domingo - 09/02/2025 - 09:58h
Perda

Amigos, família e admiradores dão adeus ao publicitário Rainel Fontes

Rainel Fontes faleceu nesse sábado em Natal (Foto: redes sociais)

Rainel Fontes faleceu nesse sábado em Natal (Foto: redes sociais)

Amigos, familiares e admiradores prestam sua última homenagem ao publicitário Rainel Fontes, natural de Caicó. O velório começou neste domingo (9), às 6h, no Centro Funerário São José, em Natal.

Às 11h30, será celebrada uma missa e, em seguida, uma cerimônia de cremação.

Rainel Fontes teve uma trajetória marcante na publicidade potiguar, atuando em diversas campanhas políticas e projetos audiovisuais, incluindo sua última participação na equipe de gravação da campanha do atual prefeito Paulinho Freire. Mesmo em tratamento contra o câncer, manteve sua dedicação pela profissão.

Recentemente, viajou a Brasília, mas precisou retornar após quatro dias e foi internado no Hospital São Lucas, onde, neste sábado (8), veio a falecer em decorrência da recidiva agressiva da doença.

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Nota do Blog – Que descanse em paz.

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domingo - 09/02/2025 - 09:30h

Os roubos de Shakespeare

Por Marcelo Alves

Arte criada com recursos de Inteligência Artificial - AI Meta - BCS

Arte criada com recursos de Inteligência Artificial – AI Meta – BCS

Estes dias, xeretando a Internet, dei de cara com um verbete da enciclopédia “Britannica”, intitulado “Fontes de Shakespeare”, que interessantemente afirma:

“Com algumas exceções, Shakespeare não inventou os enredos de suas peças. Às vezes, ele usava histórias antigas (Hamlet, Péricles). Às vezes, ele trabalhava a partir de histórias de escritores italianos relativamente recentes, como Giovanni Boccaccio — usando histórias bem conhecidas (Romeu e Julieta, Muito Barulho por Nada) e outras pouco conhecidas (Otelo). Ele usou as ficções em prosa populares de seus contemporâneos em Como Gostais e Conto de Inverno. Ao escrever suas peças históricas, ele se baseou amplamente em tradução de Sir Thomas North de Plutarco, Lives of the Noble Grecians and Romans, para as peças romanas, e nas crônicas de Edward Hall e Holinshed para as peças baseadas na história inglesa. Algumas peças lidam com história bastante remota e lendária (Rei Lear, Cimbelino, Macbeth). Dramaturgos anteriores ocasionalmente usaram o mesmo material (houve, por exemplo, as peças anteriores chamadas The Famous Victories of Henry the Fifth e King Leir). Mas, como muitas peças da época de Shakespeare foram perdidas, é impossível ter certeza da relação entre uma peça anterior perdida e a sobrevivente de Shakespeare: no caso de Hamlet, foi plausivelmente argumentado que uma ‘peça antiga’, conhecida por ter existido, era meramente uma versão inicial da própria peça de Shakespeare”.

Aliás, o fato de William Shakespeare (1564-1616) ter, digamos, as suas “fontes” já era algo sabido e falado à sua época, como atestam documentos contemporâneos referidos no curioso verbete.

Bom, teria então sido o grande Shakespeare um “plagiador”?

O que se sabe, com segurança, acerca da vida de Shakespeare, é muito pouco. Até a sua própria existência, embora isso seja um evidente exagero, é às vezes contestada, com várias teorias conspiratórias sendo sugeridas. Quem sabe algum dia não falaremos sobre elas? Certamente, em Shakespeare, há mais mistérios do que ousa imaginar nossa vã filosofia.

Mas, de logo, afirmo: o Bardo não era um plagiador.

Ao contrário. Ben Jonson (1572-1637), contemporâneo de Shakespeare e durante certo tempo até mais aclamado que ele, considerava Shakespeare um escritor premiado pela natureza com o dom da genialidade. Dizer, sim, que Shakespeare foi um gênio e que ele representa o que de mais sublime há na língua inglesa ou mesmo na natureza humana é afirmar uma verdade hoje quase “científica”.

E, se Shakespeare é considerado um gênio natural, autodidata, isso se deve, em grande medida, à sua capacidade de rapidamente extrair maravilhas das suas fontes, reformulando-as, em tragédias e comédias, quase ao ponto da perfeição. É dito que “Shakespeare provavelmente estava muito ocupado para estudos prolongados. Ele tinha que ler os livros que podia, quando precisava”. Mas há também evidências de que ele, quando necessário, lia acuradamente os clássicos gregos, para fins de elaboração de cada uma de suas peças, assim como as reescrevia e revisava frequentemente.

Na verdade, o escritor de gênio deve ter suas boas fontes. Deve saber das muitas ideias e compreendê-las. Deve interpretar esse seu mundo junto a outros universos e épocas. Deve sobretudo descobrir e dizer o ainda não dito a partir daquilo que já foi dito.

O genial Mark Twain (1835-1910) certa vez disse: “Não existe uma nova ideia. É impossível. Nós simplesmente pegamos um monte de ideias antigas e, então, as colocamos em um tipo de caleidoscópio mental”. E assegurava Picasso (1881-1973): “Bons artistas copiam, grandes artistas roubam”.

Pois então Shakespeare era o gênio que tinha o dom de roubar/transformar o que já era muito em muito mais do que muito.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 09/02/2025 - 08:40h

Justo

Por Bruno Ernesto

Chico Anísio e seu personagem Justo Veríssimo (Reprodução do Diário Popular-MG)

Chico Anísio e seu personagem Justo Veríssimo (Reprodução do Diário Popular-MG)

É muito difícil encontrar alguém que não goste de um bom humor.

Particularmente, sendo bom, não dispenso uma boa piada, especialmente as sarcásticas e de humor ácido.

A despeito da inteligência artificial estar no ápice das discussões em todos os seguimentos, em especial na produção intelectual e científica, que são as áreas formadoras da sociedade moderna, o que mais preocupa o cidadão comum é se, num futuro muito próximo, o que Karl Marx denominou de classe trabalhadora, ou seja, aqueles que vendem a sua força de trabalho em troca de uma contraprestação para sobreviver, terão seu emprego ou atividade econômica garantidos quando a inteligência artificial se estabelecer como ferramenta autônoma.

Estamos vivendo uma nova corrida espacial, tal qual se deu na década de 1960, quando os Estados Unidos e a União Soviética, travavam uma guerra tecnológica para enviar o homem ao espaço e estabelecer novas fronteiras.

Muitas tecnologias desenvolvidas durante a corrida espacial hoje são utilizadas pelo cidadão comum sem nem mesmo supor a sua origem, e que trouxeram avanços práticos como, por exemplo, o revestimento teflon, que impede que o ovo grude na panela ao ser preparado no café da manhã, ou o GPS que você usa no carro.

Claro que ao falarmos de uma tecnologia tão mais complexa e tão mais impactante para economia de um modo geral, pois é possível que impacte sobremaneira o mercado de trabalho, penso que a inteligência artificial, inevitavelmente, terá o mesmo desfecho.

Entretanto, segundo dizem os especialistas, há dois aspectos cuja inteligência artificial encontra óbice: os sentimentos e a criatividade.

Embora possa ser treinada para ter emoções, o que a inteligência artificial faz é, basicamente, pensamento analítico, o que fará com que o conhecimento seja transformando numa commodity como é o café, arroz, soja ou ferro.

Não por onde, o recente lançamento da inteligência artificial chinesa DeepSeek – que tem o código aberto e foi desenvolvida por uma fração do preço da norte-america ChatGPT – causou, num só dia, um prejuízo de um trilhão de dólares nas empresas de tecnologia norte-americanas, dando um recado claro que o futuro da economia global está indiscutivelmente atrelado à inteligência artificial.

