terça-feira - 20/09/2022 - 09:26h
História

Lívio Oliveira topa o desafio de livrar Café Filho do esquecimento

Por Cassiano Arruda (Coluna Roda Viva, TN)

Museu Café Filho está fechado há mais de dois anos (Foto: Canindé Soares)

Museu Café Filho está fechado há mais de dois anos (Foto: Canindé Soares)

Café Filho, único norte-rio-grandense a se tornar Presidente da República, esquecido em sua terra, provocou o Instituto Histórico e Geográfico do RN (IHGRN) a tentar mudar essa situação, dando plenos poderes para tanto ao acadêmico Lívio Oliveira que já botou a mão na massa.

O retrato deste descaso é o Museu Café Filho, fechado há mais de dois anos, enquanto a sua sede, o sobradinho da Rua da Conceição, está se transformando num apêndice de Pinacoteca que ocupa o Palácio Potengi.

Lívio, do seu lado, começa a se envolver com o personagem e está sendo tentado a escrever uma biografia de Café.

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Categoria(s): Cultura
terça-feira - 20/09/2022 - 07:50h
Economia

Petrobras anuncia redução do preço do diesel em R$ 0,30 por litro

Abastecimento entre as maiores cidades do RN sempre tem preços melhores: fenômeno (Foto: ilustrativa)

Abastecimento deve ter custo reduzido com terceiro recuo de preço em 46 dias (Foto: ilustrativa)

D0 Poder 360

A Petrobras anunciou, nesta 2ª feira (19.set.2022), a redução de 5,8% no preço do diesel vendido às distribuidoras. O litro sairá de R$ 5,19 para R$ 4,89 nas refinarias da estatal a partir de 3ª feira (20.set). Esta é a 3ª redução no preço do combustível em 46 dias.

Em nota, a estatal afirmou que o corte “acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.

Segundo a Petrobras, considerando a adição obrigatória de 10% de biodiesel ao diesel vendido nos postos, a parcela da estatal no preço ao consumidor passará de, em média, R$ 4,67 para R$ 4,40 por litro na bomba.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
segunda-feira - 19/09/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Suas circunstâncias atuais não determinam para onde você pode ir; elas apenas determinam onde você começa.”

Nido R. Qubein

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segunda-feira - 19/09/2022 - 20:24h
Eleições

TRE inicia a Preparação de Urnas nas zonas eleitorais do Estado

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) iniciou nesta segunda-feira (19), a Preparação de Urnas das zonas eleitorais de todo o Estado.

As urnas eletrônicas da capital e da região metropolitana estão sendo preparadas no Centro de Operações da Justiça Eleitoral (COJE) e seguem até o dia 28 de setembro.

Nesta segunda-feira, foram preparadas as urnas eletrônicas que serão distribuídas para as zonas de Macaíba e São Gonçalo do Amarante.

Em outros municípios, a carga das urnas ocorrerá nas sedes das Zonas Eleitorais, em local e horário previamente designados pelo(a) juiz(a) eleitoral.

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segunda-feira - 19/09/2022 - 19:16h
NA TV

Propaganda, a vida do negócio, em debate

Nesse domingo (18), a TV Tropical apresentou mais uma edição do programa Mundo dos Negócios, apresentado por Jener Tinôco. 

Dessa feita, os convidados foram os publicitários Odemar Neto (Execom) e Arturo Arruda (Art&C).

O bate-papo é muito interessante, pois trata em essência sobre o valor da propaganda, o novo perfil das agências, as exigências do mercado e outras questões da área como criação, assessoria de imprensa, agências digitais, estratégias de comunicação, multiplataformas, mídias externas, mundos off-line e on-line, home office etc.

Vale a pena assistir.

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segunda-feira - 19/09/2022 - 18:06h
Investigação

MP apura casos de funcionários fantasmas na gestão Rosalba Ciarlini

FantasmaO Ministério Público do RN (MPRN) tem procedimento bem adiantado sobre casos de servidores fantasmas na gestão Rosalba Ciarlini (PP), ex-prefeita de Mossoró – 2018-2020.

Coleta de depoimentos – inclusive dos envolvidos – e cruzamento de informações documentais revelam até mesmo o nome de familiar da ex-prefeita.

Rosalba Ciarlini cumpriu mandato até o dia 31 de dezembro de 202o, após derrota eleitoral em 15 de novembro, quando tentava a reeleição.

Nada mais posso adiantar, apesar da vontade.

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segunda-feira - 19/09/2022 - 17:10h
Economia

Festa do Boi terá apresentação na próxima quarta-feira, 21

A Associação Norte-rio-grandense de Criadores (ANORC) e o Governo do Estado vão lançar conjuntamente a 60ª Festa do Boi. O evento será na próxima quarta-feira (21), às 17h.Festa do Boi 2022 - Outuro em Parnamirim

A Festa do Boi ocorrerá entre os dias 8 e 15 de outubro.

O lançamento será no Tatersal, espaço de leilões dentro do próprio Parque Aristófanes Fernandes (Parnamirim), local onde é realizada a Festa do Boi.

A organização vai apresentar detalhes sobre programação, atrações e antecipar números sobre estrutura e alcance do evento.

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segunda-feira - 19/09/2022 - 16:28h
Oito

Câmara de Mossoró tem maior número de candidatos de sua história

A Câmara Municipal de Mossoró tem esse ano o maior número de candidatos a cargos estaduais de sua história, numa única eleição.

CMM: tudo fechado (Foto: arquivo)

CMM é composta por 23 vereadores e mais de um terço tem candidatura este ano (Foto: arquivo)

Dos 23 vereadores, oito concorrem a mandatos de deputado estadual e deputado federal. Ou seja, mais de um terço. Desse total, três concorrem à Câmara Federal e cinco à Assembleia Legislativa.

