domingo - 30/01/2022 - 11:38h

Safra de melão e melancia termina sob grandes desafios

Por Josivan Barbosa

Estamos terminando a safra de melão e melancia que se iniciou em agosto de 2021. A avaliação é que o produtor teve que enfrentar grandes desafios em função dos custos de produção e dos custos da logística de exportação. O mercado interno respondeu satisfatoriamente em termos de demanda.

Melão passa a ter mercado interno como principal foco nesse período (Foto ilustrativa)

Melão passa a ter mercado interno como principal foco nesse período (Foto ilustrativa)

Durante a semana passada estivemos percorrendo algumas áreas das regiões produtoras. Somente as grandes empresas têm melão e melancia no campo, sendo que a partir de agora prevalece o cultivo de melão amarelo, usando sementes de híbridos mais resistente aos problemas de bactérias.

As grandes empresas possuem custos fixos elevados e tentam, apesar das condições climáticas adversas, manter pequenas áreas de produção como forma de atender o mercado interno predominantemente e assim, cumprir com parte dos custos. Em geral, o cultivo de melão na época das chuvas ocorre em terrenos mais arenosos.

A partir de agora o mercado da Europa será atendido pelas empresas exportadoras da América Central (Costa Rica, Honduras e Panamá).

Os preços do melão e da melancia voltaram a subir no mercado europeu, depois de um semestre de preços relativamente baixos. O melão Galia e o Cantaloupe estão sendo comercializados na faixa de 7 – 8 euros e os melões amarelos em torno de 8 -9 euros. A melancia está alcançando o preço de 0,85 euros. O consumo do melão na Europa é favorecido pelas condições climáticas, sendo que em tempos de neve o consumo cai.

Comunidades isoladas na Estrada do Cajueiro

Durante a semana trafegamos mais uma vez pela Estrada do Cajueiro (BR 437) e, nesse período de chuvas, a situação não é nada fácil para as diversas comunidades que estão instaladas ao longo da Estrada. O isolamento já começa vizinho ao Distrito de Jucuri, onde os assentamentos Vingt Rosado, Cristais, São José I, II e III e a comunidade de Barreira Vermelha ficam completamente sem condição de acesso à BR 405 que passa no Distrito de Jucuri.

Ao longo da Estrada do Cajueiro outras comunidades sofrem sem a pavimentação dessa rodovia federal. As comunidades de Boa Sorte, Veneza e Baixa Branca (na divisa com o município de Limoeiro do Norte – CE) ficam praticamente incomunicáveis, em razão de que a região possui solos argilosos e nesse período chuvoso o acúmulo de água e lama na superfície da estrada é assustador. Só sabe da dificuldade quem é obrigado a usar a estrada.

Enquanto os nossos parlamentares federais e os senadores não mostram força política para alocar recursos para a tão esperada Estrada do Cajueiro, a população vai perdendo as esperanças e já é muito nítido o abandono das residências ao longo dos 32 km que separam a BR 405 da divisa com o Ceará. No trecho compreendido entre o final da Estrada do Melão (Etapa 3) e a comunidade Km 60 (trecho no Estado do Ceará), há uma manutenção mais cuidadosa e o sofrimento da população é minimizado.

Milho

Após 30 dias de chuvas na região e diante das perspectivas de um inverno regular, não há outra opção para o produtor familiar que não seja cortar a terra e colocar a semente no campo.

Dentro do binômio milho/feijão, a semente do milho está sendo comercializada a preços inacessíveis para o agricultor familiar. Há híbridos cujo preço da semente ultrapassa R$ 50,00 por quilo.

Uma opção é buscar alternativas, mas sempre procurando um material genético (híbrido) com boa performance produtiva e de custo acessível, sem esquecer da segurança da germinação. Nesse sentido, uma empresa produtora de sementes instalada do DIJA (Distrito Irrigado Jaguaribe – Apodi) possui uma híbrida com preço em torno de R$ 7,50 por quilo.

Há, também, outras sementes alternativas que estão sendo comercializadas até a R$ 4,00 por quilo. Nesse caso, o produtor precisa ter muito cuidado com a qualidade da semente, porque os custos de instalar a cultura são elevados e a perda de um talhão pode inviabilizar todo o período chuvoso que ele tem para cultivar o milho.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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domingo - 30/01/2022 - 10:24h

A volta da propaganda partidária

Por Odemirton Filho 

A Lei Federal n. 14.291/22 trouxe de volta a propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão. Entretanto, antes de adentrar no assunto, expliquemos as espécies de propagandas existentes no ordenamento jurídico brasileiro.

A propaganda política é gênero, tendo como espécies a propaganda partidária, a propaganda intrapartidária e a propaganda eleitoral.  propaganda

A propaganda partidária tem como objetivo a divulgação do programa e proposta do partido político. Não há pedido de voto para qualquer pessoa. Já a propaganda intrapartidária é aquela na qual o pretenso candidato de um determinado partido político coloca o seu nome à disposição para concorrer às eleições, requerendo o voto dos filiados à agremiação partidária. É um ato interno do partido. Por outro lado, a propaganda eleitoral é aquela veiculada no período que antecede as eleições, na qual os candidatos apresentam suas propostas e pedem o voto ao eleitor.

A mencionada lei disciplinou, novamente, a propaganda partidária. A propaganda partidária gratuita mediante transmissão no rádio e na televisão será realizada entre as 19h30 (dezenove horas e trinta minutos) e as 22h30 (vinte e duas horas e trinta minutos), em âmbito nacional e estadual, por iniciativa e sob a responsabilidade dos respectivos órgãos de direção partidária.

O partido político com estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral poderá divulgar propaganda partidária gratuita mediante transmissão no rádio e na televisão, por meio exclusivo de inserções, para: I – difundir os programas partidários; II – transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, os eventos com este relacionados e as atividades congressuais do partido; III – divulgar a posição do partido em relação a temas políticos e ações da sociedade civil; IV – incentivar a filiação partidária e esclarecer o papel dos partidos na democracia brasileira; V- promover e difundir a participação política das mulheres, dos jovens e dos negros.

De se notar que o direito à propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão será distribuído na proporção da bancada eleita em cada eleição geral. Assim, por exemplo, o partido que tenha eleito acima de 20 (vinte) Deputados Federais terá assegurado o direito à utilização do tempo total de 20 (vinte) minutos por semestre para inserções de 30 (trinta) segundos nas redes nacionais, e de igual tempo nas emissoras estaduais.

Do tempo total disponível para o partido político, no mínimo 30% (trinta por cento) deverão ser destinados à promoção e à difusão da participação política das mulheres.

Vale acrescentar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os critérios aplicados para a distribuição do tempo de propaganda partidária gratuita em rádio e TV para o primeiro semestre de 2022. Foi publicada na última terça-feira a Portaria nº 41/2022, a qual distribui os 305 minutos da propaganda política aos 23 partidos que cumpriram os requisitos para utilizá-los em até 610 inserções durante o período.

