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domingo - 08/05/2022 - 12:38h

Negócio rural brasileiro assume protagonismo econômico

Por Josivan Barbosa

O avanço da competência internacional do negócio rural brasileiro atingiu uma escala tão significativa, que nos últimos anos tem contribuído decisivamente para o PIB e para o equilíbrio da balança comercial.

Setor tem impulsionado economia brasileira mesmo em período de crise (Foto: web)

Setor tem impulsionado economia brasileira mesmo em período de crise (Foto: web)

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil chegou a R$ 8,7 trilhões em 2021. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cresceu 8,36% em 2021, a despeito dos efeitos adversos do clima sobre as safras agrícolas. Com isso, o setor alcançou participação de 27,4% no PIB brasileiro, a maior desde 2004 (quando foi de 27,53%).

Em 2021, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) atingiu R$ 1,129 trilhão, 10,1% acima do valor alcançado em 2020 (R$ 1,025 trilhão). De acordo com levantamento da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, as lavouras somaram R$ 768,4 bilhões, o equivalente a 68% do VBP e crescimento de 12,7% na comparação com 2020; e a pecuária, R$ 360,8 bilhões (32% do VBP) e alta de 4,9%. 

Produção de frutas – últimos números 

Segundo os últimos dados publicados pela FAO, a China continua liderando a produção mundial de frutos e hortaliças com um volume em 2020 de mais de 709 milhões de toneladas.

A produção hortofrutícola da China representou 38% do total mundial em 2020, correspondendo a 479 milhões de toneladas de hortaliças , com a batata sendo a mais produzida naquele país asiático (78 milhões de toneladas). Os frutos superaram 232 milhões de toneladas, sendo a melancia o fruto mais produzido (60 milhões de toneladas).

A China é seguida de longe pela Índia, com 208 milhões de toneladas, representando 11% do total mundial, sendo 119 milhões de toneladas de hortaliças e 88 milhões de toneladas de frutos. O terceiro lugar nos dados da FAO é representado pelos EUA com 66,5 milhões de toneladas, 4% do total (43 milhões de toneladas de hortaliças e 23 milhões de toneladas de frutos).

O quarto produtor mundial de frutas e hortaliças em 2020 foi a Turquia com 52 milhões de toneladas e o quinto o Brasil com 45 milhões de toneladas. Ambos os países ocupavam as mesmas posições em 2019.

O sexto produtor mundial em 2020 foi o México com 36 milhões de toneladas e o sétimo foi a Rússia com 35,6 milhões de toneladas. A Espanha ocupou o oitavo lugar, a mesma posição de 2019, com 32 milhões de toneladas.

Diversificação da produção de frutos no Semiárido

Entre as oportunidades que o produtor tem no Semiárido para diversificar a produção de frutos, a pitaya tem sido uma cultura que aos poucos está avançando no Semiárido em área cultivada. Em recente visita ao Distrito Irrigado Jaguaribe-Apodi (DIJA) pudemos constatar in loco o cultivo de diversas novas áreas, sendo que apenas um produtor já possui cerca de 50 Ha e outro com 30 ha.

Outro fruto que está sendo testado no nosso Semiárido (Polo de Agricultura Irrigada RN – CE) é o figo. Nos municípios de Russas, Quixeré, Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte já têm áreas implantadas com essa cultura que tem se mostrado bastante produtivo nas nossas condições climáticas.

Um terceiro fruto que o produtor do Semiárido tem usado para diversificar a produção tem sido a atemoia (híbrido de pinha com cherimoia). Trata-se de um fruto de excelente qualidade e tem mostrado excelente adaptação na região Semiárida. Um produtor do DIJA tem uma área de cinco hectares e, em função da boa produtividade, já pensa em ampliar a área.

Mercado de frutos exóticos

O produtor tem usado preferencialmente o mercado da Grande Fortaleza e de São Paulo. Mas, esses tipos de frutos são altamente desejados na Europa.

A exemplo do Mamão Formosa que é exportado por via aérea, os frutos exóticos podem perfeitamente seguir a mesma logística. O valor elevado do frete aéreo pode ser justificado pelo preço que esses frutos atingem no mercado Europeu. Um bom exemplo é a pitaya que avança na aceitação em diversos países da Europa.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Mundo mergulhando numa recessão global por conta de guerras no Iêmen, Mianmar, Haiti, Ucrânia e em mais outros países; China mais uma vez sofrendo com a COVID-19.
    TODAS, todas as bolsas de valores de TODOS os países hoje em FORTE queda sinalizando que a situação econômica do Brasil vai sofrer mais ainda.
    Minério de ferro que o Brasil exporta para China afunda mais de 5% hoje. Petróleo cai 2%.
    Tudo isto acontecendo e Mossoró se progamando para TORRAR milhões de reais numa festa junina na qual pagará cachês com valores ABSURDOS a cantores do nível de Safadão que vai receber 600 mil reais por uma apresentação no MCJ.
    Mossoró devia estar se preparando para as dificuldades econômicas que terá que enfrentar nos próximos anos.
    Sugiro trocar o nome Mossoró Cidade Junina para Baile da Ilha Fiscal.
    Inácio Augusto de Almeida

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