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segunda-feira - 17/07/2023 - 08:38h
Eleições 2024

Vereadora dá mais um ‘batismo’ a prefeito sonhando com polarização

Vereadora Marleide puxou carreata na companhia de "JudAllyson" nesta quarta-feira (Fotomontagem: Canal BCS)

Marleide puxou carreatas acompanhada de “JudAllyson” pequeno e depois… (Fotomontagem: Canal BCS)

A vereadora e sindicalista Marleide Cunha (PT), que é pré-candidata à reeleição, mas ainda enxerga possibilidade de disputar a Prefeitura de Mossoró, incorporou ao seu acervo um novo apelido para o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil). Agora ele é o “Fantoche Bolsonarista,” como classificou no fim de semana em redes sociais.

Na sua relação já constavam “Destruidor da Educação”, “Traidor”, “Mentiroso”, “Prefeito da Mídia” e “Moleque.”

A novidade maior nos últimos meses, entretanto, foi “JudAllyson,” nome de batismo de um boneco com o qual ela perambulou pela cidade sobre um reboque de som, em carreata político-sindical, satirizando o prefeito. Mas, essa relação ficou até traumática adiante.

Na versão 2 de JudAllyson, lançada em pleno “Pingo da Mei Dia”, evento que abriu o Mossoró Cidade Junina 2023,  o boneco usado para debochar do prefeito apareceu sem cabeça. A vereadora e sindicalista, em tom de revolta e desespero, denunciou que teria ocorrido furto da peça (veja AQUI). O caso não foi esclarecido ainda e ganhou tom de pilhéria na política partidária local.

Até a campanha 2024, Marleide Cunha terá tempo e imaginação para ampliar o repertório e até lançar  “JudAllyson 3 – A Missão.” Se finalmente conseguir polarizar com Allyson, verdadeiro, pode inclusive se credenciar a enfrentá-lo nas urnas.

...no "Pingo", o "JudAllyson" tamanho família, desfilando com ela e outros sindicalistas (Foto: BCS)

…no “Pingo”, o segundo boneco ficou “tamanho família, mas decapitado, ao lado da 1ª versão (Foto: BCS)

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 17/07/2023 - 07:42h
Futebol

América apenas empata com lanterna e segue na zona de rebaixamento

Em jogo no Estádio Municipal Lindolfo Monteiro, em Teresina-PI, nesse domingo (16), o América outra vez frustrou seu torcedor, apenas empatando com o último colocado da Série C, o Altos, que tem 12 pontos na competição. Placar de 1 x 1.

Álvaro fez 1 x 0 para o América, mas Tibiri empatou para o Altos, gols no final do primeiro tempo.

A disputa marcou a estreia do técnico americano Dado Cavalcanti, que substituiu Thiago Carvalho, demitido após derrota em casa na rodada anterior, por 2 x 1, contra o Manaus.

O alvirrubro natalense está na 18ª posição, zona de rebaixamento, com 13 pontos. Na próxima partida enfrentará o São Bernardo-SP, às 19 horas, sábado (22), no campo adversário. O time paulista está na sexta colocação com 20 pontos.

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Categoria(s): Esporte
segunda-feira - 17/07/2023 - 06:44h
Hoje e amanhã

Servidores do Ipern fazem parada de advertência contra Governo do RN

Parada de advertência dos servidores do IPern 17 e 18 de julho de 2023Nesta segunda-feira (17) e amanhã, terça-feira (18), os servidores do Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais do RN (IPERN) promovem uma parada de advertência. Programação começa às 8h.

Manifestantes e sindicalistas vão fazer dois piquetes na sede do Instituto, que fica em Natal. Na própria mobilização os manifestantes vão avaliar se entram em greve por tempo indeterminado.

Conforme deliberado, a categoria pretende cruzar os braços por 48 horas para reivindicar do Governo a reestruturação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e a realização Concurso público, entre outras demandas.

Também é um protesto contra a contratação de pessoas fora do quadro efetivo para os cargos de chefia. Isso porque a Lei nº 573/2016 prevê que 50% desses cargos devem ser ocupados por trabalhadores de carreira. Entretanto, apenas 9 dos 28 cargos no órgão estão ocupados por membros efetivos, o que caracteriza descumprimento da legislação.

“Razão pela qual a categoria está indignada e quer entrar em greve”, explica Santino Arruda, que é coordenador geral substituto do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta (SINAI-RN).

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Categoria(s): Administração Pública / Gerais
segunda-feira - 17/07/2023 - 04:46h
Série D

Potiguar empata com Santa Cruz e está muito perto de classificação

O Potiguar deu importante passo à classificação à próxima fase da Série D do Brasileirão 2023, nesse domingo (16). Empatou em 1 x 1 com o Santa Cruz de Recife, no Estádio do Arruda, na capital pernambucana. Time de Mossoró chegou ao sexto jogo invicto (três vitórias e três empates) e o adversário a cinco sem vencer.

Wilson fez o gol do alvirrubro aos 42 minutos do primeiro tempo, enquanto Maranhão levou o tricolor a empatar a partida com um minuto do segundo tempo.

O time de Mossoró jogou de igual para igual com o Santa Cruz e até poderia ter saído com vitória.

No fim da partida, houve desentendimento entre jogadores dos dois times, e tentativa de invasão do campo por torcedores do Santa Cruz. Porém, policiamento contornou situação.

O Potiguar chegou aos 22 pontos e quarta posição, enquanto o Santa Cruz somou 20 na quinta. Na última rodada, o Potiguar pegará o Nacional de Patos em casa (pode ser no Estádio Nogueirão ou no Estádio Frasqueirão em Natal), às 18h, no domingo (23). O Santa Cruz baterá de frente com o Iguatu-CE, penúltimo colocado.

Se vencer estará classificado e mesmo empate, ou derrota, dependendo de combinação de resultados, lhe garantirá à fase seguinte, entre os quatro melhores do Grupo C da competição (veja tabela AQUI).

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Categoria(s): Esporte
domingo - 16/07/2023 - 23:14h

Pensando bem…

“Somos todos hipócritas. Não conseguimos ver e julgar nós mesmos do mesmo modo que vemos e julgamos os outros”.

José Emilio Pacheco

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Categoria(s): Pensando bem...
domingo - 16/07/2023 - 12:06h

Subsídios para a história da família Rêgo

Por Marcos Pinto

Antônio Florêncio, de Pau dos Ferros, quatro mandatos (Foto: Arquivo)

Antônio Florêncio, de Pau dos Ferros, quatro mandatos (Foto: Arquivo)

A saga da indômita família Rêgo, nordestina, revela luta medonha. Percorre caminhos que não passavam de picos rasgando sertões nunca antes habitado, atravessando matas e caatingas fechadas, varando elevações como a “Serra da Micaela” e a “Serra dos Quintos,” vadeando as nascentes do rio Apodi e com destaque na performance colonizadora/povoadora dos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte.

