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domingo - 31/03/2019 - 23:58h

Pensando bem…

“É impossível para um homem ser enganado por outra pessoa que não seja ele próprio.”

Ralph Waldo Emerson

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domingo - 31/03/2019 - 09:39h

Equinócio irredento

Por Paulo Linhares

Na sabedoria dos camponeses nordestinos, o dia 19 de março em que homenageiam São José, o pai mortal de Jesus, é balizador decisivo para boa estação chuvosa e, por consequência, boas colheitas. A sabedoria popular, todavia, não é desprovida de cientificidade. O equinócio de outono, acompanhado do fenômeno da superlua, ocorreu neste 20 de março de 2019. Se chuvas ocorrem nesse dia, há uma infalível certeza de ‘bom inverno’.

Desta feita, mal vencido o equinócio de 2019, eis que a Polícia Federal faz cumprir, em São Paulo, mandados de prisão preventiva, expedidos pelo juiz Marcelo Bretas (aquele do olhinho baixo…), do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Wellington Moreira Franco, este também conhecido no submundo da corrupção como “Gato Angorá”.Claro, municiado de informações privilegiadas, o cartel da mídia brasileira revelou, finalmente, as personagens que faltavam nessa ópera bufa cuja cena única era, até agora, a daquele velhinho barbudo, com nome  de intragável crustáceo, que, de rigor, nem deveria estar ali.

Enfim, cenas de uma prisão anunciada: o chefe da quadrilha do MDB vai para o xilindró. Nada a comemorar, mesmo porque tais prisões são apenas de caráter preventivo, sem qualquer culpa formada relativamente aos presos. As repercussões midiáticas  parecem evidentes, no Brasil e no mundo. De repente, aquele juiz de olhinho à Ceveró passa a ocupar o lugar que há bem pouco tempo era do draconiano juiz Sérgio Moro, hoje envergonhado ministro da justiça do capitão Bolsonaro.

Afinal, desde que essa desavergonhada república existe, apenas dois ex-presidentes foram, com ou sem razão encarcerados, como criminosos comuns: Lula, sob o tacão do juiz Moro, e Temer, por decisão do juiz Marcelo Bretas. Sequiosa de ancestral vingança,  brasileiros de classes sociais diversas  exultam. Claro, jamais imaginam como age essa máquina judiciária que, atendendo às pautas de um empoderado ministério público, que pretendem, em conjunto, fazer um redesenho do Brasil que contemple unicamente a sua hegemonia.

O que poucos imaginavam é que, entre a “cutucada e a imediatidade do ‘êpa!”, o desembargador federal Antonio Ivan Athié, do Tribunal Federal da 2ª Região, abrisse a ‘ gaiola’ para libertar Temer, Gato Angorá  e mais outros cinco presos envolvidos na mesma investigação.

Sem entrar no mérito das ‘virtudes’ judicantes do desembargador Atihé, inclusive, vários processos em que foi envolvido na condição de réu, aliás, brilhantemente absolvido em todos eles, sua decisão foi juridicamente irretorquível; julgou corretamente em se tratando de uma prisões preventivas inspiradas não nos requisitos legais incrustados no remendadíssimo Código de Processo Penal, mas, nas motivações midiáticas do juiz Bretas e dos membros da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro.

Com efeito, no aprofundamento da democracia, tais  ‘efeitos de demonstração’ se tornam inevitáveis. Ninguém estaria acima da lei. Assim, sejam quais forem os propósitos dessa guerra surda contra o dragão da maldade da corrupção, a exultante expectativa é a de que a “velha política” seja derrotada.

Será? Parece que não: a armação dos procuradores da República para arrancar 2,5 bilhões de reais da Petrobras para criar uma “Fundação Lava Jato” de cunho  privado fez cair uma pesada e não menos suspeito véu. A ação vigilante da imprensa e das redes sociais evitou fosse concretizada a ministerial falcatrua que, aliás, mereceu até o repúdio de dona Raquel Dodge, procuradora-geral da República do Brasil, que ajuizou uma ação no STF contra isso.

O episódio mostra as vísceras de um velho costume político brasileiro: corruptos são sempre os outros; do outro lado, somente anjos vingadores que cumprem a lei e desejam esvurmar os bulbos infectos da ‘peste vermelha’ que teria assolado o país. Balela, avassaladora hipocrisia política praticada à sombra das instituições democráticas e republicanas que avultam do seio da Constituição, em que a busca da sobrelevação dos interesses populares que traduzem, no máximo, os apetites insaciáveis das corporações que dominam a máquina burocrática do Estado, no Ministério Público, no Judiciário, no aparato de segurança e mesmo nalgumas ‘manchas’ conservadoras do Congresso Nacional. Tudo a muitos anos-luz da ideia-força de radicalização da democracia imaginada por Rosa Luxemburgo.

Com efeito, escarafunchar o passado é fácil; difícil é conviver com o presente e antecipar o futuro. O desiderato, agora, é adular os patrões da Wall Street, a CIA, as insanos arreganhos de Washington e de seu atual contestável Donald Trump, afinal, essas coisas de liberdade, inclusive, a de imprensa, de autonomia e harmonia dos poderes do Estado, o equilíbrio  federativo, são, nos dias que correm, apenas anacrônicos delírios dos “pais fundadores” da pátria  norte-americana que serviram de inspiração a outros povos do mundo, inclusive, o brasileiro.

