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domingo - 14/03/2021 - 09:22h

Cazuza mentiu!

Por François Silvestre

O tempo não passa/

nós e nossas coisas/

é que passamos.

 

O tempo assiste,/

embalando-se numa rede,/

na varanda do espaço.

 

O calendário é a federação do tempo./

Ninguém vive nos anos nem nos meses/

Vive-se nos dias da semana./

Os dias são os municípios do calendário.

É ai onde se vive/ e se passa.

Nós, o tempo não./ Embala-se ele na avarandada/

rede da imensidão.

 

Nesses tempos pandêmicos/

de maluquice invacinável,/

Restam-nos apenas dois dias/

para viver.

Só dois! /

Dependendo do humor/

todo dia é Segunda ou Sábado.

Os Domingos morreram./

Ou é um dia antes dele ou o dia que vem depois./

Sábado ou Segunda./

Roubaram nossa semana./

Precisamos de um município para viver!

 

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Poesia

Comentários

  1. Paulo Roberto de menezes diz:

    Grande poesia. E verdadeira. Parabéns.

  2. Benilson Silvs diz:

    François, assim vc complica tudo. A linguagem de Cazuza é poética, tbm a sua. Vc me dá um gancho para concluir que tudo na vida tem dois lados. Porque a babaquice da polarização? Se quem é de centro é tucano?

  3. A de Andrade diz:

    Quem cobra explicação de poesia entende nada do ramo. Poesia não se explica. Tucano? Meu deus. Esteja no seu rebanho e cale do que não entende.

  4. A de Andrade diz:

    Cazuza e François são poetas. Têm licença das sereias pra enganar com versos os ouvidos dos navegantes.

  5. Q1naide maria rosado de souza diz:

    Beleza pura! Salve, François Silvestre!

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