A consagrada obra genealógica “Nobiliárquia Pernambucana” do celebrado genealogista Antonio José Vitoriano Borges da Fonseca enfoca relevante presença do Capitão Alberto de Morais Rêgo, natural da Bahia, nos volumes I (pág 223) e vol. IV (pág 474) sem, contudo, envidar pela descendência deste laborioso patriarca. Este capitão era filho legítimo do capitão-mor Pedro de Souza Rêgo, natural de Oeiras, no Piauí.

Foi agraciado com uma sesmaria denominada de “Campo Grande” medindo três léguas de comprimento por uma légua e meia de largura, cujas terras estão encravas nas áreas territoriais de Portalegre e Pau dos Ferros. O Capitão Alberto faleceu no ano de 1821 e foi inventariado de forma amigável no ano de 1822, na vila de Portalegre-RN, comarca do RN.

Era casado com Josepha Rita Cavalcanti que na “nobiliarquia pernambucana” aparece como Josepha Cavalcanti de Albuquerque (vol. I. pág 223) (vol IV. Pág 474). O casal teve a seguinte prole: F.01 a F.06: Lourenço José de Morais Rêgo, Vicente de Morais Rêgo, José Cavalcanti de Morais Rêgo, José Cavalcanti de Morais Rêgo, Félix Manoel de Morais Rêgo, Antonia Maria Cavalcanti, Joana Rita Cavalcanti.

A prole conhecida como “os albertos” herdou terras denominadas de “Aroeira”, Campo Grande, São Miguel, “Tesoura”, “Cachoeira”, e “Jatobá”. Dominaram vastidões de terras na antiga ribeira do Apodi, marcando o chão que iam pisando com tacões das suas botas, onde uma palavra, um obscuro domínio possessório fora firmado pela lei da força e da violência.

Até hoje são lembradas e relembradas as famosas desavenças surgidas na família de forma ferrenha na disputa às vezes por um ou 2 palmos de terras situados em seus lados confinantes detentora de uma acentuado ranço sertanejo vinculado a tradições. Destacaram-se e ainda destacam-se pelo relevante espírito da iniciativa e a formidável capacidade de trabalho.  Daí o destaque da existência de um ente familiar que chegou ao pomposo cargo de governador do estado, Garibaldi filho, descendente do casal Vanice Chaves do Rêgo e Garibaldi Alves,  tendo inclusive presidido o Congresso Nacional uma vez que presidia o Senado federal.

Outro expoente referencial familiar foi o inteligente Antônio Florêncio de Queiroz, eleito deputado federal na década de 70 e 80 (quatro mandatos), bem como o professor universitário Francisco Canindé Queiroz e Silva, que foi dirigente da Fundação Universidade Regional do RN (FURRN), com genitora que foi admirável e destacada matriarca de família nos rincões pau-ferrense.  É certo afirmar-se que seu perene espírito de luta laboral familiar foi inutilizado pela subserviência de uns e pela intolerância de outros. Alguns envidaram esforços em sentido contrário aos ditames do bom senso.

Adentremos aos primórdios da família. Há que se efetuar um sucinto histórico da famosa “data de sesmaria Campo Grande”, feudo de Souza Rêgo, com parte histórica acima descrita.

Assim é que já no ano de 1825 foi inventariado pelo falecimento de Domingos Rodrigues da Silva, a viúva meeira Maria Francisca de Oliveira. Em 1832, a viúva Maria Francisca vendeu a sua meação aos Srs. Zacarias Ferreira  da Silva e a Francisco Antonio de Souza, casado com Tereza Maria de Jesus, que é a mesma Tereza Ferreira de Souza, falecida e inventariada no ano de 1835, deixando o esposo e 11 filhos:

  1. 01 a F. 10: Francisca Tereza de Jesus, André Avelino de Souza, Zacarias Raimunda, Tereza, Joel, Cecílio Alcino de Souza, Francisca Moisés de Souza, e Ana Tereza de Jesus, casada com Manoel Rêgo Leite (aqui o início dos Souza Rêgo).

O Patriarca Manoel do Rêgo Leite (filho de Luís do Rêgo Leite – o 2°/ e de Ana Ferreira do Rêgo) casou em segunda núpcias com Ana Rodrigues, filha de Zacarias Ferreira da Silva, inventariado no ano de 1853. A segunda esposa de Francisco Antonio de Souza faleceu no ano de 1867, deixando os filhos Florêncio Valamira de Souza Rêgo e Francisco Antonio de Souza Rêgo, e os co-herdeiros Florêncio do Rêgo Leite e Francisco França Fernandes Pimenta. Aqui a origem do ramo familiar “Valamira do Rêgo”.

A memória dos antigos da família evocam a bravura e o destemor do velho patriarca  sertanejo Antonio Francisco de Souza, falecido no ano de 1875, deixando viúva a terceira esposa Ignácia Etelvita de Giralifa e os filhos:

  1. 01 – Maria Thereza de Jesus (3° esposa de Manoel do Rêgo Leite).
  2. 02 – Antonia Maria do E. Santo – casada com Zacarias Ferreira da Silva (o 2°)
  3. 03- Simforosa Maria do E. Santo – casada com Manoel Francisco do Nascimento.
  4. 04 – Raimunda Tereza de Jesus – casada com Antonio Manoel Filgueira.
  5. 05 – Josefa Adelina de Souza Rêgo – casada com Zacarias de Freitas Guimarães. F. 06 – Paulina Avenida de Souza – casada com Norberto do Rêgo Leite.
  6. 07 – Carolina Querubina de Souza Rêgo.

Há um manancial de subsídios histórico-genealógicos nos vetustos arquivos dos cartórios judiciários das comarcas do Apodi, Portalegre, Pau dos Ferros e Martins. À luz do inventário do ano de 1787, resta comprovado que o inventariado tenente José Pereira do Rêgo é o referencial mais antigo desta nobre e tradicional estirpe. Segundo a tradição oral, ele seria pernambucano.

Do inventário depreende-se que faleceu em sua fazenda “Prados Finos” município de Pau dos Ferros a 25 de junho de 1786, deixando a viúva D. Ana Eufêmia Ferreira e os filhos:

  1. 01- Francisco Pereira do Rêgo (nasceu em 1763) – casou com Bárbara Maria de Jesus.
  2. 02 – Luís (nasceu em 1764)
  3. 03 – Benta (nasceu em 1769) – casou com Luís do Rêgo Leite (o 2°) – no sítio “Malhada de Areia”. Faleceu em 1834 deixando os filhos Umbelina e José.
  4. 04 – Manoel Pereira do Rêgo (nasceu em 1772).
  5. 05 – Josefa (nasceu em 1774).
  6. 06- Paula (nasceu em 1777).
  7. 07 – Antonio Pereira do Rêgo.