Bem, pelo menos nesse primeiro momento quem suportou o prejuízo foram as empresas e não o trabalhador, para a alegria dos marxistas.

A despeito da piada e do humor ácido, lembro muito bem de um episódio em que o brilhante Chico Anysio interpretava o personagem Justo Veríssimo, um deputado sem meias palavras ou subterfúgios quando o assunto era ter vantagem, e que tinha horror aos pobres e trabalhadores.

Na ocasião, durante uma reunião em que se debatiam as novas perspectivas de emprego, o deputado Justo Veríssimo disse que o futuro era dos robôs.

O interlocutor, apreensivo, retrucou dizendo que as pessoas iriam perder os empregos para os robôs e o deputado, de imediato, retrucou dizendo que era melhor ter robô mesmo trabalhando, pois robô não faz greve, não recebe salário, não precisa de descanso, nem namora a filha do patrão.

Nada mais justo.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Blog
domingo - 09/02/2025 - 08:04h
Reportagem especial

A força do sertanejo como gênero musical e sua guinada ideológica

Por Guilherme Werneck (Do Canal Meio)

Gênero musical e seus artistas estão pulverizados por todo o país (Foto: Meio)

Gênero musical e seus artistas estão pulverizados por todo o país (Foto: Meio)

Gusttavo Lima emergiu nesta semana como presidenciável. Sem partido, sem atuação política para além da de soldado na linha de frente da guerra cultural bolsonarista, o cantor, que tem 12,5 milhões de ouvintes mensais no Spotify, surge como a mais nova força da direita na pesquisa Quaest divulgada na última segunda-feira. Se o presidente Lula aparece com folga na preferência dos eleitores nos quatro cenários que combinam como opositores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gusttavo Lima (Sem Partido), Pablo Marçal (PRTB), Eduardo Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União), as intenções de voto no cantor mineiro radicado em Goiânia foram a maior surpresa do levantamento.

No pior cenário para o sertanejo, ele fica em terceiro lugar, com 12% das intenções de voto, apenas um ponto percentual atrás de Tarcísio de Freitas, ou seja, empatado ao se considerar a margem de erro. Já no melhor deles, sem Marçal nem Tarcísio na disputa, consegue um segundo lugar folgado, chegando a 18%.

O desempenho fez com que alguns partidos se mobilizassem em torno de seu nome nesta semana. PRTB e Avante já fizeram propostas de filiação. Nos próximos dias, ele deve conversar com o PRD — partido criado em 2023, a partir da fusão de PTB e Patriota. Legendas maiores, com mais dinheiro do fundo eleitoral, também se aproximaram de Lima. Mas União Brasil, PL e PP não conseguem vê-lo na disputa presidencial, preferem que o cantor tente concorrer ao Senado por Goiás.

Essa projeção de Gusttavo Lima pode ser pensada para além de sua própria figura e do papel que desempenhou nos últimos anos na corte de Bolsonaro. Reflete também o poder da música sertaneja hoje no Brasil. Na mesma segunda-feira, uma pesquisa sobre hábitos culturais, realizada pela consultoria JLeiva Cultura & Esporte e apresentada em um seminário no Itaú Cultural, mostrou que o sertanejo é o gênero musical favorito em 15 das 27 capitais brasileiras. Também é citado por 34% do público como um de seus três ritmos prediletos, superando o pagode (18%) e o samba (11%) somados.

Dá para dizer que, além de conquistar corações partidos e cotovelos doloridos, a música sertaneja também ocupa um papel importante dentro do Brasil polarizado, com uma associação direta com o agro, pop ou tradicional, e também com a direita. Mas nem sempre foi assim. Ao analisar historicamente os principais expoentes do gênero ao longo dos anos, havia uma fluidez política grande.

Contudo, desde o seu nascimento como gênero, o sertanejo é marcado por disputas nos campos simbólico e da cultura. Além disso, a maneira como o negócio da música sertaneja se estrutura ao longo dos anos e a oposição que sofre de setores progressistas têm muito a ver com a recente guinada à direita.

Jeca Tatu versus Jeca total

A música sertaneja como conhecemos hoje começa a se formar nos anos 1970, durante a ditadura militar, embora só vá dominar os ouvidos da classe média a partir dos anos 1990. E nasce de uma ruptura dupla. De um lado, quer se diferenciar da música tradicional caipira; de outro, da idealização do homem do campo combativo e revolucionário, feita por compositores que viriam a formar a MPB nos anos 1960, como Geraldo Vandré, Milton Nascimento e Edu Lobo.

A distinção entre os dois estilos está bem descrita no livro Cowboys do Asfalto – Música Sertaneja e a Modernização do Brasil, lançado pelo historiador Gustavo Alonso em 2015, a partir de sua tese de doutorado — curiosamente a primeira a se debruçar sobre o gênero no país, mais de quatro décadas depois de seu surgimento.

Alonso trata dessa lacuna no livro, e aponta alguns fenômenos para que a música sertaneja não seja objeto de estudo. O primeiro deles é uma espécie de conservadorismo saudosista. Escreve-se sobre a música caipira a partir de uma idealização do homem do campo e de sua relação com a cultura.

Nesse sentido, entender a criação da figura do caipira — e sobretudo os preconceitos e idealizações — é fundamental para dar contorno à gênese desse gênero. No imaginário do Brasil educado, o símbolo do caipira é Jeca Tatu, personagem de Urupês, publicado em 1918 por Monteiro Lobato. Uma figura preguiçosa, que não queria melhorar de vida, à mercê do voto de cabresto, símbolo do atraso.

Um estudo mais bem acabado sobre o caipira só surgiria em 1964, Os Parceiros do Rio Bonito, escrito pelo professor de literatura da USP Antonio Candido, sob uma chave marxista. Deixar esse homem do campo parado no tempo, a despeito das transformações sociais e do êxodo rural que ocorre com a industrialização, preenche o imaginário de toda uma linha de pensamento sobre a música caipira.

Tradição caipira

O cantor Sérgio Reis vive sérios problemas após fazer propagação de ideias antidemocráticas (Reprodução BCS)

O cantor Sérgio Reis faz parte de um segmento tradicional, segundo alguns estudiosos (Reprodução BCS)

“Os escritores da linha saudosista aceitam como legítimos apenas artistas que se identificam com a tradição caipira e a respaldam, como Inesita Barroso, Sérgio Reis, Rolando Boldrin, Pena Branca & Xavantinho e Renato Teixeira. Esses artistas não teriam esquecido as suas origens rurais e seus legítimos representantes, músicos como João Pacífico, Angelino de Oliveira, Raul Torres, Cornélio Pires e Tonico & Tinoco”, escreve.

A oposição se dá com artistas que teriam deturpado os valores autênticos do caipira. Alonso lista justamente os modernizadores do gênero, que não apenas trocam as violas pelas guitarras, baixos, baterias e teclados, como ousam sacrificar a pureza caipira ao incorporar em seus sons o rock americano por via do iê-iê-iê da Jovem Guarda, as rancheras mexicanas e as guarânias paraguaias. São artistas dos anos 1970 como Leo Canhoto & Robertinho, Milionário & José Rico ou Trio Parada Dura.

É uma crítica semelhante à feita aos tropicalistas, lembrando que o tropicalista de primeira hora Tom Zé já cantava sua moda de viola 2001 com os Mutantes. Mas diferentemente dos tropicalistas, que após o exílio de Caetano Veloso e Gilberto Gil passaram a ser aceitos no seleto clube da Música Popular Brasileira, os sertanejos não conseguiram fazer a travessia para o gosto da elite intelectual.

