A Coligação Força do Povo atirou no próprio pé no afã de encurralar a campanha adversária da oposicionista Larissa Rosado (PSB). Puxou para dentro de seus espaço em rádio e TV, no guia eleitoral, três vereadores oposicionistas.
É uma espécie de “Cavalo de Tróia”.
A Justiça Eleitoral concedeu ontem 3 minutos cumulativos de espaços no programa da candidata a prefeito, – vereadora Cláudia Regina (DEM), aos vereadores Lahyrinho Rosado (PSB), Genivan Vale (PR) e Jório Nogueira (PSD).
No entendimento do responsável pela propaganda eleitoral, juiz José Herval Sampaio Júnior, a Força do Povo teria agido no intuito de macular a imagem dos vereadores, atribuindo a eles conceitos supostamente inverídicos quanto a projeto que tratava de reurbanização da Favela do Tranquilim.
Esse lengalenga se arrasta há vários dias, desde que o governo da prefeita de direito de Mossoró, Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, numa jogada orientada pelo marketing da campanha apresentou projeto à Câmara Municipal para suposta construção de casas populares no lugar da Favela do Tranquilim.
Os vereadores da oposição encontraram brechas que apontavam na direção de um discurso eleitoreiro. A partir daí tivemos uma sequência de episódios bizarros e da mais pura politicalha de lado a lado. O encolhe-estica não terminou ainda.
Com os ânimos relativamente serenados, é que emendas da oposição foram anexadas ao projeto original, viabilizando a construção das casas e não apenas a urbanização dessa área e de outra antiga favela no conjunto Wilson Rosado.
Em meio a esse bate-boca, o programa da candidata passou a “linchar” os vereadores e por conseguinte a chapa majoritária da oposição.
Com os minutos disponíveis à sua resposta, Jório, Genivan e Lahyrinho possuem 36 horas à apresentação desse réplica que consumirá quase 30% de um dos programas da candidata Cláudia Regina (DEM).
E a Favela do Tranquilim continua lá, mais visitada do que nunca por candidatos. Virou nossa “Faixa de Gaza”, zona de guerrilha eleitoreira de embrulhar o estômago.