• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 16/01/2022 - 07:42h

Cadê o castramóvel?!

Por Marcos Ferreira

Semana passada, ao ler minha crônica, ouvi de Natália, primeira leitora e mediadora dos meus escritos, que ultimamente tenho falado demais acerca de pássaros, sol, céu, chuvas, esta casa estiolada e quintal, além de certa mangueira frondosa cujo vento açoita na residência aos fundos desta. É verdade. Até porque sou um sujeito um bocado recluso, sem muitas vivências ou inspirações externas. Natália diz, portanto, que preciso enxergar outro mundo além do meu portão.

O problema é que possuo baixa quilometragem. Urbana quanto social. Raras vezes coloquei os meus pés além-fronteiras deste município. Não me agrada falar nem escrever sobre coisas, lugares e assuntos que desconheço. Então, com a indulgência dos leitores, ponho uma camisa hoje e dias depois, como variasse, requento o assunto. Isto é, visto a mesma camisa, agora pelo avesso.Dúvida, interrogação,

Sim. De fato venho me repetindo. Neste minuto, inclusive, eu me repito. Já tratei desse assunto. Mas me digam, acaso saibam, qual é o cronista que não se repete. Ao menos uma vez ou outra. Aposto que nenhum. Nem sempre é possível inovar, renovar. Isto puxando para mim, de maneira imodesta, o elástico título de cronista. Ou, visando apenas expandir o meu próprio ego, elevo tal patente a escritor e poeta. Que tal? Suponho que nesta esfera já está de bom tamanho.

Todavia, para não chover de novo no molhado, e muito menos cair na tentação de escrever sobre a falta do que escrever, recurso este que já salvou vários cronistas de alto coturno, olhemos além do meu quintal, como deseja minha Natália. Existem pautas e assuntos importantes a serem discutidos. Tipo a problemática, o estouro da população de animais de rua (cães e gatos) nesta cidade.

Ontem à noite, num muro perto da Faculdade de Enfermagem, uma pobre cadela vira-lata, grávida e doente, gania e esfregava a lateral do quadril contra a parede áspera. Eu me dirigia a uma lanchonete próxima dali e me detive para observar aquela cena de cortar coração. Sem coleira, visivelmente sofrida, a cachorra exibia uma espécie de tumor no alto da coxa traseira esquerda. O sangue da pústula manchava a parede. Entregue ao deus-dará, brevemente ela deve parir.

Olhou-me com um olhar tão súplice e penetrante, como se visse em mim alguém que a pudesse resgatar daquela situação miserável, que perdi a fome e desisti do meu “completo”. Fui à lanchonete, conversei com o dono, ele me deu umas pelancas de carne, comprei umas salsichas cruas, paguei um valor um pouco maior do que eu gastaria comigo, e ofereci aquela refeição à cachorra.

Em casa, dez reais mais pobre e com o coração menos triste, contentei-me com quatro ovos cozidos e umas pitadinhas de sal. Daí a pouco começou a garoar e fiquei pensando onde teria se abrigado aquela futura mãe com uma barriga enorme, sem amparo, desprotegida, enferma, suportando fome e sede pelas ruas de Mossoró. Quantos filhos, em situação igualmente adversa, ela já não colocou neste mundo cão? Algum dia terá tido um tutor? Não creio nessa hipótese.

A superpopulação de animais em situação de rua nesta cidade não é um fato meramente estatístico. Trata-se, também, de um caso de saúde pública. Isto pode ser resumido numa única palavra: zoonoses. O Executivo e o Legislativo municipais não podem continuar fazendo vista grossa e empurrando esse problema com a barriga. Agora, aliás, só falta o prefeito Alysson Bezerra se mexer.

