O Grupo Itagrês de Santa Catarina, controlador da empresa Porcellanati Revestimentos Cerâmicos Ltda., que passou a se denominar TB Nordeste Indústria e Comercio de Revestimentos S/A (TBNE), segue retirando equipamentos de sua fábrica em Mossoró. Ao mesmo tempo, ex-trabalhadores, fornecedores, prestadores de serviço e outros credores continuam na fila para recebimento de seus direitos.
Nessa semana, carretas foram vistas e fotografadas retirando importantes estruturas da fábrica que está desativada há vários meses, após retomada precária de atividades. Balanças que pesam matéria-prima foram desmontadas para transporte. Oito silos de preparação de esmalte já foram levados embora. Fala-se ainda na possibilidade de desmonte de galpões. Em abril de 2021 ocorreu remoção (veja AQUI) de uma linha completa de forno. E, antes disso, houve denúncia de sumiço semelhante.
Há poucos dias, na segunda-feira (20), ex-trabalhadores fizeram protesto mais uma vez para que a Justiça dê solução a processos que se arrastam há vários anos (veja AQUI).
Na sexta-feira (24), houve reunião on-line de representantes do grupo com ex-funcionários, para mais uma discussão sobre pagamento de rescisões de trabalho. Nada avançou, não obstante promessas.
Com processo de recuperação judicial em andamento na Comarca de Tubarão (SC), o Grupo Itagrês tem dÃvidas desde 2014 com cerca de 250 ex-empregados. Dessa feita, cerca de 110 ex-trabalhadores também estão aguardando pagamento.
Rastro de dÃvidas e enganação – A Porcellanati começou a funcionar em dezembro de 2009, com investimento de R$ 120 milhões, sendo R$ 51 milhões da Sudene, R$ 21 milhões do Banco do Nordeste e o restante de outras fontes. Paralisou atividades em abril de 2014 e chegou a prometer que reabriria produção em janeiro de 2018 (veja AQUI). Na campanha eleitoral do mesmo ano (veja AQUI), não faltou até mesmo promessa de criação de cerca de 500 empregos. Puro engodo empresarial e polÃtico-eleitoral.
A gestão municipal atual decretou (veja AQUI) devolução do imóvel, após processo administrativo, mas judicialmente (veja AQUI) o grupo conseguiu frear decisão, com garantia de retomada de funcionamento. Abriu, parou, abriu, parou de vez e ainda arrendou estrutura para grupo pernambucano (veja AQUI).
E a Justiça, ó!
Leia também: Decisão judicial mantém Porcellanati fazendo e acontecendo.
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Pelo jeito ficará apenas a estrutura fÃsica, que descalabro!
A justiça brasileira não tem o valor de uma cédula de 3 reais. Penso assim.