Foi Sesmeiro no lugar chamado “Panati”, Ribeira do Apodi (atual Marcelino Vieira). (Víde sesmaria n°378 – pag 118 – 3°vol/sesmarias do RN 1742-1764).

Ainda referindo às datas de sesmarias do RN, na petição de Marçal Francisco de Brito, fundador de Pau dos Ferros, datada de 15 de junho de 1753, consta que suas três léguas de terras por uma légua e meia de largura encostam com as terras de Manoel do Rêgo Leite, o que significa que eram vizinhos/confinantes (fonte: sesmarias do Rio Grande do Norte / sesmaria n° 392 – 3°vol – período 1742-1764/ coleção mossoroense – fundação Ving-Tun Rosado/Março 2000).

Compulsando inventários de Pau dos Ferros deparei-me com o inventário de Bárbara Maria de Jesus do ano de 1857, casada que foi com Francisco Pereira do Rêgo (filho do tenente José Pereira do Rêgo e de Ana Eufêmia Ferreira). Consta que o casal Francisco e Bárbara encontrava-se separado, posto que Bárbara residia no seu sítio denominado de “Capoeira Grande” em Pau dos Ferros, e Francisco residia na povoação de São Miguel-RN. O casal deixou a seguinte prole:

  1. 01 – Faustina Maria de Jesus.
  2. 02 – Bernardina Maria de Jesus.
  3. 03 – Marcos Pereira do Rêgo.
  4. 04 – Ana Maria de Jesus.
  5. 05 – Isabel Maria de Jesus – casou com seu parente Agostinho de Souza Rêgo, filho de Manoel do Rêgo Leite e Ana Tereza de Souza Rêgo. Pais de (dentre outros) F. 01 – Jeremias Félix da Costa Rêgo (é o mesmo Jeremias de Souza Rêgo) que casou com Marcionila Adélia do Rêgo, filha de Francisco Severiano da Costa e Cecília Adélia do Rêgo. São os bisavós maternos do pesquisador apodiense Marcos Pinto. Nasce daí a estirpe dos “Severiano do Rêgo” através de João Severiano da Costa, casado com Thereza Maria de Jesus, (por sua vez filha de Francisco Thomaz de Aquino e Isabel Maria da Silva) pais de Francisco Severiano já citado.

Para que não ocorra um hiato de gerações, há que se adentrar no inventário do capitão Simão do Rêgo Leite, natural de Goiana, em Pernambuco. Inventário do ano de 1824 – cartório/comarca do Apodi-RN. Simão faleceu em sua fazenda “Santa Cruz” (Apodi-RN) no dia 09 de outubro de 1823, casou em Apodi, em primeira núpcias com Lourença Ferreira da Mota (filha do português Antonio da Mota Ribeiro e Josefa Ferreira de Araújo) nascida na fazenda “Santa Cruz” no ano de 1752, e faleceu na mesma fazenda em 10.09.1807, aos 55 anos de idade, deixando os filhos:

  1. 01 – José do Rêgo Leite e Araújo – residia na fazenda Sta. Cruz.
  2. 02 – Isabel Maria da Conceição – casou com Francisco Pedro de Carvalho, natural do Aracati.
  3. 03 – Josefa do Rêgo Leite – casou com Antonio da Mota Ferreira, filha do português Manoel Antonio da Costa e Thereza Maria de Jesus.
  4. 04 – Maria da Conceição do Rêgo Leite – casou com o Português Luís da Costa Mendes e foram pais de: N. 01 – símplicio da Costa Leite (aqui a origem dos “Ferreira Leite” do Apodi e Mossoró-RN.
  5. 05 – Antonio do Rêgo Leite e Araújo – por ocasião do inventário do pai, era escrivão do crime e do cível e tabelião na Vila Nova da Princesa (Assu-RN) de onde outorgou poderes para os filhos, sem procuração, Vicente Ferreira Leite e Araújo e José Ferreira Leite e Araújo.

O Patriarca Simão do Rêgo Leite contraiu segunda núpcias com a sua cunhada Damiana Antonia da Mota, nascida a 15.12.1757, que era viúva do português Cristóvão José de Souza. Simão não teve prole deste segundo casamento. Damiana faleceu a 09 de abril de 1822.

A vastidão de subsídios genealógicos desta honrada família sertaneja requer continuidade, abordando as vertentes Rêgo/Gameleira, Rêgo/ Santos Rosa/ Peixoto do Rêgo/ Aquino- Rêgo/ Albuquerque/Nunes do Rêgo/ Rego-Nobre/ Hermógenes do Rêgo/ Guedes do Rêgo/ Lopes do Rêgo/ Rêgo-Monte/ Rêgo-Lemos/ Rêgo Almeida/ Rêgo Mota/ Rêgo Feitosa, etc.

Inté.

Marcos Pinto é advogado e escritor

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Categoria(s): Artigo
domingo - 16/07/2023 - 11:28h

O palhaço do cruzamento

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

Por Zenóbio Oliveira

Concentrado no semáforo esperando o sinal ficar verde, nem dei fé daquele palhaço esmolambado ao lado do carro, com cara de choro, toda pintada e feia. Esperei a anedota, o gracejo, mas nenhuma sílaba, nenhum trejeito cômico, apenas a mão estendida, num gesto de súplica, a implorar minha piedade.

Longe da magia das luzes e das cores e sem a ilusão do picadeiro.

No espetáculo da sobrevivência, o palco da rua não oferece o abrigo da lona colorida, mas a causticidade de um sol a pino, ardendo no couro a quarenta graus.

O corpo já lhe nega forças para as cabriolas e piruetas e as desgraças da vida roubaram-lhe as graças do rosto, hoje marcado pelas carquilhas, que nem a maquiagem consegue mais esconder. Não tem a alegria dos palhaços das minhas lembranças, não provoca o riso, mas causa a compaixão.

Chamam-no “Queima-roda”, cognome esdrúxulo, alcunha humilhante, denotativo de baitolagem, chacota que a modernidade apelidou de bullying.

Há dias não vejo o palhaço esmolando entre os carros nas intermitências do sinal vermelho. Soube que estava hospitalizado, vítima de assalto, ferido por adolescentes, como os que alegrou em seus tempos áureos, mas ignorantes da fascinação e do encanto que envolvem esse artista circense.

Sempre dediquei minha percepção semiológica ao signo palhaço como uma representação, fiel, da alegria e do contentamento. Hoje, assusto-me quando esse mesmo signo me remete ao significado de condolência e sofrimento, manifestados no palhaço triste daquele cruzamento.

