Por Marcos Ferreira
Seria bom que eu estivesse de barba feita e usando uma loção mais forte ou marcante. Contudo a foto saiu desse jeito. Foi, digamos, um raro ensejo de bem-estar em meio aos ruídos e vaivém de tanta gente desconhecida.
Aqui estou inserido na “vida em rebanho”, como diria meu amigo multifacetado (pensador, filósofo contemporâneo) Antonio Alvino da Silva Filho. A foto foi batida por outro amigo, o designer e artista gráfico José Arimatéia. Pois bem. Eis a fuça deste escriba num momento de relax com seus “semelhantes”. Essa sem-cerimônia ocorreu na área externa do Partage Shopping, onde nossa marca Verboletras expõe uma variedade dos seus produtos por ocasião do evento denominado Feira Bangalô, que acontece às segundas e terças e só dura até o próximo dia 25 de junho.
Talvez alguém diga que tal assunto é irrelevante para este espaço dominical, passarela onde desfilam cronistas e articulistas do melhor naipe. Julgarão ainda menos apropriada a imagem que escolhi para ilustrar meu texto. Ou seja, uma espécie de autopromoção; de exibicionismo, dirá um leitor mais duro.
Bom, meus caríssimos, a propaganda está feita. Tanto dos produtos Verboletras quanto do autor destas linhas. Todavia a questão não é bem essa. O que me impele a assim proceder é o estado de espírito em que me encontro ao longo desses dias. Acho isso digno de nota. Ou melhor, de uma crônica. Porque não é do meu feitio e pendor expor-me de tal modo, sair da toca, permitir-me uma interação com caracteres sociais que nunca vi mais gordos. Sim, este animal exótico mostrou a cara.
Conselhos não me faltaram. De outra feita Elias Epaminondas, por exemplo, andou por aqui, tomamos um cafezinho e ele tocou nesse ponto durante o bate-papo. Referiu-se à importância de (vez por outra) eu buscar justamente conhecer alguns lugares de Mossoró. Citou, a propósito, as cafeterias da urbe.
“Há pelo menos umas duas ou três de que você vai gostar”, afiançou Epaminondas. É isso aí. Elias considera salutar que eu lute contra a minha natureza arredia, algo que de tempos em tempos adquire maior intensidade. Meu psiquiatra e amigo Dr. Dirceu Lopes joga no time de Elias. Dr. Dirceu não se ancora apenas nos psicofármacos. Recomenda-me, entre outras coisas, que eu ingresse em uma academia de musculação. Considero esse ponto uma prova de fogo. Pois sei que sofreria horrores com as doses cavalares de dejetos sonoros que rolam nesses lugares.
A verdade é que se trata de algo que venho empurrando com a barriga. Mas estou inclinado a enfrentar o desafio. Protetores auriculares ou fones de ouvido (com músicas do meu agrado) podem mitigar o desconforto.
Portanto, com o estímulo de amigos e tornando minhas fraquezas em forças, este animal exótico tem figurado como um tipo caricato de mascote da Verboletras na Feira Bangalô, no Partage Shopping, neste mês de junho. Então, como não bastasse, ainda se deixou fotografar pelo amigo José Arimatéia. Além disso, quiçá para o desagrado de alguns leitores, transferi esta fotografia para cá.
Perdoai-me quem me perdoar possa.
Marcos Ferreira é escritor









