Veja a lista:

Lawrence Amorim (Solidariedade), presidente desse poder – Deputado federal

Gideon Ismaias (Cidadania) – Deputado federal

Pablo Aires (PSB) – Deputado Federal

Cabo Tony Fernandes (Solidariedade) – Deputado estadual

Isaac da Casca (MDB) – Deputado estadual

Larissa Rosado (União Brasil) – Deputado estadual

Marleide Cunha (PT) – Deputado estadual

Zé Peixeiro (PMB) – Deputado estadual

Desses candidatos, apenas Larissa já foi deputada estadual em três mandatos.

O último nome oriundo da Câmara Municipal de Mossoró a conseguir eleição de nível estadual/federal foi Isolda Dantas (PT) em 2018, eleita à Assembleia Legislativa.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
segunda-feira - 19/09/2022 - 15:44h
Eleições

Ex-adversários apoiam Lula e Herique Meirelles faz balanço econômico

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), da Coligação Brasil da Esperança, receberam nesta segunda-feira (19/09) o apoio de ex-candidatos à Presidência da República em eleições anteriores. Entre os presentes estavam Marina Silva, João Vicente Goulart, Cristovam Buarque, Guilherme Boulos, Luciana Genro e Henrique Meirelles.

Meirelles, último à esquerda de Lula, é um nome de prestígio nacional e internacional (Foto: divulgação)

Meirelles, último à esquerda de Lula, é um nome de prestígio nacional e internacional (Foto: divulgação)

Talvez, Meirelles tenha maior representatividade entre todos, por simbolizar um segmento de pensamento e referência em termos de política econômica, tanto para o mercado interno como o setor financeiro internacional. Ele foi titular do Banco Central na gestão Lula, após ser eleito em 2002 como deputado federal por Goiás, no PSDB.

Sequer chegou a tomar posse, aceitando a missão no BC, sob reprovação de boa parcela do PT e da esquerda nacional.

Ex-presidente do Bank of Boston, Henrique Meirelles falou do convite e apoio a Lula, recapitulando em suas redes sociais como foi sua passagem pelo governo, sob a ótica econômica. Leia abaixo:

Trabalhei no governo de Lula durante oito anos, de 2003 até 2010, convidado para comandar o Banco Central. Neste período, mais de dez milhões de empregos foram criados no Brasil. Isso é um fato inquestionável. Quarenta milhões de pessoas saíram da linha da pobreza, o que mudou a vida do país por um longo tempo.

Meirelles foi do BC no governo Lula (Foto: Teirrer)

Meirelles foi do BC no governo Lula (Foto: Teirrer)

Tivemos no país um crescimento médio de 4%, que é relevante – e o último ano, em 2010, foi de mais de 7%. No período em que a meta de inflação foi de 4,5%, de 2005 até 2010, a inflação média foi de 4,5%. Isso é impressionante, e a longo prazo a inflação na meta é a que gera mais emprego. 

No cenário externo, quando assumi o BC, o país tinha baixo nível de reservas cambiais e dívida de US$ 30 bi com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A diretora do FMI à época, Ana Maria Jul, vinha todo ano cumprir a missão de dizer o que o Brasil deveria fazer. Pois bem, eu tive a felicidade de, como presidente do BC, assinar o cheque pagando a dívida e dando adeus ao FMI.

O Brasil decretou sua independência financeira. Ao longo da minha passagem pelo BC, conseguimos acumular quase US$ 300 bilhões em reservas, dando ao país condições de enfrentar situações posteriores difíceis e graves. Encaramos com sucesso a crise de 2008, quando o Brasil teve a menor e mais curta recessão no mundo.

 Este é um resumo dos fatos. Isso é, na minha opinião, o que interessa à população, que é emprego, renda, e melhor padrão de vida. E mostrar quem faz, quem realiza. 

Essa história de só falatório pode impressionar muita gente, mas eu acredito em fatos. Eu olho e vejo os resultados. Isso me fez participar hoje do evento de apoio ao Lula com tranquilidade e confiança, porque sei o que funciona, e o que pode funcionar no Brasil.

Veja AQUI o conteúdo na íntegra.

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segunda-feira - 19/09/2022 - 13:28h
"Voo da madrugada"

MP Eleitoral quer coibir derramamento de “santinhos” nas ruas do RN

A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio Grande do Norte (PRE/RN) expediu instrução para que os promotores eleitorais em todo o estado estejam atentos ao derramamento de materiais de campanha, como “santinhos”, panfletos e adesivos nas ruas próximas aos locais de votação durante as eleições deste ano. A prática, conhecida como “voo da madrugada”, mesmo acontecendo à véspera da eleição, constitui propaganda irregular.

"Voo da madrugada (Foto meramente ilustrativa)

“Voo da madrugada” é prática antiga, “normal” e que impunidade estimula  (Foto meramente ilustrativa/Arquivo)

Para coibir e punir os envolvidos, as equipes do Ministério Público Eleitoral (MPE) devem estar atentas e promover as diligências com relatórios que permitam a identificação dos candidatos beneficiados, incluindo fotografias claras do material espalhado nas ruas e calçadas. A notícia de fato ou procedimento preparatório eleitoral resultantes devem, então, ser encaminhados ao Ministério Público Federal com celeridade para dar andamento à investigação.

Ruas limpas 

O candidato que ordenar ou permitir o derramamento de materiais de campanha nas ruas estará praticando propaganda irregular, sob pena de multa, além da apuração do crime, conforme previsto na legislação eleitoral (Lei nº 9.504/1997).

O procurador regional eleitoral Rodrigo Telles afirma que o material irregular nas ruas “gera impactos sociais e políticos, uma vez que pode influenciar os eleitores no dia do pleito de forma ampla e geral, contribuindo para que criem ou modifiquem seu convencimento”.

