• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 31/10/2016 - 23:58h

Pensando bem…

“E enquanto você reza, vá fazendo.”

Provérbio Africano

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segunda-feira - 31/10/2016 - 23:54h
Câmara Municipal

Uern é defendida e vice-prefeito é de novo desdenhado

A Câmara Municipal de Mossoró realizou nesta segunda-feira (31), às 18h, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subsecção Mossoró, sessão solene em homenagem a Abolição da Escravatura no município.

O evento foi marcado por muitas homenagens, mas também pela participação do professor Lemuel Rodrigues (presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do RN-ADUERN).

Ele discursou e foi incisivo em suas palavras contra o presidente do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), desembargador Cláudio Santos (veja AQUI), que sugeriu hoje a “privatização” da Uern. Considerou esdrúxula a posição do presidente e conclamou todos à luta pró-Uern.

Luiz Carlos Martins

Também se repetiu a presença do secretário recém-nomeado para a pasta do Planejamento da Prefeitura de Mossoró, Micael Melo (PTN), como representante da municipalidade em evento da Câmara Municipal, não obstante a presença do vice-prefeito dissidente Luiz Carlos Martins (PT). Ele, a propósito, ex-integrante da Casa.

Essa situação já ocorrera à semana passada (veja AQUI).

Luiz rompeu com o prefeito Francisco José Júnior em dezembro do ano passado e Micael foi candidato a vice-prefeito na chapa (desistente) à disputa municipal deste ano, encabeçada pelo governante.

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segunda-feira - 31/10/2016 - 23:26h
Nessa terça-feira, 1º

Blog Carlos Santos estará cedinho na Difusora de Mossoró

Às 7 horas da manhã dessa terça-feira (1º de Novembro), o editor deste Blog desembarca no estúdio principal da Rádio Difusora de Mossoró (1.170khz).

Bate-papo sobre política com Carlos Cavalcante, apresentador do programa “Cidade em Debate”.

Confirmado.

Sintonize o programa ao vivo pela Web, clicando AQUI.

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segunda-feira - 31/10/2016 - 22:42h
Macau

Prefeito pede colaboração do MP para administrar com lisura

“Foi uma oportunidade para reafirmar ao Ministério Público que nós queremos fazer uma gestão séria, transparente, participativa, democrática e, acima de tudo, muito eficiente”, declarou o jornalista e prefeito eleito da cidade de Macau, Túlio Lemos, logo após a audiência com o Procurador Geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis.

Túlio aposta num trabalho construtivo do MP, com atuação de Rinaldo (Foto: cedida)

O encontro aconteceu no início da manhã desta segunda-feira, 31, na sede da Procuradoria em Natal.

Túlio lembrou que na condição de jornalista sempre foi parceiro do Ministério Público, por entender que o órgão é o guardião e defensor da sociedade. “Agora na condição de prefeito quero estreitar cada vez mais essa parceria, para que a gente possa governar Macau com seriedade e honestidade, tirando a cidade das páginas policiais para o desenvolvimento”, disse o prefeito eleito.

Túlio Lemos considerou o encontro com o Procurador de Justiça como um momento positivo para a imagem da cidade de Macau.

“Rinaldo foi muito positivo e senti o desejo do Ministério Público em colaborar com a nova gestão que se iniciará em 1º de janeiro de 2017, onde pretendemos governar em sintonia com os órgãos de controle e fiscalização da máquina pública”, concluiu o prefeito.

O histórico de gestão municipal em Macau é marcado há vários anos por infindável enredo de denúncias de corrupção, além de prisão de gestores.

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segunda-feira - 31/10/2016 - 22:28h
Denúncia

Desvio criminoso de águas afeta população do Sertão Central

Por Tárcio Araújo (Especial para o Blog Carlos Santos)

Moradores de Lajes na Região Central do Estado denunciaram desde ontem nas redes sociais a falta de abastecimento d’água em alguns bairros  da cidade  há cerca de 33 dias.

Segundo os internautas, a vazão de água da Adutora Sertão Central Cabugi não chega com a pressão necessária para suprir à demanda dos bairros localizados na parte mais alta da cidade.

Adutora Sertão Central tem desvio no Canal do Pataxó em Itajá (Foto: cedida)

Além de Lajes, outros sete municípios da região também enfrentam o mesmo problema.

Após tomar conhecimento do caso, o Secretário de  Meio Ambiente e Recursos Hídricos  do Estado, Mairton  França,  se posicionou  sobre  o assunto.

Segundo o secretário, o problema diz respeito ao “desvio de águas” no Canal do Pataxó em Itajá (Vale do Açu).  O canal sai da Barragem Armando Ribeiro em Assu e  alimenta a Adutora Sertão Central que abastece a região.

“A  Caern (Companhia de Águas e Esgotos do RN) já me assegurou que Lajes não está em colapso. Foi constatado que está havendo roubo de água no Canal do pataxó”, assinala. “Por esse motivo, a vazão que a Caern havia garantido para a adutora, por meio de bomba extra instalada no ano passado, não está mais chegando”, afirma.

Fiscalização e multa

O Secretário ainda prometeu acionar o  Instituto de Gerenciamento de Águas do Rio Grande do Norte (IGARN) para  fiscalizar e autuar os infratores.

“Vamos  encaminhar a fiscalização e multar quem está procedendo com desvio de água na região Central. Hoje, o Igarn já pode autuar e cobrar multas por atos desse tipo. Toda e qualquer captação de água, especialmente em equipamento da infraestrutura hídrica, precisa de outorga”, completa o secretário.

