O marketing do pré-candidato a senador, ex-ministro Rogério Marinho (PL), transformou ataque pejorativo atirado contra ele pelo presidenciável Lula (PT), ontem em Natal (veja AQUI), numa peça de propaganda positiva.
De um limão, Marinho tenta fazer uma limonada.
Rogério já usa em suas peças de divulgação o escárnio proferido por Lula: do limão, uma limonada (Reprodução do Canal BCS)
Em discurso no pátio da Arena das Dunas na quinta-feira (16), Lula ironizou a própria existência do ex-ministro, sua origem potiguar e o tratou por “baixinho” e “desgraçado”.
Ele agora é o “Baixinho”. Assume e assume-se satisfatoriamente, com sorriso de orelha a orelha.
O apelido depreciativo deverá se tornar um símbolo à própria campanha, para criar rápida empatia popular.
Nas redes sociais e já nas ruas, a propaganda corre solta.
É o “Mito e o Baixinho”, ou seja, Jair Bolsonaro e Rogério Marinho.
Desdém faz bem
Vale lembrar que em 2008, fazendo campanha para Fátima Bezerra à Prefeitura do Natal, Lula soltou impropérios em discursos, na direção da adversária Micarla de Sousa (PV). Foi um combustível aditivado para a ‘baixinha’ arrancar de vez à vitória, como vítima.
Na história da política, em todos os tempos, a conversão do menosprezo em peça de propaganda favorável, não é algo raro. No RN, por exemplo, os casos mais emblemáticos são os de Aluízio Alves e Geraldo Melo, que protagonizaram em 1960 e 1986 duas vitórias históricas.
Aluízio foi ridicularizado como “Cigano Feiticeiro” e seu eleitor como “gentinha”, pela campanha do adversário Dinarte Mariz. Venceu.
Geraldo foi humilhado como “Tamborete” pelo marketing de João Faustino, seu principal contendor, em face da baixa estatura. Fez da humilhação com peça do mobiliário sertanejo no maior símbolo de seu triunfo.
Enfim, não é incomum o bullying político se voltar contra quem o arremessa.
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