Nota do Canal BCS (Blog Carlos Santos) – Toda campanha essa instrução se repete, da mesma forma que se repete a prática do que se propõe a combater. Essa AQUI é de 2014, por exemplo. AQUI está a de 2016 e tem mais essa AQUI de 2018.

Não apenas é comum espalharem propaganda a favor, como panfletos e outros materiais impressos contra adversários. A campanha municipal de 2020 é um exemplo, veja AQUI. Alguém punido?

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segunda-feira - 19/09/2022 - 10:00h
Brasileirão

ABC e América vivem momento especial no futebol do RN

Times de Natal venceram jogos decisivos no sábado e domingo passados (Fotomontagem do Canal BCS)

Times de Natal venceram jogos decisivos no sábado e domingo passados (Fotomontagem do Canal BCS)

O futebol profissional do Rio Grande do Norte, há muito concentrado em Natal, respira.

A temporada 2022 está próxima do final e seus principais clubes, América e ABC, podem conquistar títulos nacionais relevantes.

Contudo, já podem comemorar antecipadamente duas grandes conquistas: o acesso de cada um, respectivamente, às séries C e B do Brasileirão.

Quanto ao América, falta uma partida decisiva (veja AQUI) no próximo domingo(25) para se sagrar campeão da Série D.

Em relação ao ABC, à semifinal está próxima (veja AQUI). também tendo chances de ser campeão da Série C.

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segunda-feira - 19/09/2022 - 09:20h
Operação Lectus II

PF e CGU fazem busca e apreensão contra desvios de recursos Covid-19

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Lectus II, nesta manhã (19), destinada a apurar montagem em dispensas de licitações, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro no Município de São Gonçalo do Amarante, RN.

Operação de hoje é desdobramento de outra com investigação bem adiantada (Foto: PF/Divulgação)

Operação de hoje é desdobramento de outra com investigação bem adiantada (Foto: PF/Divulgação)

Cerca de 20 policiais federais, além de auditores da Controladoria Geral da União estão cumprindo 4 mandados de busca e apreensão nos municípios de São Gonçalo do Amarante, Natal e Ouro Branco, ordens expedidas pela 2ª Vara Federal – Seção Judiciária do Rio Grande do Norte.

A ação de hoje visa apurar mesmo grupo empresarial investigado na Operação Lectus, que no caso ora sob investigação teria celebrado irregularmente contratos com a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, RN, para prestação de serviços de locação de equipamentos médicos e fornecimento de acessórios e insumos para implantar leitos clínicos, além de locação de mão de obra e equipamentos, instalação de rede de oxigênio e fornecimento de oxigênio, destinados ao Hospital de Campanha de São Gonçalo do Amarante no Município.

Ao longo da execução dos contratos nos anos de 2020 e 2021, que somam R$ 3.531.800,00, identificou-se pagamento de vantagem indevida a gestor do município, que se valeu de terceiro para receber a quantia suspeita.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, por montagem nas dispensas de licitação, corrupção ativa ou passiva, além de lavagem de dinheiro e, se condenados, poderão cumprir penas superiores a 10 anos de reclusão.

Sobre o nome da operação, trata-se de referência ao objeto da investigação, leito (lectus em latim) de hospital.

Não haverá entrevista coletiva.

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segunda-feira - 19/09/2022 - 08:02h
Luta pelo voto

DataVero e 98 FM vão apresentar pesquisa eleitoral nessa terça-feira

DataVero - instituto de pesquisaO Instituto DataVero de Natal vai divulgar mais uma rodada de pesquisas de âmbito estadual.

Será amanhã (terça-feira, 20), às 18 horas.

Os números para presidente da República a deputado estadual vão ser apresentados dentro do programa “Repórter 98”, da 98 FM.

A pesquisa também vai identificar alcance e possível influência dos programas eleitorais, bem como evolução da força ou não dos prefeitos no voto ao Senado e Governo do Estado.

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segunda-feira - 19/09/2022 - 07:22h
Pesquisas apontam

14 estados podem decidir eleições ao governo ainda no primeiro turno

Do Poder 360

Nas disputas pelos governos em 14 unidades da Federação, há candidatos que hoje têm mais de 50% dos votos válidos e estão isolados além da margem de erro em relação aos adversários nas pesquisas de intenção de voto. Se confirmarem essa tendência em 2 de outubro, podem liquidar a fatura no 1º turno.

Os dados são de levantamento do Poder360 (veja AQUI) com base nos últimos estudos eleitorais registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cujos dados puderam ser verificados. Em alguns casos, foram priorizadas pesquisas de empresas já consolidadas no mercado, desde que tenham sido realizadas recentemente.candidatos-competitivos-estado-drive-16-set-2022_1-2-768x2503- Eleições 2022 - Disputa ao Governo nos estados brasileiros - 19-09-2022

Os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do Pará, Helder Barbalho (MDB), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), têm 30 pontos percentuais ou mais de vantagem sobre os adversários. Os 4 são os que têm mais chance de vencer sem a necessidade de uma nova rodada, de acordo com as pesquisas.

Nas corridas eleitorais dos Estados e do Distrito Federal, 18 governadores aparecem na liderança das pesquisas e são favoritos à reeleição. Desses, ao menos 9 têm chances reais de vencerem as disputas já no 1º turno.

Fátima Bezerra (PT), no Rio Grande do Norte, Ronaldo Caiado (União Brasil), no Goiás, Ratinho Jr. (PSD), no Paraná, Wanderlei Barbosa (Republicanos), no Tocantins, e Gladson Cameli (PP), no Acre, estão a mais de 20 pontos de distância dos concorrentes mais próximos e também podem ser reeleitos em 1º turno.