Segundo a Secretária de Recursos Hídricos a reserva média do Estado hoje não chega a 16% do manancial,  considerado o mais baixo da história.

Hoje o abastecimento retomou a normalidade em Lajes e outras cidades da Região. A população planejava ocupar a BR- 304, caso a situação continuasse. Mas  de acordo com o servidor público residente em Lajes, Sidney Salvador, os moradores permanecerão vigilantes:

– A gente espera que essa fiscalização aconteça e que não seja só uma ação paliativa por poucos dias. Estaremos atentos.

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segunda-feira - 31/10/2016 - 15:56h
Reação

Privatização é “proposta mirabolante”, afirma Uern

Atraves de Nota Oficial, a Universidade do Estado do RN (UERN) dá sua posição em relação à sugestão do presidente do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), desembargador Cláudio Santos, de “privatização” (veja AQUI) dessa instituição.

Veja abaixo

NOTA – A UERN É O ESTADO VIVO

É com espanto e indignação que a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN toma conhecimento da declaração do presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte – TJRN, desembargador Cláudio Santos, durante entrevista ao RNTV 1ª edição desta data, sugerindo a privatização da UERN. A “proposta”, num improviso gerencial, não tem lastro jurídico, social nem econômico.
A UERN é um órgão estadual, criado por lei, que há mais de 48 anos vem formando pessoas nas mais diversas áreas do conhecimento, com ênfase nos profissionais para a educação básica, tanto na graduação quanto na pós-graduação.

A Universidade implementou diversas medidas para adequação de suas despesas à realidade orçamentária e financeira estadual, dentre as quais a implementação do teto salarial, racionalização de alugueis, descontinuidade de oferta de cursos em Núcleos Avançados de Ensino Superior, revisão de contratos, além de focar na captação de recursos fora do Erário Estadual, tais como convênios com a União e Entidades de Fomento.

Sugerir, por outro lado, que o Estado conceda bolsas de até R$ 1.500,00 para cada aluno, como opção ao enfrentamento do “custo” de R$ 20 milhões por mês, sem mencionar ou conhecer que a UERN conta com mais de 15 mil alunos, é um despropósito financeiro, dado que o montante ultrapassaria R$ 22,5 milhões, muito além do suposto “gasto” com a Instituição.

Nos momentos de crise, como a que ora atravessa o Rio Grande do Norte, os esforços das melhores inteligências do Estado deveriam se unir para formular soluções duradouras e viáveis para o desenvolvimento da região, e não apontar propostas mirabolantes, que apenas mascaram os graves problemas de distribuição dos recursos públicos entre os diversos Poderes e Órgãos do Estado.

PEDRO FERNANDES RIBEIRO NETO – REITOR

ALDO GONDIM FERNANDES – VICE-REITOR

COMUNIDADE ACADÊMICA

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segunda-feira - 31/10/2016 - 12:28h
Presidente do TJ

Cláudio S. propõe privatizar Uern e dar empréstimo a Governo

Em entrevista na InterTV Cabugi agora à tarde, no programa RNTV 1ª Edição, o presidente do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), Cláudio Santos, prometeu diligenciar empréstimo de R$ 100 milhões desse poder ao Executivo. “Vamos ajudar o Governo do Estado”.

Cláudio critica Governo Robinson e quer vigilância em recursos que podem ser emprestados (Foto: Tribuna do Norte)

Avisou que trabalhará o apoio a essa sua pretensão no âmbito do TJRN, acreditando na sensibilidade dos demais desembargadores. Mas ponderou:

Não do jeito que eles querem! (em referência ao Governo Robinson Faria-PSD).

Segundo o desembargador Cláudio Santos, a prioridade é garantir recursos para o Hospital Walfredo Gurgel (HWG), Hospital Maria Alice, com compra de insumos, reabertura Hospital da Mulher Parteira Maria Correia e diárias operacionais para a Polícia.

A semana passada, Cláudio Santos participou de reunião com o Governo, Assembleia Legislativa e outros órgãos e poderes independentes, buscando solução para atenuar crise financeira do Estado. Cobrou mais clareza de números e prioridades do Governo Robinson Faria.

Privatização da Uern

Disse que vai procurar o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), para “acompanhar a aplicação desse dinheiro”. E emendou: “Se não o governo não vai fazer sua parte, o que não fez até agora”.

Ele também defendeu uma ideia polêmica. Sugeriu que o Governo do Estado se livre da Universidade do Estado do RN (UERN). “Por que não privatiza a Universidade Estadual e economia 20 milhões por  mês?” – indagou.

Em seguida, ele completou seu argumento-resposta: “Estado não tem obrigação de ter universidade, tem obrigação de ter ensino médio.”

O desembargador disse que a Uern custa em torno de R$ 20 milhões/mês para o Estado e pode ser feita uma acomodação, para que o Estado garanta financiamento para estudantes carentes (bolsas), reduzindo esse seu custo final com o ensino superior e mantendo política social da instituição.

Economia no TJRN

“Os recursos que o Tribunal dispõe hoje é porque, eles foram economizados”, acrescentou.

“Reduzimos a despesa mensal com pessoal no TJRN, de 2014 para 2015, de R$ 55 milhões para R$ 42 milhões”, reforçou Cláudio Santos. Em comparação, segundo o presidente do TJ, o Executivo aumentou suas despesas neste segmento em 25%.

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segunda-feira - 31/10/2016 - 12:14h
Números

PT perdeu sete de cada dez votos obtidos em 2012

Do Congresso em Foco

Além de ter o seu pior desempenho em capitais desde 1985, com apenas um prefeito eleito, e de eleger pouco mais de 250 prefeitos em 2016, o PT perdeu sete de cada dez votos que conquistou em 2012. Em meio à maior crise de sua história, o partido dos ex-presidentes Lula e Dilma somou 7.602.958 votos nos dois turnos da eleição para prefeito.