Pelo que sei, corrijam-me se incorro em erro, já foi assegurado um total de R$ 645 mil para aquisição de um veículo denominado castramóvel e apoio às organizações que acolhem animais de rua. Os recursos foram garantidos pelo deputado federal Beto Rosado (PP/RN — quinhentos mil reais) e pela deputada Isolda Dantas (PT/RN – cento e quarenta e cinco mil reais). Esse dinheiro está na conta da prefeitura, à disposição do Menino Pobrezinho, só escutando a conversa, como se diz.

Mas, enquanto Alysson Bezerra não se mexe no sentido de aviar o emprego dos recursos que estão a seu dispor, os bichinhos sem tutores continuam procriando. É triste vermos nas ruas desta comuna tantos cães e gatos, sobretudo gatos, atropelados, mutilados ou passando fome. Se acaso tiver coragem e coração, senhor prefeito, e eu acredito que tenha, olhe bem nos olhos desses animais.

Eles não têm culpa por haverem nascido. São seres domésticos, ou seja, carecem da convivência com os humanos. Alguns de nós, é bom que se diga, nem merecem ser chamados assim: humanos. Existem indivíduos que aceleram seus carros quando avistam um animal desses na faixa de rolamento, pelo simples e repugnante prazer de fazer o mal. Há outros que se comprazem em oferecer comida envenenada aos animais, principalmente a gatos, tenham ou não tutores.

— Cadê o castramóvel, senhor prefeito?!

Todavia, por desimportância deste cronista ou deficiência auditiva do jovem alcaide, não obtenho resposta. Qualquer dia, porém, ele deve responder. Porque o Menino Pobrezinho é um político atuante e conhecedor dos problemas desta terra de Santa Luzia. Torço, contudo, que não demore muito a empregar os recursos oficializados.

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) já tem menos alunos, docentes, técnicos e trabalhadores terceirizados do que gatos em sua gigantesca área territorial. O número de bichanos circulando diante do cemitério São Sebastião também é superior aos cidadãos que jazem naquele campo-santo. Qualquer dia os donos de lanchonetes locais deixarão de vender cachorro-quente para oferecer sushis caninos. Visto que o espetinho de gato circula clandestinamente.

— Cadê o castramóvel, senhor prefeito?!

Tenhamos um pouquinho mais de paciência, prezados conterrâneos. Acredito que o nosso prefeito Alysson Bezerra, antenado e midiático como ninguém, inteirar-se-á desta crônica amistosa quanto bem-intencionada. Quem sabe a esta hora da manhã, neste belo domingo, enquanto toma tranquilamente o desjejum, o Menino Pobrezinho já esteja com seu smartphone lendo estas linhas.

— Cadê o castramóvel, senhor prefeito?!

Deixe estar, minha gente. Deixe estar.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Lair Solano Vale diz:

    Ótima cobrança Sr Marcos. Os nossos edis também devem ajudar a resolver esse grave problema.

  2. Magno diz:

    Marcos sendo Marcos. Não sabe criticar sem querer reduzir as pessoas. Chamou o Prefeito de surdo. Meu Deus, tantas e tantas idas e vindas, mas continua o mesmo. De toda forma, o assunto é razoável. E parabéns pela atitude sempre evidenciada nos textos. Dez reais mais pobre. É isso aí, poeta. É preciso fazer o bem e dar uma divulgada pra melhorar a aceitação social. Quanto às críticas à administração nesse quesito acredito serem bem-vindas, o problema é sempre o mesmo: primeiro tentar humilhar, depois assoprar. Lamentável, mas faz parte da vida. E você nunca mudará nesse sentido. A crônica está legível. Entendemos o problema. Dá pra ler. Um forte abraço. Esperamos o próximo texto.

  3. Aurineide Pereira de Oliveira diz:

    Grande problema, a população de cães e gatos na nossa cidade! Ngm faz nada, mesmo com a verba garantida? E esses q, se dizem Humanos, maltratando os animais? Na certa, tbm se dizem Cristãos, indo a Missas e Cultos, aos domingos! Parabéns pelo texto!