O sucesso desses primeiros artistas que ousaram romper com a tradição é concentrado em algumas gravadoras populares, como a Continental, a Chantecler, a Copacabana. E a partir de 1977, quando a rádio FM é introduzida no país, eles ficam relegados à banda AM. Mesmo duplas que têm sucessos enormes de vendas nos anos 1980, como Chitãozinho & Xororó, não conseguem romper a barreira do FM nessa década.

A grande mudança vem nos anos 1990, quando o sertanejo explode em todo o país e, ao lado do pagode e do axé, se torna não só a música mais vendida como garante também uma ampla difusão em rádio e TV. Ninguém conseguiria mais ignorar o estilo, independentemente de classe social. Não por acaso, é o som que embala as festas do presidente Fernando Collor de Mello na famosa Casa da Dinda.

Para parte da esquerda, a leitura é de que essa música, que agora se aproxima mais do som country pop de Nashville, de artistas como Garth Brooks, além de cafona e pobre liricamente, é também a trilha sonora de um neoliberalismo collorido. Nada de muito novo para uma turma que já vinha apanhando há anos por conta de seu som impuro e entreguista, mero produto da indústria cultural.

Não que isso importasse. Essa geração colecionou discos de platina e lotou por anos as casas de show mais cobiçadas das capitais, como o Canecão, no Rio de Janeiro, ou o Olympia em São Paulo. E, enquanto as grandes gravadoras davam as cartas do mercado e dominavam rádio e televisão, continuaram a vender como água e a fazer shows grandiosos, não só nos rodeios do interior e nas festas de peão — a mais famosa delas acontece em Barretos, no interior de São Paulo—, como nos grandes centros urbanos.

Criando raízes nas capitais, a cultura sertaneja passa a se instalar de uma maneira que não pode ser mais desprezada. Mesmo quando a indústria do disco começa a morrer com a chegada do MP3 no começo dos anos 2000, ela se adapta com facilidade. Mas agora com uma nova geração, ainda mais pop, batizada de sertanejo universitário.

Essa leva começa com duplas como João Bosco & Vinícius, César Menotti & Fabiano e depois desemboca nos sucessos de Luan Santana e Michel Teló. É dessa época, por exemplo, a abertura do Villa Country em São Paulo, até hoje o maior templo da música sertaneja da cidade.

Conversando com Gustavo Alonso, ele vê uma virada na distribuição da música nesse momento. As rádios seguiam importantes, mas, com as gravadoras em declínio, a nova geração abraça a pirataria. “Eles gravavam disco pirata e davam os CDs. E claro, já tinha a internet, o MP3.

Estratégias

Curioso que alguns deles fizeram sucesso antes em alguns lugares que não esperavam. Por exemplo, Vitor & Leo foram morar em São Paulo achando que iam bombar na cidade, onde gravava a geração anterior, e começam a ver a música deles tocar em Uberlândia, por conta da internet”, diz.

Começa aí uma mudança importante que impacta a geração de hoje. Como manter o interesse — e os negócios lucrativos — quando a música produzida tem de competir com canções de todas as épocas disponíveis nas plataformas de steaming? Como migrar do tempo da TV para os canais de YouTube?

Duas estratégias se mostraram vencedoras. A primeira foi a aposta no ao vivo, em grandes espetáculos, festivais, rodeios. Produtoras como a Talismã Music, a Workshow, a AudioMix ou a FS Produções Artísticas passam a dominar esse mercado, não apenas vendendo shows em grandes centros, mas trabalhando as cidades médias, muitas vezes vendendo shows para prefeituras. E, para fazer a música circular, se valeram de uma estratégia emprestada das igrejas evangélicas: não pagar jabá (dinheiro para tocar música na rádio), mas comprar estações de rádio para ajudar a difundir os artistas. Isso sem deixar de fazer um trabalho sério de divulgação junto aos principais streamings e em redes sociais.

Ao mesmo tempo, a música não para de se modernizar e se multiplicar. O que hoje chamamos de sertanejo engloba uma série de subgêneros, do sertanejo raiz ao universitário, do pop ao romântico, da sofrência ao feminejo, além de interseções com outros gêneros populares como o arrocha e o piseiro. É uma cultura muito mais fluida, que já não faz distinção entre arranjos com instrumentos acústicos, elétricos ou eletrônicos.

Política, sucesso e identidade

Se hoje culturalmente o som sertanejo é tão amplo, como explicar a sua guinada para a direita? Na nossa conversa, Alonso identifica alguns movimentos sociológicos. Primeiro é a transformação do campo em agronogócio. A cultura sertaneja hoje é uma cultura urbana. “Apesar do nome sertaneja, eu diria que hoje ela é mais a música das cidades médias brasileiras. Não é exatamente a música de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, embora esteja nessas cidades. Mas são as músicas de Maringá, de Araraquara, de Uberlândia, de Sinop. É o som de um Brasil interiorano, mas que também é urbano.”, diz

E existe o fator de crescer junto com a ideia do agro. “O agro nasce nos anos 1970, com a Embrapa fazendo os estudos de química dos solos que permitem com que comece a se plantar no cerrado, que antes vivia de agricultura de subsistência.” Enquanto o braço do Estado transforma o interior do Brasil em um celeiro mundial, o som sertanejo passa a ser a trilha sonora das cidades que concentram as populações que vivem nessas cidades em franca expansão populacional.

Correndo por fora, existe essa pecha de neoliberal que vem desde os anos Collor. Alonso pensa que, de certa maneira, o campo progressista entregou a música sertaneja para o agro, e desconsiderou seus matizes. “A música sertaneja poderia ser a grande trilha sonora da era Lula, se houvesse uma mínima simpatia por ela. Veja, Lula integrou uma multidão às universidades na mesma época em que surge o sertanejo universitário”, diz.

Zezé e Luciano chegaram a fazer trabalho para Lula (Foto: divulgação)

Zezé e Luciano chegaram a fazer trabalho para Lula (Foto: divulgação)

Salienta, que em seus dois primeiros mandatos como presidente, Lula nunca rompeu com o agro, que Blairo Maggi foi ministro de Dilma Rousseff e que o agro sempre esteve próximo a todos os governos. E que, mesmo entre os sertanejos, havia apoio ao governo Lula. Zezé di Camargo & Luciano, por exemplo, chegaram a fazer jingle para a campanha do petista em 2002.

Nessa questão do preconceito da esquerda, há um paralelo muito próximo com o Brasil evangélico, na visão de Alonso. “Eu arrisco uma hipótese de por que foi tão difícil para os progressistas negociar com essa estética: acho que, no final das contas, é uma dificuldade em ler o Brasil, o Brasil real, o Brasil profundo.”

A guinada à direita viria, então, desse sentido de exclusão, de falta de diálogo e que se torna mais radical com o ambiente de polarização após o impeachment de Dilma. “Nessa hora, a maior parte escolhe um lado. Mas não dá para tratar isso como um fenômeno absoluto. A gente tem exemplos, principalmente dentro do sertanejo mais feminista, de negar esse lugar. Em cultura, nada está dentro de uma caixinha absoluta”, argumenta.

Processo de branqueamento

Uma outra hipótese levantada com frequência é de que a música sertaneja chega a esse lugar através de um processo de branqueamento, que vem junto com a modernidade. Marcos Queiroz, professor no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, desenvolve essa tese em um dos episódios mais interessantes da série Música Negra do Brasil, produzida pela Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles.

Para ele, o gênero sertanejo é antropofágico, bebe de todo o tipo de influências da música de diversas partes do mundo, mas só os brancos conseguem digerir as referências e se manter no mercado. E que esse branqueamento acaba trazendo o apagamento das raízes negras, acarretando em uma falta de representatividade na cena atual.