Quase 70% a menos do que os 24.261.376 obtidos ao final da disputa de 2012. O desaparecimento desses votos resultou na perda da prefeitura de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, de capitais importantes e de grandes cidades em regiões onde a sigla acumulava bons resultados, como o Nordeste e o ABC Paulista.

O partido despencou do primeiro lugar em número de votos para a sexta colocação. A queda do PT coincide com o desgaste provocado pelo agravamento da crise econômica, por denúncias de corrupção contra lideranças petistas, os desdobramentos da Operação Lava Jato e o impeachment de Dilma.

Dilma e Lula aparecem como alvos principais de uma derrota eleitoral acachapante em 2016 (Foto: Roberto Stuckert Filho)

Principal adversário do PT nas últimas duas décadas, o PSDB viu sua votação crescer 11% em quatro anos: saltou de 19.523.898 para 21.733.680. Vice em 2012, foi a mais votada entre todas as siglas em 2016. A legenda vai comandar 24% do eleitorado do país, sete das 26 capitais estaduais, inclusive a paulista, e cidades onde não tinha tradição, como Porto Alegre e São Bernardo do Campo (SP), onde mora o ex-presidente Lula.

Embora tenha sido o partido que mais conquistou prefeituras este ano, a exemplo de 2012, o PMDB, do presidente Michel Temer, perdeu 1.421.667 votos de uma eleição para outra, queda de 7,6%. Ainda assim, os peemedebistas passaram do terceiro para o segundo lugar no ranking de votos conquistados.

Também superaram o PT em número de votos este ano, somados os dois turnos, o PSB, o PSD e o PDT. Os pedetistas foram os únicos da base de apoio de Dilma a ver sua votação crescer: de 7.783.559, há quatro anos, para 8.045.545 agora.

Confira a votação de cada partido a prefeito, em 2012 e 2016, ao final dos dois turnos:

Partido 2012 2016
PSDB 19.523.898 21.733.680
PMDB 18.654.619 17.232.952
PSB 10.357.846 10.283.810
PSD 6.543.039 9.165.019
PDT 7.783.559 8.045.545
PT 24.261.376 7.602.958
PRB 2.672.710 6.160.331
PR 4.231.135 6.092.206
PP 6.131.268 5.891.565
DEM 5.358.556 5.392.747
PTB 4.418.281 3.873.299
Psol 2.826.021 3.752.445
PPS 2.792.847 3.471.471
PV 2.370.199 2.095.621
PCdoB 2.671.328 1.996.308
PSC 2.073.321 1.766.736
SD 1.680.358
PHS 315.515 1.573.832
PMN 564.895 1.502.824
Rede 1.310.607
PTN 347.914 1.100.636
Pros 689.958
PSL 287.112 487.592
PMB 370.125
PEN 286.493
PTC 688.184 268.155
PTdoB 294.938 267.680
PSDC 227.149 211.648
PRTB 402.044 162.215
PPL 146.686 158.650
PSTU 176.336 77.952
Novo 38.512
PCB 45.119 24.501
PCO 4.284 5.689
Total 126.172.191  

124.776.136

 

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segunda-feira - 31/10/2016 - 11:24h
Pedido de exoneração

Jório Nogueira toma decisão em relação a assessores

Os assessores da Presidência da Câmara Municipal de Mossoró que pediram exoneração à semana passada, procurador Kennedy Salvador e assessor especial Licanor Salvador, terão destinos diferentes sob a caneta do presidente Jório Nogueira (PSD). Ele vai manter Kennedy e aceitar a solicitação de Licanor Salvador.

A informação é passada ao Blog pela Assessoria de Imprensa da Casa.

“Os dois não veem nepotismo no caso, como alegado pelo Ministério Público, pois entendem que não são subordinados, que ocupam, na estrutura organizacional da Câmara, cargo com natureza semelhante ao de secretário municipal, mas resolveram pedir exoneração para não criar uma demanda judicial”, justifica a Assessoria de Imprensa.

Conversa

Após conversar com ambos, Jório tomou a decisão de manter o procurador Kennedy Salvador.

“Eles deixaram o presidente à vontade, até para manterem coerência em relação ao cumprimento que a atual gestão adota em relação às recomendações de órgãos de fiscalização, como no caso do TCE (Tribunal de Contas do Estado) quando ao corte da verba indenizatória”, acrescentou a mesma fonte.

À semana passada, Licanor e Kennedy Salvador emitiram nota conjunta anunciando o pedido de exoneração e posicionando-se tecnicamente em relação à recomendação do MP (veja AQUI).

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segunda-feira - 31/10/2016 - 11:12h
Natal

Agência do BB vai pelos ares outra vez em 30 dias

Do Blog de Heitor Gregório

Na madrugada desta segunda-feira (31), criminosos explodiram pela 2ª vez em 30 dias a agência do Banco do Brasil na Avenida Capitão Mor Gouveia, em Natal.

De acordo com informações da Política Militar, o crime ocorreu por volta das 02h da madrugada.

Um veículo tipo Corolla, possivelmente utilizado na ação, foi encontrado no bairro de Nova Cidade, sem placa e com cédulas de dinheiro.

Nota do Blog – Nem Natal e cercanias – mesmo com maior estrutura de segurança – conseguem reduzir a força dos marginais.

Imagine você, caro webleitor, o que ocorre da Reta Tabajara para cá.