Segundo o TSE, foram considerados os seguintes aspectos: a) a quantidade de deputados federais eleitos em 2018, desconsideradas as trocas de legendas; b) as eventuais retotalizações de eleições para a Câmara dos Deputados que tenham sido feitas por decisão da Justiça Eleitoral; c) os efeitos das fusões e incorporações de partidos que tenham ocorrido nesse período.

Pois bem. Embora existam críticas à volta da propaganda partidária é necessário pontuar que em uma democracia, mesmo capenga como a nossa, é importante que a sociedade conheça o programa dos partidos políticos, ou seja, a linha ideológica que adotam, apesar de alguns filiados a determinado partido político sequer conhecerem as normas estatutárias da própria agremiação.

Não se pode esquecer, ainda, que a maioria dos eleitores vota em razão da pessoa do candidato, não levando em conta a agremiação partidária a qual esteja filiado. Votar somente no “verde” ou no “vermelho”, creio eu, não faz mais parte da escolha de parcela significativa do eleitorado brasileiro.

Por fim, não haverá compensação fiscal às emissoras pela cessão do horário da propaganda partidária, uma vez que, apesar do texto original ter previsto a compensação, o presidente da República vetou tal dispositivo, cabendo ao Congresso Nacional manter ou derrubar o veto presidencial.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 30/01/2022 - 09:12h

O psicólogo penal

Por Marcelo Alves

Já escrevi, embora não recorde mais onde e quando, sobre Cesare Lombroso (1835-1909) e Enrico Ferri (1856-1929). Hoje é hora de conversarmos sobre Raffaele Garofalo (1851-1934), que, ao lado dos dois vultos precitados, formou a tríade da chamada Escola Positiva (italiana) do Direito Penal.

Enrico Ferri, Cesar Lombroso e Rafael Garofalo - criminólogos (Fotomontagem BCS)

Enrico Ferri, Cesare Lombroso e Raffaele Garofalo – criminólogos (Fotomontagem BCS)

Garofalo nasceu na belíssima Nápoles. Estudou direito na Universidade da sua terra. E foi ser muitas coisas na vida. Magistrado (promotor em Nápoles e juiz na Corte di cassazione do seu país) e senador do Reino da Itália. Foi jurista e, especificamente, criminólogo. Foi um exacerbado conservador (o que o distinguia de Ferri, notório socialista), tendo militado a favor da pena de morte, inclusive daqueles mentalmente doentes, e aderido, para o final da vida, ao fascismo de Mussolini (1883-1945).

Como registra Walter Nunes da Silva Júnior (no texto “A escola positiva e os seus precursores”, constante da Revista da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande Norte, ano V, nº 6, novembro de 2021): “Garofalo foi um dos arautos da Escola Positiva e produziu extensa bibliografia.

O seu escrito mais completo, no qual expôs o seu pensamento jurídico da Escola Positiva, foi Criminologia, editado em 1885. Outros escritos que merecem destaque foram Rippazazione alle vittime del delitto (1887) e La superstition socialiste (1895). Atribui-se-lhe o início da elaboração jurídica da Escola Positiva, trazendo, como elemento novo aos aspectos antropológicos de Lombroso e sociológicos de Ferri, as questões de ordem psicológica”.

De fato, entre os seguidores de Lombroso, surgiram derivações que enfatizavam outros condicionamentos como causa – ou, pelo menos, concausa – da criminalidade. Segundo Antonio Padoa Schioppa (em “História do direito na Europa: da Idade Média à Idade Contemporânea”, WMF Martins Fontes, 2014), “teve particular importância a obra de Enrico Ferri (1856-1929), advogado e político de ideias socialistas – foi também deputado por muito tempo –, autor da Sociologia criminal (1884), bem como o pensamento de Garofalo, magistrado atuante na primeira fase de preparação do Código Penal de 1889.

Esses criminalistas insistiam não apenas na denúncia das discriminações sociais como motivos da criminalidade, mas também e sobretudo no tema da prevenção como meio principal para a diminuição dos fenômenos criminosos”.

A MEU VER (e que não me xinguem os panfletários do punitivismo radical), a “pena” de Garofalo era pesada demais. A sua defesa da pena de morte, inclusive dos mentalmente doentes, da prisão perpétua, da prisão preventiva obrigatória para determinados crimes, a sua paixão por um processo penal inquisitorial (abeberando-se no outrora adotado pela Igreja), sem publicidade ou oralidade, a desimportância dada às nulidades (inclusive a ausência de advogado para o réu), a sua quase inversão do princípio da inocência, entre outras coisas, são, para mim, demais. Embora eu também entenda que era uma tática, exagerada (deixo claro), de se opor à Escola e ao direito penal clássico, de Beccaria a Carrara. E isso sem falar no seu abominável fascismo.

Entretanto, assim como se dá com Lombroso, que “exagerou” em diversos pontos, há também muito de bom em Garofalo. Lombroso iniciou o estudo da pessoa do delinquente e foi, assim, sua antropologia criminal que primeiro jogou luz sobre a pessoa do criminoso, na busca das causas que levavam este a delinquir e de como evitar esse ato. A isso o marxista/socialista Ferri somou o seu fatalismo social. E Garofalo muito contribuiu com o seu determinismo, de ordem psicológica, que segue uma trilha antes aberta por Charles Darwin (1809-1882) e Herbert Spencer (1820-1903).

Ainda hoje somos influenciados por Garofalo, entendendo que o Estado deve intervir sobre o indivíduo/criminoso que não se adapta às regras da sociedade, às exigências de convivência, segregando-o, porque psicologicamente tendente ao ilícito, prevenindo a sociedade do cometimento do crime (caráter essencialmente preventivo da pena). Tirando os exageros, que são muitos sob a lupa de hoje, há em Garofalo sobretudo o enorme ponto positivo de misturar a psiquiatria/psicologia nos estudos do direito penal.

E, para resumir o papel de cada um dos “grandes” da Escola Positiva italiana, podemos dizer que Cesare Lombroso foi o seu antropólogo (penal); Enrico Ferri, o seu sociólogo; e o nosso Raffaele Garofalo, com certeza, o seu psicólogo. Daí a razão do título dado a este riscado.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 30/01/2022 - 08:02h
Eleições 2022

Fátima e Carlos Eduardo – o que está em jogo nessa possível união?

Passado, presente e futuro são pesados numa disputa em que o jogo do poder tem várias nuances

Por João Paulo Jales dos Santos

Adversários no pleito de 2018, Fátima Bezerra (PT) e Carlos Eduardo (PDT) começam a abrir canais de diálogos para marcharem juntos neste 2022. Há resistências dentro do PT para a formalização de uma coligação com Carlos. O pedetista no 2º turno de 18 aderiu à campanha de Bolsonaro (PL), num palanque onde estavam reunidas as três maiores oligarquias das últimas 4 décadas, Alves, Maia e Rosado.