Alonso tende a relativizar esse branqueamento, dizendo que a polarização o incomoda. “Há uma retórica atual, muito ligada às pautas identitárias, que só quer ver o indígena ou o negro quando ele atua como se espera que o indígena ou o negro atuem. Quando ele não atua desse jeito, não é nem reconhecido como negro nem como indígena” diz.

Ele lembra de uma série de exemplos de negros e indígenas na música, como João Paulo, da dupla com Daniel, de Rick, par de Renner ou, mais recentemente,  de Gabriel Vittor, dos Agroboys, uma das duplas mais entusiastas do agronejo. “Chitãozinho & Xororó têm claros traços indígenas. Claro que isso foi sumindo ao longo da carreira porque o enriquecimento e as plásticas diminuem isso”, diz. “Não é que não haja esse embranquecimento, mas eu fico mais preocupado com o embranquecimento do olhar.”

Fato é que de Ouro Fino à descida pra BC, passando pelo Rancho Fundo, o sertanejo hoje fala com e sobre o Brasil. É só ouvir.

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Categoria(s): Reportagem Especial
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domingo - 09/02/2025 - 07:22h

Sino da vitória

Por Odemirton Filho

Paciente agradece a cura, após tocar sino (Foto: Arquivo do Primeira Página)

Paciente agradece a cura, após tocar sino (Foto: Arquivo do Primeira Página)

Na semana passada, assisti a uma reportagem bastante emocionante, que tocam o nosso coração e a nossa alma. Em um hospital para tratamento de câncer em Cuiabá, salvo engano, ao final do tratamento os pacientes batem um sino, comemorando a remissão.

O ato é de um simbolismo sem igual. Comemora-se a vitória, após um longo e doloroso tratamento. Quem já padeceu desse mal ou acompanhou o sofrimento de uma pessoa querida, sabe o quão é importante agradecer e festejar a recuperação.

Muitas são as batalhas da vida, as quais travamos diuturnamente. Enfrentamos lutas de todos os tipos, num embate sem trégua pela nossa sobrevivência. Cada um de nós tem a sua labuta individual, uns mais, outros menos.

E vencer uma batalha, por vezes desigual, é motivo de regozijo. Quantas pessoas não estão a padecer nos leitos de hospitais ou de suas casas? Muitos venceram, muitos perderam. A ciência, infelizmente, ainda não conseguiu descobrir a cura para o câncer. Há, sem dúvida, investimentos de bilhões em pesquisas, mas, até o momento, não se conseguiu a cura para todos os tipos, embora existam tratamentos.

Entendo as famílias que passam por esse momento delicado da vida, pois há mais de vinte anos perdi um sobrinho quando ele ainda era criança. A nossa família sofreu demasiadamente, foi um dor sem igual, até hoje sentimos o gosto amargo da saudade. Ao ver a vitória de pessoas que lutam contra esse mal, fiquei imensamente feliz.

Certa vez, John Donne (1572 – 1631), um dos maiores poetas da língua inglesa, escreveu:

“Nenhum homem é uma ilha, inteiramente isolado, todo homem é um pedaço de um continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntai: Por quem os sinos dobram; eles dobram por vós”.

Aliás, foi inspirado nesse texto, que Ernest Hemingway, escritor norte-americano, escreveu um dos seus mais famosos romances. Que muitas pessoas possam continuar batendo o sino da vitória. Afinal, a vitória de um é a vitória de todos.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 09/02/2025 - 05:52h

Traquinices de Juju

Por Marcos Ferreira

Juju entretida com um de seus brinquedinhos  (Foto do autor da crônica)

Juju entretida com um de seus brinquedinhos (Foto do autor da crônica)

Nasceu no dia 24 de novembro. Há dois meses e quinze dias, portanto. Sabemos precisamente a data porque foi justo no aniversário de Andrea, esposa de meu amigo Marquinhos Rebouças. A mãe de Juju deu à luz nove rebentos, entre os quais adotei essa feroz devoradora de ração. É cheia de inocência, de amor, de pureza, no entanto adora mordiscar os meus calcanhares e os de Natália.

Fui orientado a presenteá-la com alguns brinquedinhos de borracha. Fiz isso, adquiri três brinquedos de cores e formatos diversos e ela gostou bastante, de maneira que os meus tornozelos quase não são lembrados. Juju é uma autêntica vira-lata, característica que me agrada. Já adotei, além de Juju, três gatinhas de rua, pequeninas e sem amparo nenhum, obviamente. Cuidei das felinas, levei-as a veterinários, que ministraram medicamentos e realizaram as castrações quando as bichanas atingiram a idade apropriada. Asseguro que essas companhias só me fazem bem.

Com tantas criaturinhas por aí necessitando de acolhimento, de um lar, de água e comida, não vou a lojas do ramo comprar um gatinho ou um cachorrinho. Não critico de forma alguma quem paga por um pet de raça, com pedigree, como se diz. Pois também receberão amor, cuidados, zelo. Acredito que São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais, deve ficar feliz do mesmo jeito.

Juju é tipo uma criança. Tem as suas traquinices, os seus comportamentos que geram um certo caos doméstico. É preciso retirar das suas vistas uma variedade de objetos, a exemplo de tênis e chinelos. Como durmo de rede na sala, onde gosto de assistir a filmes e séries, tinha por hábito pôr uma cadeira perto da rede para colocar o telefone, o controle da tevê e meus óculos. Quando o sono batia, simplesmente desligava a televisão e capotava. Até que uma noite eu me dei mal.

Acordei por volta das oito da manhã. Ao procurar as sandálias, tinham sumido. O mesmo aconteceu com os óculos e o celular. Fiquei logo aflito, sobretudo, pelo desaparecimento dos óculos novinhos, substituídos no mês passado. Juju despertara mais cedo, claro. Encontrei o celular junto da porta da frente, separado da capinha de proteção. Senti uma dor na alma quando vi os óculos diante da geladeira. Os vidros ficaram em contato direto com o piso grosso, ainda sem cerâmica. Não teve escapatória. As duas lentes estão repletas de arranhões profundos. Um prejuízo! Os chinelos, estes completamente intactos, ela carregara para debaixo da escrivaninha.

O celular também ficou um pouquinho arranhado. Apesar disso tudo, Juju continua dormindo dentro de casa, em uma caminha fofa, quadrada, com bordas altas e acolchoadas. Algumas vezes, entretanto, ela adormece sob minha rede. Além disso, inocente que é, uma hora ou outra a danada faz as suas “necessidades” em qualquer lugar da casa. Ao menos o cocô é durinho e fácil de limpar.

Quanto à urina, restrita à sala e a cozinha, já que agora mantenho o quarto e o banheiro com as portas fechadas, eu resolvo com água sanitária e um limpador perfumado. Escrevo esta crônica com os arranhões das lentes atrapalhando o serviço. No mais aprendi a lição. Não marco mais bobeira. Juju não perdoa. Quando meu orçamento permitir, trocarei novamente os vidros dos óculos.

Sendo ainda uma filhota, nutro a expectativa de que adquira bons modos no tocante às referidas peraltices e aos inconvenientes fisiológicos. Descobrirá o quintal como lugar adequado para suas dejeções e micções. Porque nosso bem querer se mostra mais firme e forte à medida que Juju vai crescendo.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
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sábado - 08/02/2025 - 23:44h

Pensando bem…

“O ser humano tem muito mais desejos que necessidades.”

Johann Goethe

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 08/02/2025 - 17:24h
Despedida

Perdemos Marcos Alexandro Bezerra

"Marquinhos", um amigo e parceiro de muitos trabalhos (Foto: reprodução)

“Marquinhos”, um amigo e parceiro de muitos trabalhos (Foto: reprodução)

Recebo notícia triste da partida de um amigo de longas datas e muitas parcerias de trabalho. Marcos Alexandro Bezerra, 51, foi embora mais cedo, à tarde dessa sexta-feira (07).