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segunda-feira - 31/10/2016 - 10:50h
Hoje

Vereadores realizam sessão solene em auditório da OAB

A Câmara Municipal de Mossoró realiza, nesta segunda-feira (31), às 18h, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subsecção Mossoró, sessão solene em homenagem a Abolição da Escravatura no município.

Realizada anualmente, no final de setembro, a sessão aconteceria no último dia 29 do mês passado, mas foi adiada em respeito ao calendário eleitoral, num consenso entre todos os vereadores.

Durante a solenidade, o Poder Legislativo homenageará, com a entrega de medalhas de Honra ao Mérito e Título de Cidadania Mossoroense, cerca de cinquenta pessoas e instituições, em reconhecimento a serviços prestado a Mossoró.

Com informações da Câmara Municipal de Mossoró.

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segunda-feira - 31/10/2016 - 09:38h
Eleições 2016

Urnas derrotam PT e exigem atenção redobrada dos vencedores

Quando as urnas falam, a gente se cala” (Leonel Brizola)

“O PT é o partido que sofreu a maior derrota nessas eleições”. A assertiva foi disparada por alguém muito credenciado para falar sobre política, eleições e o próprio PT.

Foi emitida pelo médico e deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), em entrevista madura ao canal Band News, à noite desse domingo (30).

De fato, os números são incontestáveis e duros ao final dos dois turnos das eleições 2016 no país. O PT tinha 638 Prefeituras espalhadas pelo Brasil antes dos pleitos. Termina com 234, inclusive sem nenhuma no ABCD paulista, onde nasceu.

O PT encolheu também nas câmaras municipais (veja AQUI desempenho de todos os partidos no país). O partido teve perda percentual de 45,8%: foram 5.185 parlamentares eleitos em 2012 e em 2016 caiu para 2.808.

O momento é de freio de arrumação, autocrítica, repensar o que fez de certo e bobagens. Ver o futuro. Parar de se sustentar no surrado discurso maniqueísta e marxista de direita contra esquerda, de transferir culpa “à mídia golpista”, do “Fora, Temer” (reprovado nas urnas) etc.

Euforia e salvo-conduto

Aos vencedores cabe a euforia da vitória, mas ninguém ganhou salvo-conduto para repetir ou alargar os erros do petismo e seus colegas de poder em mais de 13 anos de aboletados no Planalto e Esplanada dos Ministérios. O voto é um ativo muito volátil (veja AQUI).

É muito simplista, inocente mesmo, se avaliar que houve vitória de direita contra a esquerda nas eleições. Ou Atlético x Cruzeiro em Belô, onde Alexandre Kalil (PHS), ex-presidente do Atlético Mineiro, superou adversários e derrotou forças políticas tradicionais, como do senador Aécio Neves (PSDB).

Eleitor segue movimento pendular. Tenta se situar avaliando seu bolso e valores morais dos políticos, por exemplo. Votou no que considerou menos ruim e pronto.

Outra multidão, desencantada, preferiu se abster ou votar branco ou nulo. Em sua visão, tudo não passa de “farinha do mesmo saco”. Puro lixo. Nunca tivemos tantos votos com essas configurações como nas eleições de 2016. Exemplo: Rio de Janeiro.

As abstenções na Cidade Maravilhosa superaram a votação do segundo colocado, Marcelo Freixo (PSOL). Ele empalmou 1.163.662 (40,64%) e 1.314.950 (26,85%) foram os eleitores que não compareceram às urnas.

A soma de Brancos + nulos + abstenções totalizou 2.034.352 de votos. O eleito, senador Marcelo Crivella (PRB), amealhou 1.700.030 (59,36% dos votos válidos).

Há um desalento com a política e com a classe política. Isso é nítido demais. A repulsa popular mais notória é ao PT, grande perdedor – como bem definiu o deputado Chinaglia, mas os grandes vencedores que se cuidem. O próprio PT está acanhado, camuflando sua identidade como se fosse um pária partidário.

Na campanha eleitoral deste ano, vários candidatos do PT dissimularam símbolos como a cor vermelha e a estrela solitária (veja AQUI), temendo maiores prejuízos eleitorais.

Daqui a dois anos, teremos o primeiro teste com os eleitos de 2016, com os partidos vitoriosos deste ano. Serão feitas eleições para deputado estadual, deputado federal, governador e presidente da República.

O movimento pendular poderá continuar fazendo estragos. O PT foi “executado” em 2016. Mas amanhã poderão ser outros partidos e personagens. Os próximos meses e anos formatarão a vontade popular.

Vejo assim.

* Veja também: PMDB elege maior número de prefeitos e vereadores no primeiro turno (AQUI);

* Veja também: Todos os votos do primeiro turno no país – para prefeito e vereador (AQUI);

* Veja também: Todos os eleitos nas capitais no 2º Turno e o perfil de cada um (AQUI);

* Veja também: Apuração para prefeito no 2º Turno em todos os 57 municípios que tiveram o pleito (AQUI).

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domingo - 30/10/2016 - 23:56h

Pensando bem…

“Causam menos danos cem delinquentes do que um mau juiz.”

Francisco de Quevedo

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domingo - 30/10/2016 - 19:40h
O menos ruim

A dolorosa escolha do eleitor diante da “Benzetacil”

Veja abaixo a intervenção interessante da webleitora Naide Rosado, que denomina esta página sabiamente de “Nosso Blog“, sobre o dilema do eleitor do Rio de Janeiro-RJ nas eleições de hoje entre Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) à Prefeitura.

