pessoas que não têm nada a dizer.”

Andy Stanley

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domingo - 06/03/2022 - 13:40h

3X4 PRETO E BRANCO

Por Inácio Augusto de Almeida 

De dentro do ônibus, já quase noite, avista ao longe um avião que passa com destino ao Norte.

Talvez para Fortaleza ou Belém.

Olha para os passageiros e vê crianças comendo biscoitos baratos. Na parada para o almoço ficaram brincando com uma velha bola para passar o tempo e espantar a fome. Onibus

Olhou buscando o avião e só viu as luzes, azul e vermelha, na ponta de cada asa.

O sol, entre nuvens vermelhas, anunciava a chegada da noite.

A ponte, que separa Juazeiro de Petrolina, tinha ficado para trás e imaginava chegar a Fortaleza manhã cedo.

Sabia que o avião, se o destino fosse Fortaleza, logo estaria chegando.

Acomodou-se na cadeira do ônibus e disse para si que apenas mais uma noite e também estaria em Fortaleza.

Fechou os olhos, mesmo sabendo que não conseguiria dormir.

Conseguiu apenas um mergulho nas suas memórias.

E lembrou-se da concessionária de carros de propriedade do seu pai. Da grande festa na mansão, quando o irmão se elegeu deputado federal. Era ainda um meninote…

Nunca se esqueceu da chegada das novas marcas de carros e de concessionárias mais amplas e modernas. Seu pai falava de uma tal concorrência, mas naquela idade não compreendia o que aquelas mudanças iriam significar na vida de toda a família.

Não conseguia dormir. Chegava mesmo a ouvir o choro do pai, da mãe e do irmão, principalmente do irmão, no dia que não conseguiu renovar o mandato de deputado federal. Recordações…

Do avião conseguiu ver o ônibus e lembrou-se da escola pública onde estudava no período noturno após deixar o trabalho de ajudante de pedreiro na construção de uma ponte. E da caminhada da ponte até a escola, por não ter dinheiro para pagar a passagem do ônibus, não tinha como esquecer.

Estudava depois que chegava da escola e, já quase 10 horas da noite, para vencer o sono e o cansaço, colocava os pés dentro de uma bacia com água.

O belo sorriso da aeromoça, a lhe perguntar se preferia camarão à francesa ou escalopinho, para o jantar, e se desejava vinho ou cerveja, o libertou daquelas tristes lembranças.

A noite caiu e trouxe a escuridão. Os meninos já tinham acabado as bolachas e perguntavam se estava perto do ônibus parar.

Lembrou-se da mesa sempre farta do seu tempo de garoto e dos bons restaurantes onde seu pai parava quando das viagens de puro lazer.

Não sentia fome. Aquele avião que passou lhe trouxe saudades da melhor fase da sua vida. Uma época onde tudo era lindo e maravilhoso. Tempo em que para passar de ano no colégio nem precisava estudar. Escola de mensalidade caríssima e de professores compreensivos.

Riu quando lembrou-se de como conseguiu driblar o vestibular com um outro estudante, já no último ano do curso, fazendo as provas em troca de um dinheirinho.

As crianças faziam uma festa porque o ônibus parou.

Desceu, só para estirar as pernas. E olhou para o lindo céu estrelado. Não sentia a menor vontade de comer. As emoções…

Voltou ao ônibus e finalmente conseguiu dormir um pouco.

Ao descer na rodoviária, em Fortaleza, toma um susto.

Dá de cara com o estudante que fizera o vestibular por ele.

– Antônio, quanto tempo?

– Francisco, você aqui, nesta rodoviária?

– Estou indo para Uruoca. Lá tenho uma rede de supermercados. Larguei o direito e me dediquei ao comércio.

Antônio conhecia Uruoca com seus 11 mil habitantes e disse que tinha chegado ontem a Fortaleza, vindo de Brasília. Como não tinha avião para Massapé, ia ter que encarar o ônibus. Era dono de uma fábrica de calçados etc.

Francisco lembrou-se do avião que avistara de dentro do ônibus.

Antônio reclamava do ar condicionado do hotel onde dormiu.

No Whatsapp de um velho, que também esperava um ônibus, uma música que falava ter a vida duas escadas…

Francisco e Antônio despediram-se com um abraço e cada um pegou seu ônibus.

Inácio Augusto de Almeida é escritor e Jornalista

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 06/03/2022 - 12:38h

O STF tem razão

Por Ney Lopes

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu confirmar, a destinação de quase R$ 5 bilhões para custear as campanhas eleitorais, o chamado “fundão eleitoral”, ou “Fundo Especial de Financiamento de Campanha”.

Logo surgiram os protestos e achincalhes com o STF, que tem sido muito comum ultimamente.

Claro que a cifra choca, numa hora de pandemia e de carências econômicas.fundoeleitoralpolitizedestaque

Todavia, ao contrário das ditaduras, existem regras e princípios nas democracias constitucionais.

Nesse caso, o STF respeitou a decisão legislativa, em deferência ao princípio da separação dos Poderes.