Tratava-se contra um câncer.

“Marquinhos” era do bem, sempre leve e sorridente. Competente no que fazia.

Descanse em paz, meu caro.

P.S. Ele foi sepultado à tarde deste sábado (08), no Cemitério Novo Tempo.

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Categoria(s): Gerais
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sábado - 08/02/2025 - 15:22h
Luto

Deputado estadual Francisco do PT informa morte de seu pai

João faleceu neste sábado, comunicou Francisco do PT (Foto; redes sociais)

João faleceu neste sábado, comunicou Francisco do PT (Foto; redes sociais)

Nossa solidariedade ao deputado estadual Francisco do PT. Neste sábado (08), ele perdeu seu pai – conhecido como João de Pedro Lúcio, de Carnaúba dos Dantas.

O parlamentar, que é líder do Governo Fátima Bezerra (PT) na Assembleia Legislativa, ex-vereador e ex-prefeito de Parelhas, noticiou o óbito em suas redes sociais.

Porém, não deu maiores detalhes, como a causa da morte e detalhes sobre velório e sepultamento.

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Categoria(s): Gerais / Política
sábado - 08/02/2025 - 12:24h
Negócios

Gigante supermercadista estuda implantação de loja em Mossoró

Fachada de loja com logomarca do Grupo Mateus (Reprodução do BCS)

Fachada de loja com logomarca do Grupo Mateus (Reprodução do BCS)

O Grupo Mateus está novamente sondando o mercado mossoroense para instalar uma unidade de negócios. Parece que dessa vez, vai.

Ah, vai! Vai dar certo, sim!

O Mateus foi fundado por Ilson Mateus Rodrigues em 1986, em Balsas, distante 833 Km de São Luís-MA. A pequena mercearia familiar se agigantou e enxerga Mossoró como estratégica para dar mais um salto, agora no RN.

Sua atuação ocorre nos segmentos de supermercados, atacarejo, móveis e eletrodomésticos, e-commerce, alem de panificação. É a maior rede varejista das regiões Norte e Nordeste do pais e a quarta maior empresa de varejo alimentar do Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

Emprega mais de 40 mil pessoas em mais de 200 unidades de negócio.

Venham logo.

Sejam bem-vindos.

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Categoria(s): Economia / Gerais
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sábado - 08/02/2025 - 07:52h
Selo GPTW Brasil

ART&C e Maxmeio são tricampeãs como lugar de bem-estar no trabalho

Equipe, sócios e troféu numa simbiose de alegria pelo tri (Fotomontagem do BCS)

Equipe, sócios e troféu numa simbiose de alegria pelo tri (Fotomontagem do BCS)

A melhor ‘lacração’ é divulgarmos notícia boa. Então, tome. Vamos a mais uma que a gente se esbalda em partilhar. Seguuura!

As agências natalenses ART&C e Maxmeio são tricampeãs do Great Place To Work (GPTW), selo que destaca as melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Com a maior nota desde que começaram a participar do prêmio, em 2023, as duas agências irmãs seguem se destacando no mercado local e nacional. Fazem jus ao propósito de “ser o lugar onde os melhores queiram estar.”

O GPTW premia as melhores empresas para se trabalhar do Brasil. Os colaboradores respondem a uma pesquisa confidencial, onde opinam de maneira anônima sobre as condições de trabalho no dia a dia, além de apontarem benefícios e políticas de inclusão e diversidade. Pelo terceiro ano consecutivo, a ART&C e a Maxmeio conquistaram o reconhecimento. É mais um selo de qualidade para quem faz da nossa propaganda um sucesso nacional.

É um reconhecimento às empresas que promovem o bem-estar dos seus colaboradores, através da inclusão, da diversidade e das melhores práticas de trabalho. Um feito para o nosso mercado publicitário.

“O GPTW é a prova que estamos no caminho certo. Crescendo com foco na satisfação dos clientes e também dos nossos colaboradores”, afirma Arturo Arruda, que juntamente com Flávio Sales e João Daniel Vale comanda as duas agências.

Motivação

Para João Daniel, o crescimento das empresas – hoje com sedes físicas nos estados do RN, PB, SE e MT e ainda com clientes em São Paulo e no Distrito Federal – veio naturalmente, assim como a aprovação dos colaboradores, que esse ano foi recorde. “A gente vem numa crescente. À medida em que vamos expandindo nossa atuação para novos mercados, mantemos a filosofia de oferecer um ambiente de trabalho inclusivo e motivador. Esse é o resultado.”

Para Flávio Sales, o prêmio é mais uma conquista a se comemorar: “Somos a maior agência, a mais premiada e temos os colaboradores mais satisfeitos, pelo terceiro ano consecutivo. Já podemos pedir música no Fantástico.”

Nota do Blog – A alegria e o êxito de vocês, dessas marcas, me fazem bem. Sou ‘de casa’ e acompanho há muitos anos essa escalada prodigiosa, estímulo para todos nós. Bravo, turma.

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Categoria(s): Comunicação
sábado - 08/02/2025 - 07:00h
Tributos

Auditores Fiscais lançam Carta Aberta à Sociedade Mossoroense

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

O Sindicato dos Auditores Fiscais Tributos Municipais de Mossoró (SINDAF). Assinada por seu presidente, o auditor fiscal Hugnelson Vieira da Silva, o documento propõe-se a “explicar e esclarecer que o trabalho de orientação, fiscalização e aplicação da legislação tributária.”

Ao mesmo tempo, reforça, que o trabalho de atualização cadastral e de valor venal dos imóveis na cidade de Mossoró, realizado nos anos de 2023 e 2024, decorreu de rotina fiscalizatória administrativa, conduzida dentro dos parâmetros legais e normativos, em atenção à Recomendação Ministerial expedida pela 19ª Promotoria do Patrimônio Público à Prefeitura de Mossoró, em junho de 2023.  Rechaça hostilidades à atividade pública, à base de desinformação e interesses alheias ao próprio interesse público e dos contribuintes.

Carta Aberta à Sociedade Mossoroense

O SINDAF – Sindicato dos Auditores Fiscais Tributos Municipais de Mossoró vem, perante a sociedade mossoroense, informar, explicar e esclarecer que o trabalho de orientação, fiscalização e aplicação da legislação tributária municipal é uma atividade inerente ao exercício profissional dos Auditores Fiscais de Tributos Municipais, carreira típica de Estado exercida por servidores públicos concursados, conforme previsão constitucional.

Nesse sentido, é importante destacar que o trabalho de atualização cadastral e de valor venal dos imóveis na cidade de Mossoró, realizado nos anos de 2023 e 2024, decorreu de rotina fiscalizatória administrativa, conduzida dentro dos parâmetros legais e normativos, em atenção à Recomendação Ministerial expedida pela 19ª Promotoria do Patrimônio Público à Prefeitura de Mossoró, em junho de 2023.

Ressalta-se que esse tipo de fiscalização e atualização cadastral de imóveis já foi realizado em anos anteriores, especialmente em 2017, quando foi feita uma atualização cadastral por meio de georreferenciamento.

No desempenho de suas atividades administrativas, o Auditor Fiscal de Tributos Municipais, no exercício do poder de polícia, possui a prerrogativa e o dever de fiscalizar imóveis na cidade com eventuais irregularidades do ponto de vista fiscal, aferindo seus valores venais atuais e podendo reclassificá-los de acordo com suas características atualizadas (como, por exemplo, quando um TERRENO é transformado em EDIFICAÇÃO PRONTA), sempre em observância aos parâmetros legalmente estabelecidos.