Fátima Bezerra (PT) e Carlos Eduardo (PDT) votam no primeiro turno em 2018 (Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi)

Fátima Bezerra (PT) e Carlos Eduardo (PDT) votam no primeiro turno em 2018 (Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi)

Até a eleição de 2014, com a vitória de Fátima ao Senado, o PT se resumia, no plano estadual, aos mandatos dela e de Fernando Mineiro, que seguiram a orientação de abrir espaços políticos, ordenamento levado à cabo quando Lula chegou ao poder em 2002. Com Fátima e Mineiro dominando a cena, era mais fácil fechar acordos com políticos que até a década de 90 o PT não cogitava fazer aliança.

Exemplo disso foi a candidatura de Fátima à Prefeitura de Natal em 2008, quando o PMDB de Garibaldi e Henrique, Wilma de Faria, Lavoisier Maia e Carlos Eduardo, os três à época no PSB, a endossaram naquela disputa.

A partir de 2016, o PT começa a passar por um processo de renovação em sua fileira partidária. Dois anos depois, Natália Bonavides se torna o novo nome da sigla em Brasília, sendo a 2ª mais votada à Câmara dos Deputados.

A renovação se dá à esquerda, os novos nomes são progressistas posicionados à esquerda do espectro político-ideológico, que juntos a uma parcela dos petistas históricos, travam resistência na aceitação de uma aliança com o MDB e Carlos Eduardo. MDB que nos idos de 1996, quando Fátima enfrentou Wilma de Faria (PSB), no 2º turno da Prefeitura de Natal, quase selava uma união com o PT.

Fátima Bezerra precisa mesmo abrigar Carlos Eduardo para tentar a reeleição? Quais os benefícios a Carlos com essa coligação? Tendo em conta que até aqui quando confrontados nas pesquisas com maior grau de credibilidade, o percentual de ambos mais se aproxima do que se distancia do resultado de 2018, o mapa do 2º turno daquele pleito ajuda a nortear o por que que a governadora e o ex-prefeito estreitam laços.

Fátima pintou o RN de vermelho, fazendo com que os municípios vencidos por Carlos Eduardo (em laranja) sejam ilhas ilhadas num mar vermelho. A governadora eleita estabeleceu um recorde, venceu em mais de 90% dos municípios, 154 (veja mapa abaixo), não tendo menos que 60-70% dos votos em inúmeras cidades.

O único senão na vitória petista daquela noite de 28 de outubro, foi a acentuada derrota que sofrera em Natal, onde Carlos teve 60,76%, 254199 votos, enquanto Fátima obteve 39,24%, 164135 votos; a eleita também perdera em Parnamirim, 2º maior colégio da Grande Natal e 3º maior do estado, com percentuais similares ao da capital, Carlos tendo 61,14%, 56369 votos, contra 38,86% de Fátima, 35829 votos.

Por mais que geograficamente Fátima tenha vencido em 12, das 14 cidades da Grande Natal, como a capital concentra mais de 50% dos votantes da região, sua derrota na Região Metropolitana foi a única dentre as regiões do estado.Eleições 2018 - Governo do RN - Segundo Turno - Municípios que Fátima venceu e municipios vencidos por Carlos Eduardo Alves

A petista acabou tendo uma votação menor do que Fernando Haddad (PT) na capital, que alcançou 47,02% dos votos. A um outro dado a se levar em conta na votação de Natal, os natalenses se inclinaram, quando comparados ao eleitorado estadual, em 36,72% para Carlos Eduardo.

Entende-se o quão mútuo há nessa possível aliança, enquanto Carlos Eduardo ajuda Fátima em Natal, o gargalo da governadora na Região Metropolitana, Fátima abre para Carlos o interior, principal déficit eleitoral do pedetista.

Foi ancorada no interior que Wilma virou sobre Garibaldi na disputa de 2006. Com Carlos, a governadora tende a eliminar dois de seus maiores empecilhos, ampliando suas chances de vencer logo no 1º turno, e não querendo ter o gosto de ser derrota novamente em Natal, vencer com mais facilidade na capital.

O bolsonarismo ainda corteja Carlos Eduardo para ser o candidato do grupo, por mais que estivesse disposto a tanto, Eduardo sabe que além do presidente vir fraco no plano nacional, sua fragilidade no estado é ainda maior.

Num contexto onde Lula vai recuperando o poderio petista nos grandes centros urbanos, fazendo com que Bolsonaro perca o trunfo que teve nas regiões metropolitanas há 4 anos, até mesmo Natal se torna um ambiente arenoso para Carlos, e como ele mesmo experimentou em 2018, o peso da capital não é suficiente numa empreitada ao Governo.

Desempenho de Fátima e Carlos Eduardo no segundo turno, capital e interior

Desempenho de Fátima e Carlos Eduardo no segundo turno, capital e interior

Se em 2018 as elites oligárquicas convenceram Carlos a sair de sua confortável cadeira do Palácio Felipe Camarão, não será nada fácil para o bolsonarismo convencê-lo a topar uma candidatura ao Governo, que seria a 3ª, contra uma governante positivamente avaliada. Mesmo que ainda pudesse pensar numa candidatura independente ao Senado, estando seu nome bem posicionado nas pesquisas, Eduardo parece ter a convicção de que adiante, quando a disputa acirrar, seu nome tende a perder fôlego, já que não contará com nenhuma máquina executiva a seu favor. Melhor então ser o senador de Lula e Fátima, para navegar em águas tranquilas.

Os progressistas à esquerda argumentam: ao contrário do que pensam seus correligionários centristas, Jean-Paul Prates (PT) tem força para ir à reeleição. O senador tem ido a campo, visitando os municípios, se encontrando com lideranças, demonstrando que está em jogo, mas até aqui seu nome não decola nas pesquisas.

Tem o senador algo a seu favor? Sim, um palanque ao lado de Lula e Fátima, e como ainda é pouco conhecido do eleitorado, tem espaço para melhorar seu desempenho; mas há um problema: as executivas do PT nos estados estão amarrando as ambições nos planos estaduais a prioridade na eleição de Lula, tendo que acomodar diferentes forças políticas nos palanques, isso configura que a reeleição de Jean-Paul parece não ter prioridade na executiva nacional, já que no estado a prioridade é a reeleição de Fátima.

Caso não houvesse necessidade de ter o apoio de Carlos Eduardo no tabuleiro da Região Metropolitana, a governadora dificilmente deixaria de aderir a uma candidatura de um aliado próximo, para fazer adesão a de um aliado de ocasião. O cenário pode mudar em prol de Jean se Carlos sair do arco de alianças petista.

ESTÁ DIFÍCIL PARA O CONSERVADORISMO norte rio-grandense homologar uma candidatura ao Governo para chamar de sua, na dificuldade de montar uma estrutura majoritária, parece que a Presidência da República nem está sob o comando do bolsonarismo. Todos os apresentados não passaram de balão de ensaio, sem demonstração de musculatura, ao menos razoável, para enfrentar a comandante em chefe do executivo estadual.

Os ministros Fábio Faria (PSD) e Rogério Marinho (PL) nem sintonia entre si possuem, brigando pela disputa ao Senado, passando ao largo na disputa do Palácio Lagoa Nova.