É o Congresso, e não o Judiciário, que define a legislação orçamentária.

A maioria dos ministros manifestou esse sentimento de excesso na verba destinada às eleições. Mas, vinculou-se a regra da Constituição, cuja missão de defende-la é do plenário da Corte.

Hoje no Brasil, pelos ataques continuados ao STF, nos casos que envolvem interesses do presidente Bolsonaro, tornou-se rotina “cada um partidário” desejar ser “juiz” e, por isso, emite a sua sentença pessoal contra as decisões prolatadas.

São usadas até publicações insultuosas nas redes sociais, como se isso fosse protesto legítimo, quando na verdade constituem transgressões.

A missão do STF é defender a Constituição.

Cabe, portanto, realizar o controle de constitucionalidade das leis aprovadas pelo Congresso.

Se uma lei contraria o texto constitucional, ela deve ser retirada do ordenamento jurídico.

Caso contrário, haveria uma inversão hierárquica de normas, com uma lei prevalecendo sobre a Constituição, o que é um evidente contrassenso.

A Justiça não pode revisar politicamente as decisões do Congresso, por mais equivocadas que possam ser.

Sendo constitucionais, as opções legislativas devem ser respeitadas

No caso específico, ”O valor (do Fundo Eleitoral) é alto, mas inconstitucionalidade aqui não há”, disse o presidente do STF, ministro Luiz Fux.

Ele tem razão.

É bom lembrar que em um Estado Democrático de Direito, com vigência do princípio da separação de Poderes, o orçamento público é uma decisão dos parlamentares eleitos, que respondem politicamente por essa decisão.

 No regime democrático, decisão equivocada do Congresso não é corrigida pelo judiciário, mas pelo voto livre do eleitor.

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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Categoria(s): Artigo
domingo - 06/03/2022 - 11:26h
Câncer

Morre em Natal o ex-governador e ex-senador Geraldo Melo

Geraldo foi vice-governador, governador e senador (Foto: arquivo)

Geraldo foi vice-governador, governador e senador (Foto: arquivo)

Faleceu de câncer à madrugada desse domingo (6) em Natal, o ex-vice-governador, ex-governador e ex-senador Geraldo José da Câmara Ferreira de Melo, mais conhecido como Geraldo Melo. Tinha 86 anos e estava no apartamento de um de seus cinco filhos, Renata.

O velório acontece no Morada da Paz em Emaús (Parnamirim). O sepultamento está marcado para as 16h, no mesmo local. O velório é aberto ao público em geral e o sepultamento será restrito à família e aos amigos próximos.

Detectou câncer no pulmão em outubro de 2020. Submeteu-se a tratamento intensivo e parecia curado. Mas, a doença ressurgiu no cérebro ano passado. Fez cirurgia para retirada de tumores, sequenciada por tratamento pós-operatório, mas em dezembro teve agravamento do quadro.

Família decidiu então tê-lo em casa para cuidados finais, haja vista diagnóstico de irreversibilidade da doença.

História

Geraldo Melo nasceu em 12 de julho de 1935 em Campo Grande-RN. Casado com Edinólia Melo, que chegou a ser prefeita de Ceará-mirim, Jornalista, escritor, usineiro, em novembro de 2021 ele foi eleito para a Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL), ocupando a cadeira que tinha sido do jornalista e escritor João Batista Machado, “Machadinho”.

Na atividade pública, ele começou em 1961, quando tornou-se secretário de Planejamento do então governador Aluízio Alves.

Antes disso, Melo tinha sido um dos técnicos que participaram da criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), em 1959.

Em 1978, foi eleito indiretamente vice-governador do Estado pela Arena na chapa encabeçada por Lavoisier Maia (Arena), para o período 1979-1983. Mais tarde, rompeu com os Maia (que governavam o Estado desde 1975) para se manter alinhado com o sistema Alves.

Em 1986, foi eleito governador pelo PMDB numa campanha das mais empolgantes da história do RN, sobretudo por sua oratória envolvente e catalisadora das massas. Exerceu seu mandato de 87 a 91.

Geraldo: catalisador das massas (Foto: arquivo)

Geraldo: catalisador das massas (Foto: arquivo)

Em 1993, ingressou no PSDB, pelo qual foi eleito senador no ano seguinte, tendo apoiado a campanha de Fernando Henrique Cardoso à Presidência.

Chegou a ser vice-presidente do Senado de 1995 até 1997.

Em 2002, candidatou-se à reeleição porém termina o pleito em 3° lugar, atrás dos eleitos Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino Maia (PFL).

Em 2006, candidata-se mais uma vez ao Senado pelo PSDB termina o pleito novamente em 3°lugar atrás da eleita Rosalba Ciarlini e do 2° colocado Fernando Bezerra.

Só em 2018 ele retornou às disputas eleitorais, porém novamente sem sucesso. Das duas vagas em disputa, de novo foi o terceiro colocado, sendo superado por Styvenson Valentim (Rede) e Zenaide Maia (PHS).