Esses valores, diante da ressaca conservadora e de fortes pendores autoritários, não passam de frágeis velas ao vento – “candles in the Wind” – que ameaçam o legado das luzes e podem fazer  com que estes trópicos confusos afundem numa nova era de desalento e escuridão.

Afinal, cá para estas bandas, o presidente Bolsonaro já decidiu que ao menos os quartéis, “que nos ensinam antigas lições”, como dizia o poeta Vandré em tempos idos e de triste memória, devem comemorar com ardor o aniversário de 55 anos do ‘movimento’ cívico- militar de 31 de março de 1964.

Ocorrendo isso, tantos brasileiros torturados, mortos e ‘desaparecidos’ sob o tacão do regime militar, jamais poderão dizer “presente”, varridos que estarão sendo para debaixo do perverso tapete da História.

Contudo, estaremos vigilantes. Ave, Anatália de Souza Melo Alves!

Paulo Linhares é professor e advogado

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domingo - 31/03/2019 - 09:02h

Família Câmara – a etnicidade encoberta

Por Marcos Pinto

Na alternância dos fatos históricos, a pesquisa reúne mecanismos  ligados  ao  tempo, à pessoa e ao  meio, por razões  que  pré-existiam  ao  acontecimento.  Dado  esta conclusão, não  devemos  nos  limitar  à  tarefa  de  preencher  vazios  e  lacunas  existentes  na   historiografia. Constata-se  uma  espécie  de  indução ao  caldeamento  da  raça,   que  resultou  em  investidas  para  a  ocupação  e  fixação  de  famílias  pioneiras, em  terras  nunca  dantes imagináveis à  presença  do  elemento  branco, afirmando  homens  e  mulheres  pela  inteligência, amadurecimento  e  idealismo.

Formaram-se  relações  tão  fortes  na  comunhão  dos  destinos  de  bravas  famílias, muitas  vezes  apurando  o  gosto  da  amizade no  prazer  da  convivência  nos  ermos e  rústicos  sertões.

A primeira notícia da presença de  um  componente da  família  Câmara  nos  sertões  do Assu  e  do  Apodi  remonta  ao  ano  de  1687, quando o  Coronel  Antonio  de Albuquerque  da  Câmara  recebera Provisão  de  06  de  Setembro  de  1687  determinando  que  ele reunisse  todo  o  pessoa  disponível  das  Ordenanças  e  as  forças  que  viessem de Pernambuco  e  Paraíba e  seguisse  sem  demora  a  combater  as  tribos  indígenas  sublevadas  do  Assu  e  do  Apodi.  Estas  expedições  militares  de  cunho  repressor desencadeou  um  detestável  processo  de  abuso  de  autoridade  que  geralmente  culminava em  preagem  e  sequestro  de  jovens  índias  para  mancebia  ou  casamento.

Há  um  relevante  trabalho  de  pesquisa  genealógica  sobre  a  presença  da  família  Câmara  no  Ceará  e no  Rio  Grande  do  Norte, publicado  na Revista  do  Instituto  Histórico  e  Geográfico  do  Rio  Grande  do  Norte (IHGRN) Vols. LXXV-LXXVI – Anos  11983-1984, de  autoria  do  famoso  historiador  cearense Eduardo  Bezerra  Neto, com o  título “Um  estudo  inédito  de  Câmara  Cascudo  (I)”.

Analisando  de  forma  minuciosa a  ascendência  remota  da  família  Câmara, encontrei  indícios  que  sinalizam para  a possibilidade  de  que  a  matriarca  Antonia  da  Silva, que  veio  a  casar  com  o  português  Manoel  Raposo  da  Câmara  fora  uma  índia  da  Aldeia  Jesuíta  do  Padre  Philipe  Bourel, que  a  fundou  em  10 de  Janeiro  de  1700.  Suponho  que  a  mesma  tenho  sido uma  das  muitas  índias  raptadas pelas  expedições militares feitas  aqueles  ignotos  rincões, principalmente pela  Entrada  comandado  pelo  Sargento-Mór  Manoel  da Silva  Vieira  em  1689, quando  acompanhou  o  retorno  do  também  Sargento-Mór  de  Entradas  Manoel  Nogueira  Ferreira, que  fundara  aquelas  plagas  em  19 de  Abril  de  1680.

Dentre os  filhos  de  D. Antonia  destaco  os filhos  Vitorino  da  Silva  Câmara  e  Rosa  Maria  do  Espírito  Santo. Em seu testamento, Antonia da Silva omite os  nomes  de seus pais, deliberadamente  ocultando  a  sua  etnia  indígena, tendo  falecido  a  25.07.1785.  Seu  assento  de  óbito  revela,  mais  uma  vez,  a  omissão  dos nomes  dos  genitores:  “Faleceu da  vida  presente  D. Antonia  da  Silva, mulher  viúva, de  idade  de  cem  anos,  pouco  mais  ou  menos”.(FONTE: Revista  acima citada –  pág. 16). Um filho  da índia  Antonia da  Silva  e  Manoel  Raposo  da  Câmara, de nome  Vitorino da  Silva  Câmara, seguindo  a linhagem  étnica  materna  casa-se  com a  índia, também  do  Apodi, Joana  Maria  de  Jesus  Monte.  Novamente  os  historiadores  omitem os  nomes  dos pais  dela.   O  Barão  de  Sudart  informa,  apenas, que  eram  naturais  do  Rio  Grande  do  Norte.(FONTE: Dicionário  Biobibliográfico  Cearense, Vol. 2, pág. 26).

