segunda-feira - 28/04/2025 - 06:42h
Reunião

Vereadores vão acompanhar denúncia de maus-tratos a animal

Professor-veterinário usa uma BVM durante curso na UnP (Reprodução de vídeo)

Professor-veterinário usa uma BVM durante curso na UnP (Reprodução de vídeo)

A Comissão de Meio Ambiente, Mudança do Clima e Proteção Animal da Câmara Municipal de Mossoró promoverá, nesta segunda-feira (28), às 9h, uma reunião para acompanhar o caso envolvendo um professor de Medicina Veterinária suspeito de provocar, de forma proposital, a parada respiratória de um cachorro durante um minicurso.

A reunião tem como objetivo iniciar o acompanhamento rigoroso da apuração dos fatos visando garantir que as providências legais sejam tomadas com seriedade e transparência.

“A reunião é importante e necessária para acompanhar a apuração dos fatos e assegurar que todas as providências legais sejam devidamente adotadas”, destacou o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, vereador Genilson Alves (UB).

O caso ocorreu nas dependências da Universidade Potiguar (UnP), em Mossoró, e causou revolta entre alunos e profissionais da área veterinária.

O outro lado

A UnP pronunciou-se em Nota de Esclarecimento sobre o caso. Veja abaixo:

Nota de esclarecimento

A Universidade Potiguar (UnP) informa que repudia veementemente qualquer prática que configure maus-tratos aos animais.

A Instituição reforça que já iniciou a apuração rigorosa dos fatos relacionados ao procedimento realizado por um especialista convidado que, registre-se, não integra o quadro docente da Instituição, durante um evento do curso de Medicina Veterinária, no dia 25/4. Ao término da análise, a Universidade adotará todas as medidas cabíveis.

A UnP permanece à disposição das autoridades competentes e reforça seu compromisso com a ética, o respeito à vida animal e a formação responsável dos seus alunos.

Nota do BCS – A postagem foi divulgada pelo Blog da Chris.  Optamos por poupar nosso webleitor de imagens. Paralelamente, evitamos um juízo de valor sobre a técnica empregada e o uso de uma Bolsa-Válvula-Máscara (BVM) pelo veterinário (nome não revelado). Somos profundos desconhecedores do assunto. Daí, a prudência reforçada.

Aguardemos as apurações oficiais, sobretudo do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio Grande do Norte (CRMV/RN).

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segunda-feira - 28/04/2025 - 05:48h
AVC

Ex-prefeito enfrenta momento delicado de saúde

Figueiredo já teve mesmo problema anteriormente (Foto: reprodução Web)

Figueiredo já teve mesmo problema anteriormente (Foto: reprodução Web)

O ex-prefeito de Pau dos Ferros Nilton Figueiredo está internado no Hospital Wilson Rosado em Mossoró desde esse domingo (27).

Sofreu mais um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Figueiredo, segundo nota do próprio hospital, reforçada por sua família, está em recuperação.

Segue em repouso e sob monitoramento.

Nota do BCS – Torcemos pela ampla recuperação de Nilton Figueiredo. Médico, homem de bem, ele é uma pessoa de largo conceito social.

Vai dar tudo certo. Amém!

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 27/04/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“Toma para ti o conselho que ofertas aos outros.”

Tales de Mileto

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domingo - 27/04/2025 - 21:02h
Preocupação

Prefeito é internado com suspeita de dengue hemorrágica

Luís Soares já compôs equipe do atual prefeito Gustavo Soares (Foto: divulgação)

Luís Soares está no Hospital Wilson Rosado (Foto: Arquivo)

Do Assú Notícias

O prefeito de Assú, Lula Soares (Republicanos), está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Wilson Rosado, em Mossoró. Foi transferido com urgência da cidade de Assú, apresentando sintomas compatíveis com dengue hemorrágica.

Segundo relatos de familiares, o estado de saúde do prefeito apresenta sinais de melhora: não houve necessidade de intubação, as plaquetas estão se recuperando e os pulmões não foram comprometidos.

A equipe médica do hospital deve divulgar, em breve, uma nota técnica oficial sobre o quadro clínico de Lula Soares.

O repórter Jalisson Ferreira tentou contato diretamente com o prefeito, mas até o momento não obteve retorno. A reportagem entrou em contato ainda com a chefe de governo da Prefeitura de Assú, mas até o momento sem retorno.

Nota do BCS – Ainda neste domingo (27), a Prefeitura de Assú emitiu Nota Oficial:

NOTA OFICIAL

A Prefeitura Municipal do Assú informa que o prefeito Lula Soares encontra-se internado no Hospital Wilson Rosado, na cidade de Mossoró, com quadro confirmado de dengue.

Lula está consciente, estável, bem orientado, em observação na Unidade de Terapia Intensiva.

Contamos com a compreensão de todos e agradecemos as manifestações de apoio e solidariedade.

Secretaria Municipal de Comunicação, Ouvidoria e Mídias Sociais

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 27/04/2025 - 15:24h
Arena das Dunas

América goleia Treze de Campina Grande com três gols de Hebert

O América de Natal goleou o Treze de Campina Grande-PB nesse sábado (26), no Arena das Dunas. O placar foi 4 x 0 e o time paraibano poderia ter sofrido goleada ainda maior.

Válida pela segunda rodada da Série D do Campeonato Brasileiro 2025, a partida teve placar aberto por Dudu aos 44 do primeiro tempo.

No segundo tempo, o show foi de Hebert.

Aos 27 do segundo tempo, ele testou firme na primeira trave e marcou o segundo gol do América.

Aos 43 minutos, novamente.

Aos 47, Hebert fez o terceiro dele no jogo e sacramentou a goleada.

Grupo 3

O América somou quatro pontos em dois jogos e o Treze ficou ancorado na lanterna, com duas derrotas no Grupo 3. O alvirrubro natalense provisoriamente alcançou a primeira colocação do grupo.

O América-RN visita o Central-PE no domingo (4), às 16h. Já o Treze enfrenta o Sousa-PB em casa, no Estádio Amigão.

Veja classificação de todos os grupos AQUI.

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domingo - 27/04/2025 - 12:32h

A formação de um repentista também carece de tempo

Por Aldaci de França

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

A formação de um repentista profissional ou cantador, como queiramos denominar quem manuseia uma viola nordestina, em harmonia com versos improvisados, requer muita atenção, paciência,  sabedoria e determinação para alcançar o objetivo pretendido. A arte é uma lapidação contínua e sem fim para conquista de plateias Brasil a fora,

São vários os requisitos exigidos que devem ser preenchidos pelos que sonham em se tornar profissionais do repente e terem essa habilidade poética como um meio de sobrevivência. A trajetória de construção como profissional autônomo, que com sua arte, mexe com sensíveis espectadores e ouvintes/admiradores da poesia popular, é desgastante. Muitas vezes, permeada por muitas frustrações.

O ponto de partida para essa viagem poética por céus terras e mares do universo das rimas, acontecerá com a constatação pelo próprio agente, de que dispõe de um aguçado dom de lidar com as palavras, frases e metáforas, incluindo nesse bojo, descoberta de mundos que que só os poetam acham.

Feito isso, vem o necessário domínio técnico (rima, métrica e oração), o qual constitui em saber que quanto à rima, as palavras são ordenadas pela tradição, fonética.  Ou seja, sonhar rima com cantar, sonhar, caminhar, e não com sabiá, está, lá, figurará.

Os primeiros repentistas foram influenciados pelo modo dos português falarem, em que por exemplo, pronunciavam as palavras trabalhador, sonhador, escritor, caminhar, navegar, puxando fortemente pelo R no final dessas palavras.

A métrica, sabemos que é o tamanho do verso, se a forma poética for sextilha, cada verso vai conter sete sílabas, contando-se a sílaba até a tônica do final do verso.