Até com Álvaro Dias (PSDB), prefeito do Natal, há impasse numa empreitada, tendo o exemplo de Carlos Eduardo logo ali. O prefeito impõe a si mesmo algum arroubo para topar a investida. Se há entraves para o bolsonarismo na Grande Natal, onde proporcionalmente tem maior número de simpatizantes no estado, o que dirá no interior? Pelo visto, quem for ungido no campo conservador, aquele o escolhido dentre as últimas opções, terá que ao menos possuir algum ânimo para percorrer os primeiros 45 dias de campanha.

Caso vingue a dobradinha de Fátima e Carlos Eduardo, que também passa pelo panorama nacional, vide que Ciro Gomes (PDT) é presidenciável, e a composição saia vitoriosa nas urnas, eleito senador, o pedetista começará a se movimentar para a próxima eleição visando a cadeira do Governo, comportamento comum entre os senadores. Os contrários à coligação no PT alertam que estariam dando palanque para o pedetista para daqui a 4 anos. Mas quem disse que estando bem avaliada em 2026, Fátima não possa apontar o dedo e escolher o nome à sua sucessão?

Para 2022, o que importa é o momento, como é de praxe no histórico político-eleitoral potiguar, os adversários de outrora podem ser aliados por hora. Pondo os interesses à mesa, a equação para uma aliança favorece reciprocamente, e é nisso que trabalham os interlocutores de Fátima e Carlos.

João Paulo Jales dos Santos é graduado em Ciências Sociais pela Uern

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Categoria(s): Política
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domingo - 30/01/2022 - 06:52h

Cemitério de livrarias

Por Marcos Ferreira

Desde quando ingressei nesse universo dos homens de letras, mais especificamente no âmbito de Mossoró, já me dei conta de que o ramo de livros era (e sempre será) bem menos um comércio do que uma ideologia. Sim. As pessoas que empreenderam, ou ainda empreendem, na seara da literatura não podem ser vistas tão só como empresários, mas, sobretudo, como idealistas. Quem semeia livros, como alertava o bardo condoreiro Castro Alves, é deveras bendito.fechado, portas cerradas, fim de negócio, quebrado, falência

Aqui tivemos, entre outros bibliófilos, um Raimundo Soares de Brito e um Vingt-un Rosado, dois titãs de nosso meio literário que dedicaram as suas vidas à fomentação e promoção dos livros nesta sociedade mais propensa e receptiva a uma cultura lampiônica (com muita chuva de bala e cheiro de pólvora) do que à valorização dos seus escritores e da sua produção livresca.

Sob o aspecto urbanístico e demográfico, Mossoró cresce de maneira notável. O censo de 2021 aponta que já ultrapassamos os trezentos mil habitantes. Todavia, enquanto avançamos do ponto de vista econômico, urbanístico e populacional, encolhemos no tocante ao interesse dos mossoroenses por livros. Basta, parodiando o também poeta Vinicius de Moraes, darmos uma olhada na explosão de bares pela cidade, todos cheios, salvo exceções, de pessoas vazias.

Tirando-se as exceções, como eu destaquei, trata-se de uma gente endinheirada, elite posuda e altiva que não frequenta uma livraria — que dirá um sebo! — nem pega num livro porque teme, ao que parece, que os dedos lhe caiam pelo tronco. Muitos aqui nasceram, cresceram e enricaram sem nunca terem lido um gibi ou revista Caras. Por incrível que pareça, isso não é impossível.

Ter bastante dinheiro, luxo, riqueza material e status, outra vez recordando que há honrosas exceções, são prioridades da manada inculta e bela, como diria o parnasiano Olavo Bilac. Livro por aqui, como em vários lugares, é uma excrescência, uma futilidade, perda de tempo. O mossoroense prafrentex, habitué de todas as baladas e inferninhos das sextas e sábados à noite, não troca uma dúzia de Heineken pelo solitário exercício de queimar pestanas com livros.

Hoje em dia, infelizmente, a exemplo do que ocorre com as árvores e com o nosso agonizante rio, Mossoró perdeu ainda mais a sua pouca tradição no estímulo às letras locais. Somos, entre outras coisas a serem lamentadas, um cemitério de livrarias. Todas as principais livrarias que abriram aqui tiveram curta existência. A melhor delas foi a Café & Cultura, da senhora Ticiana Rosado.

De portas abertas, podemos citar a Livraria Independência, no Centro, e a L Cultural, no Partage Shopping. Entretanto esses dois estabelecimentos, por razões opcionais ou físicas, não disponibilizam mesas, cadeiras nem café para sua clientela. Isto, na minha concepção romântica de casa de livros, representa um ponto negativo, pois dessa forma tais endereços perdem duas coisas que considero relevantes numa livraria: a interatividade e a ambiência entre o seu público.

Na Café & Cultura, a propósito, além do ótimo acervo literário, usufruíamos dessa interação e de bate-papos regados a cafezinhos de primeira qualidade. Ali eu despertei e retribuí amizades que conservo até hoje, como o advogado André Luís e o magistrado Jessé de Andrade Alexandria, este que assina o prefácio do meu primeiro livro de crônicas, a ser lançado até meados deste ano.

O livro é imprescindível para a formação de uma sociedade mais justa, igualitária e humanitária. E se não existem casas comerciais para a venda desses produtos, enfim, a naturalmente arisca população só tende a se distanciar do interesse pela leitura. Pois, como sabemos, quem ou aquilo que não é visto não é lembrado. Aposta-se uma dinheirama nesta cidade em toda sorte de negócios, contudo os investimentos no comércio de livros não podem ser vistos a olho nu.

Todo dia abre-se um novo bar em Mossoró, uma casa de pasto, um magazine no Centro quanto no Partage, despontam arranha-céus nas áreas nobres, pipocam farmácias, drogarias em toda parte, surge outro não sei o quê mall, uma igreja aqui, um bordel acolá, no entanto o pessoal cheio da grana não arrisca um centavo sequer na abertura de uma nova e autêntica livraria neste município.

Triste Mossoró que um dia se candidatou, para vexame daqueles com um mínimo de pudor, ao título de “Capital Brasileira da Cultura”. Tal arroto publicitário encontrou muitos entusiastas sem um pingo de semancol. A imprensa, instigada monetariamente pelo Palácio da Resistência, boatava isso num dia sim, no outro também. O último balde d’água fria nesse delírio coletivo, pelo que recordo, foi em 2007, quando escolheram a cidade mineira de São João del-Rei.

Nessa vasta e imprevisível lavoura da literatura, portanto, sou um mero campônio do verso e da prosa com a esperança de que nossa paróquia de Santa Luzia ainda cumpra o seu ideal. Para mim, por exemplo, é motivo de grande inspiração termos em Mossoró, contando atualmente com noventa e sete anos de idade, um escritor da importância e tenacidade de um Obery Rodrigues.