É importante registrar que é garantido ao contribuinte mossoroense o direito à ampla defesa e ao contraditório administrativo. Caso haja discordância em relação ao lançamento do imposto, o contribuinte pode abrir um processo administrativo tributário, atualmente disponível de forma totalmente digital, por meio da Sefaz Digital, no site: contribuinte.mossoro.rn.gov.br, para apresentar suas considerações de fato e de direito.

Por fim, informamos que o lançamento tributário dos impostos municipais é uma atividade plenamente vinculada ao Código Tributário Municipal. Além da fiscalização do IPTU, os Auditores Fiscais de Tributos Municipais também são os agentes públicos responsáveis pela fiscalização do Imposto Sobre Serviços (ISS), do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e das taxas municipais.

Cabe ao Auditor Fiscal do Município a fiscalização e o fiel cumprimento dessa legislação, por ser o agente executor responsável pela realização da Justiça Fiscal. Sindicato dos Auditores Fiscais de Tributos Municipais de Mossoró.

Hugnelson Vieira da Silva

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Categoria(s): Administração Pública / Gerais
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sábado - 08/02/2025 - 06:20h
Grande Natal

Governo entrega serviço de ortopedia para Região Metropolitana

Proposta do investimento é desafogar o Walfredo Gurgel (Foto: Governo do RN)

Proposta do investimento é desafogar o Walfredo Gurgel (Foto: Governo do RN)

A saúde pública do Rio Grande do Norte passa a contar, a partir desta sexta-feira (7) com um serviço inédito. O Governo do Estado inaugurou, em Macaíba, a primeira unidade regional para atendimento ortopédico de baixa e média complexidade. Os primeiros pacientes já passaram a ser encaminhados ao serviço no fim da tarde.

O serviço, instalado no Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, vai atender à população de seis municípios da Região Metropolitana – Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, além da própria Macaíba -, com o objetivo de desafogar o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.

“Esta não é uma entrega qualquer. Investimos mais de R$ 500 mil para estruturar um novo serviço que é um passo muito importante na melhoria do SUS no nosso estado, com um serviço de qualidade. E o próximo passo de caráter estruturante é o Hospital Metropolitano”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

Capacidade de resposta

O serviço de ortopedia, gerido pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), conta com centro cirúrgico, oito leitos de enfermaria, dois consultórios, além de toda estrutura para suturas, colocação de gesso, exames e outros pontos.

“Estamos estimando uma média de seis cirurgias por dia. Será uma ação monitorada de forma permanente, já a partir de hoje. Vamos trabalhar para que o Walfredo sofra menos pressão de atendimentos e que o serviço em Macaíba seja de alta qualidade e capacidade de resposta”, destacou a secretária de Saúde Pública do RN, Lyane Ramalho.

Nota do Blog – Maravilha, governadora Fátima. Demorou muito, muito mesmo essa iniciativa, mas merece aplausos e apoio. Da mesma forma, é preciso enxergar a carnificina do interior. O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) é asfixiado, entre outros problemas, por alta demanda nessa área. Foque em investimento semelhante para desafogá-lo no atendimento a Mossoró e região. É isso.

Serviços de baixa e média complexidades serão realizados (Foto: Governo do RN)

Serviços de baixa e média complexidades serão realizados (Foto: Governo do RN)

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
sábado - 08/02/2025 - 05:50h
Basquete

“Projeto Cestinhas” entra ciclo 2025 com grande ampliação

Lucas Negreiros mostra avanço para 18 bairros, aumento de vagas e novo polo Foto: divulgação)

Lucas Negreiros mostra avanço para 18 bairros, aumento de vagas e novo polo Foto: divulgação)

A Associação Atlética Santa Delmira (SADE) abriu nessa semana as atividades da edição 2025 do “Cestinhas”, projeto social gratuito que envolve crianças e adolescentes com a prática do basquete. O evento marcou numa etapa desse trabalho crescente em Mossoró.

Em cerimônia realizada nessa terça-feira (04) no Complexo Clístenis Juny – sede do projeto –, no Santa Delmira, a associação apresentou aos familiares dos atletas as principais novidades deste ano, entre elas a ampliação de 135 para 250 no número de pessoas atendidas, e a abertura de um novo polo do projeto, no conjunto Abolição V.

O subsecretário estadual de esporte e lazer, Cezinha Nunes, prestigiou a abertura das atividades, enaltecendo a seriedade do trabalho desenvolvido pela associação e a importância do trabalho para a infância e juventude mossoroense. “O Cestinhas já vai se consolidando como projeto referência no Rio Grande do Norte e no Brasil, como modelo que mostra que é possível fazer a transformação social por meio do trabalho coletivo”, disse.

O projeto conta com patrocínio do Governo do Estado, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte RN+ Esporte e Lazer, e da Trevo Embalagens. “É muito bom chegar aqui mais um ano e ver este projeto crescendo desta forma”, comentou Lucas Maia, da Trevo.

Apoiadora do projeto social, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) e da Faculdade de Educação Física (FAEF), a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) também marcou presença, com o pró-reitor de extensão, Esdras Marchezan, representando a Reitora Cicília Maia. “Este trabalho conta com o apoio da Uern, tendo estudantes do curso de Educação Física integrando a equipe principal e fazendo a diferença na vida destas crianças. Isso é bonito demais de ver”, destacou.

18 bairros

Em dois anos de atividade, o “Cestinhas” já alcançou crianças e adolescentes de 18 bairros mossoroenses, que semanalmente chegam ao pólo Santa Delmira para participar das atividades.

“Desde o início temos o pensamento de consolidar o trabalho aqui no Santa Delmira e, depois, poder levar esta experiência para outras regiões de Mossoró e do Rio Grande do Norte. Com o apoio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, do Governo do RN, estamos ampliando o projeto, com um segundo polo, no Abolição V, e dobrando a quantidade de vagas ofertadas. É muito gratificante”, comentou Lucas Negreiros, presidente da Sade.

“Quanto mais projetos e políticas públicas, que ofertem possibilidades como essa aos nossos jovens, existirem, nossa cidade se desenvolve mais em cidadania, educação, esporte, cultura, e lazer. Nosso mandato, na Câmara, estará sempre pronto para apoiar este projeto”, disse o vereador Petras Vinicius (UB) – um dos principais incentivadores da iniciativa.

A entrega dos uniformes aos novos alunos será realizada no dia 13 de fevereiro, e a retomada oficial dos treinos está marcada para 17 de fevereiro.

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Categoria(s): Esporte / Gerais
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sexta-feira - 07/02/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“Ninguém pode torná-lo ciumento, bravo, vingativo ou ganancioso – a menos que você o permita.”

Napoleon Hill

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Categoria(s): Pensando bem...
sexta-feira - 07/02/2025 - 23:26h
Anote, por favor

Fevereiro promete e com certeza teremos grandes surpresas

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

O mês de fevereiro promete na política do RN.

Inclusive, algumas surpresas.

Decisões inesperadas, anote.

Há um quadro carregado de tensões na oposição e governismo, já de olho na campanha do próximo ano.

Parece que tudo está muito longe ainda.

Engano.

A peleja de 2026 já começou.

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sexta-feira - 07/02/2025 - 23:10h
ALRN

Primeira edição do ano do “Assembleia e Você” mobiliza Alto Oeste

Diversos serviços foram oferecidos, numa integração entre poder e cidadão (Foto: ALRN)

Diversos serviços foram oferecidos, numa integração entre poder e cidadão (Foto: ALRN)

A primeira edição de 2025 do Programa “Assembleia e Você”, realizada ontem (6) e hoje (7), no município de Tenente Ananias, localizado na região do Alto Oeste Potiguar, mobilizou a população da cidade e da região. Mais de quinze mil atendimentos foram realizados nos dois dias de evento, que chegou para incrementar a programação de Emancipação Política do município.