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domingo - 06/03/2022 - 10:40h

O sistematizador legal

Por Marcelo Alves

No mundo anglo-saxão, o israelense Joseph Raz (1939-) é, de fato e de direito, o merecido sucessor de H. L. A. Hart (1907-1992) no que chamamos de positivismo jurídico e, mais especificamente, na corrente denominada jurisprudência analítica.

Joseph Raz nasceu no antigo “Mandato Palestino”, num já tumultuado Oriente Médio, em uma família judia. Raz graduou-se na Universidade Hebraica de Jerusalém em 1963. Ainda em Israel, ele conheceu o seu mentor Hart, que fazia conferências por aquelas bandas. A convite deste (Hart), Raz foi fazer doutorado na Universidade de Oxford.

Joseph Raz tem origem em família judaica e fez doutorado em Oxford (Foto: reprodução)

Joseph Raz tem origem em família judia e fez doutorado em Oxford (Foto: reprodução)

Obteve o título em 1967. Voltou à Jerusalém para dar aulas na Universidade Hebraica, em direito e filosofia. Mas sua “casa” espiritual era mesmo Oxford, para onde retornou e lecionou por décadas. Hoje é professor na Columbia University, em Nova York, e no querido King’s College London – KCL.

Raz é autor de vários títulos de sucesso: “The Concept of a Legal System: An Introduction to the Theory of Legal System” (originalmente de 1970, mas com 2ª edição clássica de 1980), “Practical reason and norms” (1975), “The Authority of Law: Essays on Law and Morality” (1979), “The Morality of Freedom” (1986), “Ethics in the Public Domain: Essays in the Morality of Law and Politics” (1994), “Engaging Reason: On the Theory of Value and Action” (1999), “Value, Respect and Attachment” (2001), “The Practice of Value” (2003), “Between Authority and Interpretation: On the Theory of Law and Practical Reason” (2009), “From Normativity to Responsibility” (2011)” e “The Roots of Normativity” (2022), entre outros.

Alguns desses títulos são ainda hoje badalados. “The Morality of Freedom”, que ganhou vários prêmios, é um grande livro sobre democracia, liberalismo, teoria do estado e a ciência política como um todo. Mas acredito que as principais contribuições de Raz para o direito e a filosofia jurídica estejam em “The Concept of a Legal System”.

Na tradução da WMF Martins Fontes, “O conceito de sistema jurídico: uma introdução à teoria dos sistemas jurídicos”, de 2012, colhe-se o desiderato do trabalho: “Três problemas são investigados neste estudo: O que significa afirmar ou negar a existência de um sistema jurídico? Como é possível determinar se uma lei pertence a certo sistema jurídico? Que espécie de estrutura têm os sistemas jurídicos, isto é, quais são as relações necessárias que existem entre as suas leis? O exame desses problemas leva a uma nova abordagem de algumas questões jusfilosóficas tradicionais”.

Como anota Robert Hockett (em “Little Book of Big Ideas – Law”, A & C Black Publishers Ltd., 2009), “Raz ampliou o escopo de sofisticada concepção positivista de Hart, focando não somente nas normas legais, mas também nos sistemas nos quais estas estão inseridas. A relação [de Raz] com Hart é perfeitamente revelada na justaposição dos títulos das mais conhecidas monografias dos dois pensadores – O conceito de direito de Hart de um lado, O conceito de sistema jurídico de Raz de outro”.

Duas coisas, entretanto, devem ser esclarecidas. A primeira é que o mentor Herbert Hart não se concentrou apenas nas normas legais, excluindo do seu interesse o estudo dos sistemas jurídicos/legais, até porque tais normas necessariamente fazem parte de um dado sistema jurídico (do Brasil, por exemplo).

Apenas Hart tratou dos sistemas para deles sobretudo retirar a validade das normas. Enquanto que Raz direcionou a sua preocupação diretamente para a natureza dos sistemas, dotados de uma imensa variedade de categorias e articulações, nos quais as normas legais estão hospedadas e de onde retiram suas validades.

Doutra banda, registra o mesmo Robert Hockett, “como outros positivistas, Raz tem enfatizado as distinções conceituais entre as normas jurídicas e as normas morais. Na sua concepção, há pouca interdependência entre os dois fenômenos. Isso não quer dizer, entretanto, que inexiste qualquer imperativo moral sobre aqueles encarregados de criar, manter e trabalhar para o desenvolvimento dos sistemas legais. Na verdade, os seus famosos princípios para a rule of law são, em larga extensão, compatíveis com aqueles enunciados por Lon Fuller [1902-1978] como constitutivos da ‘moralidade do direito’”.

Bom, isso tudo é algo com que eu sempre concordei: o positivismo como método para o estudo do direito como ciência autônoma. E um jusnaturalismo moderado, baseado no consenso e na (suposta) razão humana.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo Kink’s College London – KCL

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domingo - 06/03/2022 - 09:52h

O moralismo…

Por François Silvestre

e a hipocrisia que o sustenta.