No dia 13 de janeiro de 2017, por uma dessas trapaças do meu antigo correio eletrônico, tive um e-mail de Obery Rodrigues extraviado. Somente esta semana, enfim, minha Natália conseguiu resgatá-lo.A hora azul do silêncio de Marcos Ferreira

Naquela oportunidade, para minha honra e alegria, o senhor Obery me cumprimentava pelo lançamento da segunda edição do meu livro de poemas A Hora Azul do Silêncio, que lhe fora dado de presente por sua prima Conceição, viúva de Souzinha, do Parque Elétrico.

Julgo oportuno transcrever o e-mail:

“Sr. Marcos Ferreira,

Recebi de presente de minha prima conceição, viúva de Souzinha e, atualmente, uma das principais sócias do Parque Elétrico, o livro ‘A Hora Azul do Silêncio’, de sua autoria. Não o conheço pessoalmente, mas soube que é mossoroense, meu conterrâneo. Quero felicitá-lo pelo livro, o melhor que eu já li da poesia de Mossoró.

Seu livro está excelente, seus sonetos — gênero da minha preferência — são primorosos. Quando eu era adolescente tinha três desejos: ser poeta, aprender a dançar e a tocar violão. Nem sou poeta, nem sei dançar e nem toco violão. Mas consegui outras coisas e, embora já aposentado com 92 anos, me considero um homem realizado familiar e profissionalmente.

Parabéns pelo seu excelente livro — Obery Rodrigues”.

Enquanto houver pessoas como Obery Rodrigues, a esta hora em plena atividade literária, creio que nem tudo está perdido.

“O pulso ainda pulsa”, como na letra daquela famosa canção dos Titãs. E assim, quem sabe diante desta crônica esperançosa de hoje, na minha maneira romântica de enxergar a questão, algum indivíduo bom de bolso resolva abrir mais uma livraria neste município.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 29/01/2022 - 23:58h

Pensando bem…

“A arte de viver é simplesmente a arte de conviver… simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!”

Mario Quintana

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Categoria(s): Pensando bem...
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
sábado - 29/01/2022 - 21:42h
Covid-19

Dois sintomas reforçam cuidados com variante Ômicron

Garganta é um dos pontos delicados (Foto ilustrativa)

Garganta é um dos pontos delicados (Foto ilustrativa)

Do Metrópoles

O professor de epidemiologia genética da Universidade King’s College London e uma das principais vozes sobre a Covid-19 do mundo, Tim Spector, chama a atenção para o aumento do número de pacientes da Covid-19 com dor de garganta e voz rouca.

Os dois sintomas são relacionados à variante Ômicron do novo coronavírus e não devem ser ignorados pelos pacientes. Outros sinais da doença, como tosse e perda de olfato, por exemplo, já não são mais tão prevalentes entre os indivíduos infectados.

“É muito mais comum agora com a Ômicron do que com outras variantes. Então, dores de garganta são um sinal realmente importante da variante”, disse o professor, que lidera o estudo Zoe Covid, um dos maiores monitoramentos da doença no Reino Unido.

Segundo Spector, os infectados descrevem o sintoma como uma dor de garganta muito dolorosa. “Algo que eles realmente não sentiam antes com outros resfriados”, explicou ao jornal The Sun.

Veja sintomas mais identificados até o momento:

  1. Nariz escorrendo
  2. Dor de cabeça
  3. Fadiga
  4. Dor de garganta
  5. Espirros
  6. Tosse persistente
  7. Voz rouca
  8. Dores nas articulações incomuns
  9. Calafrios
  10. Febre
  11. Tontura
  12. Dor nos olhos
  13. Confusão mental
  14. Dores musculares incomuns
  15. Olfato alterado
  16. Perda do apetite
  17. Glândulas inchadas
  18. Dor no peito
  19. Dor de ouvido

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Categoria(s): Gerais / Saúde
sábado - 29/01/2022 - 20:48h
Mossoró

Tá bonito pra chover!

Zona Rural de Mossoró - 28 de Janeiro de 2022 -Foto de Wilson Moreno nessa sexta-feira (28), zona rural de Mossoró.

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sábado - 29/01/2022 - 20:00h
Economia

Redepetro prevê aumento de 30% na produção onshore potiguar

Compra de 22 concessões na Bacia Potiguar pela 3R Potiguar S/A eleva expectativas no setor

A conclusão da venda de ativos da Petrobras no Rio Grande do Norte, com a compra de 22 concessões na Bacia Potiguar pela 3R Potiguar S/A, eleva as expectativas de reaquecimento do onshore (produção em terra) no Estado. Segundo a Redepetro RN, entidade que congrega empresas fornecedoras de bens e serviços do setor, a operação pode significar acréscimo de até 30% na produção de petróleo no estado, a médio e longo prazos. Atualmente, são produzidos cerca de 23 mil barris/dia.

Clara Camarão faz parte do negócio bilionário no setor petrolífero (Foto: Petrobras)

Clara Camarão faz parte do negócio bilionário no setor petrolífero (Foto: Petrobras)

A expectativa, segundo o presidente da Redepetro RN, Gutemberg Dias, tem como base a reativação dos poços paralisados e a manutenção dos demais. Ele lembra ainda que também devem ser levadas em consideração experiências exitosas em outros campos já repassados à iniciativa privada pela Petrobras, como Riacho da Forquilha (Região Oeste), onde, em apenas dois anos de operação, a Potiguar E&P elevou em 70% a produção.

“Pela experiência dos campos vendidos, é possível ampliar a produção, sim. Particularmente, acredito que, só reativando os poços paralisados e feita manutenção nos demais, a produção tende a aumentar em 30%. Claro que isso não ocorrerá da noite para o dia. Só vamos conseguir ter uma real noção da negociação seis meses depois de os novos operadores assumirem. Mas estamos otimistas. Há anos, a Petrobras vinha desinvestindo no RN, e a negociação é muito positiva para a cadeia produtiva”, analisa.

Negócio bilionário

A área vendida pela Petrobras a 3R Potiguar, subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S/A, denominada de Polo Potiguar, comporta os campos de Canto do Amaro, Estreito, Alto do Rodrigues, além da Refinaria Clara Camarão, Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Guamaré, Termoaçu e todas as linhas de dutos dentro desses ativos. O valor da negociação, concluída nesta sexta-feira, 28, é de US$ 1,38 bilhão de dólares.

A produção de petróleo em campos maduros por operadores independentes, no Rio Grande do Norte, registra tendência de crescimento, especialmente a partir de 2019.

Em dois anos, a produção de petróleo no segmento aumentou 300%, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). Os chamados produtores independentes, que hoje operam campos maduros comprados da Petrobras, já respondem por mais de 40% da produção do Estado.

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sábado - 29/01/2022 - 19:06h
Educação

Aluna de escola pública e deficiente visual é aprovada no IFRN

Glória Maria de Melo, 15 anos, é estudante dedicada, já lançou livro e pensa em cursar Direito

Essa é mais uma daquelas histórias que a gente tem a maior satisfação em publicar. Coisa para mexer com a emoção, sentir com aquele fio de esperança num mundo melhor, numa sociedade mais justa. De novo, a educação, sempre ela, provando ser o caminho às mudanças.

