domingo - 16/01/2022 - 14:40h
Partidos

Federação está praticamente fechada; prioridade do PT é Lula

O Partido dos Trabalhadores (PT), legenda da governadora Fátima Bezerra, não deverá ter nominata puro-sangue em faixa própria à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, na campanha desse ano. Esse é um ponto pacífico nas costuras políticas que avançam.

Fátima recepciona ex-presidente em sua chegada ao RN (Foto: Elisa Elsie/arquivo 23/08/21))

Fátima recepciona ex-presidente em sua chegada ao RN (Foto: Elisa Elsie/arquivo 23/08/21))

A marcha das articulações e acontecimentos, com foco prioritário e absoluto no projeto de eleição do ex-presidente Lula da Silva (PT) e da própria reeleição dela, passa pela formação de uma “federação de partidos” – que vale para chapas de deputados estadual e federal.

PT, PSB e PCdoB tendem a formar essa federação (veja AQUI como publicamos em dezembro passado), que é uma forma diferente de coligação (entenda AQUIAQUI). Simplificando: é a união em chapa proporcional entre partidos, que dura pelo menos os quatro anos do mandato, com abrangência nacional e a sigla que cair fora adiante é punida com perda de recursos do Fundo Partidário, por exemplo.

Isso muda muita coisa? Muda bastante.

A chapa única PT-PSB-PCdoB no RN pode eleger a maior bancada estadual e federal no pleito de outubro. Porém, ao mesmo tempo, contrariando algumas correntes e interesses do partido, o PT pode ter menos parlamentares ‘seus’ vitoriosos do que imagina.

No RN, a tendência é termos uma luta interna feroz por eleição e reeleição a deputado estadual e federal.

Amanhã traremos mais detalhes de bastidores. Aguarde.

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Categoria(s): Política
domingo - 16/01/2022 - 13:10h

A pandemia está próxima do fim?

Ômicron incomoda Estados Unidos que toma cuidados ainda maiores agora (Foto: Marco Bello/Reuters/29/07/2020)

Ômicron incomoda Estados Unidos que toma cuidados ainda maiores agora (Foto: Marco Bello/Reuters/29/07/2020)

Por Ney Lopes

Continua a dúvida se a pandemia está próxima do fim, ou não. Embora inexista fundamento cientifico para garantir o final, as perspectivas são animadoras.

A ômicron se mostrou avassaladora na sua origem: dois dias após a sua detecção na África do Sul e em Botsuana, ela já foi classificada como uma variante de preocupação pela OMS, em 26 de novembro. Os cientistas ficaram alarmados com a quantidade e a variedade de mutações, que ela apresentava.

A boa notícia foi de que essa nova variante estaria por trás de quadros mais leves e uma menor taxa de hospitalizações e mortes, especialmente entre vacinados com três doses, o que trouxe um pouco de alívio. Mesmo assim, não foi feliz o presidente Bolsonaro ao afirmar que a “variante é bem vinda”.

A orientação correta é a população manter rígidos os cuidados com a utilização correta de máscara, o distanciamento social e a higienização adequada das mãos.

Médicos e virologistas pedem muita cautela, diante do fato da variante ser extremamente transmissível, como nos mostram os aumentos expressivos nos casos de Covid.

A ômicron é de duas a três vezes mais transmissível que a delta.

Pesquisa realizada no Imperial College do Reino Unido trouxe informação otimista: após uma terceira dose, o nível de proteção volta a subir consideravelmente.

O reforço vacinal eleva a proteção para 55 a 80% nesses indivíduos. A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, mostra em estudo que, caso o indivíduo seja infectado com a ômicron, o risco de hospitalização é 81% menor se ele tiver tomado as três doses do imunizante.

Dados recentes dos EUA revelam que pessoas não vacinadas têm um risco 17 vezes maior de hospitalização e um risco 20 vezes maior de morrer por Covid, em comparação com quem foi vacinado. Isso significa que as vacinas disponíveis estão funcionando.

O objetivo delas nunca foi barrar quadros leves de infecção, mas proteger contra a morte.

A crença de que se aproxima o final da pandemia vem de investigações em países como África do Sul e Reino Unido, onde a infecção pela ômicron foi veloz, mas tende a cair e se estabilizar mais rapidamente.

Na Califórnia, nos Estados Unidos, uma comparação entre 52 mil pacientes infectados com a ômicron e 16 mil com a variante delta revelou que o primeiro grupo (de acometidos pela ômicron) apresentou risco reduzido de complicações e, mesmo entre aqueles que precisaram ser internados, o número de dias no hospital foi menor.

A conclusão é que o quadro de covid provocado pela ômicron ainda é preocupante, mas surge luz no final do túnel.
A própria OMS alertou que encarar agora essa variante como algo de menor importância representa uma armadilha.
Mesmo com um percentual baixo de complicações, o vírus pode representar um número alto de novos pacientes graves, o que sobrecarrega os serviços de saúde.

Cabe, portanto, seguir a orientação médica e manter os cuidados, já do conhecimento público. Certamente, a pandemia está próxima de terminar. Mas, ainda não terminou.

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal e advogado

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Categoria(s): Artigo
  • Art&C - PMM - Sal & Luz - Julho de 2025
domingo - 16/01/2022 - 12:30h

Mas, afinal, o que é uma cidade inteligente?

Por Josivan Barbosa

Muito tímido o programa da Prefeitura Municipal de Mossoró denominado de Mossoró Digital. Não há como se implantar um bom programa dessa natureza sem a contratação de uma equipe de profissionais diferenciados da área de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). Importante ainda um convênio bem delineado com uma instituição que gera produtos digitais, a exemplo do Instituto Metrópole Digital da UFRN.

O município de Mossoró precisa compreender que cada vez mais cidades necessitam avançar para o que denominamos de cidades inteligentes. O termo designa o uso da tecnologia da informação para melhorar a gestão dos municípios e os serviços oferecidos à população.

O movimento de cidades inteligentes deve estar em sintonia com a demanda por infraestrutura de conectividade, aquecendo o mercado das grandes operadoras, mas sobretudo de provedores regionais, com maior penetração no interior do país. O investimento das cidades em tecnologia também aumenta os pedidos por equipamentos, como câmeras de videomonitoramento, e o desenvolvimento de soluções inteligentes e novos modelos de negócios e contratos entre empresas, startups e poder público. Nada disso se observa no programa que a prefeitura está denominando de Mossoró Digital.Cidades inteligentes do Brasil

Mas, afinal, o que é uma cidade inteligente? A consultoria Teleco, especializada em telecomunicações, criou até um ranking sobre o assunto, que tem na liderança o município de Uberlândia (MG), seguido por Campo Grande (MS), Fortaleza, Santo André (SP) e Belo Horizonte (Infográfico acima). “De modo geral, é uma gestão da cidade que tem como base uma  infraestrutura de tecnologia da informação, facilitando a interação com a sociedade e o oferecimento de serviços”, diz o presidente da Teleco, Eduardo Tude.

Ele ressalta que a tecnologia precisa ser “humana”. Quer dizer melhorar a vida das pessoas. Entre os setores e equipamentos que podem ser digitalizados, estão semáforos, monitoramento de trânsito, câmeras de vigilância, prontuário médico, iluminação pública, limpeza e educação.

As cidades precisam ter uma infraestrutura de conectividade abundante. Grande parte desse investimento será das operadoras de telecomunicações regionais, que estão mais espalhadas pelo país do que as grandes e hoje fornecem mais da metade de todo acesso de banda larga do país. De forma complementar, os provedores regionais oferecem parte da infraestrutura existente nos municípios menores.