Uma generalização injusta, a contradizer a história de que a primeira impressão é a que fica.

A verdade é que esta situação comove para além do embate semiótico das minhas concepções, ensinando que alegria e tristeza nos são comuns e que até para os palhaços, a vida reserva o tempo de fazer rir e de fazer chorar.

Zenóbio Oliveira é poeta, jornalista e ex-cinegrafista da InterTV Cabugi

*Texto originalmente publicado nesta página no dia 24 de dezembro de 2017 (veja AQUI). Nossa singela homenagem ao amigo e, autor da crônica, falecido na última quarta-feira (12). Descanse em paz, Zé.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/07/2023 - 10:24h

Édipo Rei e detetive

Por Marcelo AlvesÉdipo Rei - tragédia de Sófocles e mitologia grega

Vou pegar um gancho no nosso último papo (veja AQUI) – sobre “Antígona” (441 a.C.), de Sófocles (497-406 a.C.) – e falar sobre “Édipo Rei” (429 a.C.), outra famosa tragédia do mesmo autor.

A narrativa/mito de Édipo é bastante conhecida (e notadamente desenvolvida na psicanálise de Sigmund Freud). Filho do rei tebano Laio, Édipo, ainda bebê, foi deixado para morrer, pois o seu destino era, segundo o Oráculo de Delfos, matar o próprio pai e desposar a mãe. Mas é salvo por um pastor. Já adulto, entre Corinto e Tebas, mata um velho homem. Chega a Tebas. Responde a um enigma proposto pela Esfinge. Salva a cidade. É feito rei, casando com Jocasta, sua mãe e viúva de Laio, assassinado misteriosamente.

Anos após a realização da profecia, e Édipo sendo rei de Tebas, uma peste castiga a cidade. O Oráculo de Delfos, segundo consultado por Creonte (que sucederá como rei), vaticina que, para salvar Tebas do sofrimento, é necessário descobrir e punir o assassino de Laio. Édipo promete aos cidadãos da pólis encontrar e punir o homicida. E é a partir deste ponto da estória (já pedindo desculpas por algum spoiler feito), que passo a desenvolver o argumento desta crônica.

O meu mote vem de uma observação de Cristiano Otávio Paixão Araújo Pinto, no texto “O teatro e a história do direito: a experiência da tragédia grega”, constante do livro “Direito & literatura: reflexões teóricas” (Livraria do Advogado Editora, 2008), no sentido que, em “Édipo Rei”, o leitor verá a origem do dito romance policial ou detetivesco. Segundo o autor, “a busca de Édipo pelos assassinos Laio – crime que, impune, causa o mal que abate Tebas – tem todos os ingredientes de uma investigação conduzida por um detetive.

Édipo procura reconstituir a verdade dos fatos, ouve testemunhas, confronta relatos, concebe e afasta hipóteses, envia mensageiros para coletar informações e reúne todos os elementos obtidos em sua busca para formar a convicção acerca da identidade dos responsáveis. Quando consegue obter a verdade, Édipo constata a existência de apenas um responsável – o próprio Édipo. Suprema manifestação da ironia trágica”.

Ademais, embora o texto “O teatro e a história do direito: a experiência da tragédia grega” não seja explicito quanto a isso, podemos também traçar, a partir de “Édipo Rei”, a origem ou o conceito de um mui específico subgênero da literatura (e do cinema), a “ficção de tribunal” (“courtroom drama”), uma vez que, nas palavras do seu autor, “o diálogo em que Édipo e Tirésias se enfrentam é, nesse sentido, paradigmático. (…). No confronto entre Édipo e Creonte, a investigação é ainda mais complexa, pois envolve suspeitas acerca do interlocutor (Édipo vê indícios de conspiração no comportamento de Creonte). Como observado por Knox, a cena, ‘em sua economia metódica, assemelha-se a procedimentos típicos de uma sala de audiência’”.

Convencionalmente falando, existem os “culpados de sempre” quanto ao pioneirismo sobre o que hoje categorizamos como ficção policial/detetivesca. O inglês William Wilkie Collins (1824-1889), autor de “The Woman in White” (1860) e de “The Moonstone” (1868). O estadunidense Edgar Allan Poe (1809-1849), criador do detetive Auguste Dupin, que protagoniza “The Murders in the Rue Morgue” (1841). E o francês Émile Gaboriau (1832-1873), autor “L’Affaire Lerouge” (1866), “Le Crime d’Orcival” (1867) e do detetive-título “Monsieur Lecoq” (1869).

Acredito que a ficção de tribunal ou “courtroom drama”, assim como a ficção detetivesca, seja uma subdivisão do gênero ficção jurídica (embora essa questão de gêneros e subgêneros na literatura seja deveras polêmica). Como “courtroom dramas” podemos classificar os romances/peças/filmes cujas estórias se passam perante uma corte de justiça em funcionamento, com seus atores (advogados, promotores, juízes etc.) realizando suas performáticas peripécias jurídicas. Em regra, há um pano de fundo filosófico na tensão entre a falibilidade do sistema (ou da “justiça humana”) e a descoberta do que é a “verdadeira Justiça”.

Daí em diante, as coisas variam bastante. E enredo pode até focar na figura de um rei/juiz/detetive/culpado, como é o caso, poeticamente, de “Édipo Rei”.

Bom, sou chegado a convenções. Vou colocar “Édipo Rei” não como um fundador, mas como um precursor dos romances policiais. Um vanguardista, um inspirador. E vou também classificá-lo no subgênero da ficção de tribunal. A sua trama no “palco” da justiça me encanta muito mais de que qualquer audiência numa “sala” de justiça. Sófocles e “Édipo Rei”, nos comovendo e inspirando há séculos, cada vez mais cumprem os seus destinos.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/07/2023 - 09:20h

Allyson Bezerra dá xeque-mate ao optar pelo União Brasil

Por João Paulo Jales dos Santosxeque-mate, xadrez, tabuleiro de xadrez

A filiação (veja AQUI) ao União Brasil (UB) é mais um acerto de Allyson Bezerra (UB). Uma adesão ao Partido Social Democrático (PSD) não teria sido uma má escolha, contudo, a decisão pelo UB é uma assertiva cirúrgica que dá boa margem política para os planos de Bezerra. Para além dos robustos, fundo eleitoral e tempo de propaganda na TV e no rádio, que tem o UB, a ida para a legenda garante ao alcaide dois movimentos imediatos, e um a ser vislumbrado daqui a 3 anos.

No União, Bezerra tem um pé na base do governo Lula (PT), com outro firmado longe do petismo estadual, já que não é sequaz da governadora Fátima Bezerra (PT) e o partido não orbita a esfera governamental. Outro movimento imediato é o elevado status com que chega à agremiação, por administrar a maior Prefeitura sobre o controle da legenda.

