Do Canal Meio e outras fontes
Demorou, mas o pacote de corte de gastos saiu. Em pronunciamento ontem à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma redução de despesas de R$ 70 bilhões para “consolidar a sustentabilidade fiscal”. As medidas foram apresentadas sem detalhes — o que será feito hoje pela manhã.
O destaque do dia, no entanto, não foi a redução de despesas, mas de receitas. Horas antes do discurso de Haddad, vazou a informação de que ele anunciaria a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o que de fato fez. Isso deixou o mercado em alerta, levando o dólar a disparar 1,81%, ao maior valor nominal da história, R$ 5,9135. “Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais IR”, afirmou Haddad, destacando essa como a “maior reforma da renda de nossa história”. Respondendo ao temor do mercado financeiro, o ministro garantiu que a medida não terá impacto fiscal, pois será compensada por tributação extra dos chamados super-ricos.
“Quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados”, afirmou. “Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas.” (Meio)
Quanto às medidas de redução de despesas para que o país cumpra a regra fiscal, Haddad citou uma trava no reajuste do salário mínimo, que “continuará subindo acima da inflação”, mas “dentro da nova regra fiscal”; mudanças nas aposentadorias dos militares e limitação de pagamento do abono salarial a quem ganha até R$ 2.640. O ministro também citou que vai “corrigir excessos e garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional” e que as emendas parlamentares crescerão abaixo do limite do arcabouço fiscal.
Haddad disse que “combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e ter juros mais baixos é parte central” do olhar humanista sobre a economia. Leia AQUI a íntegra do discurso. (Meio)
Disparada no dólar
A equipe econômica tentou evitar o desgaste gerado pela isenção do IR, mas perdeu a queda de braço, contam Alvaro Gribel e Daniel Weterman. Haddad vinha tentando dissuadir Lula para que o anúncio não fosse feito neste momento, por entender que a questão merece uma discussão à parte. O esforço envolveu até o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que foi ao Palácio do Planalto explicar a reação que o mercado financeiro poderia ter. E não deu outra. Além da disparada do dólar, o Ibovespa também respondeu mal, fechando em queda de 1,73%, aos 127.668,61 pontos. (Estadão)
A expectativa do governo é que a reforma da renda seja encaminhada ao Congresso ainda neste ano para ser debatida ao longo de 2025 e passar a valer em 2026. Nos cálculos da Fazenda, a isenção tem um impacto de cerca de R$ 35 bilhões, que será compensado pelo imposto mínimo dos super-ricos, e por outros ajustes no IR que serão detalhados hoje. O governo deve propor uma alíquota mínima de 10% no IR para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês. (Folha)
Caio Junqueira: “O pronunciamento em rede nacional do ministro da Fazenda traz um roteiro prévio da campanha à reeleição do presidente Lula em 2026. Apresenta a economia como eixo central das conquistas do governo Lula 3 a serem apresentadas ao eleitor junto com comparações de dados do governo atual com os anteriores. É o ‘Brasil Mais Forte. Governo eficiente. País justo’. Só falta chegar 2026”. (CNN Brasil)
Com relação ao IMPOSTO DE RENDA, promessas de CAMPANHA e não será cumprida o tempo dirá. O IMPOSTO DE RENDA, o contribuinte vem penalizando desde dos GOVERNOS DO PT; vem os dois mandatos de LULA congelado, DILMA, um mandado e meio congelado, TEMER , congelado, BOLSONARO, congelou também e perdeu as eleições, mentiu pagou seu preço. Na sua GESTÃO, quem ganhassem até R$ 5.000,00 não pagaria IMPOSTO e vei o PILANTRA DO LULA, disse quem ganhassem até R$ 5.000,00 não pagaria tudo isto é malandragem, até porque o CONTRIBUINTE não está pedindo favor só observa a defesagem que são perdas não foram consideradas para ter direito de FATO.