Para  responder às  lacunas  genealógicas  suscitadas  quanto  à  paternidade  indígena  de  Joana Maria  de  Jesus  Monte, faço  a  seguinte  abordagem: Em  1689  o  soldado  João do  Monte  “tomou  parte  na  marcha  que se fez  do  Olho  D’água (Assu-RN)  aos  rios  Paneminha  e  Panema  Grande, até  a  lagoa  Pody”.  (FONTE:  “A  Guerra  nos  Palmares” – Ernesto  Enes – Vol. 127 – Coleção  Brasiliana”,  e  “Gente  do  Séc. XVII  na  Ribeira  de  Mossoró” –  Vingt-Un  Rosado, Jornal  “O  Mossoroense”, edição  de  01.12.1946).

Corroboro  estas  minudências  com  minha  pesquisa  efetuada no  primeiro  livro de  Óbitos  da  Igreja-Matriz  do  Apody, do período  1766-1776, da  lavra  do  primeiro  Cura  das  Várzeas  do  Apody,  o pernambucano João  da  Cunha  Paiva, que  intitulou  dito  livro  como  “Atestados  de  Óbitos  das  Várzeas  do  Apody”.  Este  Tomo  reúne  um  manancial   histórico-genealógico, que  compõe  o  acervo  do  IHGRN.  Neste  livro  consta  o  óbito  de  “Maria,  falecida  em  1776, filha  de João  de  Montes (Índio)”.

Supõe-se, pois, que  o  soldado  João  do  Monte, acima  citado, tivera  relacionamento  amoroso com  uma  índia,  quando esteve  em Apodi, em  confronto  com  a  indiada  Tapuia  Paiacus.   Desse  conúbio  amoroso  teria  nascido  esse  índio  João  de  Montes  e  Joana  Maria  de  Jesus  Monte, que  veio  a  casar  com  Vitorino  da  Silva  Câmara. (Vide  “Anotações  do  Primeiro  livro  de  Óbitos  da  Ribeira  do  Apodi”, por  Marcos  Filgueira, e que  está  disponível  na  Net.

Em  seu  notável  trabalho  genealógico  intitulado  Câmaras”,  o  Mestre  Câmara Cascudo (Vide Revista  citada)  faz  referência  a  um  filho  de  Vitorino  da  Silva  Câmara, de  nome  João  Paulo  da  Silva  Câmara, que alguns  historiadores  afirmam  ter nascido  em  Aracati, no  vizinho  estado  do  Ceará.  Em pesquisa  que  fiz  em  um  livro  de  batizados  da  Igreja-Matriz  de  Apodi,  do  período  1820-1827, lavrado  pelo  erudito  Padre  Faustino  Gomes  de  Oliveira, encontrei  o  assento  de  batismo  de “ RICARTE, batizado  na  Matriz  de  Apody  a  11.07.1826, nascido  a  04.02.1826, filho  de  João  Paulo  da  Silva  e  Antonia  Maria, Padrinhos  Caetano  Gomes  de  Oliveira  e  Isabel  Maria.

Estranha-se  o  fato  do  Padre  Faustino  ter  omitido  o  referencial  familiar  Câmara  no  nome  de  João  Paulo.  Este  Caetano  era  casado  com  Rosa  Maria  do  E. Santo, irmã  de  Vitorino,  e  filhos  do  português  Manoel  Raposo  da  Câmara  e  Antonia   da  Silva.  Caetano e  Rosa  residiam  em  seu  sítio  de nome  Santa  Rosa (Apodi), tendo  Caetano  falecido  no  seu  sítio  a  26.04.1839, e  Rosa  falecido  a  01.06.1840.  A  madrinha  Isabel Maria é  a  mesma  Isabel  Maria  de  Jesus, filha  de  Caetano/Rosa, que  veio  a  casar  com  Manoel  Gomes  do  Rêgo, e foram  pais  do  renomado  historiador  apodiense  Manoel  Antonio  de  Oliveira  Coriolano (05.01.1835/ 28.12.1922).

O patriarca  João  Paulo  da  Silva  Câmara  casou  com  a  sua prima  legítima  Antonia  Maria da  Conceição, filha de  Caetano  Gomes  de  Oliveira  e  Rosa  Maria  do  Espírito  Santo.  João  Paulo  faleceu  em  Apodi  e  foi  inventariado  no  ano  de  1876.  Ricarte  Soares  da  Silva  Raposo  da  Câmara  residia  em  Apodi  e  casou  em  26.09.1848  com sua  prima  legítima  Maria  José  do  Nascimento, filha  do  irmão  do  seu  pai  o  Sr.João  Pedro  da  Silva  Câmara  e  de  Francisca  Maria  da  Conceição (Inventariada  em  Apodi  em  1830. (FONTE:  Relação  dos  inventários  do  1º  Cartório  Judiciário de  Apodi).  A quem  interessar  tenho  cópias  dos inventários  de  Caetano  Gomes de  Oliveira  e  sua  esposa  Rosa  Maria  do  E. Santo.