O único a não liderar a corrida pela reeleição é o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Ele está empatado tecnicamente em 2º lugar com o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Quem lidera no Estado é o ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

Histórico

Para ser eleito no 1º turno no Brasil, o candidato ou candidata precisa receber pelo menos 50% mais 1 dos votos válidos. Ou seja, ter mais votos do que todos os adversários somados. Nesse cálculo, não são considerados os votos em branco ou nulos.

O histórico das eleições para os governos estaduais mostra que, se o cenário atual se concretizar, 2022 vai igualar o ano com mais governadores eleitos em 1º turno –2010, quando 18 nomes foram reconduzidos ao cargo, recorde desde 1990.  Quantas vezes eleições a governador no Brasil terminaram no primeiro turno - 1990 a 2018 - 19-09-2022- Poder 360

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segunda-feira - 19/09/2022 - 05:50h

Pensando bem…

“Todos nós temos o extraordinário codificado dentro de nós, esperando para ser liberado.”

Jean Houston

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domingo - 18/09/2022 - 19:50h
Arena das Dunas

América vence e decidirá título da Série D com boa vantagem em MG

O América-RN saiu na frente e bem, na disputa do título da Série D 2022. Em jogo neste domingo (18) no Arena das Dunas, com público de mais de 30.261 pagantes, venceu o Pouso Alegre (MG) por 2 a 0.

Os gols foram de Téssio e Wallace Pernambucano, um em cada tempo.

Agora, na partida de volta no próximo domingo no Estádio Manduzão, casa do Pouco Alegre, poderá perder por até um gol de diferença que será campeão.

Se perder por dois dois, haverá disputa de pênaltis.

Independentemente do ser ou não campeão, o alvirrubro potiguar já está classificado para a Série C 2023, ao lado do próprio Pouso Alegre, além do Manaus (AM) e o São Bernardo (SP).

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 18/09/2022 - 13:38h

Maranhão – Capítulo VI

Por Inácio Augusto de Almeida

As largas avenidas bem iluminadas, o passar-passar de carros, o som do reggae, as motos envenenadas dos jovens que, apesar do calor, teimam em usar blusões de couro…

Avenida Beira-Mar em São Luís (Foto ilustrativa)

Avenida Beira-Mar em São Luís (Foto ilustrativa)

Na Avenida Litorânea, a brisa do começo de noite tornava menos quente, para os coopistas, a caminhada do fim de tarde.

Entre os muitos carros que iam e vinham, deu para o menino de cabelos cortados à escovinha ver o grande carro que levava a Viúva Louca para a pizza com guaraná champanhe. Não havia necessidade de olhar a folhinha. Com certeza, o dia era sábado.

Sentiu que aquela Avenida ainda não ganhara um nome definitivo porque esperava que um político de renome nacional se fosse desta para melhor. Tem coisas que só acontecem no Maranhão. Reserva de mercado de nome de Avenidas, Ruas, Cidades. Ou será que ruas vão ser chamadas infinitamente de rua 42, Avenida N etc.? E será que cidades vão manter nomes como São João dos Poleiros, Muriçoca, Curva Grande e Olho d’ Água das Cunhãs?

Cidades que estão cercadas por outras de nomes como: Vitorino Freire, Pio XII, Governador Archer, Gonçalves Dias, Presidente Dutra, etc. E olhe que Eurico Gaspar Dutra não era maranhense. Será que o Presidente José Sarney, maranhense de Pinheiro, maior expressão política do Maranhão em todos os tempos, vai ficar sem ter uma cidade com o seu nome?

O calçadão começava a ficar congestionado. Já não eram apenas os que iam fazer a caminhada diária. Chegavam com a noite os apreciadores de caranguejo, os degustadores de camarão. Os que tinham a felicidade de poder desfrutar daquela brisa, da noite mais que estrelada que só São Luís oferece.

Começou a limpar os vidros. Junto com a brisa vinha uma camada de areia gina que embaçava quase que por completo os para-brisas dos carros que ficava a vigiar. Tinha que fazer isto a cada meia hora. Embaixo do braço o livro. Era nos intervalos que tinha algum tempo para estudar.

Olhou para as luzes de São Luís e lembrou-se de Manuel Beckman, o Bequimão, o maior herói maranhense. Um português nascido em Lisboa, mas que tinha abraçado a causa dos maranhenses mais do que qualquer um outro da terra.

Coisas do Maranhão.

ACOMPANHE

Leia tambémMaranhão – Capítulo I;

Leia tambémMaranhão – Capítulo II;

Leia tambémMaranhão – Capítulo III;

Leia tambémMaranhão – Capítulo IV;

Leia também: Maranhão – Capítulo V.

Inácio Augusto de Almeida – Boêmio/Sonhador

Este capítulo é dedicado ao Marcos Ferreira, maior escritor mossoroense em atividade.

(Continua no próximo domingo)

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Categoria(s): Conto/Romance
domingo - 18/09/2022 - 12:32h

Valorização do Dólar frente ao Euro compromete fruticultura

Por Josivan Barbosa

O produtor de frutos tropicais está vivenciando um problema decorrente da valorização do dólar frente ao Euro. Como a Europa é o principal mercado de exportação de frutos tropicais produzidos no Semiárido, a desvalorização do Euro frente ao dólar provoca problemas de redução nos volumes de frutos que os importadores fariam com os contratos fechados em euro.

Euro e Dólar tem relação direta com fruticultura do semiárido (Foto ilustrativa)

Euro e Dólar tem relação direta com fruticultura do semiárido (Foto ilustrativa)

A situação representa mais uma dificuldade para o produtor de frutos tropicais na nossa região, uma vez que já está tentando administrar uma elevação de cerca de 30% nos custos do produto devido os preços de combustível e insumos (sementes, fertilizantes e agroquímicos, embalagem e frete marítimo).