Oração ou conteúdo, quando o repentista vai dissecar determinada temática, se faz necessário sua fidelidade ao desenvolver os versos, devendo sempre manter um raciocínio lógico no que a temática sugeri.

As comissões julgadoras dos Festivais de Repentistas são sempre atentas a esses critérios de julgamento desses eventos.

Ter a consciência desses pontos elencados acima demanda tempo, e consideremos que a isso junta-se a cadência no baião de viola, o ritmo, a afinação e a voz trabalhada em sintonia com esses aspectos. Bote na conta, ainda, a superação da timidez (fator comum de quem começa em qualquer modalidade da arte) do repentista ao se deparar com plateias diversas em diferentes regiões e com colegas profissionais de características distintas, embora a modalidade artística seja a mesma.

Joaquim Crispiniano Neto, escritor e poeta repentista, pesquisador da cantoria, ministrando uma oficina em Mossoró-RN, nos idos de 2000-2001, sobre a poesia popular e especificando o repente, da qual participei, afirmou: “para o repentista tornar-se um cantador profissional é necessário estudar e praticar a cantoria em no mínimo de cinco anos.

De fato, vivi a experiência para me tornar seguro como repentista e preparado para os desafios poéticos que arte de cantar repente nos incube.  Mas, claro, o aprender nunca para. É como a inspiração: em todo lugar, em qualquer lugar, em múltiplas fontes a gente se encontra.

Aldaci de França é poera repentista, escritor, cordelista e coordenador dos Festivais de Repentistas do Nordeste no Mossoró Cidade Junina

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domingo - 27/04/2025 - 12:06h
Novo papa

Sete brasileiros e um conclave

A jornada dos cardeais nacionais até Roma para escolha do substituto do Papa Francisco

Por Amanda Gorziza, Luigi Mazza e Pedro Tavares (Revista Piauí)

Escolha do substituto do Papa Francisco não tem qualquer brasileiro em boa cotação (Foto: Observatório do Vaticano/Getty Images)

Escolha do substituto do Papa Francisco não tem qualquer brasileiro em boa cotação (Foto: Observatório do Vaticano/Getty Images)

Dom Odilo Scherer aparece sorridente, de batina e mãos cruzadas, em uma reportagem publicada em março de 2013 pelo centenário jornal britânico The Catholic Herald. Aos 63 anos na época, o pároco brasileiro foi um dos perfilados em uma série de reportagens intitulada “Os homens que podem virar papa”. Ele estava entre os mais cotados, ao menos na imprensa especializada, para assumir o posto ao qual Bento XVI acabara de renunciar.

O raciocínio do jornal era cartesiano: se o Vaticano estava convencido de que era preciso eleger o primeiro papa latino-americano, quem teria mais chances do que o cardeal que comanda a Arquidiocese de São Paulo, cidade mais populosa do Brasil, país que concentra a maior população católica do mundo?

“Eu até brincava com ele, dizendo que ia instalar uma antena parabólica na catedral de Toledo para transmitir quando ele fosse eleito”, conta dom Anuar Battisti, arcebispo emérito de Maringá (PR). Toledo é a cidade do Paraná onde os dois se conheceram e cursaram juntos o seminário. Scherer, três anos mais velho, estudava teologia; Battisti, filosofia. Amigaram-se, tornaram-se presbíteros e, no começo dos anos 1980, trabalharam juntos na organização de um novo seminário que acabara de ser construído em Toledo. Scherer era o reitor.

“Ele é extremamente humano, sensível, organizado, decidido naquilo que pensa”, diz Battisti. “E, na maioria das vezes, tem que prevalecer a ideia dele.” O terreno onde o seminário foi construído era terra pura. Segundo conta o arcebispo, Scherer, apesar do alto posto que ocupava, quis cuidar de todos os detalhes de jardinagem: qual árvore vai onde, que flores serão plantadas, onde ficará o bosque. “É um biólogo por natureza”, diz Battisti.

A parabólica chegou a ser instalada pela TV Globo nos dias que antecederam o conclave, para viabilizar transmissões ao vivo em Toledo. A família Scherer, descendentes de alemães que migraram para o Brasil no século XIX, foi entrevistada em peso pela emissora. Mas todos se frustraram quando, na noite de 13 de março, subiu a fumaça branca na chaminé da Capela Sistina, em Roma: o novo papa se chamava Jorge Mario Bergoglio e era argentino.

Battisti acha que o amigo não se decepcionou. “Quando eu fazia aquelas brincadeiras, ele mandava risadinha. Ou seja, nem ele mesmo acreditava.” Três dias depois, quando a esperança alimentada pelo Catholic Herald já tinha virado pó, a Folha de S.Paulo publicou um perfil de Scherer, apresentando-o dessa vez como “o homem que teria sido papa”.

Dom Odilo Scherer soube da morte de Francisco quando acordou na manhã de segunda-feira (21), feriado de Tiradentes. Organizou uma coletiva de imprensa na Catedral Metropolitana de São Paulo, depois rumou para a Catedral da Sé, onde conduziu uma missa em homenagem ao pontífice. À tarde, participou por videoconferência de uma reunião extraordinária da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB). Os conselheiros da entidade, ele incluso, decidiram suspender a assembleia geral que aconteceria entre 30 de abril e 9 de maio, em Aparecida (SP). “Não pode ter assembleia sem o papa estar vivo”, diz Arnaldo Rodrigues, assessor da conferência e professor de comunicação social na PUC-Rio. O evento ficou para 2026.

Mais tarde, em casa, Scherer começou a cuidar dos preparativos da viagem a Roma. Horas antes, ele recebera, por e-mail, a convocação oficial do Colégio Cardinalício para que comparecesse ao funeral do papa, marcado para sábado (26), e ao conclave que elegerá o novo chefe máximo da Igreja. Scherer é um dos sete cardeais brasileiros que podem votar e ser eleitos, em um grupo de 135 (o Brasil só não tem mais cardeais do que Itália, com dezessete, e Estados Unidos, com dez).

Entre os brasileiros, somente ele e João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, já participaram de um conclave (“uma vivência única”, diz Scherer no livro Um padre a vida toda, recém-lançado). Habituado a frequentar o Vaticano, ele embarcou sozinho na quarta-feira (23) em um voo sem escalas de Guarulhos a Roma, levando consigo o hábito coral – a veste vermelha exclusiva dos cardeais e vestida em ocasiões especiais. Scherer conduziria, esta semana, a cerimônia de batismo de um sobrinho-neto em Toledo. A família preferiu adiar o evento.

A rigor, qualquer um dos 135 cardeais pode se tornar o pontífice, se assim desejar o Espírito Santo. Dessa vez, contudo, Scherer não tem sido citado como um dos favoritos pelos jornalistas entendidos do assunto. Os outros brasileiros, tampouco. Entre eles há cinco arcebispos (Jaime Spengler, de Porto Alegre; Leonardo Steiner, de Manaus; Orani Tempesta, do Rio de Janeiro; Paulo Cezar Costa, de Brasília; Sergio da Rocha, de Salvador) e dois arcebispos eméritos – isto é, que não ocupam mais o cargo (João Braz de Aviz, de Brasília; e Raymundo Damasceno Assis, de Aparecida). Todos votam, com exceção de Assis, que já passou dos 80 anos e, pela regra, não pode participar do conclave.

Cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, uma liderança na Igreja do Brasil (Foto: Web, sem identificação de autoria)

Cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, uma liderança na Igreja do Brasil (Foto: Web, sem identificação de autoria)

Dom Anuar Battisti não tem esperanças de que um brasileiro se eleja papa. Desanca os colegas: Paulo Cezar Costa, de Brasília, “é muito jovem para assumir essa peteca”; Sergio da Rocha “não está conseguindo administrar nem Salvador”; Jaime Spengler, de Porto Alegre, “fala mais ou menos italiano e não tem uma formação de ponta”; Leonardo Steiner (“o de Manaus”) tem “problema sério de saúde”; Orani Tempesta, do Rio de Janeiro, “seria bom candidato, mas é uma figura pesada”; e Odilo Scherer, seu amigo, “já completou 75 e está entregando os pontos”.

