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sábado - 25/03/2023 - 11:48h
Quem segura eles?

Porcellanati retira mais equipamentos e não paga ex-funcionários

O Grupo Itagrês de Santa Catarina, controlador da empresa Porcellanati Revestimentos Cerâmicos Ltda., que passou a se denominar TB Nordeste Indústria e Comercio de Revestimentos S/A (TBNE), segue retirando equipamentos de sua fábrica em Mossoró. Ao mesmo tempo, ex-trabalhadores, fornecedores, prestadores de serviço e outros credores continuam na fila para recebimento de seus direitos.

Balanças que pesam matéria-prima para uso nos moinhos são levadas (Foto: cedida por ex-trabalhador)

Balanças que pesam matéria-prima para uso nos moinhos são levadas (Foto: cedida por ex-trabalhador)

Nessa semana, carretas foram vistas e fotografadas retirando importantes estruturas da fábrica que está desativada há vários meses, após retomada precária de atividades. Balanças que pesam matéria-prima foram desmontadas para transporte. Oito silos de preparação de esmalte já foram levados embora. Fala-se ainda na possibilidade de  desmonte de galpões. Em abril de 2021 ocorreu remoção (veja AQUI) de uma linha completa de forno. E, antes disso, houve denúncia de sumiço semelhante.

Há poucos dias, na segunda-feira (20), ex-trabalhadores fizeram protesto mais uma vez para que a Justiça dê solução a processos que se arrastam há vários anos (veja AQUI).

Na sexta-feira (24), houve reunião on-line de representantes do grupo com ex-funcionários, para mais uma discussão sobre pagamento de rescisões de trabalho. Nada avançou, não obstante promessas.

Com processo de recuperação judicial em andamento na Comarca de Tubarão (SC), o Grupo Itagrês tem dívidas desde 2014 com cerca de 250 ex-empregados. Dessa feita, cerca de 110 ex-trabalhadores também estão aguardando pagamento.

Parte do maquinário foi retirada em abril deste ano, para cobrir dívida com credor; indústria foi fechada em 2014 (Fotomontagem BCS)

Um forno completo e toda linha correspondente foram retirados em abril de 2021 (Fotomontagem BCS)

Rastro de dívidas e enganação – A Porcellanati começou a funcionar em dezembro de 2009, com investimento de R$ 120 milhões, sendo R$ 51 milhões da Sudene, R$ 21 milhões do Banco do Nordeste e o restante de outras fontes. Paralisou atividades em abril de 2014 e chegou a prometer que reabriria produção em janeiro de 2018 (veja AQUI). Na campanha eleitoral do mesmo ano (veja AQUI), não faltou até mesmo promessa de criação de cerca de 500 empregos. Puro engodo empresarial e político-eleitoral.

A gestão municipal atual decretou (veja AQUI) devolução do imóvel, após processo administrativo, mas judicialmente (veja AQUI) o grupo conseguiu frear decisão, com garantia de retomada de funcionamento. Abriu, parou, abriu, parou de vez e ainda arrendou estrutura para grupo pernambucano (veja AQUI).

E a Justiça, ó!

Leia também: Decisão judicial mantém Porcellanati fazendo e acontecendo.

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Categoria(s): Gerais

Comentários

  1. Wendell Stewart da Costa Silva diz:

    Pelo jeito ficará apenas a estrutura física, que descalabro!

  2. Ronaldo diz:

    A justiça brasileira não tem o valor de uma cédula de 3 reais. Penso assim.

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