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezada Aurineide Pereira,
      Bom dia.
      Obrigado pela sensibilidade e por opinar sobre esse assunto preocupante.
      Um abraço e um ótimo domingo para você.
      Marcos Ferreira.

  4. Inácio Augusto de Almeida diz:

    “Daí a pouco começou a garoar e fiquei pensando onde teria se abrigado aquela futura .âe com uma barriga enorme, sem amparo, desprotegida, enferma, suportando fome e sede pelas ruas de Mossoró.:
    Grande Marcos Ferreira, desta vez você se superou.
    Tive que reiniciar a leitura.
    Só então entendi que a usando o sofrimento da pobre cadela você nos esfregava na cara o martírió de milhões de mulheres brasileiras.
    E só entendi, sou desprovido de inteligência, porque já vi no Ceará mulheres gemendo as dores das contrações do parto deitfadas no cimento sujo do que devia ser uma maternidade.
    E vi, no Maranhão, uma mãe com uma criancinha só osso e pele nos braços aguardando a hora da pequenina morrer de fome. E quando perguntei porque não dava de mamar ele chorando mostrou o seio e espremeu dizendo, com os olhos nos meuslhos, que não tinha leite e há mais de um dia não comia nada.
    Era o ano de 1960.
    Hoje leio na sua cŕõnica o relato do sofrimento de uma cadela e me pergunto se entre os que buscam comida nos lixões ou se espremem na fila do osso não existem mâes como as que eu conheci no Ceará e no Maranhão?
    Louco a sua preocupação com o sofrimento da uma cadela. Cadela que sofre por cona do descaso de uma admnistração que não se dá ao trabalho de utilizar os recursos disponíveis, mas que é expedito na compra de COENTRO.
    Quem viu o que su vi, quem passou o que eu passe, não pode deixar de se re revoltar quando vê corrupto condenado a mais de 8 anos de cadeia fora da cadeia.
    Parabéns pela crônica.
    ////
    LAWRENCE CADÊ O COENTRO?

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Peço que relevem os erros do comentário. Escrevo sem condições de ler o que escrevi.
      /////
      LAWRENCE CADÊ O COENTRO?

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezado Inácio,
      Assim como nossa leitora Naide Rosado disse, e eu concordo plenamente, você é um homem sensível e merecedor de nosso respeito, por mais que alguns lhe queiram levar a pagode quando você exige soluções para os problemas da população mais necessitada de Mossoró e deste país. Grato por sua leitura e depoimento. Forte abraço e um ótimo domingo para você.
      Marcos Ferreira.

      • Inácio Augusto de Almeida diz:

        Já me acostumei com estas nuvens negras. Sei que basta subir o nível para desfrutar de um céu azul.
        Os pacóvios, por força do peso da ignorância que carregam, só conseguem ver o brilho de alguma estrela quando refletida na lama.
        Até domingo.

  5. Aluísio Barros de Oliveira diz:

    Bom dia, MF.
    – Cadê o castramóvel, senhor prefeito?
    É o coro q se escuta do chafariz ao coliseu.
    O Brasil acorda com o ruído dos antivaxx. Oswaldo Cruz se revira no túmulo tantas vezes.
    Agora, trocaram o boi pelo jacaré.
    Sempre se repetindo – os antivaxx – em ‘derrubadas’ farsas.
    Essa metástase ainda vai nos trazer muitas dores de cabeça.
    Oxalá, q a paciente Natália sempre dê sábios conselhos ao cronista. Assuntos novos fazem o Sol subir com gosto.
    Depois lhe conto q o vizinho executivo – do outro lado do lado da rua – está reclamando do grito dos meus galos.
    Oh bichinho dos ouvidos sensíveis!!! Affi.

    • Marcos Ferreira diz:

      Querido poeta Aluísio Barros,
      Obrigado por sua presença e opinião neste espaço.
      Que coisa mais esdrúxula é esse seu vizinho incomodado com o canto dos seus galos. Eu nem sabia que você tinha galos, porém o parabenizo por tê-los. Esse assunto, deixe estar, vai me render uma crônica. Ou parde dela. Forte abraço e um ótimo domingo para você.
      Marcos Ferreira.