“Homens do campo ou preadores de índios, combatentes  ou  sesmeiros, todos  fixado  ali  os  rumos  da  sobrevivência  pelo  espírito  da  resistência  com que  nossos  antepassados  souberam  enfrentar  as  adversidades  de  uma  longa  campanha,  espécie  de  guerra  sem quartel, que  fora  o  levante  dos  índios  do  Assu  e  o  combate da  Lagoa  do  Apody.(Raimundo  Nonato  –   “Zona  do  Por  do  Sol” –  pág. 44).

Inté!

Marcos Pinto é advogado e escritor

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domingo - 31/03/2019 - 08:16h

Liberdade de expressão

Por Odemirton Filho

Há exatamente cinquenta e cinco anos – em 31 de março de 1964 – o Estado brasileiro sofreu um golpe, ou, como querem alguns, uma revolução civil-militar, uma contrarrevolução.

Entrementes, é de somenos interesse como se interpretam os fatos ocorridos à época. Com o Estado de exceção que se iniciou, um dos direitos mais caros a um Estado Democrático de Direito, entre outros, foi solapado: a liberdade de expressão.

A liberdade de expressar o que pensamos sobre os mais variados assuntos é um exercício consagrado nas hostes democráticas. Não há democracia quando nossa voz é calada.

No Brasil, a Constituição Federal contempla esse direito quando diz: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato (Art. 5º, IV).

A liberdade de expressão, entretanto, não pode ser usada para denegrir a imagem de quem quer que seja, desbordando da razoabilidade.

Em consequência, toda vez que excedo a minha liberdade de expressão, estou passível de responder, civilmente, uma indenização por dano moral e, penalmente, uma ação por crime contra a honra, como a calúnia, a injúria ou a difamação.

Nesse sentido, é o que diz o Art. 5º, V: “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”

Contudo, não posso ter o meu direito de manifestação tolhido, por medo de responder judicialmente a uma demanda. Não se pode calar a minha ou a sua voz.

Em uma democracia, devemos expor nossas opiniões, respeitando e exigindo respeito, em relação a qualquer fato do cotidiano.

Nesse contexto, recentemente, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinou a instauração de um inquérito para apurar fatos que, na sua ótica, foram ofensivos à Corte e de tom ameaçador aos seus membros.

Conquanto tenham vozes dissonantes à decisão do ministro-presidente, uma vez que o órgão julgador não pode ser o órgão investigador, diante do nosso sistema acusatório, há um procedimento em curso que poderá ensejar uma condenação àqueles que agiram de forma ofensiva e ameaçadora.

Desse modo, sem adentrar na legitimidade ou não do STF para conduzir o inquérito, não consigo vislumbrar, nos dias de hoje, um censor nas redações dos jornais, revistas, redes sociais ou, ainda, qualquer espécie de repressão às manifestações, seja individual ou coletiva.

Tal atitude seria um retrocesso e uma ofensa à Carta Maior, uma vez que a sociedade brasileira teve sua voz calada por longos vinte anos, em um tempo que merece ser esquecido, jamais celebrado.

Que a democracia nos livre desse mal.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 31/03/2019 - 07:24h

Anatália, presente! Ditadura, nunca mais!

Por Esdras Marchezan

Há 55 anos, em 1° de abril de 1964, os brasileiros acordavam ao som do pisar dos coturnos e do roncar dos tanques nas ruas de algumas das principais cidades do País. Deposto o presidente da República João Goulart, os militares, com apoio das alas conservadoras e reacionárias do Congresso, impunham ao País um regime autoritário, perverso e cruel. Um pesadelo que duraria 21 anos, marcado por perseguições, torturas e muita morte.

A liberdade agonizaria em praça pública em breve.

Incomodados com as propostas sociais do governo João Goulart, como a abertura à reforma agrária e uma política de governo justa com os mais pobres, os militares, com apoio de setores civis conservadores, tramaram a derrubada do presidente sob a cortina de fumaça do “Combate à ameaça comunista”. Fumaça que, ridiculamente, paira nas mentes dos que hoje governam o País, mais de cinco décadas depois.

Anatália de Souza Alves de Melo: morte cruel (Foto: reprodução)

Ainda contamos os nossos mortos e procuramos os nossos desaparecidos. Na conta dos militares, uma lista de jovens e adultos assassinados sob a acusação de se rebelarem contra o sistema vigente. Na ânsia de matar, o regime não poupava ninguém. Todos eram suspeitos. A morte batia à porta. Até de quem nem estava envolvido na luta armada.

Com apenas 28 anos, a potiguar Anatália de Melo Alves foi uma destas vítimas. Presa em dezembro de 1972, em Gravatá/PE, ao lado do marido Luiz Alves, foi submetida a dias de tortura e violência sexual. Em 22 de janeiro de 1973, foi encontrada morta, na delegacia do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), em Recife, onde estava presa com o companheiro.

Apontada como suicida pelos militares, Anatália foi morta por estrangulamento, após diversas sessões de tortura e abusos sexuais. Um laudo feito em 2014 pela Comissão da Verdade Dom Helder Câmara corrigiu o erro histórico, atestando como homicídio a causa da morte e não suicídio por enforcamento, como teriam simulado os seus assassinos.

Casada com o bancário Luiz Alves, integrante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Anatália nunca se envolveu na luta armada.