Glória e sua mãe, história de dedicação, perseverança e crença no caminho do saber (Foto: Célio Duarte)

Glória e sua mãe, história de dedicação, perseverança e crença no caminho do saber (Foto: Célio Duarte)

Superando barreiras, a estudante Glória Maria de Melo, 15 anos, deficiente visual, obteve uma conquista expressiva: aluna da Escola Municipal Senador Duarte Filho, onde concluiu em 2021 o Ensino Fundamental, a jovem foi aprovada no exame de seleção para o curso técnico de Informática na modalidade integrada ao Ensino Médio do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

É mais um passo na busca pela realização de um sonho ainda maior: a graduação em Direito.

Dedicada, Glória Maria se preparou para a concorrida seleção do IFRN em um cenário desafiador: para além da deficiência visual, a realidade imposta pela pandemia do novo coronavírus e a consequente manutenção do ensino remoto não intimidou a jovem. Pelo contrário.

Glória fez questão de acompanhar todas as aulas virtuais. A aluna, que integrou a rede municipal de ensino de Mossoró desde a Educação Infantil, sendo acompanhada também pelo Centro de Apoio ao Deficiente Visual (CADV), é reconhecida como uma estudante participativa e questionadora.

“Quero defender as crianças”

“Eu queria agradecer aos professores por terem me ajudado, confiado em mim, acreditado que eu ia conseguir. Estou muito feliz. É um prazer vestir essa farda da Escola Duarte Filho. Eu vou ser muito bem recebida lá (no IFRN)”, afirma Glória, que conta ainda não ter ficado nervosa no dia da seleção, aplicada no final do ano passado. A jovem destaca que o seu sonho é cursar Direito. Ela explica o porquê: “Quero defender as crianças”, diz, acrescentando que vai sim alcançar os seus objetivos: “É só querer”.

Mãe da adolescente, Maria da Conceição de Melo é só gratidão: “Fiquei muito feliz, muito feliz mesmo. Para mim é um orgulho, um orgulho de mãe. Quero agradecer à Escola Senador Duarte Filho, aos professores, que sempre deram força a ela, acreditaram que ela ia conseguir, e ela conseguiu, agradeço a todos. Sempre vou estar ao lado dela, em todas as horas que ela precisar de mim”.

Tem um detalhe a mais que faz dessa moça um ser cativante. Ela também é escritora. Já lançou o livro “A princesa Glória no Planeta dos Animais”.

Leia matéria completa clicando AQUI.

Leia também: Aluno de Serra do Mel é 1º lugar em Olimpíada Brasileira de Matemática.

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sábado - 29/01/2022 - 18:30h
E daí?

Mineiro completa um ano como ‘deputado federal diplomado’

Diplomação ocorreu no gabinete do desembargador-presidente Gilson Barbosa, em 29 de janeiro de 2021 (Foto: TRE/RN)

Diplomação ocorreu no gabinete do desembargador-presidente Gilson Barbosa, em 29 de janeiro de 2021 (Foto: TRE/RN)

Hoje (29 de janeiro de 2022) faz um ano que o ex-deputado estadual Fernando Mineiro (PT) foi “diplomado” deputado federal pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN). E daí? E daí que ele nunca assumiu o mandato.

Eis o link da postagem publicada por essa página, assinalando o fato àquela ocasião: Mineiro recebe diploma de deputado federal do RN.

Até essa data, Mineiro continua como secretário estadual de Gestão de Projetos e Metas e Coordenador do Projeto Governo Cidadão do Governo Fátima Bezerra (PT). Segue no mandato o deputado Beto Rosado (PP), por força de decisão liminar monocrática de 21 de outubro do ano passado (veja AQUI), assinada pelo ministro Luiz Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Aproximam-se as eleições seguintes, marcadas para 2 de outubro, e o impasse jurídico continua sem uma decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tudo se mantém sub judice.

História

Mineiro, da Coligação Frente Popular, teve 98.070 votos no pleito de 2018, contra 71.092 de Beto. Contudo, não chegou a ser diplomado como os demais eleitos e quem acabou também empossado foi o adversário.

O xis da questão foi a contabilização de 8.990 votos do candidato Kéricles Alves Ribeiro (PDT), o “Kerinho”, que favoreceu a Coligação “100% RN I” da qual Beto e ele faziam parte, elegendo o político mossoroense.

O registro de candidatura de Kerinho estaria irregular, arguiu a defesa. Ele teria permanecido vinculado a um cargo comissionado dentro de período vedado para pretensos candidatos.

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Categoria(s): Política
sábado - 29/01/2022 - 17:26h
Governo do Estado

Pensionista espera pagamento de 13º e do mês de dezembro de 2018

sem dinheiro, falta de dinheiro, sem pagamentoBom dia, Carlos Santos.

O governo está passando para a população a informação errada sobre pagamentos salariais (Estado paga atrasado de 2018 a 53 mil servidores). Os pensionistas do Estado ainda não receberam o 13º nem dezembro de 2018. e ainda não tem uma data para fazer esse o pagamento.

Não sei o porquê da governadora está fazendo isso. já deveria pelo menos ter falado uma data para fazer esse pagamento.

Ronaldo Vale (filho de um pensionista)

Nota do Canal BCS (Blog Carlos Santos) – Meu Caro Ronaldo, a gente vai tentar colher informações sobre essas observações suas. Aguarde.

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sexta-feira - 28/01/2022 - 23:58h

Pensando bem…

“É muito melhor perceber um defeito em sim mesmo, do que dezenas no outro, pois o seu defeito você pode mudar”.

Dalai Lama

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sexta-feira - 28/01/2022 - 23:46h
À luta

Polarização Lula x Bolsonaro se mantém firme e inabalável

Lula e Bolsonaro polarizam sem adversários a luta política no país (Foto: Web)

Lula e Bolsonaro polarizam sem adversários a luta política no país (Foto: Web)

A profusão de pesquisas ano passado e as primeiras nacionais, este ano, mostram e ratificam como a polarização Lula x Bolsonaro segue firme e inabalável.

Nada e ninguém os tiram desse confronto direto.

Cada um tem um capital primário muito sólido, faça chuva ou faça sol. São pontos de cristalização que não se diluem ou migram para qualquer outro pré-candidato.

A chamada terceira via até o momento é difícil de se localizar entre os nomes postos e nenhuma ‘surpresa’ dá sinais de vida à ocupação desse espaço.

Gládio à mão; à luta.

Leia também: Errar é humano, mas não para Lula, Bolsonaro e Pompeia (9 de janeiro de 2019);

Leia também: Polarização continua, apesar de números mostrarem que não (30 de novembro de 2020).