Rito

Os oito cardeais estão hospedados no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, instituição mantida em Roma pela CNBB. Fundado em 1934, o colégio forma presbíteros brasileiros e cabo-verdianos, mas também recebe hóspedes com frequência. Lá costumam dormir os religiosos que vão a Roma estudar ou participar de solenidades no Vaticano. Assim que se iniciar o conclave, no entanto, os brasileiros e todos os demais cardeais eleitores serão conduzidos até a Casa Santa Marta (Domus Sanctae Marthae), edifício onde vivia Francisco. Permanecerão trancados, sem acesso a celulares e notícias, até que dois terços deles votem no mesmo candidato.

O rito foi retratado no filme Conclave (2024), que venceu o Oscar de melhor roteiro adaptado. Mas nem todos os religiosos gostaram do que viram. Scherer tem dito que, “como romance, o filme é interessante, mas não mostra a realidade”. Battisti ainda não assistiu, mas tem colhido opiniões similares. “Me disseram que é muito crítico à Igreja e mostra bispos com tendências homossexuais. Ouvi dizer que o filme não soma nada.”

Dona Lourdinha Fontão, uma famosa catequista de São José do Rio Pardo (SP), fez uma previsão há mais de quarenta anos olhando para o jovem Orani Tempesta: “Esse menino aqui um dia vai ser padre e vai chegar a papa.” Dom Paulo Celso DeMartini, abade que o conhece desde a juventude no interior de São Paulo, torce pela profecia. “Se bem que, nesses tempos atuais, eu penso: ‘Ai, poupe-o senhor.’ Mas que ele e o mundo merecem, não há dúvida.” Dom Filipe Silva, abade no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, acha que Tempesta tinha mesmo perfil para virar papa, e que se fosse mais novo estaria bem cotado.

Tempesta tem 74 anos e há dezesseis comanda a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Em mensagem por escrito à piauí, relembrou a convivência com o papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Os dois passaram, segundo ele, “uma semana juntos, no café da manhã, almoço, jantar”. Francisco, a bordo do papamóvel, lhe oferecia chimarrão. Sempre que via o Cristo Redentor, o pontífice fazia uma oração e o sinal da cruz. Como todo cardeal, Tempesta não se coloca como candidato a sucedê-lo e não cita favoritos. “Quem entra no conclave como papa sai como cardeal”, lembra o amigo DeMartini. Os dois têm conversado por WhatsApp, apesar do fuso horário que os separa em cinco horas.

Conservador ou progressista?

Não há, entre os brasileiros, um notório conservador ou progressista. “Os cardeais do Brasil não são tão conservadores quanto os americanos, mas não sei se poderiam ser classificados como progressistas. Acho que podemos chamá-los de moderados”, diz Virgílio Arraes, professor de história da Universidade de Brasília (UnB) especializado em Vaticano. Desde o fim da Guerra Fria, segundo ele, correntes de viés socialista como a Teologia da Libertação, que já foi muito forte no Brasil, perderam espaço. Hoje, a disputa na Igreja se dá entre moderados e conservadores. Dom Orani Tempesta costuma ser citado pelos colegas como um conservador. Dom Odilo Scherer tem reputação de moderado.

Brenda Carranza, professora de antropologia da religião na Unicamp, é um pouco mais pessimista que o colega. “Acho que esse conclave vai ser um divisor de águas para a direita e o conservadorismo católico. Meu palpite é de que a disputa será entre ultraconservadores, conservadores e conservadores moderados.” A seu ver, nem mesmo Francisco podia ser considerado um progressista – se assim era chamado, isso se devia mais ao contraste com o papa Bento XVI do que às suas ideias.

Historicamente, na Igreja, progressistas são aqueles que usam a teologia como ferramenta de transformação social, de conscientização e combate às desigualdades. Francisco, diz Carranza, estava mais próximo daquilo que se convencionou chamar “teologia do povo”, algo como uma Teologia da Libertação desprovida de marxismo. Mas a pesquisadora destaca dois legados do papa que, segundo ela, impactaram a configuração interna da Igreja: a transparência econômica e maior paridade de gênero. “O banco do Vaticano deixou de ser o que era, quase um paraíso fiscal. E agora temos mulheres em posições de liderança na Igreja.”

Nem Brenda Carranza nem Virgílio Arraes arriscam palpites para o conclave. “Toda previsão desmancha no ar”, diz o professor, que em 2005 achava graça de quem apostava em Joseph Aloisius Ratzinger. Ele não acreditava que, depois do conservador João Paulo II, a Igreja elegesse outro conservador. Espantou-se quando Ratzinger foi anunciado como papa Bento XVI. “Durante séculos não houve um papa alemão, até que houve. Nunca um jesuíta seria papa, aí veio Francisco. Na época da Guerra Fria, ninguém imaginava um papa que não fosse italiano, e aí foi eleito João Paulo II, polonês.”

Se fosse apostar em um latinoamericano, Arraes diria que o México talvez tenha mais chances que o Brasil. Mas só Deus sabe.

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domingo - 27/04/2025 - 11:30h

Depoimento – XIII

Por Ayala Gurgel 

Imagem ilustrativa com recursos de inteligência artificial para o BCS)

Imagem ilustrativa com recursos de inteligência artificial para o BCS)