Um marco para a expansão das cidades inteligentes foi o leilão do 5G, que possibilitará uma expansão da internet das coisas (IoT), a interconexão digital de objetos físicos – conceito que permite, por exemplo, a instalação de câmeras e semáforos inteligentes, que transmitem dados entre si e para uma central de operações.

Um projeto de cidade inteligente na nossa Mossoró precisava ter foco na área de mobilidade urbana e segurança. O município poderia iniciar com uma ferramenta usada para controle de estacionamentos rotativos ou instalação em carros de forças de segurança municipais. Seria uma espécie de radar móvel, que detecta placas de carros roubados e com tributos vencidos.

Além disso, com o uso de tecnologia inteiramente nacional, a prefeitura poderia avançar em outros serviços que direcionaria para um projeto de cidade inteligente como por exemplo, o desenvolvimento de postes inteligentes, que, além da iluminação, podem agregar funções como câmeras, sistema de energia solar e transmissão de dados sem fio – que possibilitam monitoramento do trânsito e até de risco de enchentes.

O município não precisa ter receio para avançar num projeto dessa natureza, porque as tecnologias estão ficando mais baratas e eficientes. Se a prefeitura otimizar recursos orçamentários, o que pode ser feito através da digitalização, entrará em sintonia com a demanda da população por serviços mais modernos.

Cooperativa de pitaya

Já defendemos neste espaço que a região do Médio e Alto Oeste do RN poderia ser a sede de um grande projeto de agricultura familiar com base na cultura da pitaya. Da última vez que defendemos a intervenção de uma política pública nesse sentido, exemplificamos com uma associação de produtores do Peru. Agora vamos ampliar o exemplo com uma cooperativa da Espanhola de Pitaya, a primeira daquele país.

Pitaya, uma cultura atraente (Foto: Fresch.ce)

Pitaya, uma cultura atraente (Foto: Fresch.ce)

Na região de Andalucía o fruto está se tornando muito importante com demanda crescente no mercado europeu. É um produto de fácil cultivo e boa adaptação em clima subtropical, como na região de Andalucía, o que tem facilitado o trabalho dos produtores da cooperativa S.C.A. Pitayas de Andalucía.

Atualmente, a S.C.A. Pitayas de Andalucía é formada por 67 produtores Huelva, Sevilla, Cádiz, Extremadura y Portugal e representa a primeira cooperativa internacional de pitaya. A cooperativa de Andalucía está procurando uma parceria com produtores da região de Málaga para ampliar a produção de pitaya.

No ano passado a cooperativa comercializou 10 toneladas e este ano ampliou para 80 toneladas. Na próxima temporada, que se inicia em junho a cooperativa pretende alcançar 300 toneladas. Se se concretizar a parceria com os malagueños, a cooperativa poderá atingir 500 mil toneladas.

A cooperativa conta com um armazém que recebe a produção de todos os sócios e é onde o produto é preparado para o mercado.

No ano passado a cooperativa exportou a pitaya para a Holanda, Reino Unido, e Itália. Neste ano pretende ampliar para a França e Alemanha.

A cooperativa fornece assistência técnica apara os sócios em todas as etapas da produção e na   pós-colheita.

Em nível de produtor, a pitaya é vendida em torno de 4,5 – 5,0 euros/kg, um preço muito atrativo para esse nicho de mercado.

Exportação de limão Tahiti para o Chile

Na semana passada colocamos neste espaço que o Polo de Agricultura Irrigada RN – CE está avançando no cultivo de limão Tahiti. Depois de ser cultivado na região do Vale do São Francisco (Petrolina – Juazeiro) e no Estado do Piauí na década de 90, o limão Tahiti chega com mais vigor na nossa região. O limão Tahiti já tinha algumas experiências de cultivo em Baraúnas e em Upanema e agora se expande para a microrregião produtora do DIBA (Distrito Irrigado Baixo-Açu) e região de Touros.

Agora vem a boa notícia de que o Chile acaba de liberar a importação de limão tahiti do Brasil após negociações feitas pela Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (APEX) – Projeto Frutas do Brasil.

No ano passado o Chile importou 5 milhões de dólares. A Abrafrutas trabalha com a expectativa de conquistar 50% dessa fatia.

A abertura do mercado chileno para o limão Tahiti reduz a dependência dos produtores brasileiros do mercado da Comunidade Econômica Europeia, principal comprador.

O Brasil poderá oferecer o produto a preços mais competitivos em função da proximidade do mercado.

O principal concorrente para o limão Tahiti no mercado chileno é o Peru devido à facilidade de logística, mas o Brasil pode avançar muito no quesito qualidade.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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Categoria(s): Artigo
domingo - 16/01/2022 - 11:34h
Nova realidade

Uern prevê investimento histórico com autonomia financeira

Conquistada a autonomia financeira, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) terá condições de viver um importante período de evolução acadêmica e administrativa. Neste ano, o primeiro com a autonomia em vigência, a Uern contará com R$ 25 milhões de seu orçamento para investimentos.

Campus Central da Uern fica localizado em Mossoró, cidade onde instituição nasceu há mais de 53 anos (Foto: Ricardo Morais)

Campus Central da Uern fica localizado em Mossoró, cidade onde instituição nasceu há mais de 53 anos (Foto: Ricardo Morais)

É garantia de melhores condições de estruturação para departamentos, faculdades, laboratórios e todo o setor administrativo, nos seis municípios onde está presente com seus campi (Mossoró, Natal, Pau dos Ferros, Caicó, Assu e Patu). A realidade é bem diferente de 2020, por exemplo, quando a instituição executou apenas R$ 510 mil, de recursos do tesouro estadual, para esta área.

Esse valor anual (R$ 25 milhões) será o maior já aplicado, em despesas de capital/investimento da universidade, com recursos dos cofres do estado, nos últimos vinte anos.

Em 2022, de acordo com a lei de autonomia, a universidade contará com um orçamento de R$ 290 milhões. Deste total, R$ 195 milhões serão destinados à folha de pessoal, R$ 70 milhões para o custeio, e R$ 25 milhões para investimento.

Historicamente, a parte de investimento sempre foi a mais prejudicada com o contingenciamento de recursos. Sem dinheiro nessa área, a universidade não conseguia aplicar o valor necessário para aquisição de equipamentos, construção de novas estruturas, e modernização de laboratórios e salas de aula. Nestes casos, a captação de recursos externos, como convênios e emendas parlamentares, tem sido fundamental para manutenção dos serviços.

Passado difícil

No intervalo de 2014 a 2020, os recursos liberados pelo Governo do Estado para despesas de capital/investimento na Uern não chegou a R$ 1 milhão por ano. O valor acumulado foi de 1,97 milhão, média de 280 mil reais anuais.

Na outra ponta, a universidade captou e executou, no mesmo período, R$ 15,4 milhões de reais, em recursos externos. Uma média de R$ 2,18 milhões de reais por ano. Os dados são do Relatório de Gestão 2013-2021, disponível aqui. (//drive.google.com/file/d/1M-fEmzQ7aI0HJCzhi3eHxks8lMdNtQXB/view).

Uern tem 35 laboratórios espalhados em suas unidades (Foto: Uern)

Uern tem 35 laboratórios espalhados em suas unidades (Foto: Uern)

No ano passado, com um diálogo direto e constante com o Governo do Estado, a universidade conseguiu a liberação de R$ 7,8 milhões para aplicação em investimentos na universidade. A ampliação do valor de investimento liberado para a universidade sempre foi pauta nas reuniões com a governadora Fátima Bezerra (PT), tanto na gestão dos professores Pedro Fernandes e Fátima Raquel, quanto na gestão da reitora Cicília Maia, iniciada em setembro de 2021.