No horizonte, tem um partido para pavimentar uma possível candidatura ao governo do estado em 2026, perspectiva ventilada nos intramuros do Palácio da Resistencia, sede da municipalidade.

Allyson no União Brasil, é inclusive uma opção saneadora para a aliada Zenaide Maia (PSD). Caso seja preterida no palanque governista em 2026, uma contingência que ronda à reeleição da senadora, numa eventual candidatura governamental de Allyson, Zenaide garante seu palanque senatorial.

E mesmo não estando no PSD, o prefeito é um forte apoio na organização do partido em Mossoró, elemento agregador importante para a senadora, que vem se destacando como uma aliada ilustre do governo federal.

Deverá haver leitor que desaprova a gestão de Allyson Bezerra, no entanto, é inegável que o burgomestre vem acumulando acertos políticos nesses sete meses que iniciam a metade final de seu mandato. No tabuleiro eleitoral, Bezerra vem dando xeques-mate que ao avançar sobre o controle dos meandros do pleito de 2024, vai deixando o oposicionismo encurralado.

A oposição ensaiou uma oxigenação nos últimos meses, no entanto, continua desorganizada, sendo conduzida a reboque dos riscados do Palácio da Resistência. Os embates entre prefeitura e sindicalismo, que pareciam dar ânimo aos anseios oposicionista, não arranharam a imagem do prefeito, que segundo pesquisa do Instituto Agorasei, divulgada na última terça-feira (veja AQUI), mantém popularidade na casa dos 80%, com 81,1% de aprovação.

Mesmo com o rescaldo eleitoral de 2022, em que Bezerra parecia enfrentar seu momento mais delicado à frente do executivo, manteve o domínio dos holofotes, conseguindo inverter os ataques emergentes à sua figura de gestor.

A aprovação, em junho passado, do Projeto de Lei Complementar 17/2023, pela Câmara Municipal de Mossoró, que alterou o Regime dos Servidores e de Fundações Públicas, mostrou mais uma vez o completo domínio narrativo que o alcaide exerce, com sua palavra sendo mais repercutida do que a fala da oposição.

Allyson domina a política em duas frentes cruciais, na visão política, com o traçado da estratégia, das alianças e a operacionalidade de campo, e no que se convencionou a chamar de narrativa, a comunicação do marketing político. A narrativa requer sofisticação pois uma de funções é adentrar no imaginário popular.

E é no imaginário que o prefeito vem conseguindo construir a imagem dum sujeito nascido para ser gestor, o responsável por livrar Mossoró de uma oligarquia arruinada, que conduz Mossoró para uma renovação. Dada as devidas proporções, Allyson vem construindo uma imagem similar à que Rosalba Ciarlini (PP) fez de si durante 2 décadas, da única capaz de administração à cidade com eficiência.

Nem a ideia inicial do petismo, pós resultado presidencial de 2022, de polarizar a disputa municipal entre lulismo e bolsonarismo, tem ancoragem na realidade. Lula teve quase dois terços dos votos em Mossoró, Allyson tem uma aprovação de 8 em cada 10 mossoroenses, há um nítido cruzamento de preferência entre aqueles que votaram em Lula e apoiam o burgomestre.

O que falta ao comandante em chefe do executivo mossoroense são obras de destaque em seu governo, para ter uma vitrine administrativa para chamar de sua. É através do programa “Mossoró Realiza” que se esse vácuo será ocupado. O programa de metas e investimentos tem obras de elevada importância para a cidade, que começarão a ser tocadas com a liberação do empréstimo de 200 milhões de reais junto a Caixa Econômica Federal.

Uma significativa vitrine administrativa é ingrediente imprescindível para fermentar uma candidatura ao governo em 2026. Com uma estampa já benquista na região metropolitana, e uma conjuntura estadual que lhe seja favorável, Allyson terá condições para pleitear a cadeira do Palácio de Lagoa Nova, sede do Governo do Estado.

O tamanho de sua, até aqui, segura reeleição no próximo ano, será um dos predizeres do tamanho da passada que o alcaide terá para trilhar um escritório executivo maior que a Prefeitura de Mossoró.

João Paulo Jales dos Santos é cientista social e graduando em História pela Uern

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Categoria(s): Artigo / Política
domingo - 16/07/2023 - 08:42h

Escritores – Sérgio Dantas

Por Honório de Medeiros

Sérgio Dantas tem vários livros publicados sobre temática do cangaço (Foto: Lampião Aceso)

Sérgio Dantas tem vários livros publicados sobre temática do cangaço (Foto: Lampião Aceso)

Sérgio Dantas é, desde algum tempo, o principal pesquisador e escritor acerca do cangaceirismo no Rio Grande do Norte, graças à seriedade e talento com o qual trata do assunto.

Autor cuidadoso, seus livros se tornaram referências em razão do zelo que é sua marca registrada, e, aos poucos, sua obra, ou seja, o conjunto dos seus estudos publicados ao longo do tempo, o creditam, pela relevância, como um nome de expressão nacional.

Não há um livro “menor” dentre os que escreveu, seja Lampião no Rio Grande do Norte; ou Lampião na Paraíba – Notas para a História; passando por Lampião, o Processo de Martins; Antônio Silvino, o Cangaceiro, o Homem, o Mito; Lampião entre a Espada e a Lei; até Corisco, A Sombra de Lampião. Todos merecem ser presença certa na biblioteca de qualquer estudioso do cangaceirismo.

Lampião no Rio Grande do Norte, cujo subtítulo é “A história da grande jornada”, livro de estreia de Sérgio Augusto de Souza Dantas, é uma obra seminal, cujo tema central, o ataque a Mossoró em junho de 1927 liderado por Lampião, é analisado minuciosamente a partir de informações colhidas durante quatro anos de pesquisa, perambulações, visitas, entrevistas, cruzamento de informações, consulta à literatura hoje vastíssima acerca do cangaceirismo. Para coroar, um valioso acervo fotográfico é colocado à disposição do leitor.

Em relação a Massilon, cangaceiro cuja importância no ataque é muito relevante, Sérgio Dantas agregou informações valiosíssimas, dentre elas o “raid” que esse personagem singular empreendeu nos costados do Jaguaribe e Cariri logo após o episódio de Mossoró.

Segundo livro do autor (Reprodução)

Segundo livro do autor (Reprodução)

Isso significa dizer que a lenda segundo a qual Massilon, antes da célebre foto de Limoeiro, Ceará, já se separara de Lampião e teria ido embora para o Norte, não é verdadeira.