B.O: N° 10-6492/2020

NATUREZA: DENÚNCIA CRIME – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

DATA DA COMUNICAÇÃO: 08 DE AGOSTO DE 2020

COMUNICANTE: KELLY ANNE SORAYA DE ARRUDA MATIAS

A senhorita Kelly Anne Soraya de Arruda Matias, vinte e um anos, solteira, vendedora, universitária e residente nesta freguesia, compareceu a esta delegacia e declarou, perante mim, escrivã de polícia, o desejo de prestar queixa de forma não identificada contra o senhor Félix Roberto Diniz Dantas por maus tratos e violência doméstica contra Débora de Almeida Dantas, cônjuge do denunciado. A depoente diz que, no início desta noite, por volta das dezoito horas e quarenta e cinco minutos, fez uma vídeo chamada para a senhora Débora de Almeida Dantas, com a qual mantém relação de amizade e compartilha o mesmo curso na faculdade, para falar sobre a aula da manhã de hoje, uma vez que a amiga faltou e o professor passou atividades para serem desenvolvidas em grupo e entregues até a próxima quarta-feira, dia treze de maio. Queria saber da amiga se desejava ficar no mesmo grupo que ela. Que não é incomum as duas se falarem, inclusive por meio de vídeo chamada, bem como realizarem atividades em grupo, o que ocorre desde o colegial, mas não é normal a amiga faltar às aulas sem avisá-la; que isso nunca aconteceu e essa foi a principal razão para procurar falar com ela. Que se lembrava de fato importante que pode também tê-la motivado a fazer a ligação, mas prefere falar adiante, pois quer primeiro narrar como foi a ligação. Que sua primeira tentativa de vídeo chamada resultou em vão, e que ela não sabe se foi porque o celular da amiga estava sem rede ou ela não pôde ou não quis atender, visto que não há como saber sobre isso. Diante da dúvida, não aguardou e enviou mensagem de texto na qual explicitou a necessidade de falar com ela sobre a última aula e o trabalho que precisava ser feito com urgência. Quase cinco minutos depois recebeu como resposta apenas um “ok”. A depoente mostrou ao delegado de plantão a tela do seu celular com a conversa aberta, para atestar o hiato temporal entre a mensagem enviada e a resposta recebida. Em seguida, a depoente narrou que, pouco depois, seu celular começou a vibrar, anunciando o recebimento de uma chamada de vídeo. Era sua amiga, Débora de Almeida Dantas. A depoente disse que a amiga estava sozinha no vídeo, na cozinha de casa, mas achou estranho porque a imagem se mexia um pouco, como se o celular estivesse apoiado em algum lugar que balançava ou alguém o estivesse segurando, enquanto gravava. Que aquilo era o tipo de coisa que sua amiga não costumava deixar acontecer, pois sempre usava o tripé e procurava um enquadramento que a valorizasse. A amiga, que sempre aparecia bem arrumada nas chamadas, mal havia se penteado. Aquilo não parecia coisa dela, ou coisa normal, pelo menos, mas, superado a impressão inicial, a depoente continuou a conversa. Disse que explicou sobre a atividade que deveria ser feita e como ela tinha pensado na distribuição do conteúdo, pois seriam quatro colegas na mesma equipe. Como notou apatia na sua amiga e vez outra um corte na fala, como um engasgar ou para engolir algo, ela perguntou se estava tudo bem, ao que ouviu como resposta que sim, e justificou que estava apressada porque ela e Félix Roberto estavam conversando sobre algumas coisas que precisavam em casa. A depoente disse que ao ouvir aquilo, cismou que houvesse algo de errado, pois conhecia a amiga há muitos anos e acompanhou o namoro dela com o atual marido desde o início. Sabia o suficiente para ter certeza que ela não gostava de chamá-lo Félix Roberto, a não ser que houvesse muita raiva ou alguma coisa muito séria. Que ao ouvir a amiga se referir ao marido pelo nome composto, foi tomada pela desconfiança que tinha algo de errado e precisou tirar suas dúvidas. Disse que tem ciência dos riscos aos quais as mulheres estão sujeitas e que o marido vinha tendo crises de ciúmes recentes depois que ela entrou para a faculdade. Que, em primeiro lugar, quis saber se o marido estava por perto, e, para tanto, falou apenas que mandava um abraço para ele, o que obteve como resposta um indiscreto “dou sim, ele está bem aqui”. Como não podia perguntar mais nada de forma direta e percebeu que a amiga estava querendo encerrar a ligação, que ela supôs por pressão do marido, a depoente disse que se lembrou de um código que as mulheres da sala tinham combinado para caso alguma estivesse em perigo, que chamaram de “o tchau do perigo”. A depoente disse que anunciou que ia finalizar a ligação e falou para a amiga não se esquecer do “nosso tchauzinho”. Que, para sua tristeza, foi exatamente o gesto que a amiga fez. Naquele instante, a depoente tirou todas as dúvidas e tem certeza que a amiga está em perigo, razão pela qual veio às pressas a esta delegacia prestar queixa e pedir providências imediatas. Insiste a depoente que o fato de sua amiga ter se referido ao marido pelo nome composto e feito o sinal de socorro no vídeo é um claro indício de que a vida dela corre perigo. Era o que tinha a relatar.

Ayala Gurgel é escritor, professor da Ufersa, doutor em Políticas Públicas e Filosofia, além de especialista em saúde mental

*O texto faz parte do livro homônimo e tem como desafio transformar a escrita ordinária, informal, em literatura, tal como os clássicos fizeram com as cartas (criando a literatura epistolar). Veja abaixo, links para as postagens anteriores:

Leia tambémDepoimento (02/02/2025)

Leia tambémDepoimento II (09/02/2025)

Leia tambémDepoimento III (16/02/2025)

Leia tambémDepoimento IV (23/02/2025)

Leia tambémDepoimento V (02/03/2025)

Leia tambémDepoimento VI (09/03/2025)

Leia tambémDepoimento VII (16/03/2025)

Leia tambémDepoimento VIII (23/03/2025)

Leia tambémDepoimento IX (30/03/2025)

Leia tambémDepoimento X (06/04/2025)

Leia tambémDepoimento XI (13/04/2025)

Leia também: Depoimento XII  (20/04/2025)

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Categoria(s): Conto/Romance
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 27/04/2025 - 08:50h

Éticos

Por Marcelo Alves

 José Adalberto Targino Araújo (Foto: Web/Arquivo)

José Adalberto Targino Araújo (Foto: Web/Arquivo)

Conheci José Adalberto Targino Araújo, há muitos anos, nas fronteiras do Rio Grande do Norte com a Paraíba. Procurador do Estado no RN, Secretário de Estado da Justiça na PB, afetuoso amigo e sempre um “gentleman”, Adalberto circulava – e ainda circula – com imensa e igual fidalguia por essas duas províncias. Sou testemunha do seu trabalho ético como profissional/prático do direito e da política.

Membro das academias norte-rio-grandense e paraibana de letras jurídicas, Adalberto agora nos presenteia, a partir da sua vocação acadêmica/filosófica, com um livro deveras singular: “A ética aplicada à política e às relações sociais”.

É um livro que merece ser lido. Aliás, degustado com carinho.

É um trabalho sobre a ética – na concepção aristotélica, a ciência que estuda o comportamento humano com o objetivo de alcançar o equilíbrio/virtude (“areté”) e a felicidade (“eudaimonia”) –, um saber intimamente relacionado ao direito, à política, às relações sociais, à filosofia e, por que não, à literatura. O autor, que já laborou ou ainda labora como governante, promotor, procurador, acadêmico e muitas coisas mais, dela, porque também a segue fielmente, entende muito bem.

Entretanto, o livro de Adalberto vai muito além do estudo tradicional da ética.

É primeiramente um delicioso passeio pela história universal. Como o autor explica, ele tem como “objetivo geral identificar as convergências e discrepâncias filosóficas e teológicas entre os filósofos desde o período pré-socrático até os filósofos considerados modernos no que concerne à ética aplicada à política e relações sociais”. Para atingi-lo, busca “compreender a ética, a política e o bem comum em Platão e Aristóteles; compreender a moral no universo cristão medieval; analisar a filosofia moral no período do Iluminismo; expor pensamentos sobre a real dimensão da ética de ordem objetiva; e analisar a crise ética da modernidade na abordagem de pensadores pós-modernos”. Ao finalizar a sua jornada, o texto bem apresenta a síntese das divergências e das convergências entre os pensamentos e os pensadores que construíram a nossa história ética.

E é sobretudo um estudo interdisciplinar pelos vários saberes da humanidade (quer algo mais academicamente contemporâneo?), visando à ampla compreensão e ao aperfeiçoamento da realidade ética que nos cerca. Para além da política, do direito, da sociologia, da filosofia (da qual a ética seria um dos seus principais temas ou ramos), o livro faz excelente uso da literatura (de ficção, para ser mais claro). Por exemplo, dois de meus autores prediletos são objeto de análise. Tolstói (1828-1910), com o seu “O Diabo”, sob o ponto de vista da moral iluminista e, bem detalhadamente, sob uma leitura kantiana. E o insuperável Shakespeare (1564-1616), com os seus “Hamlet” e “Macbeth” e, sobretudo, o seu “Rei Lear”, num mundo eticamente às avessas.

Na verdade, na literatura universal, há inúmeras estórias que enfrentam e resolvem os denominados “problemas éticos”. Os grandes autores, se não filósofos, relatando a casuística da vida em linguagem mais elegante e acessível do que a linguagem dos acadêmicos, são frequentemente excelentes professores de filosofia e de ética. A partir da casuística narrada, eles tornam a coisa bem menos abstrata, mais pé no chão, mais vida vívida. E essa abordagem “literária” da filosofia, sua história e sua ética, confesso, é o que mais me encanta em “A ética aplicada à política e às relações sociais”.