Pelo casamento, colocou em risco a sua vida acompanhando o marido na fuga de Mossoró, após o aumento das perseguições contra os movimentos de esquerda no Brasil, a partir de 13 de dezembro de 1968, com o Ato Institucional N° 5, o temido AI 5. Clandestinos, se instalaram em cidades do interior pernambucano, prestando apoio às ligas camponesas organizadas, que se configuravam numa forte ameaça ao regime pela capacidade de articulação política no campo e pressão social.

Enquanto Luiz Alves atuava na articulação da luta armada junto aos seus companheiros, Anatália prestava apoio no processo de alfabetização dos agricultores e seus filhos. Quando necessário, ajudava no tratamento e cuidado dos feridos na luta.

As prisões e mortes de líderes  importantes do PCBR mostravam a Anatália e Luiz – ou Marina e Maia, nomes adotados pelo casal por questões de segurança – que o cerco se fechava.

Em dezembro de 1972, o que eles temiam aconteceu. Descoberto pela polícia, Luiz Alves foi preso junto com um companheiro e horas depois veria a esposa chegar algemada à viatura policial em que ele estava.

As torturas em ambos começaram no Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), em Recife, para onde foram levados imediatamente. De choques e pau de arara, tudo foi usado por seus algozes para que o casal entregasse informações sobre aqueles que estavam em liberdade. Vinte e seis dias depois foram levados para o Departamento de Ordem e Política Social (DOPS), na capital pernambucana.

Mesmo sem a experiência da luta armada, Anatália mantinha-se firme no silêncio sob o sofrimento cruel da tortura. Colocada ao lado do marido numa sala, na frente de um policial, depois de mais uma sessão de violência, pediu autorização para dar um beijo no companheiro. Com a permissão, aproximou-se do ouvido de Luiz e se limitou a dizer: “Não entreguei ninguém”.

Dias depois, teria a vida encerrada pela força autoritária, violenta e desumana do regime iniciado naquele 1º de abril de 1964. Em mais uma atitude covarde, seus algozes simularam um enforcamento, colocando o corpo de Anatália pendurado pelo pescoço, com a tira de couro de sua bolsa, no banheiro. Entre suas pernas, queimaduras já levantavam a suspeita de uma forma de encobrir a violência sexual a que era submetida.

Em 2014, a justiça autorizou a confecção do novo atestado de óbito de Anatália, a pedido da família, reconhecendo sua morte como mais um homicídio praticado pelo estado durante a ditadura militar. Falta identificar os executores.

No dia de hoje, faz-se importante lembrar a história de todos aqueles que tiveram a vida tomada por defender a sobrevivência da democracia no País. Lembrar de todas as pessoas que sofreram para que hoje pudéssemos viver sem a imposição de um regime de exceção.

Mais que isso, é necessário ter consciência do que este período sombrio da história representou. E saber que os que insistem em ver motivos para comemorar o golpe civil-militar de 64 são descendentes da onda fascista que ainda permanece entre nós.

Todos eles têm as mãos sujas de sangue. E não serão perdoados pela história.

Esdras Marchezan é jornalista e professor da Uern

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sábado - 30/03/2019 - 23:58h

Pensando bem…

“Nunca devemos mudar de cavalo no meio do rio”.

Abraham Lincoln

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sábado - 30/03/2019 - 20:08h
Mossoró

Chuvas causam outro dia de muitos transtornos

Mossoró teve mais um dia de transtornos devido fortes chuvas. Do centro comercial à periferia, as águas assombraram e atormentaram a vida de milhares de pessoas.

Lojas e casas invadidas por águas; ruas, avenidas e outras artérias transformadas em caudalosos rios.

No centro da cidade, o comércio de rua na Praça Rodolfo Fernandes e adjacências viveu um final de manhã e início de tarde bastante críticos.

Nem o sofisticado condomínio Alphaville escapou da “cheia”, sendo atingido em seu sossego e glamour, uma rotina do Santo Antônio, Barrocas e outros setores periféricos.

Um ponto histórico de alagamento absolutamente insolúvel é no setor da Central de Abastecimento (conhecido Mercado da Cobal). Por lá, a rotina de inverno ou mesmo chuvas esporádicas, não muda nunca.

Na Prefeitura Municipal de Mossoró, a Defesa Civil entrou em ação.

“Determinei que a equipe de defesa civil coloque todas as equipes nas ruas. Também temos varias câmeras espalhadas pela cidade monitorando 24h por dia as principais vias. Em caso de problemas, ligue 153 ou 199”, alertou a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) em redes sociais.

Rua Duodécimo Rosado, com Lagoa do Bispo e área de descargas de um supermercado (Foto: WhatsApp)

Raríssimo encontrar uma cidade de portes grande e médio em condições de enfrentar esse tipo de adversidade.

No residencial Alphaville, as águas também tomaram proporções inesperadas (Foto: reprodução)

Com Mossoró não é diferente. A expansão imobiliária desordenada, escassez de estruturas de drenagem e a má educação da população sempre entupindo esgotos e galerias, concorrem para que cada dia mais esse problema se agrave.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 30/03/2019 - 18:18h
Copa do Nordeste

ABC perde para Fortaleza e é desclassificado

Por Marcelo Diaz (F9)

Em confronto válido pela oitava e última rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste, o Fortaleza venceu, por 1×0, o ABC, na Arena Castelão, e garantiu à sua classificação para a fase de quartas de finais da competição na liderança do Grupo A, com 13 pontos.