Detalhada, a história da “jornada” espanta pela riqueza de detalhes. Não por outra razão ficamos sabendo de cada passo do grupo cangaceiro por todo o território do Rio Grande do Norte, cidade por cidade, povoado por povoado, sítio por sítio, fazenda por fazenda.

Os acontecimentos nas cercanias de Martins e Umarizal, antiga “Gavião”, são relatados com precisão. E tudo quanto aconteceu em Apodi, antes da chegada de Lampião, protagonizado por Massilon, recebe tratamento de pesquisador sério e interessado.

A descrição geográfica e sociológica dos lugares pelos quais passou o bando de cangaceiros merece respeito. Através dela é possível perceber o dia-a-dia daquelas comunidades existentes no início do século XX. Os relatos dos mal tratos, arruaças, bebedeiras, torturas físicas e psicológicas nos comove e revela a sensibilidade do Autor.

Quanto a Antônio Silvino, o Cangaceiro, o Homem, o Mito, somos apresentados a um cangaceiro cru, recortado do contexto mítico inserido em sua dimensão humana, sem que restasse perdido tudo quanto o tornou um dos mais interessantes personagens da trindade básica que forjou a alma sertaneja – o cangaço, o misticismo, o coronelismo.

Louve-se a felicidade na escolha do “nome” de cada capítulo bem como o excerto que o acompanha, próprio para chamar a atenção do comprador desatento, em uma homenagem ao estilo jornalístico de outrora, e a indicar um texto enxuto, leve, de parágrafos curtos e bem encadeados.

Chamam a atenção episódios, trazidos a lume, que por si somente têm dimensão histórica, como a convivência entre Antônio Silvino e Gregório Bezerra, lendário líder comunista pernambucano, sua entrevista com Graciliano Ramos, e o assalto à Usina Santa Filonila na qual morreu Feliciana na flor da idade – crime do qual o cangaceiro jamais deixou de se arrepender.

O Antônio Silvino que emerge do ótimo texto de Sérgio Dantas é um personagem emblemático: é o retrato nítido de uma saga que nos permite identificar e compreender os nexos causais que originam certa circunstância histórica – o período do cangaceirismo – e até mesmo ir além, na medida em que também permite identificar o viés comum a entrelaçá-los, ou seja, a questão do Poder Político.

Basta colocar esses retratos sobre a mesa e examiná-los com olhar crítico: Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Lampião; Coronel Zé Pereira, Coronel Isaías Arruda, Coronel Floro Bartolomeu; Pe. Cícero, Beato Zé Lourenço, Antônio Conselheiro, tomando distância de qualquer tentativa de tentar a lógica do fenômeno a partir de uma explicação oriunda exclusivamente a fatos alusivos à posse da terra ou luta de classe.

Afinal, a ideia antecede a ação. E a ação, antes de tudo, é sempre algo individual.

É difícil conjecturar se Sérgio Dantas vai se aventurar em novos resgates históricos ou cuidará de desbravar outras fronteiras. Sua obra tem estado, até agora, entre um ciclo e outro: a mera narrativa e a pura interpretação, no que diz respeito à literatura acerca do cangaceirismo.

Um dos livros de Sérgio Dantas (Reprodução)

Um dos livros de Sérgio Dantas (Reprodução)

Talento, não lhe falta.

A mera narrativa provavelmente está perto do fim: já não é mais possível, até onde sabemos, ressalvada a possibilidade de documentos desconhecidos surgirem inesperadamente, prosseguir com a literatura elaborada a partir de relatos, fotos, testemunhos ou escritos, ou seja, fontes primárias.

Dos sobreviventes daquelas “eras” já se extraiu mais do que tudo. Os papéis estão virando pó, vítimas da ação inclemente do tempo e da incúria das nossas elites.

Um outro ciclo está surgindo: a interpretação de todos esses dados, ou seja, uma literatura de tese, iniciado por Frederico Pernambucano de Mello com Guerreiros do Sol, onde se aliou pesquisa de ponta e interpretação dos fatos.

Esperemos, então. E que sua obra, importante como é, além dos merecidos elogios semeie críticas e informações outras, alguma correção de rumo – se for o caso – retornando ainda mais rica para o acervo dos historiadores e sociólogos do Brasil.

É assim que ocorre quando uma obra deixa de pertencer ao Autor, por sua importância, e passa a fazer parte do referencial bibliográfico ao qual pertence.

ESCRITORES

Leia tambémEscritores – Luiz Fernando Pereira de Melo;

Leia tambémEscritores – Gustavo Sobral;

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Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Artigo
domingo - 16/07/2023 - 07:22h

O valor da gratidão

Por Odemirton Filho gratidão, flores

Tomou um gole do café, ainda fumegante. Vestiu-se e foi para mais um dia de trabalho. Estava cansado da rotina. Há anos que sua vida era a mesma. De casa para o trabalho; do trabalho para casa. Quase não saía para passear ou viajar, embora tivesse condições financeiras.

Morava sozinho. Estava separado de sua mulher; não tiveram filhos. Os seus pais eram falecidos há tempos. O único irmão não queria conversa com ele. Tinha um ou dois amigos, mas quase não se encontravam para jogar conversa fora.

O percurso para o seu trabalho era de três quarteirões de onde morava. No caminho, observava o corre-corre das pessoas. Tudo como sempre foi. As lojas do comércio com os vendedores à espera de clientes; as paradas de ônibus lotadas de pessoas para irem aos seus destinos.

No rosto da maioria, desânimo. Com certeza, muitos estavam com problemas. O dinheiro pouco, talvez com famílias desestruturadas, desempregados; sem perspectiva de dias melhores.

Ele, ao contrário, tinha um bom salário, trabalhava em um escritório de uma empresa multinacional. Morava num excelente apartamento; um bom carro na garagem, ambos quitados.

Entretanto, reclamava de tudo e de todos. Era um “chato de galochas”, como diziam os colegas de trabalho. Nada o agradava. Nunca participou das festas de final de ano da empresa.

Certa vez, numa noite fria, ia do trabalho para casa; caía uma garoa. No caminho encontrou um homem sentado na calçada, o qual lhe pediu algum trocado. Com cara de poucos amigos, meteu a mão no bolso e deu ao pedinte uma cédula de dez reais. O homem sorriu e agradeceu.

“O chato de galochas”, para não perder a oportunidade de reclamar, perguntou:

– O que deseja desta vida ingrata, meu senhor?

– Ah, meu amigo, eu só queria saúde, um emprego e uma casa, respondeu o pedinte.

Ele ficou em silêncio; seguiu para o seu apartamento, pensativo. Ao deitar na cama, depois de anos deu valor a tudo o que tinha, agradeceu a Deus, principalmente a saúde.