Ela dialoga com dois de nossos articulistas – Honório de Medeiros (veja AQUI) e François Silvestre (veja AQUI) – que assinaram artigos interessantes sobre política, poder, retórica, eleições e gestão pública:

– Domingo da sabedoria. Sensacional, Prof. Honório de Medeiros. Hoje, votei sem ser persuadida ou seduzida ou por escolha definida. Votei no “menos ruim”, segundo meus critérios. E, como relatei em François Silvestre, cumpriu-se o que li na Internet :

– O eleitor do Rio de Janeiro tem como escolha, em qual parte das nádegas receberá uma injeção de Benzetacil.”

* Para quem não sabe, a tal da Benzetacil é um antibiótico que deixa a ‘vítima’ dolorida por dias. Como maltrata.

Eu a conheci há muitos anos.

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domingo - 30/10/2016 - 19:16h
Hoje

Veja os eleitos nas 18 capitais com eleições no 2º Turno

Da revista IstoÉ

Os resultados do segundo turno já são conhecidos nas 18 capitais do país onde houve votação. Ao todo, segundo turno ocorreu em 57 municípios. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as eleições envolveram cerca de 32,9 milhões de eleitores.

Virgilio, Crivella e Kalil foram eleitos neste domingo em Manaus, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (Foto: IstoÉ)

Aqueles que não puderam comparecer às urnas e não justificaram o voto hoje (30), podem preencher o Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição) e entregá-lo em qualquer cartório eleitoral ou enviá-lo, por via postal, ao juiz da zona eleitoral na qual é inscrito até 60 dias após cada turno da votação, acompanhado da documentação comprobatória da impossibilidade de comparecimento ao pleito.

O prazo para que isso seja feito é até 1º de dezembro, com relação ao primeiro turno;e, até 29 de dezembro de 2016, com relação ao segundo turno.

Gilmar Mendes

Depois de acompanhar o começo da apuração de votos do segundo turno na sede do TSE, o presidente da corte, Gilmar Mendes, disse que a eleição “transcorreu em clima de paz e normalidade” mesmo nos municípios que precisaram de reforço de segurança, como São Luís, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

O TSE registrou mais de 300 ocorrências e mais de 80 prisões durante o período de votação. Na maioria dos casos, a Justiça Eleitoral flagrou cabos eleitorais fazendo propaganda para candidatos, a tradicional boca de urna. De acordo com os dados, nenhum candidato foi preso.

Confira os prefeitos eleitos nas capitais no segundo turno:

Aracaju: Edvaldo Nogueira (PCdoB)

Belém: Zenaldo Coutinho (PSDB)

Belo Horizonte: Kalil (PHS)

Campo Grande: Marquinhos Trad (PSD)

Cuiabá: Emanuel Pinheiro (PMDB)

Curitiba: Rafael Grega (PMN)

Florianópolis: Gean Loureiro (PMDB)

Fortaleza: Roberto Cláudio (PDT)

Goiânia: Iris Rezende (PMDB)

Macapá: Clécio (Rede)

Maceió: Rui Palmeira (PSDB)

Manaus: Artur Virgilho Neto (PSDB)

Porto Alegre: Nelson Marchezan Junior (PSDB)

Porto Velho: Dr. Hildon (PSDB)

Recife: Geraldo Julio (PSB)

Rio de Janeiro: Crivella (PRB)

São Luís: Edivaldo Holanda Júnior (PDT)

Vitória: Luciano (PPS).

* Clicando no link de cada nome você tem detalhes sobre candidato e sua vitória.

Veja como foi o 1º Turno das eleições nas capitais este ano, clicando AQUI.

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domingo - 30/10/2016 - 16:00h
Mossoró

Prestação de contas pode complicar diplomação e posse

A prestação de contas poderá causar embaraços a determinados eleitos à Câmara Municipal de Mossoró.

Diplomação e posse em compasso de espera.

É bom não duvidarmos, inclusive, que resulte em perda de mandato – conquistado nas urnas – desse ou daquele “novato”.

Nada mais posso adiantar, apesar da vontade.

Ouvido ao chão como bom índio Sioux, Cherokee, Cheyenne, Navajo, Apache ou Comanche.

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domingo - 30/10/2016 - 14:32h

Aterro Sanitário tem enredo estranho e números milionários

Por Carlos Duarte

A matéria especial do Blog Carlos Santos, publicada no decorrer da semana passada (“Aterro Sanitário é ameaça à saúde, à natureza e à economia” Veja AQUI), que aborda diversos problemas, envolvendo o Aterro Sanitário Municipal de Mossoró, nos remete a esclarecimentos adicionais que podem embasar, ainda mais, o debate.

A licitação suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), a pedido do Ministério Público de Contas, no último dia 25, acabou revelando números expressivos da contratação para varrição, conservação de vias e espaços públicos, coleta e destinação final dos Resíduos Sólidos (RS) urbanos de Mossoró.

O custo dos serviços poderia chegar a R$ 150 milhões, no período de três anos. Assim sendo, o preço da tonelada do RS sairia por R$ 925,92, o que estaria fora de quaisquer parâmetros conhecidos.

Não é nenhum exagero dizer-se que o “Aterro Sanitário” de Mossoró virou mesmo um ‘Lixão Controlado’. O incrível é que tudo isso acontece, há anos, sob os olhares complacentes das autoridades competentes, sabe-se lá a razão. O município pode, sim, terceirizar – parcial ou integralmente – a prestação de serviço público relativo aos RS, exceto a sua fiscalização.

O que não se consegue entender é que, desde 2005, a empresa Sanepav Saneamento Ambiental Ltda.(originária de Barueri-SP) tenha sempre atuado sozinha nesta atividade, em Mossoró, inserida através de uma licitação duvidosa, à época. Até o início de 2016, sempre à vontade, a Sanepav faturou valores bem acima do mercado, em seu nível de segmento, promovendo grave degradação do Aterro Sanitário – agravado, agora, pela atual gestão da Vale Norte.