“Esse é um presente que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte entrega a população da nossa cidade. Ofertamos serviços educacionais, culturais, sociais e de saúde. Levamos especialistas como cardiologistas, ortopedistas, pediatras, nutricionistas, nefrologistas zerando a demanda do município para essas especialidades”, ressaltou o deputado estadual Dr. Kerginaldo, presente ao evento.

Em sua 13ª edição, o Assembleia e Você inova com a realização de mais de 50 pequenas cirurgias. O serviço, promovido em parceria com a prefeitura, aconteceu no Hospital Fundação Beneficente Lindolfo Fernandes dos Santos e foi executado pelo médico e deputado Dr. Kerginaldo (PSDB).

“Mais um serviço que vem para resolver uma demanda da população do município. Realizamos 50 pequenas cirurgias, contribuindo para que essa fila de espera fosse zerada”, disse Dr. Kerginaldo.

À população da cidade e da região foram ofertados serviços gratuitos como retirada de documentos (RG, carteira de trabalho e CPF,) capacitação profissional, oficinas de artesanato, oficinas de educação, corte de cabelo. Todos os serviços médicos, adulto e infantil, foram oferecidos na estrutura da Escola Municipal Professora Francisca Maria da Silveira Santos. Já as atividades de orientação em saúde bucal e recreação infantil e a entrega de kits educativos foram realizadas no Ginásio Poliesportivo Vicente Jacione da Costa.

“Começamos o ano com o pé direito e certos que o que o Assembleia e Você contribuiu com a saúde, com a educação, cultura e cidadania desse povo tão acolhedor de Tenente Ananias”, destacou Ricardo Fonseca, diretor de Políticas Complementares da Assembleia Legislativa.

O balanço inicial mostra que, nos dois dias de evento, mais de 15 mil atendimentos foram realizados, visto que a média, por pessoa, chega a cinco serviços utilizados.

“Vim os dois dias. Ontem passei pelo médico, participei de uma oficina com garrafa Pet e da palestra dos Bombeiros. Hoje trouxe meu neto que fez a segunda via da carteira de identidade dele, cortou o cabelo, passou pela recreação, ganhou um kit da Assembleia, comeu pipoca e algodão doce e ainda teve o rostinho pintado. Saio daqui muito feliz, principalmente com a forma como fomos tratados”, agradeceu Maria do Socorro Silva.

Parcerias

“Nada disso seria possível se não tivéssemos ao nosso lado grandes parceiros e nossos servidores que fizeram a diferença com a qualidade do serviço prestado e a humanização do atendimento em mais uma edição do Assembleia e Você”, agradeceu Isa Carneiro, chefe da divisão de projetos culturais da ALRN.

O evento ocorre em parceria com a Prefeitura de Tenente Ananias, Detran/RN, Corpo de Bombeiros Militar, Corpo de Bombeiros Civil de Tenente Ananias, Caern, Fecomércio, Sine, Anoreg, Codace e Itep/RN. “A parceria com todas essas instituições possibilita que a Assembleia Legislativa leve cidadania e dignidade para milhares de cidadãos, nos quatro cantos desse Estado. Nós da Anoreg nos sentimos honrados em participar dessas ações”, declarou Nibaneide Lira da Silva Nunes, tabeliã interina e representante da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg).

“Já nos colocamos à disposição da Assembleia Legislativa para estarmos novamente juntos nas próximas edições do Assembleia e Você. Uma oportunidade da PRF estar mais próximo da população”, declarou Nivaldo Neto – Chefe do núcleo de segurança viária da PRF no RN.

A viabilidade de mais uma edição do Assembleia e Você, passa pelo planejamento estratégico e economicidade de uma gestão que busca interiorizar o Parlamento Potiguar e suas ações. “É preciso muito planejamento e gestão dos recursos públicos, para que possamos proporcionar mais cidadania a população do nosso Estado com uma ação tão gratificante como o Programa Assembleia e Você. Essa tem sido uma orientação da gestão do nosso presidente Ezequiel Ferreira”, ressaltou Pedro Cascudo, diretor administrativo da Assembleia Legislativa.

Assembleia e Você

O ‘Assembleia e Você’ é um programa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, reconhecido nacionalmente e ganhador do Prêmio Unale. Foi criado em 2017 e promove atendimentos e ações gratuitas nas áreas sociais, de educação, cultural, de saúde e cidadania para todas as regiões do Rio Grande do Norte. Um conjunto de serviços públicos considerados essenciais para consolidar a cidadania do povo potiguar. O projeto acontece de forma itinerante, democratizando os serviços da Casa Legislativa e beneficiando também a população do interior do RN.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 07/02/2025 - 16:30h
Concursos suspensos

Prefeitura e Uern são prejudicadas pela mesma empresa

Centenas de pessoas estão sendo prejudicadas (Foto ilustrativa)

Centenas de pessoas estão sendo prejudicadas (Foto ilustrativa)

Dois entes públicos de peso estão de mãos atadas em relação a concursos públicos que promoveram ano passado: Prefeitura Municipal de Mossoró e Universidade do Estado do RN (UERN). Unindo-os no embaraço, a mesma empresa ‘responsável’ pelos respectivos certames: Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial (IDECAN), de Brasília.

No dia 17 de janeiro, portaria suspendeu o Concurso Público de Provas e Títulos para provimento de vagas de professor do Ensino Superior,  regido pelo Edital nº 01, de 05 de janeiro de 2024, na Uern (veja AQUI).

Denúncias apontam que o sistema do Idecan revelou a identidade dos candidatos perante as bancas examinadoras, violando os princípios da legalidade e da impessoalidade. A reitora da Uern, professora Cicília Maia, reagiu: “Diante da necessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa, antes de adotar novos procedimentos com vistas à conclusão do concurso, será instalado um procedimento de apuração das denúncias.”

Quanto à Prefeitura de Mossoró, a Justiça do RN determinou nesta quarta-feira (05), a suspensão do resultado final do concurso público para a Educação do município – veja AQUI. A magistrada do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública, Gisela Besch, acolheu recurso de uma candidata que atestou não ter tido acesso à folha resposta da sua prova dissertativa, além de outros fatores que a prejudicaram no certame. De novo o Idecan.

A empresa disse em nota que “sempre prezou pela isonomia, transparência e confiabilidade durantes os processos seletivos.” Assegurou também que cumprira todas as suas obrigações no certame.

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sexta-feira - 07/02/2025 - 14:50h
Inverno

Açude ganha mais de 1 milhão de metros cúbicos de água em 24 horas

Gargalheiras recebeu uma recarga impressionante em poucos dias (Foto: Caern)

Gargalheiras recebeu uma recarga impressionante e está com 75% de sua capacidade de armazenamento (Foto: Caern)

Fundamental para o abastecimento de Currais Novos e Acari, o Açude Gargalheiras (em Acari) recebeu mais de 1 milhão de metros cúbicos de água em apenas 24 horas, elevando o volume acumulado para 33,34 milhões, o equivalente a 75% da capacidade de armazenamento. Ele pode armazenar até 44 milhões de metros cúbicos de água e fica a cerca de 4,5 quilômetros do Centro urbano de Acari.

Na primeira semana de fevereiro do ano passado, Gargalheiras acumulava menos de 5% e a Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN) buscava alternativas para evitar o colapso no fornecimento de água para as duas cidades que, juntas, têm mais de 50 mil habitantes.

Dois outros reservatórios do Seridó também receberam recarga significativa, consequência das chuvas dos últimos dias na região, segundo relatório divulgado pelo Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN). São eles, o Zangalheiras e o Açude de Cruzeta.

