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domingo - 28/07/2013 - 11:36h

Conferir para depois curtir e comentar

Por Ítalo Moreira (Do Facebook)

Ao analisar algumas postagens do Facebook me impressiona a frequência com que frases são atribuídas a determinadas pessoas e passam a ser curtidas, compartilhadas, comentadas, criticadas sem que haja o mínimo esforço para se esclarecer se, de fato, foram ditas pela mesma. Frequentemente são atribuídas frases a personalidades da política, do esporte, da música, da TV, etc, cujo conteúdo não resiste a uma mínima análise de bom senso.

É comum o compartilhamento de notícias relacionadas a fatos que nunca existiram (entre inúmeros outros exemplos, o de que o facebook iria colocar “fiscais” para verificar os perfis de usuários que não compartilharam determinado texto em sua linha do tempo, passando a cobrar dos que não o fizerem).

O compartilhamento destas notícias infundadas, em regra, pode parecer inofensiva, mas em alguns casos pode-se revelar perigosa, pois o costume de se propagar notícias de fatos inverídicos pode, eventualmente, prejudicar pessoas que jamais fizeram os comentários às mesmas atribuídas, trazendo prejuízos de ordem material, política, familiar, moral, etc.

Já existem profissionais especializados em redes sociais contratados, principalmente por políticos, cujo objetivo espúrio é criar fatos relacionados a seus concorrentes e opositores e “jogar” nas redes para que possam atingir seus adversários. Normalmente as postagens apresentam conteúdo apelativo, com ótimas ilustrações e texto enxuto e bem elaborado, tudo de forma a despertar o interesse dos usuários das redes sociais e facilitar o compartilhamento, que muitas vezes se multiplica em progressão geométrica.

Fico a imaginar como será a “guerra” de informações e compartilhamentos em 2014, ano de eleição.

A quantidade de inverdades que serão compartilhadas sem qualquer critério com certeza será absurda. Então, não custa analisarmos com um pouco de juízo crítico e com certo ar de desconfiança o que lemos no facebook, pois poderemos inocentemente (alguns até maldosamente) estarmos a serviço dos interesses espúrios de alguém.

Ítalo Moreira é promotor público na comarca de Mossoró

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Categoria(s): Artigo / Comunicação

Comentários

  1. François Silvestre diz:

    Perfeito! Aproveito o gancho para fazer uma sugestão ao Dr. Ítalo. De que essa sua lição sóbria, procedente e sensata seja estendida aos seus colegas da Procuradoria do Patrimônio, que ao processar alguém se limitem a fundamentar com provas e expor os fatos, sem adjetivação depreciativa e moralmente ferina. Pois, quando o acusado é absolvido, por improcedência da Ação descabida, o Juiz só define a absolvição, mas não retiras as agressões morais. Não falo em tese, mas de casos já registrados com essa assertiva. Casos concretos!

  2. Pedro Victor diz:

    Se em Mossoró só o que tem é quem invente, manipule ou inverta os fatos para o desmerecimento dos adversários, que dirá no Brasil!

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