Pouquíssimos substantivos conseguem ser preservados na essência do seu significado após o acréscimo do sufixo “ismo”. Pouquíssimos.bordado-falso-moralismo-edicao-limitada-bordado

O moralismo é uma deformação do substantivo feminino “moral”. Não confundir com o adjetivo. Nem sempre a alteração é depreciativa ou desgastante. Neste caso específico é uma deformação. O portador da condição, o moralista, é um deformado moral.

O moralista se exibe como dotado de pureza absoluta. Não transige com os defeitos naturais da condição humana. Mesmo que, por estudos psicanalíticos, já esteja comprovado que o moralista carrega no escondido do seu íntimo os mesmos ou piores “defeitos” que ele aponta nos alvos da sua ira.

Uma nuvem o segue e o tortura. O moralista é furioso e sofredor.

Serve o exemplo do deputado Artur do Val, do Movimento Brasil Livre (MBL), que não é fato isolado. É a representação individual de uma condição coletiva. Esse rapaz era honesto absoluto, dotado de pureza absoluta, intransigente nos costumes e na “moral” política. Até que sua nuvenzinha, cinzenta e escondida, despencou de ladeira abaixo.

O perigo não está no sufixo, mas na hipocrisia de fanáticos e intolerantes. Aliás, fanatismo e moralismo são casados e moram juntos.

François Silvestre é escritor

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domingo - 06/03/2022 - 08:04h

O Brasil e os princípios nas relações internacionais

Por Odemirton Filho 

Narra a história que o conceito de soberania nasceu da luta travada pelos reis da França para impor sua autoridade aos barões feudais, bem como para se livrarem do jugo do Santo Império Romano Germânico e do Papado. A primeira obra teórica sobre o conceito de soberania foi Os Seis Livros da República, de Jean Bodin, publicada em 1580. De acordo com o autor, soberania é um poder absoluto e perpétuo de uma República.  relacoes-internacionaisAssim, o primeiro fundamento da República Federativa do Brasil, segundo a Constituição Federal, é a soberania. (Art. 1º, inciso I). No tocante às relações internacionais, conforme o Art. 4º, o Brasil rege-se pelos seguintes princípios:

I – independência nacional; II – prevalência dos direitos humanos; III – autodeterminação dos povos; IV – não-intervenção; V – igualdade entre os Estados; VI – defesa da paz; VII – solução pacífica dos conflitos; VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X – concessão de asilo político.

De acordo com Jonas E. M. Machado, os princípios têm a função de estabelecer os limites do diálogo jurídico-interpretativo-internacional, a fim de garantir a unidade substancial entre o direito interno e o direito internacional. Vejamos cada um desses princípios, de forma geral.

A independência nacional confunde-se com o próprio conceito de soberania. A soberania pode ser vista sob dois aspectos: o interno e o externo. Internamente, é o poder mais elevado. Externamente, há relações de respeito em relação as outras nações, devendo-se igualdade, não subordinação. Entenda-se: a soberania é uma só. Do Estado brasileiro. Os estados-membros da Federação, a exemplo de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, possuem autonomia político-administrativa.

A prevalência dos direitos humanos significa que o Brasil se baseia nos direitos humanos fundamentais, respeitando-se tanto no âmbito do seu território, bem como no exterior. Em consequência, deverá existir a devida proteção e a efetividade dos direitos humanos.

Uma nação livre, soberana, não pode se submeter a quem quer que seja. Assim, o Brasil quando elegeu a autodeterminação dos povos como um dos seus princípios, objetivou respeitar os valores históricos e culturais dos demais países.

Por conseguinte, a não-intervenção, como o próprio nome diz, significa que o Brasil não deverá intervir nos negócios referentes aos outros Estados-nações, uma vez que faz parte das relações internacionais o respeito ao modo de existir e de viver de cada país.

A igualdade entre os Estados requer que as relações internacionais se fundamentem no respeito recíproco entre as nações. Ou seja, a noção de soberania exige que os países se abstenham de tentar subordinar os interesses dos outros aos seus.

Em um mundo dito civilizado, já não deveria existir espaço para a guerra. Depois dos horrores de duas guerras mundiais, e tantas outras, no atual estágio da civilização é descabida a beligerância entre os povos. Desse modo, a defesa da paz deve ser buscada constantemente.

O diálogo deve permear as relações entre os países. Assim, a solução pacífica dos conflitos deverá ser fomentada pelo Brasil. O nosso país, como se costuma ressaltar, tem uma tradição de buscar a paz, devendo intermediar as conversas entre os países em conflito.

repúdio ao terrorismo e ao racismo, como princípios das relações internacionais brasileiras, demonstra que o país não coaduna com esse tipo de comportamento. É um compromisso ético-jurídico assumido pelo Brasil, quer em face de sua própria Constituição, quer perante a comunidade internacional.

O Brasil deverá continuar promovendo a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. Cooperação que deverá abranger todos os aspectos da vida, tornando o mundo um lugar melhor para se viver.