Os contratos são estipulados em euro ou em dólar. No caso do cliente externo que paga em euro, ele tem que desembolsar um incremento de 30% decorrente dos insumos e mais o valor em razão da desvalorização do euro. Isso implica em menor volume de fruta a ser importada.

Outro grande problema enfrentado pelo produtor de frutos tropicais é decorrente da instabilidade do transporte marítimo, como falta de navios e a logística de alguns portos, como por exemplo o Porto de Natal.

Novas Estradas

O Governo do Rio Grande do Norte precisa a partir de janeiro incrementar um programa de construção de estradas que são prioritárias para o desenvolvimento do negócio rural na região. As principais estradas são: Estrada do Cajueiro (BR 437), Estrada do Caju (ligando a sede do município de Severiano Melo com a divisa com Tabuleiro do Norte), Requalificação da Estrada do Camarão e a Transchapadão (ligando o distrito de Soledade em Apodi à divisa com Tabuleiro do Norte via Chapada do Apodi). Além disso, não podemos mais esperar que a nossa Costa Branca continue isolada do resto do Estado pela falta de duas pontes (Grossos Areia Branca e uma ligando a Costa Branca com a BR 437 (Porto do Mangue – Macau).

Estrada do Caju

A Estrada do Caju é fundamental para o escoamento da produção de caju a partir de Severiano Melo, Itaú, Rodolfo Fernandes, Apodi e Alto Santo (CE) para o grande mercado da região de Fortaleza. A Estrada do Caju representa a menor distância para a ligação do município de Severiano Melo com a BR 116 via Tabuleiro do Norte. Claro que haveria a necessidade de uma parceria com o Governo do Ceará para a construção do trecho que vai da divisa até o distrito de Olho D´água da Bica, onde inicia-se a pavimentação. A região de Severiano Melo detém o melhor nível tecnológico para a produção de caju do Semiárido.

Trecho da Estrada do Caju no último período chuvoso. (Fonte: CTARN – UFERSA)

Trecho da Estrada do Caju no último período chuvoso. (Fonte: CTARN – UFERSA)

Uma forma do produtor agregar valor ao produto é a venda do caju de mesa (pseudo fruto do ponto de vista botânico). Mas, como o produto é altamente sensível a danos mecânicos, não pode ser transportado em estradas de péssima qualidade. O mercado da grande Fortaleza representa uma grande oportunidade para o caju in natura (fruto fresco).

Atualmente o produtor de Severiano Melo que trabalha com o caju de mesa prefere enviar para a região de Campina Grande cujo mercado representa apenas 10% do volume da grande Fortaleza.

Severiano Melo e região circunvizinha já possui mais de 10 mil hectares de caju para a produção de castanha e caju de mesa.

A partir da castanha do caju e do fruto in natura ocorrem os movimentos econômicos, desencadeando o comércio com outras cidades, fortalecendo sua base econômica, o que implica na geração de  empregos locais com valores de remuneração bem acima do valor do salário mínimo.

O município de Severiano Melo dispõe de apenas uma agroindústria, o que força a necessidade de escoamento da produção para outras regiões com a região de Aracati onde tem grandes empresas processadoras de caju para fabricação de polpa e suco.

Estrada do Camarão

A carcinicultura é um dos setores que conseguiu projetar-se como uma grande fonte econômica para o Estado do Rio Grande do Norte. É importante ressaltar que, no Brasil, esse nicho de mercado deu seus primeiros passos na década de 1970, quando o Governo do Rio Grande dom Norte, por meio do seu então governador Cortez Pereira, criou o “Projeto camarão” para estudar a viabilidade do cultivo desse crustáceo em substituição à extração do sal, que havia sido até então uma forte atividade econômica na região.

Fazenda de engorda

Fazenda de engorda em Pendências (Fonte: CTARN – UFERSA)

A estrada do camarão liga o município de Pendências a Porto do Mangue. A estrada começa na RN-118 e se liga a RN-404 e foi feito em 2005 pelo governo federal com o intuito de melhorar o transporte do camarão.

Atualmente a estrada encontra-se praticamente toda destruída, havendo necessidade de uma requalificação geral.

A importância da requalificação da Estrada do Camarão pode ser exemplificada pela empresa Potiporã.

A 195 km de Natal, no município de Pendências, encontramos a maior fazenda de engorda de camarão do Brasil, a fazenda Potiporã. São 1,2 mil hectares com 86 viveiros para os crustáceos, 60 berçários e 35 quilômetros de canais produzindo em média 800 toneladas de camarão por mês. Levando o título também de maior indústria de processamento e beneficiamento da carcinicultura, a empresa distribui seus produtos para todos os estados brasileiros, de Manaus a Porto Alegre.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 18/09/2022 - 11:34h

Paz para as urnas eletrônicas

Por Ney Lopes

Não pode passar despercebido neste momento de tanta intolerância política, o gesto democrático do TSE, aprovando nessa última semana (veja AQUI), à unanimidade, a proposta de projeto-piloto de fiscalização das urnas eletrônicas apresentado pelas Forças Armadas, na Comissão de Transparência das Eleições.

Projeto piloto vai ocorrer com participação de voluntários (Foto: TSE)

Projeto piloto vai ocorrer com participação de voluntários (Foto: TSE)

O projeto-piloto será executado com eleitores voluntários.

Após votar, eleitores e eleitoras serão convidados a participar em um lugar à parte, a fim de testar o sistema.

O Teste de Integridade é uma votação pública, aberta e auditada, realizada em urna já pronta para a eleição.