O Jornal Página Certa (extinto em 2010), em várias ocasiões alertou e provocou as autoridades competentes para o problema. Tudo em vão. Ninguém deu importância ao assunto e somente agora o TCE, através do Ministério Público de Contas enxergou o problema, apenas financeiro, diga-se de passagem. E o problema ambiental, econômico e suas sequelas?

Sequer funcionaram os princípios básicos do direito ambiental da Prevenção/Precaução.

A disposição de resíduos em desacordo com a lei é crime ambiental, mas parece que no Rio Grande do Norte isso só funciona mesmo em situações circunstancias e a quem interessar possa…

Por ocasião da ativação do Aterro Sanitário de Mossoró, em 2007, foi divulgado na imprensa que a 4ª Promotoria de Justiça, da Comarca de Mossoró, havia formalizado um TAC com a Prefeitura Municipal de Mossoró para desativação e remediação da área do Lixão de Mossoró e adjacências. Nunca foi cumprido um item sequer e o suposto TAC ficou no esquecimento.

Até hoje, a área do antigo lixão – circundado por uma lagoa de estabilização da Caern, que lança efluentes não tratados diretamente no rio Mossoró, fora dos parâmetros físico-químicos e de ecotoxicidade  – continua recebendo resíduos de construção civil, galhos de podas, pneus, resíduos orgânicos, metais pesados, em meio a urubus, porcos e outros animais.

Resumindo: Continuamos com o passivo ambiental do antigo lixão e ainda ganhamos outro passivo ambiental do novo Aterro/Lixão.

Embora os países emergentes e de primeiro mundo estejam abolindo os aterros sanitários, com a política de ‘aterro zero’, com metas que deverão ir até 2020, o País de Mossoró e o Brasil não conseguem fazer funcionar o básico de sua Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

É lamentável que isso ocorra, mas é igualmente oportuno alertar às autoridades competentes, que fiscalizam a gestão pública do município de Mossoró, que procurem separar as licitações pertinentes ao lixo urbano de acordo com as suas especificidades: coleta, transporte, e destinação final.

Aterro de Mossoró é na verdade um "lixão" (Foto: Blog Carlos Santos)

O Aterro Sanitário, por exemplo, enquadra-se como construção com fornecimento de serviços de longo prazo. Portanto, deve ser incluído nos planos e orçamentos do setor público, inclusive, os gastos com as obras de encerramento e pós-encerramento, os quais perduram “sem receita”, por um período mínimo de 20 anos, muitas vezes, até mais que a vida útil do aterro.

Essas etapas do ciclo de vida do aterro não estão sendo consideradas nas licitações e nem no provimento público. As empresas terceirizadas por licitações públicas, neste caso, devem assumir solidariamente o risco e o passivo ambiental e, não apenas, o custo da operação, durante o seu período de sua contratação milionária.

A sociedade mossoroense, que paga um dos preços mais caros do Brasil em gerenciamento de resíduos, não pode arcar sozinha com o ônus do passivo ambiental, durante outros 20 anos. Em tempos de crise e de contenção de gastos é oportuno conter essa sangria camuflada.

Existem atualmente diversas modalidades de Parcerias Públicas Privadas (PPP), com agregações de valores, através de gerações de energias por pirólise, coprocessamento, compostagem, plasma, entre outros meios que, através de multitecnologias integradas de última geração, podem resultar em ganhos financeiros para o município e benefícios para o meio ambiente, além de propiciar uma melhor política de limpeza urbana com a gestão racional do lixo urbano.

A licitação que a Prefeitura de Mossoró no Governo Francisco José Júnior (PSD) tenta fazer a toque de caixa, em valores espantosos, atenta contra os interesses do erário, da natureza e da saúde pública – como a postagem especial deste Blog denunciou. Os órgãos fiscalizadores, que às vezes se prendem a certas picuinhas e problemas menores, dirão a seguir se são cúmplices – por omissão – ou não disso tudo.

SECOS E MOLHADOS

Faz-de-conta – Enquanto o governo Michel Temer prepara o seu kit de sobrevivência, com a aprovação da PEC 241, o legislativo mossoroense “discute” o Projeto de Lei que dispõe sobre o Orçamento Geral do Município para o exercício de 2017. Mais uma peça de ficção, no faz-de-conta do ‘País de Mossoró’.

Ladeira abaixo – O governo Robinson Faria (PSD) continua sem ter o que mostrar e, até agora, não conseguiu dizer a que veio. Sua principal prioridade de gestão, a segurança pública, aparece entre com o RN entre os três estados mais violentos do Brasil (46,8 assassinatos para cada grupo de 100 mil pessoas). E o que está ruim poderá ficar ainda pior. Isso é o que aponta o cenário.

Plano Adiado – O ex-deputado federal e ex-ministro Henrique Alves (PMDB) e seu parceiro ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), viraram réus em outra derivação da Operação Lava Jato (veja AQUI) por esquema milionário na Caixa Econômica Federal (CEF). Os dois são acusados de cobrarem propinas de empresas para liberação de investimentos do FGTS. Essas e outras ações da Lava Jato, que ainda estão por vir, irão alterar os planos dos caciques do RN para 2018. Seus efeitos irão também reverberar em Mossoró. É só aguardar para vê-los.

Senai – Instituto SENAI de Tecnologias em Petróleo e Gás em Mossoró, inaugurado na última sexta-feira (28), é um investimento de suma importância para pesquisa, formação profissional e assessoramento no plano da economia regional. O equipamento precisa ser bem divulgado e aproveitado ao máximo.