Com esse valor, a universidade conseguiu fazer uma de suas maiores aquisições, dos últimos anos, de equipamentos como centrais de ar-condicionado, bebedouros, álcool em gel, máscaras, computadores, roteadores wi-fi, livros, mobília, quadros para sala de aula e veículos. Com os equipamentos, a universidade pretende equipar as unidades acadêmicas deixando-as com condições melhores para a retomada das aulas, em fevereiro.

Resultados ainda melhores

“Temos certeza que, com a autonomia, a universidade terá totais condições de apresentar resultados ainda melhores, contando, efetivamente, com os recursos necessários para construirmos uma Uern maior e mais forte, com mais infraestrutura, mais qualidade no ensino dos nossos alunos, modernização de nossos serviços e cursos, projeção de novos cenários educacionais, e melhores condições de trabalho e salário para nossos servidores”, comenta a reitora Cicília Maia.

“Para este momento de retomada das atividades, em condições seguras, as instituições serão indispensáveis. Com uma estrutura melhor, conseguiremos atuar de forma mais forte e presente junto à sociedade”, acrescenta ao Canal BCS (Blog Carlos Santos).

Em 2021, o orçamento da Uern fechou o ano em R$ 231,2 milhões executados. Em 2020, o orçamento executado da instituição foi de R$ 208,7 milhões.

Leia também: Em dia histórico, Uern ganha autonomia financeira;

Leia também: Uern e governo ajustam alinhamento à implantação de autonomia.

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Categoria(s): Administração Pública / Educação / Gerais
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domingo - 16/01/2022 - 10:36h

Processo à revelia

Por Odemirton Filho 

No dia a dia forense, quando o processo já está na fase de cumprimento de sentença, isto é, quando não há mais o que se discutir, mas apenas efetivar o direito que foi declarado pelo juiz, o réu, muitas vezes, alega não ter sido informado da ação, mesmo tendo sido citado. O direito não socorre aos que dormem

Assim, quando o réu percebe, existe um valor bloqueado na sua conta corrente ou há um impedimento de transferência do veículo junto ao Detran.

Somente há devido processo legal quando o autor e o réu têm a oportunidade de apresentar ao juiz as suas razões de fato e de direito. O autor age, o réu, reage. Todavia, para reagir, o réu deverá ser comunicado que contra ele existe um processo para que possa apresentar, no prazo legal, a sua defesa.

Aliás, o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício, reza o Código de Processo Civil (CPC).

Dessa forma, se o réu for citado, e não responder ao chamamento da Justiça, aplica-se o que diz CPC: “se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor”.

Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.

Se o réu não contestar a ação, todos os fatos narrados pelo autor na petição inicial serão considerados verdadeiros. O réu quando é citado tem um prazo para apresentar a sua defesa, se não o faz, ocorrerá a chamada revelia. A revelia, porém, não produz o efeito mencionado em alguns casos. Por outro lado, o revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.

Pois bem. O fato é que algumas pessoas são citadas para responder a uma ação e deixam o processo correr à revelia, confiando que não vai dar em nada.

Entretanto, é bom ficar atento, pois “o direito não socorre aos que dormem”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Artigo
domingo - 16/01/2022 - 09:50h

Reconhecimento

Por Marcelo Alves

Quando ingressei no Ministério Público Federal (MPF), no já distante ano de 1997, o procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva, brutalmente assassinado fazia 15 anos (veja AQUI, AQUI) – a vilania se deu em 3 de março de 1982, em Olinda/PE –, era constantemente lembrado e homenageado.The hand puts the heart to the four stars. Choice of buyers. Universal recognition and admiration. Rating of a hotel or restaurant, product or mobile application. Increase in rating and prestige

Pedro Jorge já era considerado – e assim ainda o é – o nosso protomártir (o “primeiro mártir”, em linguagem mais simples). Ele também já havia dado nome à Fundação Pedro Jorge, “organização sem fins lucrativos, instituída pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em 1985, dirigida por membros da carreira e com destacada atuação em projetos e ações de responsabilidade social”.

Mas acredito que muito do reconhecimento à memória de Pedro Jorge, naqueles anos 1990, se deva à atuação do então Procurador-Geral da República Geraldo Brindeiro, recentemente falecido e muitas vezes injustiçado pela história (quem sabe falaremos disso um dia). Após idas e vindas, os acusados pelo assassinato de Pedro Jorge haviam sido julgados e condenados.

Mas o mandante do crime, um dos grandes envolvidos no “Escândalo da Mandioca”, estava foragido fazia 12 anos. Brindeiro assume a Procuradoria-Geral da República, em junho de 1995, reabre o caso e, com a ajuda da Polícia Federal, o mandante é capturado. Todos os envolvidos no assassinato cumprem, ao menos parcialmente, as penas impostas pela lei e pelo Poder Judiciário. É um parcial conforto para a família, os amigos e o Estado brasileiro.

É fato também que esses anos 1990, até começo dos anos 2000, sobretudo em razão da captura do último envolvido, trouxeram à ribalta novamente o nome de Pedro Jorge. Sua memória, a presença dos seus familiares, homenagens aqui e acolá, tudo isso era uma constante nos nossos encontros e no nosso trabalho. Falo tanto na Associação Nacional dos Procuradores da República como na labuta em si no Ministério Público Federal.

Todavia, embora a memória possa estar me pregando uma peça, ainda nos anos 2000 vi um declínio, um certo esquecimento de algo que era devido, nas nossas homenagens a Pedro Jorge. Posso estar enganado, mas isso só se reverteu, em grande estilo, em 2017, com o filme/documentário “Pedro Jorge: uma vida pela justiça”, uma iniciativa da Procuradoria Regional da República da 5ª Região e da Universidade Católica de Pernambuco.

“Pedro Jorge: uma vida pela justiça” é um média-metragem. Coisa de pouco mais de 40 minutos. Foi realizado sem fins lucrativos e com recursos (mínimos, diga-se de passagem) e pessoal próprios da PRR5 e da Universidade Católica. Conta com imagens da época dos acontecimentos. E apresenta depoimentos dos personagens de então, alguns ainda vivos. O objetivo do documentário foi resgatar a história da vida de Pedro Jorge de Melo e Silva, sua vocação e seu martírio, e recontá-la para as gerações atuais. E acredito que o fez com um bom balanço entre distanciamento histórico e emoção verdadeira. O resto não conto mais. Não devo fazer spoiler. Vão ao YouTube e assistam. É facílimo.

De toda sorte, neste ano de 2022, em algumas semanas, completaremos 40 anos do brutal assassinato de Pedro Jorge. Novas homenagens hão de vir. A Associação Nacional dos Procuradores da República e a Fundação Pedro Jorge trabalham nesse sentido. Unidades do MPF também. E já sei até da feitura de uma nova estátua, de corpo inteiro, do nosso mártir. Obra do artista Demétrio Albuquerque, que será posta e inaugurada, em local de destaque, no mês de março, na amada e trágica Olinda ou mesmo na capital Recife. Muito mais do que justo.

Pedro Jorge merece que juntemos todos os pedaços do seu sofrimento, do sofrimento da sua família e dos seus amigos, em mil estátuas, todas feitas de pedra bruta e dignidade polida.

Acho que verdade está mesmo no verso do poema “É claro, Mariana”, na adaptação do advogado Gilberto Marques, recém-falecido, que representou a família de Pedro Jorge no processo do seu homicídio. Com a sua vocação, com o seu martírio, com o reconhecimento das gerações posteriores, “Pedro Jorge não morreu, ele se dividiu em milhares de pedaços. E de cada pedaço há de nascer um Pedro inteiro, para continuar a sua luta pela justiça neste país”.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 16/01/2022 - 08:46h

Tibau, um entardecer no novo ano

Por Carlos Brilhante

Como bom veranista, furtivamente resolvi fazer uma caminhada na beirinha da praia, fim de tarde.  Sol descendo, mar refletindo. Maré baixa.