Já o ABC, que precisava da vitória para se classificar, encerrou a sua participação na sexta colocação do Grupo B, somando 12 pontos.

Nas quartas, o Fortaleza encara o Vitória, que terminou a fase de grupos na quarta colocação do Grupo A. A data e o horário do confronto ainda serão divulgados.

O gol do Fortaleza foi marcado aos 24 minutos do segundo tempo. O atacante Osvaldo, que entrou na segunda etapa na vaga do lateral direito Araruna, rebebeu pela direta e cruzou para Marcinho, que cabeceou para a defesa de Saulo, no rebote, Edinho apareceu livre e empurrou para o fundo das redes.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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Categoria(s): Esporte
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sábado - 30/03/2019 - 17:16h
Mossoró

Cirurgias eletivas são retomadas após acordo

Ação não chega há tempo para várias pessoas (Foto: ilustração)

As cirurgias eletivas ortopédicas foram retomadas no início desta semana no Hospital Wilson Rosado para pacientes que aguardavam pelos procedimentos no Hospital Regional Tarcísio Maia.

A partir da próxima semana os processos de retornos das demais especialidades cirúrgicas, gerais e ginecológicas, passarão a ser feitos nos hospitais prestadores das cirurgias.

Os atendimentos eletivos também voltarão a acontecer no Centro Clínico Prof. Vingt-Un Rosado (PAM do Bom Jardim).

A retomada das cirurgias eletivas aconteceu após acordo de pagamento da Prefeitura de Mossoró e Governo do Estado junto aos hospitais fornecedores na cidade.

Desde novembro do ano passado (veja AQUI) que essas cirurgias estavam suspensas. Nesse ínterim, é difícil se saber com precisão quantas pessoas faleceram e outras que tiveram sequelas irreversíveis.

A propaganda da Prefeitura Municipal de Mossoró chegou a adiantar a “retomada de 400 cirurgias por mês, para zerar a fila”, que começariam dia 1° de novembro de 2017. Propaganda enganosa. Isso nunca ocorreu.

Com informações da Prefeitura Municipal de Mossoró.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
sábado - 30/03/2019 - 12:44h
Emparn

Inverno faz de Martins uma campeã de chuvas em 2019

O município de Martins já registrou este ano 837,6 milímetros de chuvas. É campeão absoluto do inverno 2019 até o momento, segundos dados levantados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (EMPARN).

Os dados resumidos foram divulgados pelo Blog Diário Político em seu endereço no Instagram. As informações constantes do boxe acima nesta postagem se referem ao período de 1º de janeiro a 29 de março (ontem).

Região Oeste destaca-se com maioria dos municípios.

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Categoria(s): Gerais
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sábado - 30/03/2019 - 11:28h
MPF cobra

Codern não providencia equipamento para combate a tráficos

O Ministério Público Federal (MPF) reforçou o pedido à Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) para que preste informações quanto às providências que estão sendo tomadas com vistas à aquisição e entrada em operação de um escâner de contêineres no Porto de Natal.

Duas apreensões alertaram Receita Federal e Polícia Federal em Natal (Foto: G1)

O objetivo do equipamento é impedir, sobretudo, o tráfico de drogas, já que em fevereiro (veja AQUI) houve duas apreensões de 3,2 toneladas de cocaína no porto, em meio a cargas de frutas que iriam para Roterdã (Holanda).

O assunto é alvo de um inquérito civil em andamento no MPF, aberto após representação da Receita Federal, que denunciou a falta do equipamento.

Devido à inexistência do escâner, o desembaraço aduaneiro (liberação de mercadorias para entrada ou saída do País) se encontra suspenso.

A Codern tem um prazo de 20 dias para se pronunciar, caso contrário outras medidas deverão ser adotadas pelo Ministério Público Federal.

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sábado - 30/03/2019 - 10:30h
Boston

Aluno da Uern representará Nordeste nos Estados Unidos

Estudante do segundo período do curso de Direito da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), ex-beneficiário do Bolsa Família, o jovem Francisco Cavalcante Sousa, de 20 anos, vai representar o Nordeste no programa de embaixadores da Brazil at Havard & MIT, em Boston, nos Estados Unidos, no período de 5 a 7 de abril deste ano.

O evento contará com a presença da governadora Fátima Bezerra (PT) que participa, como conferencista, do painel +Aprendizagem: Caminhos para uma Educação Pública e de Qualidade.

Francisco, governadora, Pedro Fernandes e Lauro: Uern com outro bom exemplo (Foto: Demis Roussos)

Em companhia do reitor Pedro Fernandes e do diretor da Faculdade de Direito, Lauro Gurgel, o estudante foi recebido nesta sexta-feira (29) pela governadora. Cavalcante foi escolhido numa seleção que teve 7 mil concorrentes. Ele é um dos 10 jovens brasileiros selecionados para participar da Brazil at Havard & MIT.

Caçula de uma família de seis filhos, Francisco Cavalcante Sousa nasceu no Ceará. Os pais são de origem simples. A mãe trabalha na limpeza de uma escola e o pai é servente de pedreiro. O jovem começou a mudar a história da família por ser o primeiro a ir além do ensino fundamental e ingressar numa universidade por meio do sistema de cotas.

CNPq

Foi pesquisador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e bolsista no Tribunal de Justiça do Ceará.

