Na caudalosa série de pesquisas eleitorais que povoa a imprensa e redes sociais do RN, para alegria ou contrariedade de muitos, o nome de um oficial da Polícia Militar do RN, Inácio Brilhante de Araújo Filho, o “Major Brilhante”, aparece em continuada ascensão. Passou a ser comum sua aparição entre os mais lembrados à Câmara Federal.
Inscrito no Progressistas para fazer ‘esteira’ ao deputado federal mossoroense Beto Rosado, Major Brilhante pode ser mais do que isso e fugir ao script estabelecido pelo parlamentar, que comanda o partido. Duvidar, quem há de? Bom não.
Em algumas pesquisas, Brilhante já desponta à frente de Beto Rosado (veja AQUI). Ainda não se pode falar em tendência, mas com certeza é um sinalizador de preocupação para o deputado e seu grupo, o rosalbismo, que luta desesperadamente à manutenção de seu mandato, único após perda da Prefeitura de Mossoró.
Major Brilhante pode ser mais um daqueles fenômenos eleitorais nascidos do nada e, teoricamente, tratado como alguém a cumprir papel de coadjuvante, que acaba saltando ao estrelado. Ou seja, à eleição.
Para quem não lembra, o RN tem um exemplo bem marcante desse tipo de engenharia política planificada por Beto e o rosalbismo, que acabou dando errado. Em 2010, o vereador, apresentador de televisão e radialista Paulo Wagner, natural de Areia Branca, foi convocado pela então prefeita natalense Micarla de Sousa (PV) para ser esteira de sua irmã, Rosy de Sousa, em chapa à Câmara dos Deputados.
Contas erradas
Estava tudo certo, arrumado, pronto e definido. Âncora de programa de grande audiência na TV Ponta Negra, que o projetava como figura cômica e muito popular, Wagner aceitou a missão de forma despretensiosa. Era mais uma tarefa profissional do que política, que lhe era entregue pela ‘patroa’ (Micarla é uma das sócias da TV até hoje).
As contas dela acabaram dando errado. Paulo Wagner foi eleito com 55.085 votos e Rosy ficou na primeira suplência com 32.341 votos. Ela só experimentou um gostinho de ser parlamentar com afastamento de Paulo Wagner no fim do mandato, por problemas de saúde.
O agravante para Micarla na mesma eleição, é que igual fórmula ela tentou para deputado estadual com o então marido Miguel Weber (PV). Ele não se elegeu.
Beto e seu grupo já estão ressabiados, para não serem a nova versão do ‘efeito Paulo Wagner’. Se tudo der certo, contudo, como o esquadrinhado, o major é quem será seu principal ‘eleitor’.
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