Por derradeiro, como um dos princípios regentes das relações internacionais brasileiras, temos a concessão de asilo político àquelas pessoas perseguidas no seu país, quando o pedido do estrangeiro assumir a qualificação de crime político ou de opinião.

Desse modo, segundo a Carta Maior, são esses os princípios que devem pautar as relações internacionais do Brasil. E mais: conforme o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, a desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo um sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade e inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio violado, porque representa insurgência contra todo o sistema, uma subversão de seus valores fundamentais.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 06/03/2022 - 07:24h

Pedro Velho – A primeira ‘raposa-velha’ da política potiguar

O instincto de egualdade é o movel e a aspiração que encadeia e dirige todo o drama histórico da humanidade, e esta sublime conquista não será feita sem a lucta constante contra as tyrannias, todos os privilegios, todas as exceções odiosas e injustas que dividem os homens em um pequeno grupo de favoritos e numa immensa turba de infelizes. De todos os privilegios o mais humilhante, o mais pernicioso é a realeza hereditaria e irresponsavel(…) entre a dynastia e a nação a escolha não é difficil. (grafia original – [1] Artigo inaugural da 1° edição do Jornal “A REPUBLICA”, de 1° de julho de 1889.)

 

Por Jessé RebouçasPedro Velho de Albuquerque Maranhão

Há 130 anos, a 28 dias de fevereiro do ano da graça de 1892, tomara posse, pela segunda vez[1], como governador do Rio Grande do Norte, a partir do voto indireto da Segunda Constituinte potiguar, o médico, republicano e abolicionista Pedro Velho de Albuquerque Maranhão.

Dificilmente, a qualquer do povo, será totalmente desconhecida essa destacada figura que liderou a consolidação da república em nosso Estado, seja pela designação de logradouros públicos conhecidos, como uma praça no bairro de Petrópolis, em Natal; ruas, a exemplo do Município de Mossoró que, em bairros diferentes (Barrocas, Bom Jardim e Santo Antônio), as identificam; ou, por fim, à cidade Pedro Velho, localizada na divisa com o Estado da Paraíba, que recebera esse nome um ano após o óbito do afamado potiguar.

Pedro Velho de Albuquerque Maranhão nasceu em 27 de novembro de 1856, na cidade de Macaíba (RN). Concluiu o curso de medicina em 1880[2], no Rio de Janeiro, voltando para o RN em seguida, dedicando-se à medicina popular em São José de Mipibu e, posteriormente, também ao magistério.

Portanto, como filho da segunda metade do século XIX, foi o produto da tensão entre o já desfigurado ancien régime e as mutações estruturais na gramática do poder no mundo, mormente pelos ideais plasmados – pelas revoluções liberais – de legalidade, igualdade, fraternidade, separação dos poderes, laicização do Estado, nacionalismo[3], abolicionismo e republicanismo.

Com efeito, teve participação no movimento abolicionista que se agudizou no Estado na década de 80 dos anos 1800, ao lado de João Avelino, Janúncio da Nóbrega e Almino Afonso.

Um parêntese: em 1883, Mossoró, sob a gestão comerciante Romualdo Lopes Galvão, que esteve chefe do Executivo por dois períodos distintos (1883-86; 1892-95), de modo pioneiro no Estado, encetou quatro movimentos que recrudesceram a luta abolicionista entre os potiguares: o primeiro, em 06 de janeiro, com a instalação da sociedade libertadora mossoroense; o segundo, em 10 de junho, com a libertação (alforria) de quarenta dos oitenta e seis escravos registrados em Mossoró, segundos dados da época; o terceiro, em 30 de setembro, com libertação de todos os escravos; por fim, Areia Branca, em comunicação com os abolicionistas de Mossoró, em 10 de outubro, Almino Afonso fundou a “Sociedade Inter servil Os Trabalhadores do Mar”, que tinha por desiderato combater o tráfego de escravos no porto da cidade.

Nada obstante suas contribuições à causa antiescravista, foi na condução da campanha de expansão dos ideais republicanos em nosso Estado, a convite do conterrâneo Tobias do Rego Monteiro, aos 19 dias de agosto de 1888, que dr. Pedro Velho deu o primeiro passo rumo à hegemonia de poder que governaria o RN pelas quase três décadas seguintes, motivo por que viria a se tornar a primeira “raposa-velha” da política potiguar.

Imbuído da tarefa, aceitou-a, fundando o Partido Republicano do Rio Grande do Norte a 27 de janeiro do ano seguinte. O evento fora sediado na residência do seu primo, João Avelino Pereira de Vasconcelos, localizada à Praça Bom Jesus, na Ribeira, contando com 114 assinaturas.

Em primeiro de julho desse mesmo ano, dr. Pedro concebe o braço escrito do Partido Republicano que fundara no início do ano, o jornal “A República”, impresso no prelo do “Correio de Natal”, de propriedade do político açuense João Carlos Wanderley[4].