Não sabia primeiramente qual roupa usar, não pela quantidade de opções que tivesse mas mais pelo olhar de reprovação dos mossoroenses de soslaio, que por vezes costumam se passar na orla. Em consideração a estes escolhi ir com a que eu estava mesmo, uma camisa vermelha surrada de campanhas passadas, e uma bermudinha de baixo custo que comprei parceladamente.pés na areia, passeio na praia, mar, pegadas na areia,

Dei o primeiro passo e pensei já seriamente em desistir, sentar na areia e talvez fingir que estava construindo um castelo ou escrevendo algum poema a la padre Anchieta, o catequizador. Lembrei das aulas, frases e lições de coach que sempre desprezei e mentalizei: vou bater na Pedra do Chapéu. Os passos firmes foram logo molhados pelas águas salinas da Costa Branca, reconfortaram me a caminhada.

Como bom observador comecei a olhar o costume das pessoas. Primeiramente vi uma senhora que apertava contra si seu Lulu da Pomerânia, parecia o proteger contra as agruras de uma existência canina de carrapatos, germes de areia, ou Marias-Farinhas das Emanuelas. Vi um Crossfiteiro com seu Husky Siberiano… Vi um outro cãozinho que provavelmente tinha ascendência europeia, sangue azul da raça.

Faltou me a brasilidade de um bom vira-latas tupiniquim. Aquela língua pra fora marota e seu ar de satisfação na liberdade de revirar um lixo. Até vi um caramelo, afastado rispidamente por uma criança que tivera invadido seu espaço pela graça de algo que não fora seu vídeo game de última geração.

Logo após avistei um grupo de jovens envoltos em algo que parecia uma caixa com luzes psicodélicas tocando um alto e ruim som de uma batida maçante. O cantor parecia estar desesperado em atiçar a puberdade desesperada daqueles adolescentes, em uma linguagem frenética e sem pudores.

Pensei logo no peso dos meus 30 anos e gosto musical de 70, tentei repelir aquele barulho com a leveza de João Gilberto, ou a alegria dos Novos Baianos, alguma coisa envolvendo poesia e música boa. Um barquinho nas marolas da Bossa Nova me fizeram crer que já estava passado, ou algo do tipo. E daí? Se o que é gasto me apetece! Tentei pensar na Nova MPB, em cantores mais modernos e fui tentando buscar mentalmente um equilíbrio que pouco importava a geração Z.

Segui mais adiante e vi senhoras conversando em suas cadeirinhas, senhores caminhando e não pude deixar de me projetar em algum deles, sozinho pensando nos primeiros dias.

Vi três pescadores puxando uma rede, e me alegrei ao cumprimentá-los, talvez fosse um alento à suas redes vazias e baldes cheios de vento. Pisei logo mais à frente em algum resquício plástico, avistei um isopor, um pedaço de galão de gasolina, e uma máscara meia enterrada na areia.

Ao me aproximar da parte mais antiga e elitizada das falésias, não pude deixar de apreciar lindas casas antigas, que pareciam imunes ao tempo e ao vento. Observei que já restavam quase escondidas por outras novas que seguiam a regra atual de serem parecidas com caixas de fósforo ou com retangulares sepulcros caiados, conforme o Santo Evangelho.

Pensei na pobreza dessa nova leva de arquitetos em projetar fabrilmente quadrados para se morar. Pensei faltar lhes o amor à profissão, a personalidade, o estilo, a criatividade de se fazer “lares” e não meros “projetos”. De um condomínio que esmerava finesse vi escorrendo um grande tubo de esgoto a jorrar pela praia. Perdoei o engenheiro por talvez ter faltado as aulas de desenvolvimento sustentável ou entreguei a Deus no poder ser a  situação ainda pior e ser ele um negacionista.

Nessa nuvem de pensamentos cheguei enfim ao lugar proposto, sentei numa escada e fiquei olhando a imensidão azul  tocando a amplidão do céu, já esmaecido pelo crepúsculo, fiz uma prece, uma meditação e voltei.

Voltei mais rápido do que fui, talvez pela já quase escuridão que me impedia ver as pessoas à volta, e pude olhar a mim mesmo e minhas contradições. Eu, o mar, a areia, as pegadas e já a primeira estrela despontando no ermo.

Carlos Brilhante é advogado

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/01/2022 - 07:42h

Cadê o castramóvel?!

Por Marcos Ferreira

Semana passada, ao ler minha crônica, ouvi de Natália, primeira leitora e mediadora dos meus escritos, que ultimamente tenho falado demais acerca de pássaros, sol, céu, chuvas, esta casa estiolada e quintal, além de certa mangueira frondosa cujo vento açoita na residência aos fundos desta. É verdade. Até porque sou um sujeito um bocado recluso, sem muitas vivências ou inspirações externas. Natália diz, portanto, que preciso enxergar outro mundo além do meu portão.

O problema é que possuo baixa quilometragem. Urbana quanto social. Raras vezes coloquei os meus pés além-fronteiras deste município. Não me agrada falar nem escrever sobre coisas, lugares e assuntos que desconheço. Então, com a indulgência dos leitores, ponho uma camisa hoje e dias depois, como variasse, requento o assunto. Isto é, visto a mesma camisa, agora pelo avesso.Dúvida, interrogação,

Sim. De fato venho me repetindo. Neste minuto, inclusive, eu me repito. Já tratei desse assunto. Mas me digam, acaso saibam, qual é o cronista que não se repete. Ao menos uma vez ou outra. Aposto que nenhum. Nem sempre é possível inovar, renovar. Isto puxando para mim, de maneira imodesta, o elástico título de cronista. Ou, visando apenas expandir o meu próprio ego, elevo tal patente a escritor e poeta. Que tal? Suponho que nesta esfera já está de bom tamanho.

Todavia, para não chover de novo no molhado, e muito menos cair na tentação de escrever sobre a falta do que escrever, recurso este que já salvou vários cronistas de alto coturno, olhemos além do meu quintal, como deseja minha Natália. Existem pautas e assuntos importantes a serem discutidos. Tipo a problemática, o estouro da população de animais de rua (cães e gatos) nesta cidade.

Ontem à noite, num muro perto da Faculdade de Enfermagem, uma pobre cadela vira-lata, grávida e doente, gania e esfregava a lateral do quadril contra a parede áspera. Eu me dirigia a uma lanchonete próxima dali e me detive para observar aquela cena de cortar coração. Sem coleira, visivelmente sofrida, a cachorra exibia uma espécie de tumor no alto da coxa traseira esquerda. O sangue da pústula manchava a parede. Entregue ao deus-dará, brevemente ela deve parir.

Olhou-me com um olhar tão súplice e penetrante, como se visse em mim alguém que a pudesse resgatar daquela situação miserável, que perdi a fome e desisti do meu “completo”. Fui à lanchonete, conversei com o dono, ele me deu umas pelancas de carne, comprei umas salsichas cruas, paguei um valor um pouco maior do que eu gastaria comigo, e ofereci aquela refeição à cachorra.

Em casa, dez reais mais pobre e com o coração menos triste, contentei-me com quatro ovos cozidos e umas pitadinhas de sal. Daí a pouco começou a garoar e fiquei pensando onde teria se abrigado aquela futura mãe com uma barriga enorme, sem amparo, desprotegida, enferma, suportando fome e sede pelas ruas de Mossoró. Quantos filhos, em situação igualmente adversa, ela já não colocou neste mundo cão? Algum dia terá tido um tutor? Não creio nessa hipótese.