Por fim, sem querer mais adiantar o conteúdo, mas para fortemente recomendar a leitura, apenas asseguro: Adalberto e o seu livro são pessoal e academicamente éticos, na precisão integral deste termo.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 27/04/2025 - 07:22h

O inferno é aqui

Por Marcos Ferreira

Ilustração: besta de sete cabeças do Apocalipse (Fonte: JW.ORG)

Ilustração: besta de sete cabeças do Apocalipse (Fonte: JW.ORG)

Escurece. Melhor dizendo, anoitece. “Escurece”, forma do presente do indicativo, verbo transitivo direto, intransitivo e pronominal, pertence a um pretérito que hoje em dia é coisa rara. Há bastante tempo, com breves ocorrências, já não escurece. Isto no que se refere à comutação do dia para a noite. Quase ninguém se importa ou acredita que ainda temos crepúsculos, arrebóis. Porque mal a noite se aproxima, ao contrário de antigamente, eis que um sem-número de postes acendem suas luminárias de modo automático e eficaz. As primeiras vítimas desse progresso foram os acendedores de lampiões, trabalho cantado em verso e prosa quando nos tinha serventia.

Até as estrelas, agora com a geração cabisbaixa dos smartphones imperando, têm passado despercebidas na infinitude do espaço. A poeticidade da Lua, sobretudo se não for cheia, também fica prejudicada nesta era tecnológica em que um reles celular rouba a cena e põe uma quantidade astronômica de gente com a ponta do queixo colada no peito. Exceto pelos astrônomos e por alguns poetas que vivem na órbita da Lua, ouso dizer que a própria Via Láctea está caindo no ostracismo.

Em nossa casa, no universo de minha meninice, escurecia de fato. Conforme principiei, “escurece” estaria com emprego adequado. Porque as lamparinas de querosene daquele nosso domicílio de pau a pique, sem luz elétrica, sem água encanada, só eram acesas (duas ou três em pontos cruciais) quando a visibilidade estava deveras comprometida. Enquanto houvesse pelo menos penumbra, um lusco-fusco que permitisse nossa locomoção e tornasse certas coisas encontráveis, a minha mãe não gastava querosene à toa. A senhora Branca era autodidata em economia. Senso este que desenvolveu ao longo dos sessenta e dois anos em que esteve por aqui.

No terreiro de nossa casa, situada na Avenida Alberto Maranhão, 3521, lá no finalzinho dos anos setenta para começo dos oitenta, havia uma grande árvore, um flamboyant que à noite nos oferecia uma espécie de chão de estrelas, parecido com a metáfora daquela célebre canção do Orestes Barbosa e Sílvio Caldas. Sob a copa do flamboyant, a gente se reunia (nove irmãos) para ouvir a senhora Branca contando histórias de onça e de mal-assombro.

Agora as onças, em especial as onças-pintadas, sofrem ameaça de extinção. As almas penadas desapareceram das conversas de roda. Talvez porque as assombrações, a exemplo das onças, têm medo desta sociedade hostil que formamos. Durante séculos a fio a Terra inteira é massacrada por nós.

Corrigindo, enfim, anoitece. Há muitas luzes, porém existem incontáveis trevas sociais sem ao menos uma lamparina de esperança, uma luzinha no fim do túnel. Tanta coisa boa morreu para um monte de coisas boas nascer. Mas seguimos sem respeitar tradições, destruindo costumes, a fauna e a flora. A Natureza agoniza sob nossa ganância e descaso. O planeta começou a se voltar contra a nossa índole predatória, deletéria.

Qualquer dia tudo vai escurecer de vez. Parece que o Sol tomou as dores do globo terrestre e decidiu fritar nossa existência. O aquecimento global está aí como carrasco implacável sobre o cadafalso, só esperando a hora de aniquilar essa humanidade desumana composta por uma gigantesca soma de pessoas insensíveis.

Mais cedo ou mais tarde um antiquíssimo verbo retornará para um acerto de contas com o bicho-homem, único animal que devasta o próprio habitat. Trata-se do verbo retransfigurar. O mesmo conjugado por Deus na época de Noé. Receio que dessa vez não contaremos com uma segunda arca. Nem o Todo-Poderoso reenviará o Nazareno para salvar a nossa pele. Paciência, como se diz, tem limite. Não. Não haverá outra arca. Apenas choro e ranger de dentes.

O Inferno é aqui.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 27/04/2025 - 05:48h

Não o convenceu

Por Bruno Ernesto

Foto do autor da crônica

Foto do autor da crônica

Observar. Só observar, tem muitas vantagens.

Apesar de gostar muito de fotografias, em especial em preto e branco, nunca fui um exímio fotógrafo.

Muito pelo contrário, estou equidistante entre o regular e o semiamadorismo. Entretanto, não me falta disposição e teimosia.

Aliás, sempre gosto de dizer que a teimosia é inegociável. Pois bem.

Além de um bom equipamento fotográfico – acredito eu -, me falta uma característica fundamental a um fotógrafo: paciência.

Não é que não tenha. Até tenho; só não muita. Se tiver calor, menos ainda.

Aliás, assim como na falta de um bom café sem açúcar, no calor, me falta é o juízo inteiro e nunca será um bom momento para resolver certos assuntos ou quizila.

Fotografar como passatempo – com é o meu caso – precisa da mesma calma, tempo, disposição, serenidade, criatividade e, sobretudo, sensibilidade exigida para se escrever um texto literário.

Muito embora tenha esse déficit fotográfico, nos últimos tempos, com o auxílio e o incentivo da minha esposa – que é exímia fotógrafa -, tenho procurado praticar e aperfeiçoar essa arte; embora, geralmente, meus registros sejam feitos despretensiosamente.

Acredito que a cada cem fotos, uma ou duas fiquem realmente apresentáveis.

Como num pleonasmo, gosto de capturar cenas do cotidiano diário; ver gente e a vida pulsante da cidade, seus personagens, lugares e, sobretudo observar o movimento frenético dessa central que se inicia ainda pela madrugada, e vai se amainando já pelo meio da manhã, como toda e qualquer central de abastecimento de alimentos em qualquer lugar do mundo.

Dia desses, passando bem cedo pelo centro da cidade – antes das seis e meia – bem em frente à central de abastecimento (Mercado da Cobal), um dos lugares – talvez – mais bem frequentados da cidade, uma cena me chamou bastante atenção.

Enquanto aguardava o sinal de trânsito abrir, escutava as notícias do rádio – sim, sou ouvinte assíduo de rádios – e tentava organizar mentalmente o meu dia quando, de dentro do carro, percebi que dois homens conversavam na esquina ali, bem ao meu lado.

Um deles – o ouvinte – tinha a barba grande e descuida; cabelos retorcidos e convulsionados; calçava havaianas e vestia camiseta e calção amarrotados, como quem tivesse há dias com a mesma roupa e sem tomar um banho;

Sentado bem ali na calçada da esquina – olhos inchados -, tinha as mãos soltas e descansadas entre as pernas.

Estava totalmente inerte e num estado indescritível de afastamento e melancólica visão perdida no infinito.

De tão profundamente perdida, não indicava qualquer conexão com o mundo, no meio daquele vai e vem de carros e, certamente, muito barulho.

Ao seu lado direito, porém não tão próximo, jaziam duas sacolas pretas, uma garrafa pequena de uma marca de água mineral conhecida. No asfalto, encostado no meio-fio, uma sacola plástica branca.

Já encostada à sua perna direita, havia uma sacola plástica branca, o que parecia ser uma garrafa plástica de refrigerante de um litro sem o rótulo e, ao alcance imediato de sua mão, duas garrafas pequenas, rechonchudas, com tampas brancas enroscadas, como se dois pequenos barris fossem.

No rótulo dessas duas pequenas garrafas em formato de barril – depois pude ver – havia uma silhueta feminina em pose sensual.

Paradoxalmente à postura daquele homem ali sentado e intrigantemente inerte, outro – bem aparentado, de tênis e boné -, se postava de pé bem diante dele e, gesticulando os braços, com veemência e vigorosamente, aparentemente vociferava aos brados e colericamente, como se o tentasse convencer de algo. Talvez um conselho.

Dez segundos se passaram entre eu parar o carro e o sinal abrir. Consegui uma sequência de quatro fotos e precisei seguir.