Em processo filmado, votos em papel são digitados na urna, contados e o resultado comparado à totalização da urna.

O projeto é flexível, adequando-se às possibilidades dos Tribunais Regionais Eleitorais.

Envolverá entre 5% e 10% do total de urnas eletrônicas destinadas ao Teste de Integridade, o que significa que o piloto envolverá de 32 a 64 urnas em pelo menos cinco capitais estaduais e o Distrito Federal.

O Teste de Integridade já ocorre há 20 anos nas eleições.

É um dos eventos mais relevantes para atestar o grau de confiança nas urnas eletrônicas, que ocorre nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) no mesmo dia do pleito, e é acompanhado por empresa de auditoria externa.

Em 2022 serão incorporadas sugestões de segurança, sobretudo de parte das Forças Armadas.

Durante a fiscalização, ainda é verificado se há coincidência entre as cédulas; os boletins de urna; os relatórios emitidos pelo sistema de apoio à auditoria e o Registro Digital do Voto (RDV), a tabela digital em que são assinalados os votos eletrônicos.

Até hoje, não foi constatada nenhuma divergência.

Todo o processo é filmado, conta com a participação de entidades fiscalizadoras e pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no local de realização do teste.

Muitos regionais, inclusive, transmitem os Testes de Integridades ao vivo pela plataforma YouTube.

A testagem, com a presença das Forças Armadas, articulado com o ministro da Defesa, amplia a lisura do processo eleitoral, que jamais foi contestado e é tido como exemplo para o mundo.

Do ponto de vista político garante a antecipação de paz política no Brasil após as eleições. São públicas e notórias as ameaças de medidas excepcionais de parte dos seguidores do presidente Bolsonaro, no sentido de impugnar a urnas eletrônicas, somente se ele perder a eleição.

Significa verdadeira espada de Dâmocles sob a cabeça da democracia brasileira.

Agora, espera-se que este assunto esteja superado e o país caminhe para o 2 de outubro, com a certeza de paz sobre a credibilidade das urnas eletrônicas e que a vontade da maioria seja colhida, respeitada e os eleitos tomem posse, na forma da Constituição.

Isto é o que a maioria esmagadora do povo brasileiro quer e deseja.

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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domingo - 18/09/2022 - 10:44h

Álbuns de fotografia

Foto ilustrativa (Reprodução da Web: ateliejackiemonteiro)

Foto ilustrativa (Reprodução da Web: ateliejackiemonteiro)

Por Odemirton Filho 

Um dia desses um jovem senhor reviu alguns álbuns de fotografia que estavam guardados no guarda-roupa do seu quarto. Em cada foto, uma lembrança, uma fase da vida.

Os pais ainda jovens, carregando-o nos braços. Viu-se criança, sem as marcas da vida estampadas no rosto. Fotos no colégio, participando de uma festa junina com um bigode pintado a lápis preto.

Fotos de alguns aniversários, um bolo com poucas velas; fotos de suas irmãs no junho da vida.

Reviu, também, fotos da festa de Bodas de Ouro dos seus avós. Fotos de primos e amigos de infância. Depois, as fotos da sua lua de mel, marcando o começo de uma vida repleta de sonhos. Esqueceu, por instantes, as dificuldades que juntos enfrentaram. Uma luta medonha.

Estavam ali fotos dos seus filhos, num andador, num cercadinho; o inocente e lindo sorriso nas festas de aniversário, regadas a cachorro-quente, brigadeiro e refrigerante. Hoje se tornaram adultos e seguem o próprio caminho, como deve ser.

Há alguns anos não tínhamos a tecnologia dos aparelhos de telefone celular. Era preciso agendar com um fotógrafo para “bater a chapa”, e pedir a Deus para o filme não queimar.

As fotos retratam um momento de nossas vidas, é certo. Ao vê-las, relembramos fatos e, principalmente, pessoas. Algumas já partiram para o plano espiritual, outras, seguiram o seu rumo. A vida, infelizmente, cuida de nos afastar das pessoas queridas.

O jovem senhor fechou os velhos álbuns de fotografia. Estava com os olhos marejados. Foi cuidar da vida, com o coração inundado de lembranças. Abriu um largo sorriso, pois aquelas fotos traziam saudades; inesquecíveis recordações.

Vieram à mente as palavras de Clarice Lispector:

“Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades; sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei; sinto saudades dos que foram e de quem não me despedi direito. Daqueles que não tiveram como me dizer adeus”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 18/09/2022 - 09:50h

O jurista interdisciplinar

Por Marcelo Alves

Max Weber (1864-1920) é um dos maiores teóricos sociais de todos os tempos, sabemos. Ele é considerado, ao lado do precursor Auguste Comte (1798-1957), de Karl Marx (1818-1883) e Émile Durkheim (1858-1917), como um dos “pais fundadores” da moderna sociologia. A sua obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo” (1904) é deveras badalada. O que muitos não sabem, entretanto, é que Weber, para além de sociólogo – e até antes disso –, foi um jurista de formação e mesmo um advogado praticante.

Max Weber é uma referência até nosso tempo (Foto: Reprodução)

Max Weber é uma referência até nosso tempo (Foto: Reprodução)

Weber nasceu em Erfurt, na então Prússia, em 1864, em uma família muito bem conectada cultural e politicamente. Figuras proeminentes frequentavam sua casa. A criança/jovem já dali aprendeu muito. Em 1882, foi fazer direito na Universidade de Heidelberg. Ali estudou também teologia, filosofia, economia, história e por aí vai. Em 1884, foi para a Universidade de Berlim. Mesmo formado, advogando, continuou seus estudos.