A superpopulação de animais em situação de rua nesta cidade não é um fato meramente estatístico. Trata-se, também, de um caso de saúde pública. Isto pode ser resumido numa única palavra: zoonoses. O Executivo e o Legislativo municipais não podem continuar fazendo vista grossa e empurrando esse problema com a barriga. Agora, aliás, só falta o prefeito Alysson Bezerra se mexer.

Pelo que sei, corrijam-me se incorro em erro, já foi assegurado um total de R$ 645 mil para aquisição de um veículo denominado castramóvel e apoio às organizações que acolhem animais de rua. Os recursos foram garantidos pelo deputado federal Beto Rosado (PP/RN — quinhentos mil reais) e pela deputada Isolda Dantas (PT/RN – cento e quarenta e cinco mil reais). Esse dinheiro está na conta da prefeitura, à disposição do Menino Pobrezinho, só escutando a conversa, como se diz.

Mas, enquanto Alysson Bezerra não se mexe no sentido de aviar o emprego dos recursos que estão a seu dispor, os bichinhos sem tutores continuam procriando. É triste vermos nas ruas desta comuna tantos cães e gatos, sobretudo gatos, atropelados, mutilados ou passando fome. Se acaso tiver coragem e coração, senhor prefeito, e eu acredito que tenha, olhe bem nos olhos desses animais.

Eles não têm culpa por haverem nascido. São seres domésticos, ou seja, carecem da convivência com os humanos. Alguns de nós, é bom que se diga, nem merecem ser chamados assim: humanos. Existem indivíduos que aceleram seus carros quando avistam um animal desses na faixa de rolamento, pelo simples e repugnante prazer de fazer o mal. Há outros que se comprazem em oferecer comida envenenada aos animais, principalmente a gatos, tenham ou não tutores.

— Cadê o castramóvel, senhor prefeito?!

Todavia, por desimportância deste cronista ou deficiência auditiva do jovem alcaide, não obtenho resposta. Qualquer dia, porém, ele deve responder. Porque o Menino Pobrezinho é um político atuante e conhecedor dos problemas desta terra de Santa Luzia. Torço, contudo, que não demore muito a empregar os recursos oficializados.

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) já tem menos alunos, docentes, técnicos e trabalhadores terceirizados do que gatos em sua gigantesca área territorial. O número de bichanos circulando diante do cemitério São Sebastião também é superior aos cidadãos que jazem naquele campo-santo. Qualquer dia os donos de lanchonetes locais deixarão de vender cachorro-quente para oferecer sushis caninos. Visto que o espetinho de gato circula clandestinamente.

— Cadê o castramóvel, senhor prefeito?!

Tenhamos um pouquinho mais de paciência, prezados conterrâneos. Acredito que o nosso prefeito Alysson Bezerra, antenado e midiático como ninguém, inteirar-se-á desta crônica amistosa quanto bem-intencionada. Quem sabe a esta hora da manhã, neste belo domingo, enquanto toma tranquilamente o desjejum, o Menino Pobrezinho já esteja com seu smartphone lendo estas linhas.

— Cadê o castramóvel, senhor prefeito?!

Deixe estar, minha gente. Deixe estar.

Marcos Ferreira é escritor

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domingo - 16/01/2022 - 06:40h

Os Estatutos do Homem

Por Thiago de Mello

(Ato Institucional Permanente)

Artigo I.

Fica decretado que agora vale a verdade.

que agora vale a vida,

e que de mãos dadas,

trabalharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II.

Fica decretado que todos os dias da semana,

inclusive as terças-feiras mais cinzentas,

têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III.

Fica decretado que, a partir deste instante,

haverá girassóis em todas as janelas,

que os girassóis terão direito

a abrir-se dentro da sombra;

e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,

abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV.

Fica decretado que o homem

não precisará nunca mais

duvidar do homem.

Que o homem confiará no homem

como a palmeira confia no vento,

como o vento confia no ar,

como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo Único:

O homem confiará no homem

como um menino confia em outro menino.

Artigo V.

Fica decretado que os homens

estão livres do jugo da mentira.

Nunca mais será preciso usar

a couraça do silêncio

nem a armadura de palavras.

O homem se sentará à mesa

com seu olhar limpo

porque a verdade passará a ser servida

antes da sobremesa.

Artigo VI.

Fica estabelecida, durante dez séculos,

a prática sonhada pelo profeta Isaías,

e o lobo e o cordeiro pastarão juntos

e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII.

Por decreto irrevogável fica estabelecido

o reinado permanente da justiça e da claridade,

e a alegria será uma bandeira generosa

para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII.

Fica decretado que a maior dor

sempre foi e será sempre

não poder dar-se amor a quem se ama

e saber que é a água

que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX.

Fica permitido que o pão de cada dia

tenha no homem o sinal de seu suor.

Mas que sobretudo tenha sempre

o quente sabor da ternura.

Artigo X.

Fica permitido a qualquer pessoa,

a qualquer hora da vida,

o uso do traje branco.

Artigo XI.

Fica decretado, por definição,

que o homem é um animal que ama

e que por isso é belo.

muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII.

Decreta-se que nada será obrigado nem proibido.

tudo será permitido,

inclusive brincar com os rinocerontes

e caminhar pelas tardes

com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:

Só uma coisa fica proibida:

amar sem amor.

Artigo XIII.

Fica decretado que o dinheiro

não poderá nunca mais comprar

o sol das manhãs vindouras.

Expulso do grande baú do medo,

o dinheiro se transformará em uma espada fraternal

para defender o direito de cantar

e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.

Fica proibido o uso da palavra liberdade.

a qual será suprimida dos dicionários

e do pântano enganoso das bocas.

A partir deste instante

a liberdade será algo vivo e transparente

como um fogo ou um rio,

e a sua morada será sempre

o coração do homem.

Amadeu Thiago de Mello (1926-2022) foi poeta e tradutor, com obras traduzidas para mais de 30 idiomas

*Os estatutos do homem” é o vídeo em que o autor declama sua poesia, acompanhado do Duo GisBranco (Bianca Gismonti and Claudia Castelo Branco – dois pianos), no Circo Voador, Rio de Janeiro, na abertura do Poesia Voa 2.0 | Festival Poesia Direitos Humanos – 10 de dezembro de 2006.

Leia também: Morre o poeta amazonense Thiago de Mello aos 95 anos.

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Categoria(s): Poesia
domingo - 16/01/2022 - 06:00h
Segunda-feira, 17

Ministro anunciará liberação de mais recursos para Mossoró

Fábio diligencia para liberação de recursos em ministérios (Foto: WIlson Moreno)

Fábio diligencia para liberação de recursos em ministérios (Foto: WIlson Moreno)

O ministro das Comunicações Fábio Faria (PSD) cumprirá agenda na próxima segunda-feira (17), em Mossoró.

Estará no Palácio da Resistência, sede do Executivo Municipal, para anúncio de liberação de recursos para a educação, saúde, assistência social e abastecimento de água à zona rural.

Ele deverá conceder entrevista coletiva à imprensa no local.

O ministro potiguar intermediou liberação para Mossoró de R$ 15 milhões no fim do ano passado (veja AQUI). Serão destinados à construção de uma Policlínica no Grande Alto de São Manoel, construção de quatro unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPSs) – que hoje funcionam em prédios alugados, construção de duas unidades de acolhimento (uma adulto e uma infantojuvenil); aquisição de duas ambulâncias ALFA para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e aquisição de equipamentos para o setor de atenção especializada.