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sexta-feira - 28/01/2022 - 23:10h
'União estável'

Federação partidária a caminho envolve PSDB e Cidadania

Federação partidária obriga que partidos estejam juntos por pelo menos quatro anos, em todos os estados federados (Foto ilustrativa)

Federação partidária obriga que partidos estejam juntos por pelo menos quatro anos, em todos os estados federados (Foto ilustrativa)

O partido Cidadania andou flertando com o MDB e o próprio PSDB no plano nacional, para formação de uma federação partidária às eleições deste ano. Mas, o que ‘engatou’ mesmo foi essa aliança por pelo menos quatro anos seguidos, em todo o país, com o PSDB do presidenciável João Doria Júnior.

A princípio, é a primeira federação partidária para a campanha deste ano.

Os reflexos em todo o país são muito favoráveis, pois já existe uma afinação entre as duas legendas, em muitos estados federados.

No âmbito do RN, o Cidadania que é comandado pelo ex-deputado estadual Wober Júnior, terminará se compondo nas chapas proporcionais (estadual e federal) com os tucanos, devendo apresentar os seus próprios nomes. Porém, a princípio, nenhum com fôlego eleitoral.

Leia o que já tínhamos publicado sobre o assunto no dia 18 de outubro do ano passado: AQUI.

A federação partidária, vale lembrar, é uma forma de ‘união estável’ interpartidária (entenda AQUI e AQUI) de âmbito nacional, não permitindo composição diferente em estados federados. Vale por pelo menos quatro anos contínuos.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 28/01/2022 - 22:52h
Inverno

Mossoró, a ‘Suíça’ do sertão

Temperatura em Mossoró às 22h52 min de 28 de janeiro de 2022Clima para lá de bom nessa noite de sexta-feira (28) em Mossoró.

La fora, chuva.

Temperatura com 24 graus (às 22h52), mas com promessa de amanhecer aí em torno de 23 graus.

Uma Suíça em pleno sertão.

Leia também: Mossoró chega a 247,7% a mais de chuvas somente esse mês.

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sexta-feira - 28/01/2022 - 22:02h
Salário

Estado paga atrasado de 2018 a 53 mil servidores

Folha de pagamento, folha de servidor, folha de pessoal, folha de empregados,O Governo do Estado conclui neste sábado (29) o pagamento da quarta folha de salários não pagos pela gestão anterior para 53 mil servidores ativos e inativos com vencimentos até R$ 3.500,00 líquido. Este pagamento é referente à folha salarial de dezembro de 2018.

Também neste sábado, a gestão da governadora Fátima Bezerra paga a segunda parcela dos salários de janeiro.

A dívida das folhas não pagas era de quase R$ 1 bilhão. Dos 85 mil servidores que tinham salários atrasados, o Governo do Estado fecha o pagamento de 53 mil. No final de março será concluído o pagamento de outros 22,5 mil e o restante receberá o pagamento no final de maio.

Com o pagamento deste sábado ficará faltando quitar aproximadamente R$ 200 milhões.

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sexta-feira - 28/01/2022 - 21:30h
Emenda Constitucional

Município enviará a vereadores projeto para ajustes no Previ-Mossoró

A Prefeitura de Mossoró deve encaminhar nos próximos dias à Câmara Municipal adequações ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) do município, denominado de Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Mossoró (Previ-Mossoró). A informação é do presidente da autarquia, professor-doutor Paulo Afonso Linhares.

Paulo Linhares assinala que os ajustes são exigências legais, não uma opção do município (Foto: reprodução BCS)

Paulo Linhares assinala que os ajustes são exigências legais, não uma opção do município (Foto: reprodução BCS)

Linhares assinala, que as mudanças são obrigatórias a todos os municípios brasileiros, “em razão da Emenda Constitucional nº 103/2019, sancionada pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PL)”. Na verdade, já deveriam ter sido implantadas no governo passado, que preferiu ignorar a obrigação, provavelmente por estar num ano eleitoral.

Ele explica, que não se trata de “uma reforma propriamente, mas sim uma atualização, uma adequação que cabe ao município fazer”, sob pena de sofrer sanções graves em relação a recursos federais. Por exemplo: o não recebimento de transferência de emendas parlamentares. No projeto, a alíquota atual se movimenta de 11% para 14%, com a parte patronal fixada em 19,53%, em vez de 16,35. Menos não pode ser, em obediência à Emenda Constitucional.

Histórico de gestões temerárias

A Lei Complementar nº 060/2011 de 9 de dezembro de 2011, publicada no Jornal Oficial do Município (JOM) em 16 de dezembro de 2011, edição 125 (veja AQUI), na gestão de Fafá Rosado (DEM), instituiu o Previ-Mossoró.

Durante quase todo esse período de pouco mais de 10 anos, e gestões da própria Fafá, Cláudia Regina (DEM, hoje União Brasil), Francisco José Júnior (PSD) e Rosalba Ciarlini (PP), a autarquia vagou em situação temerária, sobretudo por força de não repasse regular de contribuições dos servidores e parte patronal. Em seu histórico tem ainda investimento em negócios obscuros até o momento sem solução.

Ano passado, a atual gestão municipal conseguiu o feito de pela primeira vez em vários anos atualizar repasses patronal-servidor e pagar débitos de renegociações ao Previ-Mossoró. Os números chegam a R$ 11,5 milhões/mês.

A administração antecessora deixou uma média de 14,5 milhões/mês de déficit no Previ-Mossoró. “Os números são cristalinos, estão aí para quem quiser contestar”, desafia Paulo Linhares – um dos grandes especialistas no assunto no âmbito nacional.

Natal

Em Natal, a Câmara Municipal aprovou as alterações no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (NatalPrev), em que a alíquota para todos os servidores saiu de 11% para 14%, em agosto de 2020. É o percentual mínimo permitido por lei. A contribuição patronal ficou estabelecida em 22%, já preexistente.

Na municipalidade, o RPPS Previ-Mossoró convive paralelamente com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Só são enquadrados pelo Previ-Mossoró os servidores efetivos, ou aposentados e também pensionistas que recebem pelo ente estatal.

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sexta-feira - 28/01/2022 - 19:28h
Reaprender e sonhar

Live com Sidarta Ribeiro debaterá sonhos e pandemia

Como a pandemia atual afetou nossos sonhos? Que perspectivas de futuro e utopias ainda podemos construir, depois de tudo o que vivemos nestes quase dois anos de isolamento social, barreiras sanitárias e incertezas sobre o que nos espera em 2022? Como reaprender a sonhar?humboldt-talks-2022-timeline-2 -Sidarta RIbeiroEssas são as questões centrais da live da Revista Humboldt  “Ainda conseguimos sonhar?”, com o neurocientista Sidarta Ribeiro. O encontro online acontece em 10 de fevereiro, às 19h, pelo canal do Goethe-Institut São Paulo no YouTube.

O evento integra a série Humboldt Talks, realizada pela Revista Humboldt para debater temas essenciais da contemporaneidade. É uma parceria com o Instituto do Cérebro, Companhia das Letras e Revista Cult.

Na ocasião, o neurocientista, escritor e autor de “O oráculo da noite: a história da ciência do sonho” (Companhia das Letras) analisa os impactos da crise sanitária em nossa capacidade de sonhar individual e coletivamente.