Carlos Duarte é economista, consultor Ambiental e de Negócios, além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa

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domingo - 30/10/2016 - 10:22h

Realidade versus retórica

Por François Silvestre

O atual governo é continuação. Monótona repetição de uma década, sem criatividade e vazio retórico. Do segundo governo Wilma e do governo Rosalba, que Robinson jurou não continuar“.

Quando estive na Secretaria de Planejamento, recebi uma vasta explicação sobre o programa de implantação de uma prática estratégica de governabilidade. O Secretário e sua equipe inovadora fizeram uma apresentação retoricamente impecável. Tudo com vistas à colheita de reconhecimento futuro.

Na época, não contestei. Deixei que o futuro respondesse, torcendo pelo o sucesso da retórica.

Num certo momento, o Secretário sentenciou, com muita ênfase: “Foi o discurso de um governo técnico que ganhou a eleição”.

Ouvi calado para cumprir uma regra da hospitalidade sertaneja. Quando o dono da casa pede a opinião do visitante, acata a resposta mesmo que dela discorde. Porém, quando a opinião é expressa pelo dono da casa o visitante há de retribuir com a mesma gentileza.

Silenciei, cumprindo a regra não escrita da terra e da gente de onde venho. Deste sertão profundo, cujos galhos da jitirana, a se enfronharem, refazem de infância meus olhos de criança.

Incomodou-me o gentil silêncio. Por quê? Porque o interesse histórico, que é também interesse público, obrigou-me a questionar o que se revelou retórica do entusiasmo. Ainda mais a tratar-se da história política daqui. Dessa terra que carrego no matulão para qualquer lugar aonde me leve o destino de retirante.

Não, meu caro, não foi discurso técnico que elegeu Robinson. Foi um conjunto de fatores tão marcadamente convergentes, que o discurso fica na rabeira da fila. Essa promessa técnica não ganhou a eleição nem se revelou competente no governo.

A vitória de Robinson nada deve à retórica. Foi rejeição popular ao fantástico acerto de cúpula que ignorou completamente a memória coletiva. Desmentindo outra falácia técnica, de que o povo não tem memória.

Um candidato sem máculas, simples, de comunicação fácil, contra um agrupamento de “aliados” que durante três décadas trocaram acusações e insultos. O povo reprovou o ajuntamento “heterogêneo”.

Disse o Secretário que “o tempo era outro”. Retórica do vazio. Aí estão os fatos. Este texto não inova, republico as mesmas razões, pela atualidade e comprovação de que a retórica não faz a realidade. É o inverso. A realidade desmente a retórica.

Mudança é a mais prostituída palavra de cada governo.  Na hora da disputa do voto, os técnicos são dispensáveis. E a mudança decantada é a de “que tudo mude pra que fique tudo do mesmo jeito”. Da lição de Lampedusa.

O que mudou? Absolutamente nada.

O atual governo é continuação. Monótona repetição de uma década, sem criatividade e vazio retórico. Do segundo governo Wilma e do governo Rosalba, que Robinson jurou não continuar.

A beleza virtual do quadro prometido, numa tela enorme, queda-se vencida pela realidade mal enfrentada.

E todos nós pagamos por mais uma retórica abatida em pleno voo.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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domingo - 30/10/2016 - 09:38h

Pobre Égua, Pai D’Égua e Filho de uma Égua (filosofia matuta)

Por Marcos Pinto

Certa vez, encontrei-me com um amigo cearense, residente em terras Tocantinenses, e que, no decorrer de nossa animada conversa, lamentamos a triste situação vivida pelas pessoas humildes, de completa pobreza franciscana.

Observei-lhe que a maioria é composta por pessoas resignadas e cheias de fé. De bate-pronto, ele me fez uma interessante observação, afirmando que existiam três tipos de pobres.

Pegando a deixa e, para satisfazer a minha curiosidade de matuto aruá de pé-de-serra, perguntei-lhe como esses pobres eram popularmente conhecidos. Sem pestanejar, respondeu-me:

– Existe o Pobre Égua, o Pai d’Égua e o fi duma Égua!.

Como o sertanejo é afeito em alongar conversas desse feitio, pedi-lhe que me explicasse como seria cada tipo desse, e, mais uma vez, sem sequer bater os olhos e mudar o rumo do olhar sobre a venta, explicou-me:

– Véio, o Pobre Égua é aquele besta, que não se valoriza nem valoriza a profissão que segue.

E continuou:

– Por exemplo, sendo pedreiro e uma pessoa contrata os serviços dele para fazer uma calçada, e pergunta-lhe por quanto ele fará dita calçada ele responde com humildade de cachorro vira-latas – “Qualquer coisa que me der tá bom pra mim !”.

Demonstrando grande prazer na descrição, fez questão de enaltecer a condição do pobre Pai d´Égua, nos seguintes termos:

– Agora esse eu dou valor e sou um deles! – e sabe porquê?

– Porque esse se valoriza como gente e como profissional. E como já “tamo” falando na profissão de pedreiro, quando lhe perguntam por quanto ele fará uma calçada ele já responde em cima da bucha:

– Só faço por tanto ! e se não quiser por esse preço vá procurar outro!.

Olhando para minha pessoa, já com ares de despedida, sapecou-me na cara:

– E quer saber do último tipo de pobre, que é o fi duma égua ?.

– É o pior tipo que tem, pois ele “tando” bem, o resto que se lasque ! Pode ser o pai dele, a mãe ou um irmão. Ele num tá nem aí. Ele “tando” bem, n-um tá nem aí para os outros.