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domingo - 16/01/2022 - 04:10h

O professor e o flanelinha

Por Marcos Mairton

Quando ingressei no Curso de Direito da Universidade de Fortaleza, em 1986, estava com vinte anos de idade, mas já trabalhava no Banco do Nordeste. Um bom emprego, que me permitia pagar com tranquilidade as mensalidades do curso, além de assistir às aulas sem o estresse de quem ainda busca uma vaga no mercado de trabalho.

O curso era noturno. Lembro que, no primeiro dia de aula, cheguei quando o sol ainda nem havia acabado de se por e deixei o carro no estacionamento externo do campus. Naquela época, não havia muita preocupação com assaltos ou furtos.

(Foto: Iago Ribeiro)

(Foto: Iago Ribeiro)

Um rapazinho de uns quatorze anos, que estava por ali, com uma flanela no ombro, prontificou-se a cuidar do carro até que eu voltasse:

– Posso ficar “pastorando” aí, Louro? – perguntou.

Pastorar” é um verbo que no idioma cearês significa “cuidar de uma coisa alheia, sem tocar nela; manter sob vigilância”. A palavra consta dos dicionários de língua portuguesa como sinônimo de “pastorear”, que vem a ser a atividade do pastor ao cuidar do rebanho. O sentido é praticamente o mesmo.

“Louro” é uma das muitas maneiras de se tratar alguém cujo nome se desconhece.

– Pode! – respondi, de pronto, imaginando que ele pretendia receber alguma paga pelo serviço de vigilância, mas tendo certa dúvida se um jovenzinho daquela idade estaria a postos quando eu retornasse, lá pelas dez da noite.

E fui para minha aula. Quando retornei ao estacionamento, ao final, lá estava ele. Não pediu nada. Seu cumprimento – “Diz aí, Louro!” – foi o sinal para que eu lhe desse algum dinheiro.

A partir daquele dia, deixava costumeiramente o carro naquela área do estacionamento, sob os cuidados do jovem que passei também a chamar de “Louro” – o que fazia até mais sentido, porque, diferentemente de mim, ele tinha os cabelos loiros.

Foi assim durante todo o meu curso de Direito. Estacionava, cumprimentava o Louro e ia assistir às aulas. Ao voltar, encontrava-o esperando o pagamento, ou, o “trocado”, como ele preferia chamar.

Mas nem sempre ficava nisso. Várias vezes dei-lhe camisas e sapatos, em bom estado de conservação, que não mais usava. Era quase uma amizade. Não chegava a tanto, porque a conversa nunca passou de “Diz aí, Louro!”“Beleza, Louro!” e coisas assim. Logo, nunca fiquei sabendo onde o Louro morava, nem quem seria sua família, se é que tinha família e casa. Tampouco ele mostrava interesse na minha vida pessoal.

A par disso, recordo que muitas vezes cheguei a me questionar sobre o rumo que toma a vida de uma pessoa, conforme ela tenha oportunidade de estudar. E conforme faça uso dessa oportunidade.

Imaginei que o Louro, apenas uns cinco anos mais jovem que eu, deveria ter nascido em uma casa não muito mais pobre que a minha, na periferia de Fortaleza. Talvez tenha frequentado os primeiros anos do ensino fundamental em uma escola pública, como eu. Mas, em algum momento da vida, perdeu o interesse pelos estudos ou a condição de lhes dar sequência. É possível – talvez provável – que tenha sido incentivado pelos próprios pais a deixar o colégio, para contribuir com a renda da família. O contrário do que acontecera comigo, sempre estimulado a buscar nos estudos o caminho para melhorar de vida.

Independentemente dessas conjecturas, o fato é que, durante alguns anos, frequentamos a mesma universidade. Eu assistindo às aulas, ele “pastorando” meu carro. E, ao final daquele período, eu iria receber meu diploma de bacharel em Direito, enquanto ele continuaria sendo um “pastorador” carros, um “flanelinha”.

Passou o tempo. De bacharel em Direito, fiz o exame da Ordem dos Advogados do Brasil e tornei-me advogado; comecei a advogar no escritório de um amigo, e depois, no próprio departamento jurídico do banco onde trabalhava; entrei para o Mestrado em Direito Público da Universidade Federal do Ceará; passei em concurso para Procurador do Banco Central do Brasil; e concluí o mestrado.

Em 1999, já com o título de mestre, voltei à Universidade de Fortaleza, agora como professor do Curso de Direito, do qual fora aluno.

As aulas começavam às sete da noite, mas, no meu primeiro dia, cheguei à UNIFOR um pouco antes de anoitecer. Talvez por nostalgia, abri mão do estacionamento dos professores e deixei o carro na mesma área onde estacionava quando aluno.

Mal acabava de desembarcar, quando ouvi uma voz:

– Diz aí, Louro!

– Fala, Louro! – respondi com entusiasmo. – Tu ainda tá por aqui?

– Todo dia!

– Vai “pastorar” o meu?

– Claro!

– Tô de novo na área – falei sorrindo. – Mas agora como professor.

– É isso aí! Fez bonito! O senhor sabe que o estacionamento de professor é lá dentro, né? Mas, se quiser deixar aí, ninguém “bole”, não.

Bole” é a terceira pessoa do singular do verbo “bulir”, que tem muitos significados na língua portuguesa. No idioma cearês é sempre utilizado no sentido de “tocar ou mexer em alguma coisa”.

Mas a palavra usada por ele que me chamou mais a atenção foi “senhor”. Era a primeira vez que se dirigia a mim daquela maneira. Certamente por respeito à minha, agora, condição de professor, demonstrando que, apesar de continuar frequentando a universidade apenas para vigiar os carros, reconhecia o valor dos que se dedicam ao ensino.

Iniciava-se, assim, mais um período de vários anos em que frequentei a Universidade de Fortaleza. Todas as noites, de segunda a sexta-feira. Raramente via o Louro, porque, como ele mesmo havia me alertado, o estacionamento dos professores ficava do lado de dentro do campus.

Nessa mesma época, fiz outros concursos. Fui advogado da União, depois tornei-me juiz federal. Deixei de ensinar em 2005, quando me afastei de Fortaleza, para assumir a primeira vara federal de Juazeiro do Norte. Dali, passei por Mossoró, Sobral e Quixadá. Até retornar a Fortaleza, em 2012.

Não voltei mais a ensinar, mas alguns anos depois do retorno a Fortaleza, fui convidado a dar uma palestra em um seminário na Unifor.

Um carro da universidade foi me buscar no fórum. Terminada a palestra, caminhei até a área externa, onde minha mulher me esperava em nosso carro. Passando pelo local onde costumava estacionar, lembrei dos tempos de aluno do curso de Direito.

O relógio marcava vinte e duas horas e mais um punhado de minutos. Alguns estudantes transitavam por ali, andando apressados em direção ao ponto de ônibus ou ao local onde haviam estacionado seus carros. Formava-se um engarrafamento na avenida que passa em frente à universidade. Alheio a todo aquele movimento, um homem de cabelos grisalhos estava sentado no meio-fio, demonstrando cansaço. Os braços apoiados nos joelhos, a testa apoiada nos antebraços.

No instante em que eu passava por ali, ele ergueu a cabeça e falou sorrindo:

– Diz aí, professor!

Era o Louro.

Marcos Mairton da Silva é poeta, escritor, compositor e juiz federal

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sábado - 15/01/2022 - 23:58h

Pensando bem…

“Nada é particularmente difícil se você dividir em pequenos trabalhos”.