Trinta minutos após meu compromisso, na volta, passei pela mesma esquina – agora no outro sentido da via – e lá ficaram apenas a garrafa pequena de uma marca de água mineral conhecida e a garrafa plástica de refrigerante de um litro sem o rótulo.

Aparentemente, o homem de boné não o convenceu.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 27/04/2025 - 04:38h

Resiliência

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Um dia desses, quando eu transitava na Avenida Leste-Oeste, em Mossoró, vi um jovem bem-vestido, segurando uma pasta, caminhando rumo à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Por que sei que ele estava indo para a nossa querida Uern? Porque o conheço, sei que é discente do curso de Direito.

Ele caminhava com ar resoluto, quase de forma estoica. Trata-se de uma pessoa humilde que sonha em vencer na vida por meio do estudo.

Com efeito, ele é mais um cidadão deste sofrido país que enfrenta uma luta renhida para ter um mínimo de dignidade. Neste país, no qual a desigualdade social é uma triste realidade, é preciso força de vontade para conseguir um lugar ao sol, sobretudo, quando não se nasce em berço de ouro.

Há milhares de pessoas que conseguiram dar um destino melhor a sua vida, seja pelos estudos ou pelo trabalho honesto. Entretanto, não é fácil conciliar o horário de estudo com uma carga de trabalho exaustiva. É preciso ser resiliente para encarar essa batalha.

Lembro que quando lecionava na Universidade Potiguar presenciei inúmeros alunos que passavam o dia no trabalho, e a noite estavam sentados nos bancos da faculdade, querendo aprender, crescer profissionalmente, mudar de vida. Muitos conseguiram, muitos, infelizmente, desistiram.

Muitas pessoas desistem no primeiro obstáculo, ficam no meio do caminho. Aliás, li que a “resiliência não é ter pressa. Ser resiliente é seguir em diante, seja na velocidade que for”.

É certo que nem todos têm as mesmas oportunidades. O ponto de partida é desigual tornando a corrida da vida um tanto difícil. Para alguns é mais fácil, para outros, um grande sacrifício.

Enfim, de toda forma desejo que aquele jovem que caminhava firme e forte, apesar de aqui e acolá levar umas pancadas da vida, seja resiliente e consiga os seus objetivos.

Assim espero. E torço.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 27/04/2025 - 03:22h

O salto para a história do inesquecível “Gato Félix” tricolor

Por Carlos Santos

Félix, em defesa pelo Fluminense, 1971, jogando contra o São Paulo, no Morumbi

Meu time de botão está com sério desfalque. Félix morreu. O “Gato Félix”, imortalizado na Seleção Canarinha de 70, morreu de enfisema pulmonar – hoje em São Paulo.

Félix no gol. Assim começava a escalação do Fluminense que eu dava vida no comando de uma palheta manuseada com rara destreza.

Vi-o jogar com olhar encantado e deslumbramento na grande tela; um pouco pela TV.

O “Canal 100”, espécie de jornal que era apresentado antes da exibição de filmes nos cinemas do Brasil, dava um resumo do futebol – principalmente do Rio de Janeiro. Foi ali que o goleiro franzino, de apenas 1,79 – ficava gigantesco diante de mim.

“Papel”, seu apelido, era sóbrio, sem qualquer tipo de salto espalhafatoso e cinematográfico para sair na capa do jornal. Quem viu Castilho jogar, afirma: Félix foi inferior a ele.

Quem se importa com essa observação? Eu vi Félix. Era meu goleiro no botão, inspiração para ser também um “arqueiro”, como se dizia à época.

Sou de uma geração que se encantou com Paulo Vítor nos anos 80 e agora se rende a Diego Cavalieri. Mas foi Félix, no campinho de “Estrelão” (onde o futebol de botão era jogado), que fez minha cabeça para sonhar em um dia ser goleiro.

Nos campos improvisados da Estrada de Ferro ou no gol marcado por duas pedras, em pleno leito da rua, fui um fracasso retumbante. Frangueiro, sem reflexo ou impulsão. Não mereceria uma crônica de Nelson Rodrigues. Não seria Félix; percebi logo.

Com escassa memória que me chega aos dias atuais, fui aquele menino magrinho que viu Félix na Copa de 70, espiando jogos numa TV que ficava sobre o janelão de uma casa à Rua Dr. Francisco Ramalho, Centro de Mossoró. Famílias inteiras afluíam para se converterem em nacionalistas, diante daquela maravilha da tecnologia, em preto e branco.

Eu estava lá, na plateia, parte dos 90 milhões de brasileiros em ação, gritando: “(…) Pra frente, Brasil…”

Era a primeira Copa do Mundo sendo transmitida ao vivo. No gol, Félix. Quem se fixava nele, quando Gérson, Jairzinho, Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto e Clodoaldo desfilavam imponentes, como deuses do futebol arte?

Que bela ironia o destino me pregou. Estou aqui a descobri-la quando lembro do goleiro tricolor: eu queria ser como “Papel”, no gol do Fluminense.

O papel que me sobrou foi do jornal impresso. Fui sendo sugado diariamente pelo rolo de uma máquina datilográfica, engenhoca que há alguns anos era a fonte de minha produção profissional, uma paixão, uma razão de viver.

No gol, sempre ele. Fica quem é do ramo: O Gato Félix. Para sempre.

Saudações tricolores!

Saiba um pouco mais sobre Félix clicando AQUI.

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos

*Crônica originalmente publicada no dia 24 de agosto de 2012, nesta página, há quase 13 anos.

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Categoria(s): Crônica
sábado - 26/04/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“De nada adianta a liberdade, se não temos a liberdade de errar.”

Mahatma Gandhi

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sábado - 26/04/2025 - 19:24h
Religiosidade e fé

Caminhada de Santo Expedito tem concentração neste sábado

Trajeto é de 21 quilômetros, entre o Nova Betânia e zona rural de Baraúna (Foto: Glauber Soares/Arquivo)

Trajeto é de 21 quilômetros, entre o Nova Betânia e zona rural de Baraúna (Foto: Glauber Soares/Arquivo)

A tradicional Caminhada de Santo Expedito chega à sua 20ª edição. A iniciativa reafirma sua importância como um dos maiores eventos de fé e devoção da região de Mossoró.

A concentração será na Praça do Rotary, no bairro Nova Betânia, com início às 23h deste sábado (26), incluindo sessões de alongamento e aquecimento conduzidas por estudantes do curso de Educação Física da Universidade do Estado do RN (UERN). A oração de envio será realizada pelo Padre Antoniel, vigário da Diocese de Mossoró.

A saída está marcada para 00h19 do domingo (27), rumo à Capela de Santo Expedito, no Sítio Vertentes, zona rural de Baraúna. O percurso é de 21 quilômetros.

Conhecida por reunir centenas de fiéis do santo das causas urgentes e justas, a caminhada tornou-se, ao longo de duas décadas, um momento marcante de espiritualidade, agradecimento e esperança. O evento teve início com uma promessa feita por auditor fiscal aposentado e advogado Afrânio Leite, pela recuperação da saúde de seu irmão. Hoje, Afrânio e os demais organizadores celebram a força da fé que mobiliza tantos devotos.

Estrutura

Para garantir a segurança e o bem-estar dos peregrinos, a organização preparou uma estrutura especial ao longo do trajeto. Haverá apoio com ambulância, equipe de segurança durante todo o percurso, além de paradas programadas com banheiros químicos e distribuição de água, café e frutas.

Ao final da caminhada, será celebrada uma missa campal às 7h da manhã, na Capela de Santo Expedito, no Sítio Vertentes, um momento de renovação da fé e gratidão pelas graças recebidas.