Com a proclamação da república no ano seguinte, João Leão Ferreira Souto, delegado do Partido da República na Corte, intercedendo por dr. Pedro Velho, convenceu o Ministro Aristides Lobo da centralidade do republicano na organização do Partido no Estado, ocasião em que resolveu enviar um telegrama à capital do Estado concitando o republicano a assumir o governo e proclamar a república na terra de Lourival Açucena[5].

Dessarte, essa convocatória pelo governo “das espadas” instalado no Palácio do Catete provocou um gesto que vem em socorro da explicação sobre o porquê do domínio político de Pedro Velho, e dos Albuquerque Maranhão por consequência, nas três décadas posteriores: buscou ouvir os conservadores do “Grupo da Botica”[6] e do “Cantão da Gameleira”[7], que foram apeados do poder, bem como os dissidentes liberais do amarismo, grupo de José Bernardo (Bispo do Seridó), todos esses naturais opositores do novo regime, que, num jogo de habilidade, tornou-se a base da vitória da primeira chapa da constituinte[8]. Às 15 horas do dia 17 de novembro de 1889, Pedro Velho fora aclamado presidente do RN.

Porém, esse período se caracterizou como sendo de um cruento ambiente de confronto pelo controle dos aparelhos do Estado recém-formado. Em janeiro de 1890, Hermógenes Tinôco, em artigo publicado na Gazeta de Natal, dá o ponta pé inicial daquele que seria o primeiro grupo de oposição após a proclamação da república, composto, basicamente, por antipedrovelhistas de vários matizes que foram preteridos do processo pós-15 de novembro de 1889. Esse veículo de imprensa passaria a ser a voz da oposição.

É de mister frisar que não há espaço para ingenuidades nesse particular, tanto um quanto outro lado, a depender de quem estava ocupando o assento governamental, usava de artifícios “pouco republicanos” para impor suas vontades políticas. Nesse aspecto, a Gazeta de Natal e A República passaram por processos de intimidação, aquela no governo de Silveira Jr., ligado a Pedro Velho; esta pelo governador deodorista Miguel de Castro, que não estava alinhado ao pedrovelhismo.

Mais tarde, os descontentes organizaram o Centro Republicano 15 de Novembro, que atuou nos vácuos de poder e desinformações da época, resultando, num período que vai de novembro de 1889 até 28 fevereiro de 1892, data da posse de Pedro Velho como governador, em onze administrações distintas.

Consciente dessas circunstâncias, dr. Pedro estreitou o alinhamento com o centro do poder político da república e, junto de correligionários – a chamada “tríplice aliança” –, estruturou a máquina do governo para as eleições na primeira constituinte (15 de setembro de 1890), gestando os embriões da “política dos governadores”, espécie de tratativa que costurava as três esferas de governo – Município, Estado e União – num acordo político-hegemônico que deu o tom da Primeira República; a desqualificação dos adversários políticos – no período, acusava-se de “monarquista” os opositores – e o controle dos mecanismos eleitorais – quem detinha o controle das mesas eleitorais fazia as eleições – que, na prática, impossibilitava o revezamento dos partidos.

Desses primeiros anos de instabilidade da república, em que há uma abrupta conformação de velhas forças políticas com os novos tempos, exsurge soberana a primeira grande oligarquia potiguar, os Albuquerque Maranhão, a partir da desenvoltura do seu maior expoente, Pedro Velho, sutil, mas implacável nas rédeas do poder.

Sob sua liderança, ocupou ele próprios os cargos de: primeiro governador do Estado, entre 17 de novembro a 6 de dezembro de 1889; vice-governador entre março e setembro de 1890; governador entre setembro e novembro de 1890; deputado federal (1891-92); governador de 28 de fevereiro de 1892 a março de 1896; deputado federal em 1896; senador da república entre 1897 e 1907, ano do seu falecimento.

Seus irmãos também ocuparam postos importantes na república, perfectibilizando a oligarquização do Estado pelos Albuquerque Maranhão: Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão foi governador do Rio Grande do Norte de 1900 a 1904, deputado federal de 1904 a 1908, novamente governador de 1908 a 1914 e novamente deputado federal de 1915 a 1929; Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, foi deputado federal de 1893 a 1902; e Fabrício Gomes de Albuquerque Maranhão foi presidente da intendência de Canguaretama (RN) de 1893 a 1913 e deputado estadual de 1894 a 1912.

O fim da hegemonia da primeira oligarquia da república se iniciou em 1917, dez anos após a morte do seu grande arquiteto, pelas mãos de um aliado histórico dos Albuquerque Maranhão, Joaquim Chaves, então governador reeleito com apoio de Alberto Maranhão (irmão de Pedro Velho), romper com seus patronos, abrindo-se os poros do poder para novos protagonistas na política estadual.

Jessé Rebouças é advogado

[1] A primeira foi em 17 de novembro de 1889, quando aclamado “presidente” do governo provisório estadual, sendo, portanto, o primeiro dos governadores potiguares. Há uma certa imprecisão histórica sobre as nomenclaturas empregadas no período: uns argumentam que seria propriamente um governo nomeado; outros, como se extrai das atas, seria uma aclamação com contornos de provisoriedade. Estamos inclinados pela segunda hipótese.