Henry Ford

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sábado - 15/01/2022 - 19:20h
Obrigatoriedade, não

Deputado General Girão protesta contra vacinação de crianças

O deputado federal General Girão (PL) participou nesse sábado (15), na Praia de Ponta Negra em Natal, de manifestação contra obrigatoriedade de vacina pediátrica. Para ele, a medida é absurda.

O parlamentar também aproveitou e, em vídeo, avisou à governadora Fátima Bezerra (PT) que ela tende a responder judicialmente por tornar obrigatória a vacina de servidores públicos estaduais.

“Na manhã desse sábado, estivemos reunidos com manifestantes na Praia de Ponta Negra contra o passaporte vacinal e contra a obrigatoriedade da vacinação em crianças. Não vamos admitir que nos obriguem a vacinar nossas crianças. Não sou contra vacinas. Sou contra a obrigatoriedade”, disse.

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Categoria(s): Política
sábado - 15/01/2022 - 11:44h
Chuvas

Governo mobiliza ação para áreas alagadas no Seridó

Uma intensa chuva no fim da tarde desta sexta-feira (14), no município de Jardim de Piranhas, alagou parte das casas localizadas no bairro Santa Cecília, levando transtorno aos moradores.

A governadora Fátima Bezerra (PT) determinou, tão logo tomou conhecimento da situação, que equipes da Defesa Civil do RN, do Corpo de Bombeiros Militar e Caern fossem à região prestar assistência e dimensionar os riscos e eventuais danos.

A atuação do Governo do RN ocorre de forma integrada e, em Jardim de Piranhas, mobilizou a Companhia de Águas e Esgotos (Caern), a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, além do Corpo de Bombeiros Militar e Coordenadoria de Defesa Civil do RN.

A ação articulada dos órgãos de Governo é uma orientação da governadora, desde o alerta de possibilidade de chuvas intensas, especialmente para a região do semiárido do Rio Grande do Norte.

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sábado - 15/01/2022 - 10:30h
Perda

Morre poeta amazonense Thiago de Mello aos 95 anos

O poeta amazonense Thiago de Mello (Foto: André Argolo/Divulgação)

O poeta amazonense Thiago de Mello (Foto: André Argolo/Divulgação)

O poeta amazonense Thiago de Mello morreu aos 95 anos, nesta sexta-feira (14). Ele faleceu em casa, em Manaus. A causa da morte ainda não foi informada.

Thiago de Mello nasceu em Barreirinha, no interior do Amazonas, e é um dos poetas mais conhecidos da região, influente tanto nacionalmente quanto internacionalmente.

Suas obras foram traduzidas para mais de trinta idiomas. Seu poema mais conhecido é ‘Os Estatutos do Homem’, em que o poeta chama a atenção do leitor para os valores simples da natureza humana.

Saiba mais clicando AQUI.

Nota do Canal BCS – Que perda à nossa cultura. Thiago de Mello é um nome eternizado em sua arte com as palavras.

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sábado - 15/01/2022 - 09:56h
Tensão

Fátima desautoriza e repreende Isolda por querer “cuspir” MDB

Secretário Raimundo Alves deixa claro que governadora não aprova linguajar de deputada

Do Tribuna do Norte e Canal BCS

O chefe do Gabinete Civil do governo do Estado, Raimundo Alves, desautoriza a deputada estadual Isolda Dantas (PT) e afirma: “A governadora não faz coligação chiclete, que mastiga e joga fora. Não é essa a intenção. As conversas com o MDB são bastante produtivas.”

"A declaração foi extremamente infeliz", diz o secretário, manifestando a opinião da governadora (Foto: Alex Régis/TN)

“A declaração foi extremamente infeliz”, diz o secretário, manifestando a opinião da governadora (Foto: Alex Régis/TN)

A afirmação do chefe do Gabinete Civil, que tem sido o interlocutor do PT nas conversas com possíveis aliados da governadora para as eleições deste ano foi uma reação às declarações de Isolda que disse que iria engolir uma coligação com o MDB para depois cuspir (veja AQUI).

Raimundo Alves diz que a declaração da deputada foi infeliz, dificulta o diálogo e está em contradição com as orientações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também afirma que as conversas com o MDB têm avançado, mas não há definição sobre vaga na chapa majoritária.

Trechos da entrevista:

Qual a sua opinião sobre as declarações da deputada Isolda Dantas (PT) na qual ela criticou uma possível aliança entre PT e MDB, dizendo que podia até “engolir para “cuspir amanhã”?

Primeiro, vejo com muita preocupação esse tipo de declaração. Foi uma declaração infeliz. Politicamente, as pessoas têm o direito de se posicionarem contrário a essa ou aquela aliança dentro do partido. Agora, a declaração foi extremamente infeliz. Quem conhece a governadora Fátima Bezerra (PT) sabe que ela não faz aquela coligação chiclete, que mastiga, mastiga e joga fora, não. Não é essa a intenção. As conversas com o MDB são bastante produtivas. Eu mesmo tenho me reunido com o presidente estadual do MDB, deputado federal Walter Alves. E a nossa intenção é colocar essa roda para girar agora neste início de ano. Na verdade, isso começou com a vinda do presidente Lula no início de setembro de 2022 e vamos dar continuidade.

Essa não foi a primeira declaração enfática de alguns membros, dirigentes e parlamentares do PT contra essa possibilidade de aliança. Isso não cria um ambiente que dificulta o diálogo que a própria governadora admite ter no Rio Grande do Norte? 

Evidentemente que dificulta. Não é nada salutar discutir com aliados e integrantes do próprio partido dar esse tipo de declaração. Agora, a liderança desse processo é da principal candidata [a governadora Fátima Bezerra]. E a posição dela é totalmente contrária a esse tipo de declaração. As orientações dadas pelo ex-presidente Lula e pela presidente nacional do partido, Gleise Hoffmann, são que a prioridade no Estado é a reeleição de Fátima. Isso significa não só a reeleição de Fátima, significa a continuidade de um projeto que tem sido colocado em funcionamento nos últimos três anos. Então, esse é o projeto, dar continuidade a isso e esse tipo de declaração, evidentemente, dificulta. Gostaríamos muito que não tivesse acontecido isso. Mas quem acompanha sempre a construção dentro do PT sabe que tem uma tradição de bastante discussão interna nas posições políticas. Fazemos a discussão interna até a exaustão e quando toma-se uma decisão, o PT tem unidade. É com isso que a gente conta, embora, nos próximos dias, a gente vai tentar conversar com as demais forças para que esse tipo de declaração, pelo menos ostensiva, dessa forma, não aconteça. É preciso ter um pouco mais de cuidado com as palavras.

As declarações da deputada estadual Isolda foram dadas ao programa PodFalar da Super TV de Mossoró na última quarta-feira (12), sabatinada pelo jornalista Saulo Vale e pelo advogado Jaílton Magalhães.

Foram várias as reações às suas palavras, com outras vozes partidárias a apoiando e pessoas do MDB a confrontando ou pedindo mais civilidade.

Vozes do MDB

Na quinta-feira (13), o deputado estadual Nelter Queiroz (MDB) revidou o linguajar da parlamentar, tratando o PT como “bandidagem” (veja AQUI).

Já nessa sexta-feira, (14), o ex-deputado federal Henrique Alves (MDB) cobrou “respeito, por favor”. Botou postagem em suas redes sociais nesse tom:

– Respeito é bom, MDB gosta, e merece!

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sábado - 15/01/2022 - 08:00h
Covid-19

Prefeitura de Mossoró vacina crianças sábado e domingo

A prefeitura de Mossoró dá início à vacinação de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos a partir deste sábado (15) no município.  Duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estarão preparadas com equipes para realizar a imunização hoje e domingo (16) das 8h às 16h, contra Covid-19.