Para o retorno, um ônibus estará disponível para levar os peregrinos de volta ao ponto de partida. Acompanhe todas as atualizações e registros do evento pelo Instagram: @caminhadadesantoexpedito

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Estrutura especial foi montada para dar suporte aos participantes (Foto: Glauber Soares/Arquivo)

Estrutura especial foi montada para dar suporte aos participantes (Foto: Glauber Soares/Arquivo)

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Categoria(s): Gerais
sábado - 26/04/2025 - 11:26h
Câmara Municipal

Sessão Solene comemora 10 anos da Loja Maçônica Liberdade 33

Sessão teve participação maciça de maçons, políticos e convidados (Foto: CMM)

Sessão teve participação maciça de maçons, políticos e convidados (Foto: CMM)

A Câmara Municipal de Mossoró realizou, nesta sexta-feira (25), uma Sessão Solene em comemoração aos 10 anos de existência da Loja Maçônica Liberdade 33. Fundada em 21 de abril de 2015, a loja completa uma década de contribuições para o desenvolvimento social de Mossoró, promovendo ações solidárias, educativas e filantrópicas.

Propositor da solenidade, o vereador Thiago Marques, também integrante da maçonaria, destacou a importância da data e a relevância da maçonaria para a cidade. “Fico feliz em ver essa casa tão cheia, de pessoas tão valorosas. Eu que faço parte da maçonaria e da Câmara, é sempre uma grande honra estar aqui. Quero destacar como é importante celebrar esse momento da maçonaria do Liberdade. Expresso minha gratidão em ver todos aqui presentes: o vice-prefeito Marcos, os vereadores, nosso presidente, nosso desembargador”, declarou.

Durante a sessão, 13 nomes que marcaram a trajetória da Loja foram homenageados com honrarias concedidas pelo Legislativo mossoroense:

Douglas Macdonnell de Brito e Robert Hook Menescal Pinto receberam a Medalha de Reconhecimento da Câmara Municipal de Mossoró;

Miguel Rogério de Melo Gurgel, a Medalha do Mérito Servidor Público Municipal;

Francisco Diego Costa Dantas, a Medalha do Mérito na Saúde: Dr. Duarte Filho;

Lúcio Romero Marinho Pereira, a Medalha Pastor Diomedes Pereira Jácome;

Iata Anderson Fernandes e Roberto Di Sena Júnior, o Título de Cidadão Mossoroense;

Allen de Medeiros Ferreira e Aldo Coutinho, a Medalha do Mérito Humanitário: Padre Guido Tonelotto;

João Carlos Guerra Soares, a Medalha do Mérito Industrial e Comercial: Diran Ramos do Amaral;

Hamilton Vieira Sobrinho, o Troféu Reitor Milton Marques de Medeiros;

Glauber Alves Diniz Soares, a Medalha do Mérito em Comunicações: Jeremias da Rocha Nogueira;

André Luís Gomes de Oliveira, a Medalha de Mérito Desembargador Dr. José Rego Júnior.

O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, vereador Genilson Alves (União Brasil), destacou a relevância do trabalho desenvolvido pela Loja Maçônica Liberdade 33 na cidade. “Celebrar esses 10 anos da Loja Liberdade 33 é reconhecer um trabalho transformador. Esta casa se honra em prestar homenagens a homens que fazem da solidariedade, da justiça e da fraternidade não apenas valores simbólicos, mas ações concretas na vida de tantos mossoroenses”, disse.

Ao longo de sua história, a Loja Maçônica Liberdade 33 acumulou uma série de contribuições importantes para a cidade de Mossoró e região, entre elas: A entrega de 36 novos leitos ao Hospital Regional Tarcísio Maia, em 2016, que já beneficiaram mais de 100 mil pessoas; A climatização da Ala Pediátrica do mesmo hospital, em 2018; A adoção da Escola Municipal Celina Guimarães Viana, com reforma da biblioteca, da cozinha e fornecimento de café da manhã a crianças em situação de risco alimentar.

Além disso, contribui com participação anual na campanha “Meu Melhor Natal”, em parceria com a UERN, beneficiando mais de mil crianças por ano com brinquedos; Promove a campanha Guarda-Roupa Solidário, com a doação de milhares de peças de roupas para instituições de acolhimento; Realizou doações de bicicletas e auxílio a famílias refugiadas venezuelanas; Apoia entidades de luta contra o câncer; e realiza eventos solidários em comunidades carentes e zonas rurais, como o Natal e o Dia das Crianças.

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sábado - 26/04/2025 - 10:48h
Hospital Infantil de Mossoró

Embargo de obra atende à lei e Apamim agradece apoio político

Entidade respeita atuação fiscalizadora e dissipa versão de politicagem à decisão do município
Arte para divulgação em redes sociais (Reprodução do BCS)

Arte para divulgação em redes sociais (Reprodução do BCS)

A interventora da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM), Larizza Queiroz, entidade responsável pela gestão do Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), emitiu Nota à Imprensa sobre o embargo temporário de projeto de suma importância: construção do Hospital Infantil de Mossoró.

Há poucos dias, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB) embargou obra por falta de Alvará de Construção. Seguiu procedimento padrão em nome da segurança de trabalhadores e dos futuros usuários da edificação. Daí surgiu polêmica que ganhou contornos politiqueiros, surfando na teoria da conspiração.

A nota da Apamim esclarece os fatos e vai ao encontro da realidade fática e técnica do episódio. Só isso. Nada além disso. Veja abaixo:

A Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM) vem a público esclarecer os fatos relacionados ao embargo temporário da obra do projeto do Hospital Infantil de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte.

A APAMIM respeita integralmente a atuação da autoridade fiscalizadora competente, reconhecendo o exercício regular do seu dever institucional de fiscalização. Desde a notificação do embargo, o corpo técnico da instituição tem adotado todas as medidas necessárias para prestar os devidos esclarecimentos e atender diligentemente às exigências apontadas, com vistas à pronta desobstrução da situação.

Reiteramos que a gestão municipal, por meio das secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Urbanismo, demonstrou total solicitude na busca pela resolução da questão, colocando seus respectivos corpos técnicos à disposição para colaborar com a continuidade das atividades do projeto.

O Prefeito Allyson Bezerra também manifestou total apoio à iniciativa, reafirmando seu compromisso com os objetivos e os fins do Hospital Infantil. Sua gestão tem se mostrado sensível às necessidades da população mossoroense, colocando-se à disposição para contribuir com o pleno andamento do plano de trabalho, dentro do que for possível no âmbito da administração pública local.

Na mesma oportunidade, a APAMIM renova os agradecimentos e o compromisso institucional diante do acolhimento ao projeto por parte do Senador Styvenson Valentim. Destacamos sua postura política inovadora, comprometida com os reais interesses da população do Estado do Rio Grande do Norte, sendo um verdadeiro agente de transformação da realidade social do povo potiguar.

O projeto do Hospital Infantil de Mossoró torna-se, a cada dia, mais concreto e possível, graças ao comprometimento de agentes públicos e políticos alinhados com os verdadeiros interesses da população.

Nossos mais sinceros agradecimentos a todos os envolvidos.

Mossoró/RN, 23 de abril de 2025.

Leia tambémPrefeitura embarga obras de hospitais por falta de alvarás de construção

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Categoria(s): Política
sábado - 26/04/2025 - 08:20h
Mossoró

Prefeitura faz um “Dia D” de vacinação em sete locais distintos

Vacinação começa às 8 horas (Foto: Lucas Bulcão)

Vacinação começa às 8 horas e no domingo chegará à zona rural (Foto: Lucas Bulcão)

Neste sábado (26), a Prefeitura de Mossoró realiza um “Dia D” de multivacinação para toda a população, de acordo com faixas etárias e imunizantes preconizados pelo Ministério da Saúde. No dia de mobilização, serão sete pontos de vacinação em funcionamento, cinco Unidades Básicas de Saúde e mais dois pontos extras que funcionarão em parceria com outras instituições.