E chorou. Chorou copiosamente.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/07/2023 - 04:10h

Verbo sertanejo

Por Marcos Ferreira

Zenóbio Oliveira faleceu na última quarta-feira (Foto: cedida)

Zenóbio Oliveira faleceu na última quarta-feira (Foto: cedida)

Escrevi, talvez há três semanas, uma pequena crônica que intitulei de “Vida fugaz” (veja AQUI). Tratava, obviamente, sobre o quanto a nossa despedida deste plano terreno pode ser precoce e repentina. Ou seja, discorri acerca de algo que todo mundo está careca de saber. E por qual motivo (indagarão) volto a requentar esse tema? Retomo tal assunto porque na quarta-feira passada, como foi divulgado pela imprensa, perdemos mais um poeta relevante: o jornalista e cinegrafista Zenóbio Oliveira (veja AQUI).

Sim, a arte poética está de luto. Arrebatado por um infarto inapelável, o autor de Verbo sertanejo, seu primeiro e único livro de poesia, partiu e deixou por aqui um sem-número de admiradores e amigos. Pois, além de homem de letras e competente repórter cinematográfico, Zenóbio era uma figura humana das melhores, benquista em todos os segmentos sociais e profissionais por onde passou.

Pena que somente hoje estou repetindo o que é público e notório. Com o mesmo atraso com que outros indivíduos teceram justos e oportunos depoimentos sobre o profissional e vate das Aguilhadas. Temos (salvo pequenas exceções) essa lamentável tradição de só louvarmos, valorizarmos os nossos artistas depois que estes são chamados para o além-túmulo. Então, a exemplo de alguns, findei não dizendo ao sonetista de “Trajetória”, não ao menos com a merecida ênfase, quanto respeito e admiração eu tinha por sua pessoa e arte da escrita. Deixei isso para depois e depois.

É verdade que vez por outra me deparei com ele nas redes sociais, de maneira que nossa relação nunca foi próxima fisicamente. Melhor dizendo, jamais sentamos à mesa para um café e trocar umas ideias, bater um papo. Permito-me dizer, entretanto, que nutríamos um pelo outro, sobretudo enquanto sonetistas, gênero que Zenóbio Oliveira cultivava com rara mestria, uma estima recíproca.

Então, para desfalque de nossa literatura, perdemos o escritor de Verbo sertanejo. Era bom no que se propunha a realizar. Em especial na debulha do verso. Seus sonetos e sextilhas, entre outras formas versíficas, estão aí para comprovar o que digo e todos admitem. Sabia rimar e metrificar de verdade. Não era (aqui não aponto ninguém) autor de cordéis do pé-quebrado. Até qualquer dia, poeta!

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 15/07/2023 - 23:56h

Pensando bem…

“Profissional é uma pessoa que consegue fazer o seu melhor nos momentos em ele particularmente não se sente assim.”

Alistair Cooke

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sábado - 15/07/2023 - 20:10h
Série D

Invicto há 5 jogos, Potiguar pega um Santa Cruz pressionado

Organizadas queimaram pneus e fizeram outras formas de protesto (Foto: Reprodução)

Organizadas queimaram pneus e fizeram outras formas de protesto (Foto: Reprodução)

No penúltimo jogo de sua participação no Grupo C, da Série D do Brasileirão 2023, o Potiguar de Mossoró vai enfrentar um gigante em crise: o Santa Cruz de Recife-PE, nesse domingo (16), às 16 horas, no Estádio do Arruda, de propriedade do tricolor pernambucano.

Nessa sexta-feira (14), houve protesto de torcidas organizadas em frente ao seu estádio, pedindo saída do presidente do clube, Antônio Luiz Neto. Queimaram pneus e fizeram outras formas de manifestação.

Após derrota na rodada passada para o Campinense de Campina Grande-PB, por 2 x 0, fora de casa, o Santa Cruz ficou em 5º lugar, com 19 pontos. O alvirrubro de Mossoró é o 3º com 21 pontos e só depende de si para obter classificação. Quatro times avançam à fase seguinte de mata-mata.

O Santa Cruz não vence há quatro jogos e mudou de técnico depois de perder para o Campinense. Saiu Felipe Conceição e foi contratado Evaristo Piza. Apesar do sufoco, o tricolor espera contar com pelo menos 25 a 30 mil torcedores em campo no tudo ou nada contra o Potiguar.

O time de Mossoró está invicto há cinco partidas, sendo três vitórias em sequência. Mesmo que perca amanhã, ainda terá seu último jogo em casa dia 23 (um domingo), contra o Nacional-PB (atual 4º colocado com 20 pontos). Na primeira rodada da competição, ele venceu o próprio Santa Cruz no Estádio Nogueirão, de virada, por 2 x 1.

Veja classificação geral AQUI.

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Categoria(s): Esporte
sábado - 15/07/2023 - 19:22h
Piada pronta

Duplicação “garantida” da BR-304 vira “paredão” de Consulta Pública

Obras da Reta Tabajara vão completar dez anos e nova obra não tem prazo para conclusão (Foto: Dnit)

Obras da Reta Tabajara – em 16,4 km – só devem ser concluídas em dezembro de 2014 (Foto: Dnit)

O Governo Federal alega não ter recursos suficientes para todas as obras de infraestrutura que o país precisa. Daí, resolveu abrir uma Consulta Pública para definir as prioritárias. Assim, dará foco e diligenciará meios que priorizem as escolhidas na seleção.

Nesse rol, há campanha solta em redes sociais, terra, ar e mar, para duplicação da BR-304 no Rio Grande do Norte. Pedem para que o povo ‘vote’, clamando pela obra.

Políticos de todos os matizes estão nessa cruzada e, todos esquecem, que há poucos meses o enredo era outro. Foi garantida a duplicação. Contudo, o certo virou algo duvidoso e que pode ser improvável.

A duplicação da BR-304 era dada como certa, inclusive com definição de quando começaria: primeiro semestre de 2024, ou seja, ano de eleições municipais. O anúncio foi feito pelo Governo do Estado, pela governadora Fátima Bezerra (PT) – veja AQUI – no início de março deste ano.

Nós não caímos nesse conto da duplicação, como não levamos a sério agora essa luta – espécie de ‘BBB do Governo Lula’. De novo, o povo do RN é enganado.

O que foi prometido e dado como ganha o eufemismo de Consulta Pública. Se o RN passar nesse ‘paredão’, tudo bem. Porém, qual será mesmo o discurso se a obra orçada em R$ 2,8 bilhões não sair?

Vale lembrar que a duplicação da Reta Tabajara, no leito da BR-304, acesso para Natal, está em andamento desde 2014, com nova previsão de ser entregue no fim de 2024 (dez anos depois) – veja AQUI. São apenas 16,4 km – enquanto a BR-304 tem extensão de 289 km até divisa com Ceará.