Dito isto, já foi saindo, sem sequer se despedir dos que presenciaram tão interessante e inteligente filosofia matuta.

Marcos Pinto é advogado e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 30/10/2016 - 08:10h
Talvacy Chaves na Itália

Padre da Diocese de Mossoró relata inquietação com terremotos

Após desembarcar em Roma (Itália) no início deste mês para nova fase de estudos na Universidade Pontificia Salesiana, o padre Talvacy Chaves (pároco da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, da Diocese de Mossoró, natural de Venha Ver-RN) foi surpreendido hoje por novo terremoto.

O primeiro incidente sísmico já ocorrera dia 26 último. “Em Roma agora, senti minha mesa se mexendo, sensação arrepiante. Esperamos que seja apenas pra testar o coração. Dio mio (Deus meu)”, relatou ele àquele dia.

Fotos de padre Talvacy mostram situação após novos abalos na Itália neste domingo

Neste domingo, ele descreve a inquietação decorrente do novo fenômeno, com texto e fotos postados nas redes sociais. Pronto para o doutorado em Comunicação Social, parece ainda por se acostumar com a terra se mexendo sob seus pés. Leia:

Outro terremoto na Itália.

Foi o maior da minha vida, acima de 6 graus de magnitude. Nas proximidades do terremoto, catedral (foto abaixo) e casas destruídas.

O terremoto me acordou quando comecei a sentir a cama se balançando, como se eu estivesse deitado em uma rede.

Talvacy: apreensão (Foto: arquivo)

Uma sensação apocalíptica.

Eu estava começando a me recuperar do medo do primeiro que senti semana passada, vem outro terremoto muito maior.

Sinceramente, ainda não me acostumei a viver num lugar que a terra geme frequentemente. Sem palavras.

Com o sentimento de impotência diante do fenômeno, resta-nos rezar e estarmos em solidariedade com quem perde tudo e até a própria vida.

Talvacy Chaves.

Saiba mais informações sobre esse terremoto clicando AQUI.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

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Categoria(s): Gerais
  • Repet
domingo - 30/10/2016 - 07:24h

Retórica, técnica de obtenção e manutenção do poder

Por Honório de Medeiros

Na verdade a Retórica é uma técnica de obtenção e manutenção do Poder. Muito além de uma técnica de persuasão, como propõem alguns teóricos.

A persuasão é, apenas, um dos instrumentos da Retórica, tal como a manipulação ou a sedução. Embora se costume dizer que a Retórica seja uma técnica de persuasão, de convencimento, ela é muito mais que isso.

Pressupõe a existência, em polos distintos, de alguém a almejar que o Outro faça ou deixe de fazer algo, e a existência desse Outro.

Há uma tentativa de circunscrever a Retórica ao espaço da persuasão, quando a vontade do Outro cede, por vontade própria, posto que convencido, à vontade do persuasor.

Nada menos verdadeiro: na tentativa de persuasão do Outro, por mais ética que tenha sido, uma vez que ocorra, a vontade do persuasor se impôs à do persuadido alterando sua percepção das coisas e dos fenômenos.

Como a ninguém é dada a primazia de saber o que é certo ou errado, se o Outro é persuadido sem que sua percepção das coisas ou fenômenos tenha ocorrido por si mesma, sem interferência externa, então temos, mesmo se inconsciente, uma imposição de vontade.

Evidente que no mundo das verdades da ciência não se há de falar em persuasão: aqui a demonstração lógica se impõe por si mesma. Nessa perspectiva da persuasão a ocultação inconsciente da intenção da imposição da vontade do persuasor pressupõe, na maioria das vezes, uma crença, a fé nos próprios desígnios de quem persuade.

Mas nem sempre é assim.

Aquele que tenta persuadir não raro o faz deliberadamente, querendo influenciar o Outro a modificar sua vontade, mesmo respeitando regras éticas no que diz respeito ao seu procedimento, tentando evitar a manipulação. O persuasor pensa: “quero persuadir, não manipular”.

Em tese, seria esse um dos alicerces da Democracia. A manipulação, por sua vez, é “la bête noire” da Retórica. Aqui não há limite ético quanto à intenção da alteração da vontade do Outro.

Assim ocorre, também, no que diz respeito à sedução.

Qual a diferença entre manipulação e sedução? Sutil.

Somente pode ser percebida por intermédio da introdução da noção de “vontade”.

Essa noção, segundo Hannah Arendt, foi introduzida na discussão filosófica por intermédio de São Paulo, em sua famosa Carta aos Romanos. E, através dela, podemos entender que o “eu quero” nem sempre corresponde ao “eu posso”. Ou seja, minha vontade pode determinar claramente o rumo a ser seguido, entretanto não consigo me colocar em movimento.

Na manipulação, mesmo que enganado, vez que manipulado, a vontade do Outro adere à vontade do persuasor; na sedução, a vontade do Outro é contra, mas cede por não ter forças para a recusa.

Na sedução o Outro não é enganado e não muda sua percepção das coisas ou fenômenos, entretanto não é possível resistir ao sedutor.

Seja persuasão, seja manipulação, seja sedução, todas são instrumentos da Retórica, que é uma técnica de Poder, e têm, como objetivo, fazer com que a vontade de quem a utiliza influencie, no sentido de alterá-la, as ações do Outro.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e Governo do RN.

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Categoria(s): Artigo
sábado - 29/10/2016 - 23:59h

Pensando bem…

“Os governos fracos fazem fortes os ambiciosos e insurgentes”.

Marquês de Maricá

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Categoria(s): Pensando bem...
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