O doutorado em direito é de 1889. A habilitação para o professorado, com a tese de pós-doutorado, é de 1891. Casou-se com Marianne Schnitger (1870-1954, célebre feminista e escritora) em 1893. Foi ser professor de economia na Universidade de Freiburg e, em seguida, na Heidelberg de seus primeiros estudos universitários.

De Weber, são famosos os títulos “A ciência como vocação” (1917) e “A política como vocação” (1919) e o livro póstumo “Economia e Sociedade” (1920). E, claro, a sua magnum opus “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, que seminalmente analisa o papel da religião (no caso, em especial, o calvinismo e as suas derivações) e de outros fatores culturais na construção dos chamados sistemas econômicos e jurídicos.

Quanto ao direito especificamente, como anota Robert Hockett (em “Little Book of Big Ideas – Law”, A & C Black Publishers Ltd., 2009), nos anos imediatamente posteriores à 1ª Guerra Mundial, “Weber esteve envolvido, pelo lado alemão, tanto nas negociações que levaram ao Tratado de Versalhes como na formatação da Constituição de Weimar do pós-guerra alemão”.

Aliás, falecido já em 1920, “muitos dos mais influentes trabalhos de Weber foram publicados postumamente. Entre as muitas teorias que ele desenvolveu está aquela do estado moderno como um passo em direção ao que ele chamou de ‘realização burocrática’, segundo a qual a característica marcante do governo moderno é o fato de agir cada vez mais por meio de agências administrativas e executivas tomadas por experts e ‘tecnocratas’. Isso acabou se mostrando fundacional para todas as modernas concepções de direito e processo administrativo”.

É verdade que, como teórico da ciência jurídica, contraditoriamente ao que se poderia imaginar de um sociólogo, Weber foi defensor de um direito formal e racional, obediente a critérios certos de ordem interna, o que faz dele, sob o prisma histórico, um dos precursores do positivismo jurídico como jusfilosofia em busca de um método articulado e lógico para o direito.

Todavia, a grande contribuição de Max Weber para a ciência jurídica está na ideia da mistura, em si, que ele empreendeu do direito com as outras ciências – e, aqui, por óbvio, o direito está longe de ser “puro”, num sentido exageradamente (e distorcido, confesso) kelseniano.

Levando em consideração o direito e a sociologia, Weber, Durkheim e Eugen Ehrlich (1862-1922), pensadores com formação em ambas as ciências, em fins do século XIX e no começo do XX, construíram as pontes para a interação desses dois saberes. E Weber foi mais longe: direito, sociologia, economia, política, filosofia, religião e outros componentes culturais, tudo “junto e misturado”, a fim de se compreender a sociedade em seu sentido mais amplo.

O método dos estudos interdisciplinares é uma tendência que ganhou corpo, mundo afora, em meados do século XX. Na academia de hoje, uma das “coqueluches” (leia-se “moda”) é a tal interdisciplinaridade, aqui entendida como a interação, nos mais diversos níveis de complexidade, das áreas do saber, visando à compreensão da realidade que nos cerca. E o estudo interdisciplinar do direito, misturado com outras ciências sociais, tanto na academia como na literatura jurídica em geral, explodiu, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos da América. Movimentos como “law and society”, “law and economics”, “critical legal studies”, “law and literature”, “law and cinema”, “critical race theory”, “feminism jurisprudence”, dentre outros, são os exemplos mais conhecidos dessa interdisciplinaridade jurídica. Isso chegou ao Brasil.

E se temos um precursor para essa mistura, se podemos apontar alguém como o responsável por assentar as bases para essa interdisciplinaridade no direito, ele é Max Weber.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 18/09/2022 - 09:00h

O “Terceiro Maia” e a queda de um mito político

Por Jessé Rebouças

A década de 80 dos anos 1900 representa, sem dúvida, uma “virada de chave” na história econômica e política brasileira. Em matéria de economia, de 1930 a 1980, o Brasil cresceu uma média de 6% ao ano, ou seja, foram cinquenta anos de crescimento exuberante, a partir do qual o Brasil deixou de ser um País rural – 70% da população morava no campo em 1940 – e se tornou uma das quinze maiores potenciais industriais do mundo – o PIB brasileiro expandiu em participação da indústria de 20% em 1947 para 36% nos anos 90 de 1900[1]. Porém, 80 representara o fim desse ciclo de crescimento iniciado na década de 30, período que ficou (acertadamente) conhecido como a “década perdida”.

Agripino com o filho Felipe nos braços em 1982 (Foto: autoria não identificada)

Lavoisier Maia, Tarcísio Maia e José Agripino Maia (com o filho Felipe), a tríade Maia em 1982 (Foto: autoria não identificada)

No que tange à política, é de mister contextualizar.

O golpe militar de 1964, que ocorrera no final de março/início de abril, manteve na legalidade os partidos registrados. Porém, nas eleições diretas de 1965, o governo perdeu em cinco Estados, dentre os quais estavam a Guanabara[2] e Minas Gerais, dois importantes colégios eleitorais.

A retaliação da ditadura militar se deu através da edição do Ato Institucional n° 2 no dia 27 de outubro de 1965, que, dentre outras medidas, extinguiu todos os partidos políticos e proibiu a eleição direta para presidente, senador, governador e prefeito.

Com efeito, no final da década de 70 dos anos 1900, Geisel e Golbery forjaram a fórmula “abertura lenta, gradual e segura”, de modo que, no período logo subsequente, sob o tacão de João Figueiredo, o Brasil experimentaria a primeira eleição majoritária – a bem da verdade, existiu um arremedo de sufrágio a partir de 1972, porém, as manipulações no processo eleitoral tornariam a caracterização das eleições como abertas num equívoco conceitual elementar.