Nas Unidades Básicas de Saúde, a vacinação acontecerá das 8h às 12h. As unidades são: UBS Ildone Cavalcante (Barrocas); UBS Marcos Raimundo (Belo Horizonte); UBS Cid Salém (Abolição IV); UBS Maria Soares da Costa (Alto de São Manoel); UBS Vereador Lahyre Rosado (Alto do Sumaré).

O dia de mobilização nas unidades será realizado pela Coordenação de Imunizações do município em parceria com o Programa Saúde na Escola (PSE). A estratégia é também atingir o público até os 15 anos de idade, num trabalho articulado das UBSs com as escolas.

Ainda no sábado, das 8h às 12h, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ofertará vacinas em ação filantrópica na Loja Maçônica União Mossoroense, localizada na rua Anderson Dutra, 160, na comunidade Quixabeirinha, bairro Aeroporto.

Já das 8h às 10h30, a Prefeitura ofertará vacinação na Praça da Igreja Matriz de São José, localizada no bairro Paredões. O serviço funcionará dentro da programação de uma ação social realizada pela Facene Mossoró.

Domingo

No domingo (27), haverá vacinação na zona rural do município. Um ponto extra será disponibilizado na capela de Santo Expedito, no Sítio Bom Destino, comunidade Alagoinha, das 7h às 11h. Trata-se de um evento da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, que contará com a parceria da Prefeitura de Mossoró.

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Categoria(s): Saúde
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sábado - 26/04/2025 - 08:00h
Nomeado

Tribunal Regional Eleitoral do RN tem novo juiz substituto

Pinheiro teve nomeação nessa sexta-feira Foto: Reprodução)

Pinheiro teve nomeação nessa sexta-feira (Foto: Reprodução)

O advogado Paulo Augusto Pinheiro foi nomeado, nesta sexta-feira (25), juiz substituto para o próximo biênio no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN).

Ele, que recentemente deixou a presidência da Comissão de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB/RN para assumir a presidência da Comissão de Segurança Pública, também da OAB no RN, teve sua nomeação publicada no Diário Oficial da União.

O ato foi assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Enrique Ricardo Lewandowski.

Paulo Pinheiro irá suceder Marcello Rocha Lopes.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política
sábado - 26/04/2025 - 07:28h
'Aliados'

Convivência política entre atual e ex-prefeito passa por turbulência

Dr. Ednardo administra a 'síndrome do ex' representada por Rivelino (Foto: arquivo)

Dr. Ednardo administra a ‘síndrome do ex’ representada por Rivelino (Foto: arquivo)

Do Caderno Potiguar

Nos bastidores da política de Patu, a postura adotada pelo ex-prefeito Rivelino Câmara (MDB) tem sido vista com crescente desconfiança. Embora oficialmente mantenha discurso de apoio ao prefeito Dr. Ednardo Moura (MDB), aliados próximos à gestão apontam sinais de que Rivelino estaria ultrapassando os limites, como se ainda não tivesse se acostumado com o título de “ex”.

Embora não assuma publicamente qualquer rompimento, os gestos e movimentações políticas de Câmara indicam um incômodo com os rumos do governo que ajudou a eleger — e alimentam a impressão de que, em vez de apoiar, ele opera para manter o controle.

Publicamos já em 31 de dezembro de 2024 um embate silencioso que gerou desconforto no grupo do prefeito Dr. Ednardo Moura com o ex-prefeito. Na ocasião, Câmara teria agido nos bastidores para dificultar a eleição do vereador Suetoneo Moura, candidato de Dr. Ednardo Moura, à presidência do Poder Legislativo.

Mesmo assim, o prefeito cumpriu com a palavra e nomeou Rivelino como secretário municipal. Porém, uma fonte que transita nos intramuros da política local afirma que o comportamento de Rivelino nos bastidores, com tentativas de influenciar decisões estratégicas, tem causado, com razão, insatisfação na base governista, que vê o comportamento do ex-prefeito como um movimento silencioso de oposição velada.

A situação em Patu serve como um lembrete de que a transição de poder pode ser complexa e cheia de desafios. Enquanto Dr. Ednardo Moura busca sanear os principais problemas de Patu, muitos herdados da própria gestão de Rivelino, o ex-prefeito reluta para se encontrar na nova dinâmica política.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sábado - 26/04/2025 - 06:44h
Paradigma para o RN

Modelo de licenciamento ambiental de Goiás é apresentado em Natal

secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andrea Vulcanis (Foto: Fiern)

secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andrea Vulcanis (Foto: Fiern)

A diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e convidados representantes de órgãos ambientais do estado conheceram o modelo de gestão ambiental do estado de Goiás, durante reunião realizada na Casa da Indústria, nesta sexta-feira (25). A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andrea Vulcanis, apresentou o trabalho da pasta para reformular as políticas públicas e o modelo de licenciamento do estado.

Vulcanis, que assumiu a secretaria em 2019, conta que precisou reformular a legislação ambiental do estado com a missão de otimizar a atuação da secretaria, que concentra os trabalhos de licenciamento, fiscalização e administração de unidades de conservação. Desde então, a pasta conseguiu reduzir o tempo médio de espera das licenças para 61 dias.

“Não houve milagre, mas sim muito trabalho. Para isso, precisamos mudar a cultura, o que não acontece do dia para a noite, tanto dentro do órgão como para o público externo”, afirmou. O estado passou a contar com um dos sistemas de licenciamento mais modernos do país, com instruções precisas da documentações e dados necessários para obtenção de outorgas de empreendimentos”, relatou.

Atualmente, a nova legislação, que reclassificou empreendimentos por porte e potencial poluidor, garante um processo mais célere, com licenças únicas e parâmetros mais razoáveis. “Reduzimos a subjetividade das decisões e garantimos mais segurança para os analistas”, completou a secretária.

Outra iniciativa possibilitada pela nova legislação foi o trabalho de restruturação ecológica, com recuperação da bacia do Rio Araguaia e um pacto contra o desmatamento ilegal. “Aumentamos em mil porcento a área fiscalizada e firmamos um pacto com os setores produtivos para erradicar o desmatamento ilegal até 2030”, destacou Vulcanis.

Modelo eficiente

Evento foi dirigido a diretoria da entidade e convidados (Foto: Fiern)

Evento foi dirigido a diretoria da entidade e convidados (Foto: Fiern)

Para o presidente da Fiern, Roberto Serquiz, o trabalho da secretaria goiana serve como paradigma para o Rio Grande do Norte. “A vinda da secretária ao Rio Grande do Norte mostra que é possível se ter um licenciamento ágil e juridicamente seguro. Goiás hoje tem um Portal de Transparência do licenciamento. Um sistema construído de forma técnica, e não com achismos. Ao acessar um sistema criado para esta finalidade, cada empreendedor, em cada tipologia de empreendimento, já encontra o que precisa reunir para ser encaminhado para o licenciamento, facilitando todo o processo e deixando claras as regras a serem seguidas,” resumiu.

“Portanto, existe sim, um modelo comprovadamente eficiente a ser seguido, neste momento em que a Federação das Indústrias vem propondo a revisão de Lei Ambiental do Estado”, assinalou Serquiz.

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Categoria(s): Administração Pública / Economia
sexta-feira - 25/04/2025 - 11:38h
Por Gabriel

Precisamos de doação de sangue

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O engenheiro Gabriel Melo de Medeiros precisa de doação de sangue.

Passará por cirurgia em Parnamirim, no próximo dia 30, no Hospital Regional Deocleciano Marques de Lucena.

Doações podem ser feitas no Hemocentro Mossoró – R. Projetada, s/n – Aeroporto, Mossoró – RN.

Telefone: (84) 3315-3428.

Mais informações pelo número (84) 99486-7791.

Nota do BCS – Gabriel é um sobrinho amado, filho de Anchieta e Naide (in memoriam). Uma bênção em nossas vidas, desde que chegou a nós.

Vai dar tudo certo.

Amém.

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Categoria(s): Gerais
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