  6. Amorim diz:

    Caro Marcos Ferreira como você é querido.
    Vejo pelo número de comentários.
    Parabéns!
    Um abraçaço!

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezado Amorim,
      Obrigado pela leitura, opinião e também carinho.
      Forte abraço e uma ótima semana para você.
      Marcos Ferreira.

  7. João Bosco da Costa diz:

    Caro Poeta Marcos Ferreira,
    É um verdadeiro deleite ler suas crônicas dominicais!
    Parabéns por olhar ao redor!
    Sua capacidade de empatia é fantástica!
    Como vê, você não tem necessidade de escrever sobre o mundo afora, pois muitos dos que assim se comportam acabam não enxergando os seus arredores.
    Continue seguindo seus ímpetos!
    Você nos faz refletir sobre os que sofrem (seja natureza morta, seja viva).
    Sou seu fã!
    Agradeço a João Bezerra (Joãozinho), que me faz chegar suas crônicas tão contundentes!
    Até domingo!
    João Bosco da Costa
    Recife-PE.

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezado João Bosco da Costa,
      Bom dia.
      É uma honra contar com a sua leitura e sensibilidade aí na capital do Pernambuco. Grato ao nosso amigo João Bezerra de Castro por fazer essa ponte pelo WhatsApp e possibilitar que estes meus escritos dominicais cheguem a você. Forte abraço e até a próxima.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  8. Genildo Costa diz:

    Meu ilustre poeta, cronista, por aqui nesta urbe grossense aprendendo com esta tua genial desenvoltura de tratar de um tema tão pertinente ao cotidiano de todos nós, diria, que habitamos o chão dos monxorós. Feliz, muito feliz por esse expediente maravilhoso e muita paz pra ti… Parabéns. Bom domingo.

    • Marcos Ferreira diz:

      Caro Genildo Costa,
      Que bom (uma honra) ter você entre os leitores destas publicações dominicais.
      Espero estar à altura da sensibilidade do poeta cantador e demais pessoas que acompanham este espaço de opinião, informação e cultura do amigo jornalista Carlos Santos.
      Forte abraço e até a próxima.
      Marcos Ferreira.

  9. Ary Maia diz:

    Isso sim é cidadania, parabéns pela cobrança e lembrança útil e necessária!

    • Marcos Ferreira diz:

      Olá, Ary Maia.
      Muito bom dia!
      Obrigado pela leitura e por deixar a sua opinião sobre o assunto exposto.
      Forte abraço e uma ótima semana para você.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  10. Rizeuda da silva diz:

    Boa tarde, amigo escritor!
    Sua sensibilidade e apelo ao poder público em defesa dos animais é louvável, nobre cronista. Adoro suas crônicas, a forma como tece seus textos e arremata cada parágrafo. O nível de sua escrita encanta o leitor que possua o mínimo de sensibilidade e poesia na alma. Aplausos, adorável poeta! Aceita um cheiro com sabor de chuva, aqui das bandas do Norte? Ah! Espero que divida com a doce Natália. Bom domingo, meus amigos!

    • Marcos Ferreira diz:

      Querida poetisa Rizeuda da Silva,
      Bom dia.
      Estou aqui encantado com as suas palavras sempre cheias de sensibilidade e carinho.
      Leitores como você fazem esta aventura literária valer a pena. Muitíssimo obrigado.
      Também lhe mando um cheiro aqui das bandas do Nordeste.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  11. Valdemar Siqueira Filho diz:

    O dentro se faz de fora, o macro se faz no micro, a crítica se fortalece na generosidade, esta perspectiva parece orientar a arte, para não ser planetária. Frei Betto, uma vez perguntado sobre os direitos humanos em nosso país, respondeu: Não chegamos nem nos direitos dos animais. Parabéns.