O volume do Zangarelhas, localizado em Jardim do Seridó, subiu para 2,91 milhões de metros cúbicos, 36,85% da capacidade total, que é de 7,9 milhões. Na segunda-feira, 03 de fevereiro, o volume registrado era de 2,68 milhões. O açude público de Cruzeta recebeu 3,24 milhões de metros cúbicos de recarga. Atualmente, o reservatório acumula 20,52 milhões, ou 87,13% da capacidade total, que é de 23,55 milhões. No início da semana, o porcentual era de 73,39%.

Um dos pontos de captação de água para alimentar a Adutora Monsenhor Expedito, no Agreste Potiguar, a Lagoa do Bonfim apresentou aumento volumétrico, acumulando 48,94 milhões (58,09%). Na semana passada, o volume era de 47,67 milhões (56,57%).

Reservatórios menores também apresentaram incrementos positivos. Caso dos açudes Sossego, em São Fernando; e Riachão, em Rodolfo Fernandes. No primeiro, o volume acumulado equivale a 59,57% da capacidade, e no segundo, 49,55%.

Maior reservatório do RN, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves,  acumula atualmente 1,562 bilhão de metros cúbicos (65,84%). No relatório anterior, ela estava com 65,95%. A Barragem  Santa Cruz do Apodi, acumula 420,68 milhões (70,15%), e a de Umari, em Upanema, 225,28 milhões ou 76,94% da capacidade.

No total, os 65 reservatórios públicos monitorados pelo Igarn acumulam, nesta sexta-feira, 07 de fevereiro/25, um total de 2,77 bilhões de metros cúbicos, 60,97% da capacidade, maior volume desde 2012. Um desses reservatórios, a barragem Dinamarca, em Serra Negra do Norte, foi o primeiro a atingir 100% da capacidade, que é de 2,72 milhões de metros cúbicos.

Chuvas

Em janeiro, as chuvas ficaram acima do esperado no Rio Grande do Norte. Na Mesorregião Central, onde o Seridó se localiza, o esperado para o mês era de 58,2 milímetros e foi observada uma média de 150,1 milímetros pela Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN). Para os meses de fevereiro, março e abril de 2025, a condição esperada é de chuvas próximas da condição climatológica devido às condições presentes nos oceanos.

Reservatórios

Volume de água armazenada na primeira semana de fevereiro (%)

2025: 60,97

2024: 50,09

2023: 43,55

2022: 39,39

2021: 43,01

2020: 22,36

2019: 21,09

2018: 10,59

Leia também: Gargalheiras sangra após 13 anos (03 de abril de 2024)

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 07/02/2025 - 12:46h
Futebol

General Girão promete dinheiro para clubes e quer Nogueirão de pé

Genivan, Jerônimo, Girão e Lima: prioridade é Nogueirão e não um estádio novo Foto: redes sociais)

Genivan, Jerônimo, Girão e Lima: prioridade é Nogueirão e não um estádio novo Foto: redes sociais)

Em reunião provocada pelo ex-candidato a prefeito de Mossoró no ano passado, Genivan Vale (PL), o deputado federal General Girão (PL) conversou em Mossoró à noite dessa quinta-feira (06), num restaurante da cidade, com presidentes de Potiguar e Baraúnas. Eles pediram socorro financeiro.

Participaram da reunião com o General Girão e Genivan Vale, Jerônimo Jales (presidente do Potiguar) e Lima Neto (presidente do Baraúnas).

O parlamentar prometeu recursos de emendas para os dois clubes.

Também defendeu que Potiguar e Baraúnas lutem para reconstrução do Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, que foi interditado ano passado. Girão não incentiva proposta da municipalidade para permuta do imóvel onde existe o Nogueirão, por estádio novo noutra área da cidade.

Foi o modelo que o ABC de Natal adotou com bastante sucesso. Inaugurou seu estádio próprio dia 22 de janeiro de 2006, há 19 anos.

Desabamento

Dia 10 de fevereiro do ano passado, o Nogueirão desabou de vez (veja AQUI). Área onde ficam cadeiras, vestiários, administração, lanchonetes e cabines de rádio/TV’s foi ao chão com forte tempestade.

Estádio já tinha mais de 80% de sua estrutura considerada comprometida e fechada à presença de público.

Histórico 

Inaugurado em 4 de junho de 1967, há quase 58 anos, desde 2004 que o Nogueirão tem sofrido constantes interdições. Foi municipalizado e reaberto em 2021, início da gestão anterior do prefeito Allyson Bezerra (UB). Até 2023 foi utilizado para competições amadoras e oficiais.

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Leia tambémEstádio tem cobertura arrancada por ventania

Leia tambémEm ruínas, Nogueirão é bandeira de pressão oposicionista

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Categoria(s): Esporte / Política
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sexta-feira - 07/02/2025 - 09:50h
Solução à crise

Lula sugere à população que boicote alimentos caros

Do Canal Meio e outras fontes

Está faltando comida na mesa do pobre; Lula sabe disso (Foto ilustrativa)

Está faltando comida na mesa do pobre; Lula sabe disso (Foto ilustrativa)

O presidente Lula (PT) aproveitou uma entrevista a rádios baianas para justificar o peso da inflação no bolso dos brasileiros. Além de responsabilizar a gestão anterior do Banco Central, de Roberto Campos Neto, orientou consumidores a não comprar o que está caro como forma de pressionar empresários a uma redução nos preços dos alimentos, que encerraram o ano com alta de 7,69%, bem acima dos 4,83% do IPCA.

“Tivemos um aumento do dólar, porque tivemos um BC totalmente irresponsável que deixou uma arapuca que a gente não pode desmontar de uma hora para outra. Eu não posso fazer congelamento [de preços], não posso colocar fiscal para ir em fazenda ver se o gado está guardado ou não”, disse Lula. “Se todo mundo tivesse a consciência de não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar.” Segundo Lula, o governo está “trabalhando, conversando com empresários, utilizando a competência dos ministérios para que a gente encontre uma solução para reduzir preços”. (CNN Brasil)

As declarações do chefe do Executivo foram um prato cheio para parlamentares de oposição. “Se o arroz está caro, é só não comer. Se o gás está caro, é só não cozinhar. Se a gasolina está cara, é só ficar em casa. Nada de cortar gastos nos ministérios, colocar gente competente nas estatais ou gerir melhor a economia”, publicou o senador Ciro Nogueira, presidente do PP. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) fez coro: “Se a comida está cara, ‘não compra’. Se o aluguel está caro, ‘mora na rua’. Se o remédio está caro, ‘morre’. E assim segue o governo do cinismo”, postou.

Já o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), saiu em defesa do presidente: “Com diálogo e ação, a prioridade é reduzir o preço da carne e outros produtos essenciais da cesta básica. Lula reafirma: comida boa e barata na mesa de todos”. (g1)

Começa campanha 2026

Com popularidade em baixa, Lula pretende repetir a tática usada durante a crise do mensalão: intensificar viagens pelo país com o objetivo de melhorar a imagem de seu governo. Pesquisa da Genial/Quaest divulgada na última semana mostrou pela primeira vez um índice de desaprovação (49%) do mandato maior do que o de aprovação (47%). E a primeira parada foi o Rio de Janeiro, onde Lula participou ontem da cerimônia de reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso.

O novo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, vai adotar uma nova dinâmica nas viagens presidenciais, com menos tempo de palanque com autoridades e falas políticas mais enxutas. Já o contato com o povo será intensificado tanto nas ruas quanto nas redes sociais. (Globo)

O caminho proposto por Sidônio para sair da crise também prevê a divisão de tarefas com a primeira-dama Janja, o vice Geraldo Alckmin e vários ministros. Para Lula, “2026 já começou” e, nesta segunda metade do governo, é preciso fazer a disputa “no gogó” com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, além do enfrentamento nas redes. (Estadão)

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quinta-feira - 06/02/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“Quando uma pessoa não consegue encontrar um profundo senso de significado, ela se distrai com o prazer.”

Victor Frankl

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