[2] Rocha POMBO, História do Estado do Rio Grande do Norte, 456.

[3] O século XIX representa, para literatura brasileira, “o geral desejo de criar uma literatura mais independente” (MACHADO DE ASSIS, J. M. Instinto de Nacionalidade. In: Instinto de Nacionalidade & outros ensaios. Porto Alegre: Editora Mercado Aberto, 1999, p. 01), pelo qual ascende o tema da nação e a valorização romântica da identidade nacional, a exemplo do romance de José de Alencar, O Guarani, publicado em 1857.

[4] Luís Câmara CASCUDO, História do Rio Grande do Norte, p. 207. Salvo melhor juízo, José Carlos Wanderley ocupou o posto de presidente da Província do RN por um breve período.

[5] Fato interessante é que, um dia antes de ser oficialmente proclamada a república em nosso Estado, os liberais, pela mão de Umbelino Freire de Gouveia Melo e conselhos do ouropretista Amaro Bezerra – que se tornaria opositor figadal de Pedro Velho –, maquinaram um golpe que seria liderado pelo coronel Antônio Basílio Ribeiro Dantas, então administrador da província. Num gesto de grandeza, Ribeiro Dantas recusou. Antônio Ribeiro Dantas foi um político muito influente no Estado, ocupando a presidência da Província por diversas oportunidades. Era natural de São José do Mipibu.

[6] Esse grupo pertencia ao farmacêutico José Gervasio de Amorim Garcia.

[7] Era o outro polo da divisão interna do Partido Conservador, sob a liderança do padre João Manoel de Carvalho.

[8] Luís Câmara CASCUDO. Antologia de Pedro Velho, p. 37.

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domingo - 06/03/2022 - 05:30h

Um mamute contra um jabuti

Por Marcos Ferreira

Pensei em afagar o ditador Vladimir Putin (só pensei) com a denominação O Senhor da Guerra, título da obra do célebre escritor britânico Bernard Cornwell. Mas, reparando direitinho, vejo que ao russo em questão melhor se aplica esta variante: O Senhor da Barbárie. Pois é, eu também, a exemplo da maior parte do planeta, estou puto com Putin. Perdoem o trocadilho. O ex-Esquilo Secreto do KGB está há mais de vinte anos no comando da Rússia e não deve sair tão cedo.

Desde 24 de fevereiro, quando a Ucrânia foi invadida, a matança não para. Falou-se num único e duvidoso cessar-fogo, porém a guerra acumula estragos irreparáveis. Segundo algumas agências de notícias, cerca de dois mil civis ucranianos já morreram nestes onze dias de bombardeios. Por sua vez, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, diz que nove mil soldados russos foram mortos.

Putin é o líder russo numa guerra que parece muito desigual (Foto: Reuters)

Putin é o líder russo numa guerra que parece muito desigual (Foto: Reuters)

Como se percebe, além das ofensivas militares, está em curso a guerra da propaganda, uma disputa midiática que busca intimidar contendores e sensibilizar o mundo tanto para um lado quanto para o outro. A Ucrânia, especialmente, maldiz a omissão da Otan. Entrementes, como se lutasse uma guerra justa, de igual para igual, a Rússia usa e abusa de sua realidade paralela dos fatos, tentando provar à humanidade que eles são os mocinhos e os ucranianos são homens maus.

Enquanto isso, traiçoeiro e frio como a própria Sibéria, Putin não esquenta a cabeça com pouca coisa. Até porque nem o Sol brilha tanto em Moscou quanto o mais novo melhor amigo do nosso Grande Percevejo, este que até pouco tempo vivia osculando os possuídos do ianque Donald Trump. Ou seja, largou o loiro oxigenado. Agora, portanto, o menino dos olhos do Pateta brasileiro é Putin.

O Grande Percevejo, sem querer ofender as mulheres de vida “fácil”, é um tipo de messalina de luxo que deseja cair nas graças de Putin. Tem um fraco irreprimível por homens poderosos. Seu (dele) deslumbramento perante o bufão Donaldo Trump era algo tão obsceno a ponto de a baba escorrer no canto daquela boca de caçapa. Contudo Trump se deu mal nas urnas e aí o Nosferatu da Casa de Vidro mais que depressa se bandeou para o lado do neoczar e filhote da Guerra Fria.

No Brasil, além do Grande Percevejo, temos uma ala da esquerda sofrendo com uma forte crise de consciência. Até aqui, pelo que eu sei, o presidenciável Lula (para citarmos o líder máximo do Partido dos Trabalhadores) não emitiu uma só nota, sequer uma vírgula, condenando, enfaticamente, a invasão à Ucrânia. Muito menos reprovou o camarada Vladimir. Não com todas as letras.