    • Marcos Ferreira diz:

      Caro professor Valdemar Siqueira,
      Bom dia.
      Obrigado pela leitura e por seu precioso depoimento. Infelizmente, amigo, o Frei Beto está certo. Ainda temos muito chão a percorrer antes de chegarmos aos direitos humanos no Brasil. Enquanto isso, em Mossoró, nossos bichinhos sem lar, rifados nas ruas, seguem padecendo à mercê do poder público. Quem sabe São Francisco de Assis tenha piedade.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  12. Ana diz:

    Sim essa é uma triste realidade…😢
    É necessária intervenção das autoridades. Pra ontem. E temos que perguntar agora pelo castra móvel
    Cadê o castra móvel?

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezada Ana,
      Bom dia.
      Obrigado pela leitura e por opinar sobre este assunto grave e merecedor da atenção do poder público mossoroense. Sim, é preciso continuarmos perguntando: – Cadê o castramóvel?! Torço que o senhor prefeito Alysson Bezerra, que acredito ser um político trabalhador, não faça ouvidos moucos. Então, amiga Ana, aguardemos. Forte abraço e até a próxima.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  13. RAIMUNDO ANTONIO DE SOUZA LOPES diz:

    Sim, Marcos, fiquei imaginando sobre a questão da repetição “cronística”. Ora, peguemos, como exemplo, Nicodemos do DeFato. O homem escreve uma crônica por dia (e faz tempo isso!) e, aos domingos, ainda escreve uma crônica ou um conto. Impossível não colocar, em um ou dois parágrafos, um assunto já refletido antes. Obery Rodrigues, cronista de 97 anos, autor de vários livros de crônicas, ativo até hoje na arte de escrever, sempre enaltece a cidade de Mossoró e seus personagens. O segredo de repetir e não tornar cansativo o texto? Colocar nas frases, a poesia. É o tempero que dá novos sabores. Assim, acredito, é você. Se costuma ter uma preferência textual ela é adornada por várias nuances. Assim, o texto sempre está renovado, pronto para agradar ao leitor. Com relação ao universo dos animais domésticos sem lares, a superpopulação é um problema sério. Espero que o governo municipal tome providências.

    • Marcos Ferreira diz:

      Caro escritor Raimundo Antonio,
      Bom dia.
      Sua avaliação acerca da repetição “cronística” é uma beleza! Além de ser reconfortante e uma análise redentora quanto às minhas não raras ocasiões de falta de assunto novo para produzir uma crônica. Sinto uma falta danada, uma inveja boa de você, por eu não conhecer o escritor Obery Rodrigues pessoalmente. Penso como seria bom, ao menos para mim, se ele pudesse ter acesso a estas minhas crônicas dominicais. Quanto ao que você referiu sobre a presença de poesia nos textos, concordo que é algo de suma importância. Do contrário, amigo, a coisa se transformaria numa espécie de reportagem. O texto literário precisa possuir algo mais do que a capacidade de meramente comunicar. Um forte abraço e uma ótima semana para você.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  14. Vanda Maria Jacinto diz:

    Bom dia, Marcos!

    Sempre atento as necessidades que nos rodeiam… Valeu o alerta! A reflexão nos leva a consecução!
    “É preciso estar atento e forte…”

    Abraços

    • Marcos Ferreira diz:

      Amiga poetisa Vanda Jacinto,
      Bom dia.
      Sim, estou de acordo: “É preciso estar atento e forte”.
      Grande abraço e uma ótima semana para você.
      Marcos Ferreira.

  15. Jesse de Andrade diz:

    Lembrei-me de Graciliano Ramos, quando fora prefeito de Palmeira dos Índios no final da década de 20 do século passado. Uma das primeiras atitudes do prefeito foi resolver o problema dos animais de rua. Cem anos depois, esse problema continua por ser resolvido. Uma voz que se volta para a carência de um castramóvel é necessária e urgente.

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