Vacinas chegam em quantidade ainda limitada, com prioridades já definidas (Foto: Wilson Moreno)

Vacinas chegam em quantidade ainda limitada, com prioridades já definidas (Foto: Wilson Moreno)

As UBSs que estarão vacinando as crianças neste sábado (15) e no domingo (16) são as seguintes: UBS Dr. Chico Costa, localizada na Rua 6 de Janeiro, vizinho a UPA do Santo Antônio e UBS Maria Soares da Costa, localizada na Rua Dona Lourdes Monte, ao lado da UPA do bairro São Manoel.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) divulgou uma Nota Técnica onde aponta que 28.809 crianças de 5 a 11 anos devem ser vacinadas contra a Covid-19 em Mossoró. Porém esse primeiro lote de vacinas enviado para o município contém apenas 1.710 doses.

De acordo com a secretaria de Saúde, a imunização das crianças em Mossoró será realizada de forma escalonada, seguindo as orientações técnicas da Sesap. De acordo com a Nota Técnica Nº02/2022, a estratégia de vacinação inicial é que o imunizante seja destinado a crianças com comorbidades, deficiência permanente, indígenas e quilombolas e em seguida para as demais crianças desse grupo.

Fatores de risco

Segundo a Nota Técnica Nº02/2022 do Ministério da Saúde, os fatores de risco para Covid-19 grave em crianças relatados são: obesidade, diabetes tipo 2, asma, doenças cardíacas e pulmonares e doenças neurológicas, distúrbios do desenvolvimento neurológico e doenças neuromusculares.

A Secretaria de Saúde de Mossoró reforça também a importância dos pais realizarem o cadastro das crianças na plataforma RN+Vacina. O coordenador de imunizações de Mossoró Etevaldo de Lima explica que as pessoas que não conseguirem fazer o cadastro, o mesmo será feito no momento da vacinação.

Etevaldo salienta ainda a importância de levar o cartão de vacina das crianças, um documento com foto e um documento que comprove a comorbidade.

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sexta-feira - 14/01/2022 - 23:58h

Pensando bem…

“Melhoria contínua é melhor do que perfeição atrasada”.

Mark Twain

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  • Repet
sexta-feira - 14/01/2022 - 18:46h
Saúde

RN inicia vacinação infantil neste sábado (15)

Para dar início à vacinação das crianças de 5 a 11 anos, a governadora Fátima Bezerra (PT) e o secretário de Saúde Cipriano Maia estarão presentes no ato simbólico na Unidade Básica de Saúde (UBS) Amarante, em São Gonçalo do Amarante, às 9h neste sábado (15).

Na ocasião, também estarão presentes o secretário de saúde do município de São Gonçalo Jalmir Simões e a coordenadora de Vigilância em Saúde Kelly Maia.

Na manhã desta sexta-feira (14), o Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), recebeu 20.900 doses do imunizante da Pfizer específico para a vacinação das crianças nessa nova faixa etária.

Por ser um baixo quantitativo perto da quantidade estimada em aproximadamente 350 mil crianças, a orientação é que a vacinação comece por aquelas com comorbidades ou deficiência permanente. Para depois seguir escalonamento por idade crescente, iniciando com as crianças de 5 anos.

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sexta-feira - 14/01/2022 - 18:10h
Sexta-feira, 14

Após cinco sessões num único dia, CMM aprova Orçamento 2022

Esforço concentrado de bancadas permitiu aprovação da LOA hoje (Foto: Edilberto Barros)

Esforço concentrado de bancadas permitiu aprovação da LOA hoje (Foto: Edilberto Barros)

Após cinco sessões extraordinárias, nesta sexta-feira (14), o plenário da Câmara Municipal de Mossoró aprovou o Projeto de Lei do Executivo 22/2022, referente à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022.

Prevista para terça-feira (18), a votação foi antecipada para hoje, em acordo entre as bancadas. Uniu os parlamentares a necessidade de o município dispor de o orçamento deste ano aprovado, o quanto antes.

Segunda-feira (17), às 16h, o plenário lerá a redação final da LOA. Em seguida, a Câmara enviará o projeto para sanção da Prefeitura.

Normalmente, a LOA é aprovada em dezembro. Mas teve que ser ajustada para inclusão de emendas impositivas, conforme decisão judicial. Daí, o prolongamento da análise para janeiro de 2022.

Aperfeiçoamento

Estimado em R$ 851 milhões, o Orçamento recebeu outras 109 emendas. Destaque para a Saúde, para onde os vereadores remanejaram R$ 7,4 milhões. Também alocaram R$ 1,7 milhão para áreas diversas.

Cada vereador (a) remanejou R$ 400 mil em emendas impositivas. Conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), 50% dessas emendas devem ser para a Saúde. A Câmara foi além e destinou 80% para o setor.

Esforço concentrado

A Câmara aprovou a nova versão do Orçamento em 15 dias. Nas últimas duas semanas, também ajustou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA) 2022/2025.

“Parabenizo o empenho para aprovação da LOA, com rapidez”, reconhece o vereador Genilson Alves (Pros). “A garantia das emendas impositivas é um marco para Mossoró”, avalia a vereadora Marleide Cunha (PT).

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sexta-feira - 14/01/2022 - 17:48h
Prefeitura

Ex-vereador opta por sair de cargo, não conciliando com outro trabalho

Mesquita foi candidato pelo DEM em 2020, sendo o mais votado (Foto: Edilberto Barros)

Mesquita foi candidato pelo DEM em 2020, sendo o mais votado (Foto: Edilberto Barros)

Do Blog Carol Ribeiro

Dois meses após assumir a gerência da atenção básica, o ex-vereador Ozaniel Mesquita (União Brasil pediu para deixar o cargo. Segundo ele, por “falta de disponibilidade de tempo”.

O enfermeiro explica que não queria abrir mão de ocupação exercida todos os dias à tarde no Hospital Wilson Rosado. Por este motivo, não podia se dedicar exclusivamente à atenção básica na saúde municipal.

“Quero deixar claro que não houve rompimento nenhum com o prefeito. Vou continuar dando meu apoio na hora que ele precisar. Foi por opção que resolvi, por este momento, entregar o cargo”, garantiu Ozaniel ao Blog Carol Ribeiro.

Nota do Canal BCS (Blog Carlos Santos) – Ozaniel não se reelegeu em 2020, mas foi o mais votado do DEM (hoje União Brasil), partido adversário do então candidato a prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade), atual governante. Mesquita teve uma atuação relevante como vereador na legislatura passada.

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sexta-feira - 14/01/2022 - 17:30h
Sexta-feira, 14

Às 19h25 vamos estar no Cenário Político da TCM-Telecom

Última participação no programa, em agosto de 2021 Arquivo)

Última participação no programa, em agosto de 2021 Arquivo)

A gente vai estar no programa Cenário Político da TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom) – Canal 10 – nessa sexta-feira (14), para conversarmos sobre política, claro.

Programa começa às 19h25.

Prosa boa com a jornalista-âncora Carol Ribeiro, mas já lamentando a ausência do também jornalista Vonúvio Praxedes, que está em férias.

Acompanhe pelo Canal 10 da TCM, pelo App TCM10Play, ou no Site www.tcmplay.tv.br.

O telespectador pode participar enviando mensagem para: WhatsApp (84) 98802-8979, mas também tem opção de de acompanhamento pelo Facebook facebook.com/cenariopoliticotcm, Twitter twiter.com/cenariopoliticotcm ou Instagram //www.instagram.com/cenariopoliticotcm/.

Até lá.

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