Entre seus trabalhos, merecem destaque o projeto escolar sobre o caráter educacional do Programa Bolsa Família e a criação do site Jaguaribara em Foco, primeira plataforma local de notícias que discute problemáticas do seu município. Atualmente ele desenvolve projetos sobre políticas públicas que promovem o protagonismo juvenil e a transformação socio educacional em sua região.

Nota do Blog – Que belo exemplo. Estamos na torcida, Francisco. E viva a Uern, que já graduou em sua história cerca de 45 mil pessoas do RN e de outros estados da federação. Bendita Uern!

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sábado - 30/03/2019 - 08:36h
Jefinho

O homem-gol tem futuro

Jefinho: artilheiro (Foto: reprodução Inter TV Costa Branca)

Do Blog Larissa Maciel

Artilheiro do Potiguar com 13 gols, Jefinho movimenta o mercado da bola antes mesmo de ficar entre os principais goleadores do Brasil.

Seu empresário, Márcio Cardoso, já reiterou várias vezes que o jogador só sairá do Potiguar após a decisão do Estadual, o que já seria completamente natural.

O x da questão é justamente qual clube Jefinho defenderá.

O possível interesse do Sport não é de hoje, assim como CSA, América, ABC, Ferroviário, Campinense e outros já foram colocados como observadores do atacante.

Se está blogueira jornalista puder palpitar, uma série B pode será uma bela vitrine pra ele, que merece todos os olhares.

Permanecer em um grande do Nordeste é a sacada… e no Sport então…

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Categoria(s): Esporte
sexta-feira - 29/03/2019 - 23:58h

Pensando bem…

“Não há mal nenhum em mudar de opinião. Contanto que seja para melhor.”

Winston Churchill

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sexta-feira - 29/03/2019 - 22:18h
Presídio Federal

Acusados de matar vereadora e motorista estão em Mossoró

Ronnie Lessa: acusado (Foto: reprodução)

Do Estadão e UOL

Os dois presos sob acusação de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, foram transferidos ontem do presídio de Bangu 1, no complexo de Gericinó (zona oeste do Rio), para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, segundo informou hoje a secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio.

Eles devem ficar em ala especial para agentes policiais, para que não se misturem com os outros presos. Marielle foi morta a tiros em 14 de março de 2018, no Estácio (região central do Rio).

Queiroz e Lessa estão presos preventivamente desde 12 de março passado. Denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado, eles são réus desde 15 de março, quando o juiz Gustavo Kalil, do 4º Tribunal do Júri do Rio, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Na mesma decisão, Kalil atendeu pedido do MP-RJ e autorizou “em caráter urgente e provisório” a transferência dos acusados para uma penitenciária federal de segurança máxima. A unidade prisional foi definida pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN).

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sexta-feira - 29/03/2019 - 22:10h
Política

Deputados batem-boca e revelam diferenças em plenário

Pimentel e Azevedo: distância e diferenças (Fotomontagem: Grande Ponto)

A turma do “deixa disso” está em ação nos intramuros da Assembleia Legislativa para aplacar os as diferenças entre os deputados estaduais Coronel André Azevedo (PSL) e Sandro Pimentel (PSOL), além do decano deputado Getúlio Rêgo (DEM).

Na sessão dessa quinta-feira (28), eles tiveram acirrada discussão em plenário, com eco que chegou nos corredores e gabinetes desse poder.

O estopim foi discurso e leitura de um texto por Azevedo, de exaltação ao regime militar. Sandro Pimentel interveio. As galerias estavam lotadas de servidores em greve da Saúde, que passaram a fazer ruidosa reprovação ao deputado apologista do período de exceção.

Getúlio Rêgo cobrou contenção dos manifestantes e atribuiu a Sandro a responsabilidade pela mobilização e hostilidades aos parlamentares. Em discurso, Sandro deixou claro que estava ao lado dos grevistas.

Não baixou a guarda. Destacou até, que tinha consciência de estar de passagem pela Casa, mas sem abrir mão de suas convicções nem mudar de lado.

– Isso é muito feio para a Casa – exprimiu um deputado.

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Categoria(s): Política
  • Repet
sexta-feira - 29/03/2019 - 21:38h
Hoje

Ameaça de bomba mobiliza Polícia Federal e PM no RN

Peritos da Polícia Federal em conjunto com o Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE/RN) atenderam na tarde desta sexta-feira (29), uma ocorrência no Campus da Universidade Federal do RN (UFRN) em Natal.

Peritos localizaram pacote suspeito e o detonaram em área segura, após alerta na UFRN (Fotos: PF)

A notícia corrente apontava que um homem desconhecido havia deixado um pacote suspeito e saído do local apressadamente.

Com receio que pudesse se tratar de algum explosivo, os alunos avisaram a segurança.

Com a chegada dos peritos, o embrulho foi levado para uma área segura e detonado.

Após análise dos fragmentos, as suspeitas não se confirmaram.

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sexta-feira - 29/03/2019 - 20:50h
Servidor prejudicado

Prefeitura se apropria de dinheiro de empréstimo consignado

Do Blog Carol Ribeiro

A denúncia partiu de uma servidora pública:

“A prefeitura está devendo três meses de empréstimo consignado, mas é descontado no contra-cheque dos funcionários e a Caixa Econômica (CEF) está mandando cobrança para a gente, que é funcionário público”. A denúncia é da funcionária municipal de carreira Eva Soares, que se comunicou através das redes sociais com o programa Cenário Político (TCM Telecom).