Não é novidade alguma que as superpotências bélicas e econômicas, sobretudo bélicas, gostam de treinar a pontaria contra nações menores ou militarmente insignificantes. A história do mundo, como aquele jogo de tabuleiro War, está cheia de casos emblemáticos, desde os vikings a George W. Bush. Os Estados Unidos da América, por exemplo, têm grande know-how nessa prática execrável. Que o digam, entre outros, Coreia, Vietnã, Iraque, Afeganistão, Líbia e Somália.

Outra coisa que me revira o estômago é a hipocrisia em escala planetária. Pois os Estados Unidos, autoproclamados xerifes do globo terrestre, casam e batizam, pintam o sete e bordam o oito, fazem o mundo de gato e sapato e a suposta União das Nações Unidas (ONU) apenas faz vista grossa. A tal Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é mais inútil ainda; não faz patavina.

Em 2003, quando os americanos explodiram Bagdá, capital do Iraque, matando sete mil civis apenas no primeiro dia de bombardeio, tais organizações inúteis não fizeram coisa alguma. Ao todo, ao longo daquela sangrenta operação intitulada “Choque e Pavor”, entre homens, mulheres e crianças, os soldadinhos carniceiros do Tio Sam assassinaram quase um milhão de civis. Abomino inteiramente a invasão russa à Ucrânia, no entanto não vi àquela época tanta comoção como agora.

Ao contrário da Rússia, se estou correto, os Estados Unidos nunca sofreram nenhum tipo de sanção por invadirem outras nações. Nunca foram acusados pela ONU por crimes de guerra. Muito menos, como ora se dá com a Rússia, foram banidos do sistema de transações financeiras. Americanos jamais foram expulsos de universidades, ou a Fifa os puniu, excluindo-os de uma Copa do Mundo.

Em 1994, enganada por um certo Memorando de Budapeste, a Ucrânia concordou em entregar à Rússia cerca de mil e seiscentas armas nucleares oriundas da extinta União Soviética. Isso em troca de um frágil tratado de paz e da promessa de que a Rússia jamais invadiria a Ucrânia. Ninguém, entretanto, exige, nem ao menos sugere, o desarmamento nuclear dos Estados Unidos e da Rússia. Juntos, só esses dois países possuem armamento nuclear para destruir o planeta dezesseis vezes.

— Saddam é mau! — gritava o Tio Sam.

Hoje, após a tragédia da Segunda Guerra, que deixou um rastro de setenta milhões de mortos, o mundo se converte outra vez num barril de pólvora. Isto é, num gigantesco paiol de armas nucleares sob o comando, repito, do mais novo melhor amigo do Pateta brasileiro. Noto que a invasão à Ucrânia, volto a dizer, quem sabe por ser o continente europeu, parece sensibilizar mais a humanidade.

Naquele 1º de setembro de 1939, quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia, a Segunda Guerra Mundial foi oficialmente declarada. Nesse momento, com as tentativas diplomáticas desprezadas por Hitler, os britânicos e os franceses decidiram tomar as dores da Polônia e se opuseram militarmente ao Führer. Assim, sob a liderança da Inglaterra e da França, formou-se o grupo conhecido por Aliados, que posteriormente contaria com o apoio dos Estados Unidos e da então URSS.

Os Aliados, como se sabe, fortaleceram-se com a adesão de vários outros países, entre os quais estava o Brasil. Portanto, entre 1939 e 1945, os Aliados combateram, além do poderoso exército alemão, os chamados países do Eixo, cujos integrantes de primeira hora foram Itália e Japão. Aquela, a meu ver, por causa da índole maléfica e genocida de Hitler, foi uma guerra inevitável e justificável.

Digo justificável devido ao fracasso da diplomacia. O Holocausto precisava ser interrompido com a máxima urgência. Hoje em dia, entretanto, em pleno Século XXI, é inadmissível, intolerável, que ainda aconteçam ataques covardes como esse implementado pela gigantesca Rússia contra a pequenina Ucrânia, um duelo em que o segundo tem mínimas condições de se defender e contra-atacar, enquanto o primeiro veste impenetrável armadura e se encontra armado até os dentes.

O povo ucraniano, embora o seu presidente também não seja flor que se cheire, não merece tamanha atrocidade. Penso no que diria e sentiria a nossa Clarice Lispector, uma das maiores escritoras brasileiras, que na verdade era ucraniana, ao ver pela televisão toda a lástima que seus compatriotas têm enfrentado, o terror imposto por Vladimir Putin, o mais novo melhor amigo do Pateta brasileiro.

Creio que a esta hora, porventura estivessem vivos, entre outros importantes escritores daquele país, os mestres Dostoiévski e Tolstói também condenariam esse covarde massacre do mamute Rússia sobre o jabuti Ucrânia. Enquanto isso, na Sala de Injustiça, ONU e Otan assistem à barbárie de camarote.

Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 05/03/2022 - 23:58h

Pensando bem…

“Tornar o simples em complicado é fácil, tornar o complicado em simples é criatividade.”

Charles Mingus

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