Ore e deixe mensagem pros seus bisnetos. Talvez eles tenham a glória de testemunhar esse feito.

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sábado - 15/07/2023 - 18:04h
Saúde

Ex-prefeito sofre infarto e passa por procedimentos cirúrgicos

Luizinho foi prefeito por três vezes de seu município (Foto: Arquivo)

Luizinho foi prefeito por três vezes de seu município (Foto: Arquivo)

O ex-prefeito de Carnaubais, município do Vale do Açu, Luizinho Cavalcante, 65, sofreu um infarto nessa sexta-feira (14/07), em Natal.

Ele tinha retornado de sua cidade e passou mal em sua residência, por volta de 11h.

Luizinho foi internado no Hospital Rio Grande, onde passou por procedimentos de angioplastia e cateterismo, além de cirurgia para colocação de stents.

Está internado na UTI do mesmo hospital, devendo ficar por pelo menos 48 horas, ou mais, conforme seu quadro pós-operatório.

Luizinho Cavalcante foi prefeito de Carnaubais por três vezes, eleito nos anos de 2000, 2008 e 2012.

Nota do BCS – Saúde, meu caro Luizinho. Estamos na torcida por sua recuperação e retorno à normalidade entre familiares e amigos.

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Categoria(s): Política
sábado - 15/07/2023 - 17:24h
Série B

ABC sai na frente, mas cede empate ao Juventude no RS

Pela Série B 2023 do Brasileirão, o Juventude e ABC empataram por 1 a 1 no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Jogo ocorreu às 11h deste sábado (15).

Fábio Lima abriu o placar aos 31 minutos do primeiro tempo para o time alvinegro natalense. Mas Nenê, de pênalti, aos 28 minutos do segundo tempo, conseguiu o empate.

Com o resultado, o Juventude chegou aos 26 pontos, na sexta posição.

Já o ABC é o 19º colocado, com 11 pontos, ou seja, penúltimo colocado.  O último é o Avaí, com mesma pontuação, mas com um jogo a menos.

Na quarta-feira (19), o ABC recebe o Guarani, às 21h30, no estádio Frasqueirão em Natal. Será a 18ª rodada da competição.

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Categoria(s): Esporte
sábado - 15/07/2023 - 16:50h
Segurança em Mossoró

Cessão de coronel da PM do RN finalmente é publicada

Por Vonúvio Praxedes (Blog Diário Político)

Coronel Walmary já tinha comandado segurança no MCJ deste ano (Foto: Isaías Fernandes/TCM Telecom)

Coronel Walmary já tinha comandado segurança no MCJ deste ano (Foto: Isaías Fernandes/TCM Telecom)

Foi publicada neste sábado (15/07) a cessão do Coronel Walmary Costa por parte do Governo do Estado para que o Oficial da PM/RN assuma a Secretaria Municipal de Segurança Pública de Mossoró.

Coronel Costa teve nome confirmado para assumir a pasta pelo prefeito Allyson Bezerra (União), no final de maio e deste então era aguardada a cessão. Mais de um mês de dez dias se passaram até hoje.

Natural de Caicó e com mais de 25 anos de atuação na Polícia Militar do RN, Costa é visto como um dos oficiais da PM/RN mais respeitados no Estado.

Nota do BCS – Mesmo assim, ele chegou a comandar o núcleo operacional de segurança da PMM, durante o Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2023.

Desde fevereiro último que essa pasta está sob o comando interino do titular do Gabinete, advogado Thiago Marques.

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sábado - 15/07/2023 - 08:48h
Eleições 2024

Procura-se um adversário

Divanize venceu em 2020 com larga vantagem e, até agora, está tranquila (Foto: redes sociais)

Divanize venceu em 2020 com larga vantagem e, até agora, está tranquila (Foto: redes sociais)

Pode parecer cedo, mas nem tanto, quando se trata de sucessão municipal em Baraúna – região Oeste do RN.

Porém, até o momento, ninguém botou a cabeça fora como possível adversário da prefeita Divanize Oliveira (PSD), que concorrerá à reeleição.

Alguém com o mínimo de fôlego e capacidade de concorrência.

Em 2020, ela somou 9.881 (59,69%) votos, enquanto o segundo colocado Isoares Martins (PP) parou em 6.393 votos (38,62%).

O comentário corrente é de que Divanize Oliveira caminha para novo passeio.

Seja lá quem for do outro lado.

Está turbinada.

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sexta-feira - 14/07/2023 - 23:54h

Pensando bem…

“Um coração lindo e amoroso nunca envelhece.”

Provérbio Turco

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sexta-feira - 14/07/2023 - 21:24h
Aprovados

Governo divulga cronograma de formação para Polícia Civil do RN

Polícia Civil - Logo IIO Governo do Estado do Rio Grande do Norte e a Polícia Civil divulgaram, nesta sexta-feira (14), as datas do cronograma previsto para o Curso de Formação Profissional (CFP).

Em 24 de julho, será lançado o Edital para a Seleção de Instrutores, que formarão o corpo docente do curso. A previsão é que a primeira convocação dos alunos seja publicada no dia 15 de agosto, no Diário Oficial do Estado, com convocações posteriores de acordo com disponibilidade de vaga e viabilidade para a Instituição.

A programação ainda prevê o início das aulas em 31 de outubro, com término no mês de janeiro de 2024.

Serão 50 vagas para o cargo de Delegado de Polícia Civil, 250 vagas para o cargo de Agente de Polícia Civil e 100 vagas para o cargo de Escrivão de Polícia Civil, de acordo com o Edital N° 01, de 25 de novembro de 2020.

São informações da Secretaria de Comunicação Social da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (SECOMS).

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sexta-feira - 14/07/2023 - 19:28h
A batalha final

Ex-aliados, Bruno Filho e Souza Neto têm duelo eleitoral marcado

Bruno Filho e Souza Neto foram prefeito e vice um do outro (Fotomontagem do BCS)

Bruno Filho e Souza Neto foram prefeito e vice um do outro (Fotomontagem do BCS)

Um duelo está se desenhando para a campanha 2024 em Areia Branca: ex-prefeito e ex-deputado estadual Souza Neto (PSB) contra o atual vice-prefeito e ex-prefeito Bruno Filho (MDB).

Souza, pela oposição; Bruno, o nome da atual prefeita Iraneide Rebouças (PSDB).

Eles já fizeram parte do mesmo sistema político e um foi prefeito e vice do outro, numa aliança de muitos anos, mas sempre de precária coabitação. De sincera hipocrisia, digamos.

Confirmando-se a disputa, será o combate entre ex-aliados que parece estar marcado há tempos, tamanho o ressentimento de lado a lado.

Faça suas apostas.

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