O Blog entrou em contato com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISERPUM) para checar a informação.

Segundo a assessoria de imprensa, essa é uma reclamação constante dos servidores. O sindicato já manteve contato com a CEF que confirmou que os atrasos existem realmente, mas que não chegam a colocar o nome dos servidores nos órgãos de proteção ao crédito.

Nome “sujo”

Ainda segundo a CEF, geralmente a Prefeitura de Mossoró atrasa três meses, que é o limite para que o servidor fique com o nome “sujo”; então, faz o pagamento.

Entretanto, isto impede, por exemplo, que eles possam renovar os empréstimos, caso precisem, sem contar com o constrangimento das cobranças.

Nota do Blog Carlos Santos – Recordamos que na época da gestão anterior, de Francisco José Júnior (sem partido), esse problema foi recorrente. Boa parte da imprensa local e onda de queixosos nas redes sociais vociferavam contra ele. Os tempos hoje são outros, mesmo com o problema sendo idêntico e igualmente deletério. É apropriação indébita que ao final só penalizará o servidor.

Leia também: Prefeitura deve mais de 13,5 milhões ao Previ-Mossoró.

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sexta-feira - 29/03/2019 - 20:16h
Mossoró

Acidente com três carros deixa só danos materiais

Acidente está tarde com três carros no cruzamento da Duodécimo Rosado com Francisco Eudes Costa, Nova Betânia, esquina da sede da OAB-Mossoró, não teve final trágico.

Além de dois carros empilhados, outro (seta vermelha aponta, já estacionado) sofreu batida também (Foto: BCS)

Só danos materiais.

Criança no banco de trás em cadeirinha em um dos veículos sinistrados, acabou ilesa graças a esses cuidados que muitos pais e responsáveis não têm.

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 29/03/2019 - 19:24h
É o fim

Saúde termina paralisação com repúdios e mãos abanando

Após 53 dias em greve, a maioria dos servidores estaduais da Saúde aprovou a suspensão temporária da greve por 30 dias, em assembleia geral nesta sexta-feira (29) em Natal. Junto com a suspensão, foi aprovada uma contra-proposta ao documento do governo sobre as pautas de reivindicações apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do RN (SINDISAÚDE).

A paralisação foi deflagrada em nome da atualização salarial e divulgação de calendário de pagamento, além de melhorias nas condições de trabalho. Nada foi garantido até aqui.

Foi aprovada também uma moção de repúdio ao deputado estadual Coronel Azevedo (PSL), pelo seu pronunciamento durante a sessão de ontem (28) na Assembleia Legislativa, quando comemorou o golpe militar de 1964.

Foi aprovada ainda uma nota de repúdio ao Governo Fátima (PT), pelo descaso com os usuários do SUS.

Nota do Blog – O movimento começou dia 4 de fevereiro, com sintomas de que não se sustentaria. Não conseguiu em momento algum sensibilizar governo e sociedade, além dos próprios servidores, mesmo com uma pauta justa.

Um aspecto positivo: coragem para divergir e contrariar o senso comum, que apontava como impossível a realização de uma greve contra a ex-sindicalista Fátima Bezerra (PT). Aplausos.

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sexta-feira - 29/03/2019 - 13:10h
Hoje

Morre em Natal Adauto Dias, tio do prefeito Álvaro Dias

Adauto Dias: aneurisma (Foto: cedida)

Do Blog Heitor Gregório

Faleceu em Natal, nesta sexta-feira (29), o empresário Adauto Dias Filho, 71 anos, tio do prefeito Álvaro Dias (MDB), do Natal. Ele tinha sofrido recente um aneurisma abdominal.

Empresário, Adauto Dias foi proprietário de postos de combustíveis em Natal, Caicó e Ceará-Mirim.

O corpo será velado a partir das 17h no Centro de Velório da Rua São José e o sepultamento será neste sábado (30), às 10h, no Cemitério Morada da Paz em Emaús.

Datinho, como era mais conhecido, era viúvo de Graça Faria e deixa dois filhos: Mônica e Adauto Dias Neto.

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 29/03/2019 - 11:44h
Casa de ferreiro...

Unidade de Saúde convive com perigo de infestação da dengue

Moradores do entorno do Centro Clínico Professor Vingt-un Rosado, conhecido como PAM do Bom Jardim em Mossoró, pedem intervenção do Blog Carlos Santos.

Através de registros fotográficos e relatos, cobram que a Prefeitura Municipal de Mossoró limpe o matagal e depósito de dejetos em que se transformou essa unidade de saúde municipal.

Parte interna do prédio sede do PAM está adornada por denso matagal, oferecendo perigo a servidores e clientela (Foto: cedida)

A ampla área de quintal desse imóvel público incomoda pela insegurança que proporciona às casas adjacentes, como também por poder infestar insetos como o aedes aegypti (transmissor da dengue).

– Ninguém pode ficar à calçada. Dentro de casa é tudo trancado e agora caiu parte do muro também com essas chuvas recentes – relata uma moradora.

– Meu amigo, use o seu Blog para nos ajudar. Isso é muito descaso, irresponsabilidade. E ainda fazem campanha contra dengue? – apela e se queixa um comerciário residente noutro endereço contíguo ao PAM.

Muro do PAM ruiu e concorre para complicar mais ainda situação e elevar medo de moradores próximos (Foto: cedida)

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