O debate será moderado pela psicanalista e crítica literária Fabiane Secches.

Como participar?

Para assistir ao debate, basta acessar o link da live no dia e horário do evento. Para receber notificações quando o evento estiver prestes a começar, basta ativar o lembrete da live.

Sobre a Revista Humboldt

Entre 1959 e 2013, a Revista Humboldt foi editada, em sua versão impressa, como veículo de fomento ao diálogo entre a Alemanha e a América do Sul, abordando sempre temas ligados à arte, à cultura e a questões sociais. A partir de 2013, passou a ser publicada apenas em versão online nos sites dos Institutos Goethe da América do Sul.

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sexta-feira - 28/01/2022 - 12:02h
Inverno

Mossoró chega 247,7% a mais de chuvas somente este mês

Alciomar vê possibilidades de chuvas ainda maiores (Foto: redes sociais)

Alciomar vê possibilidades de chuvas ainda maiores (Foto: redes sociais)

Em 15 dias de leitura pluviométrica, o acumulado de chuvas em Mossoró em janeiro de 2022 chega a um patamar incomum. “Está em 166,9 milímetros. Dentro da normalidade o mesmo período a média chegaria a 48 milímetros”, mostra o professor de Ciências Naturais e Exatas, Alciomar Lopes.

Integrante da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU) de Mossoró, Lopes conta que “já ultrapassamos em 118,9 milímetros a média anual. Isso corresponde a 247,7% a mais de chuvas”.

No dia passado, quinta-feira (27), o município teve chuva entre 14 e 19h40 de forma mais intensa e regular.

Nessa sexta-feira (28) e sábado (29), “a estimativa é que as chuvas devam ser intensas e até maiores do que na quinta-feira”, reforça Alciomar Lopes.

“A prefeitura está em alerta, mas a sociedade como um todo tem que se prevenir, colaborar e procurar estar atenta”, reforça.

Veja abaixo os registros pluviométricos em Mossoró, nas zonas urbana e rural:

Zona Urbana

Secretaria – 47,1 milímetros –

Defesa Civil no Santa Delmira – 47

Ufersa – 22

Estação da Emparn – 38,1

Zona Rural

Olga Benário – 120 milímetros

Oziel Alves – 120

Recanto da Esperança – 109

Agrovila Montana – 102

Sítio Coqueiro – 78

São Romão – 75

Espinheirinho – 75

Cordão de Sombra – 75

Lajedo – 75.

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) e outros setores do município estão fazendo trabalhos preventivos, de esclarecimento com monitoramento e ação em áreas mais críticas.

A população pode acionar o Centro Integrado de Operações de Trânsito e Segurança Pública (CIOTS), através dos números 153 (Guarda Municipal), 156 (Trânsito) e 199 (Defesa Civil). A central de atendimento funciona todos os dias da semana. A ligação é gratuita.

Leia também: Força-tarefa usa tecnologia para enfrentar efeitos de forte inverno.

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sexta-feira - 28/01/2022 - 11:21h
Prevenção

Hospital muda rotina de pacientes e visitas para evitar contaminações

Mudanças são necessidade em função da preocupação com Covid-19 Foto: divulgação)

Mudanças são necessidade em função da preocupação com Covid-19 Foto: divulgação)

A direção geral do Hospital do Seridó, em Caicó, estabelecer novas regras para visitas e acompanhantes de pacientes internados naquela casa de saúde.

“Por causa desse aumento dos casos de Covid-19 em Caicó e no Seridó, como também a gripe H3N2, tivemos que tomar algumas medidas para proteger os pacientes internados e os profissionais de saúde também”, afirma o diretor do HS, Gedson Santos.

As medidas são essas:

– Visita no setor de Obstetrícia só será permitida uma vez por dia, e se for o pai do recém-nascido, com duração de até 30 minutos. Essa visita deverá ser entre 8h da manhã até 19 h.

– A troca de acompanhante será somente uma vez por dia, entre 6h e 8h da manhã.

– Fica suspensa, por tempo indeterminado, a visita hospitalar a pacientes de outros setores do Hospital do Seridó.

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sexta-feira - 28/01/2022 - 10:20h
Deputado estadual

O chapão do PSDB e o “salve-se quem puder” na versão 2022

Ezequiel (na mesa, de costas) é o arquiteto de articulação que é esperança para alguns deputados (Foto: João Gilberto)

Ezequiel (na mesa, de costas) é o arquiteto de articulação que é esperança para alguns deputados (Foto: João Gilberto)

O “chapão” que o presidente estadual do PSDB e da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, outra vez articula, é novamente um “salve-se quem puder”. O desenho é o mesmo de 2018. Porém, nem tudo é igual.

A estratégia é jogar o máximo de deputados numa mesma legenda (o PSDB), na aposta de reeleição do maior número possível.

Em 2018, havia ainda a figura da “coligação” na proporcional (eleições a deputado estadual e estadual), em que pessoas jurídicas de direito privado (os partidos) podiam se juntar e formar uma única chapa. Para 2022, não.

Não existe mais coligação na proporcional e cada partido tem que ter sua própria nominata. A maioria dos atuais 24 deputados tem dificuldades de reeleição, justamente por falta de gente para ser candidato, que tenha algum potencial de votos e tope ser “esteira”.

Se em 2018, já presidente da AL e do PSDB, Ezequiel juntou PR / PSB / PSD / PROS e seu partido numa coligação, dessa feita trabalha para atrair deputados para alojá-los no seu. Todos ficariam no PSDB, que já é a maior bancada da Assembleia Legislativa com cinco parlamentares (Ezequiel, José Dias, Raimundo Fernandes, Tomba Farias e Gustavo Carvalho).

Coligação com 9 reeleitos

Coligação em 2018 reelegeu 9 de 14 deputados (Reprodução/arquivo/Canal BCS)

Coligação em 2018 reelegeu 9 de 14 deputados (Reprodução/arquivo/Canal BCS)

Nas eleições passadas, o PSDB tinha oito deputados à campanha, reelegendo cinco que formam sua bancada nessa legislatura. Sobraram Larissa Rosado, Márcia Maia e Gustavo Fernandes. A coligação proporcionou ainda a reeleição de Galeno Torquato (PSD), George Soares (PR, hoje PL), Vivaldo Costa (PSD) e Albert Dickson (Pros).  No total, 9 vitoriosos.

Dois outros deputados não conseguiram êxito nessa nominata, em coligação: Jacó Jácome (PSD) e Ricardo Motta (PSB). A coligação teve ao todo 31 candidatos.

Segundo noticiou o Blog do Barreto, com estimativa a partir de informações que colheu, o PSDB de Ezequiel pode chegar a 16 deputados estaduais filiados.

Saltaria de cinco para esse total. No pleito de 2018 foram 14 na coligação PR / PSB / PSDB / PSD / PROS, com 9 eleitos.

O salve-se quem puder – versão 2022.

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