Propaganda da campanha de Aluízio em 1982 (Reprodução/Arquivo do Canal BCS)

Propaganda da campanha de Aluízio em 1982 (Reprodução/Arquivo do Canal BCS)

Sob muitos aspectos, as eleições gerais de 1982 representaram uma quebra de paradigma. No plano nacional, o direito ao sufrágio retomara fôlego e, pela primeira vez em quase duas décadas, os cidadãos(ãs) poderiam escolher os governantes do seu Estado de forma livre e direta, ademais da nova sistemática pluripartidária, encerrando o ciclo bipartidário que caracterizou a ditadura militar; no plano estadual, os sintomas dessa nova conjuntura estavam evidentes.

No Rio Grande do Norte, por duas décadas, Dinarte Mariz e Aluízio Alves, aliás dois dos maiores líderes populares da história do Estado, protagonizaram a cena política potiguar. Com a abertura, iniciam-se as movimentações das peças no tabuleiro estadual. Aluízio Alves logo se estabeleceu como candidato natural pelo PMDB; o PT lançou Rubens Lemos; o PTB Vicente Cabral de Brito e o PDS o mossoroense José Agripino Maia.

A candidatura de José Agripino Maia ao governo do estado em 1982 não se deu de modo natural, como a Aluízio Alves. O jovem engenheiro vinha da experiência política de ser prefeito de Natal nomeado pelo seu primo e então governador, o almino-afonsense Lavoisier Maia Sobrinho – à época, os governadores, que eram nomeados pela ditadura militar, indicavam os prefeitos das respectivas capitais.

Contudo, enfrentou oposição dentro do próprio partido, especialmente porque existia uma ala que não queria “o terceiro Maia” no governo – o pai de José Agripino (Tarcísio Maia) e primo (Lavoisier Maia) governaram o RN entre 1975 e 1983, quando este entregou o bastão ao Maia mossoroense –, algo que, pelas minhas pesquisas, nunca ocorrera.

O “Pacto de Solidão” [3] nasce justamente disso, com o desiderato de obstar a candidatura de José Agripino. Esse acordo foi forjado entre os pedessistas Geraldo Melo (vice-governador), Wanderley Mariz, Martins Filho (Senador), Vingt Rosado (deputado federal) e o anfitrião Dinarte Mariz. Mas, Dinarte Mariz, em função do pragmatismo político e certamente orientado pela bílis que caracterizava a disputa com o seu figadal opositor, Aluízio Alves, optou por apoiar José Agripino Maia, cujo resultado foi o desfazimento do grupo.

Com isso, o deputado federal Vingt Rosado, mesmo optando por ficar entre os quadros pedessistas, resolveu não apoiar Agripino e defender o voto em branco, episódio que ficou conhecido como “voto camarão”[4] – tecnicamente, era denominado pela legislação de voto vinculado –, episódio esse que será objeto de texto à parte. Já o homem do “vento forte no Rio Grande do Norte”, Geraldo Melo, renunciou à vice-governadoria para apoiar Aluízio Alves.

A última vez que os potiguares votaram diretamente para governador foi na eleição de 1965, que elegeu o monsenhor Walfredo Gurgel com o apoio do então governador Aluízio Alves. Em 15 de novembro de 1982, o resultado das urnas impôs à então imaculada ficha curricular política do mito Aluízio Alves uma acachapante derrota para o “Terceiro Maia”, o jovem José Agripino, com quase 107 mil votos de maioria, diferença essa nunca vista até aquela data.

Wilma e Garibaldi conseguiram reeleição (Foto: reprodução/Arquivo)

Wilma e Garibaldi conseguiram reeleição (Foto: reprodução/Arquivo)

Dessarte, um mito da política potiguar teve de submeter-se à derrota imposta pelas urnas. É de ressaltar, ainda, que José Agripino Maia conseguiu feitos políticos que o colocam em lugar de destaque na história política do RN:  i) desde a segunda república (1946), Agripino foi o primeiro político a ocupar, por duas vezes, a cadeira do governo, feito repetido, apenas, por Garibaldi Filho e a também mossoroense Wilma de Faria (fora Maia também), ou seja, de 1946 até a presente data, os únicos que repetiram a titularidade das rédeas do Estado foram três potiguares sendo dois oriundos da terra da resistência, simetria que pode ser quebrada pela reeleição da paraibana Fátima Bezerra nas eleições gerais desse ano (2022); ii) venceu quatro eleições majoritárias seguidas,  feito não repetido por nenhum outro político do Estado.

As eleições gerais de 1982 têm, simbólica e concretamente, a tarefa de reformar o País através do voto direto e livre, ademais de colecionar as singularidades abordadas ao longo dessas linhas; as eleições gerais de 2022, sob circunstâncias diferentes, também se revelam com potenciais idiossincrasias, tanto no âmbito nacional – com a possibilidade de, pela primeira vez desde à redemocratização, o chefe do executivo federal não conseguir a renovação do seu mandato –, como no RN, que pode reeleger a paraibana Fátima Bezerra governadora, fato que repetido apenas por Garibaldi Alves Filho – o mais mineiro dos políticos potiguares – e Wilma de Faria no pós-Constituição de 1988.

[1] BAER, Werner. A Economia Brasileira. 2ª ed. São Paulo: Ed. Nobel, 2005.

[2] O Estado da Guanabara durou apenas 15 anos. A cidade do Rio de Janeiro foi a capital do Brasil de 1763 até 1960, data da interiorização da capital da república para recém-criada Brasília. Assim, quando o antigo Distrito Federal se deslocou para o centro do País, este se converteu em Estado, denominado de Guanabara. Uma curiosidade: a Constituição de 1946 trazia, no seu ADCT, a previsão da interiorização da capital federal para o planalto central. Portanto, JK cumpriu, apenas, um mandamento constitucional expressamente imposto,

[3] “Solidão” era o nome da fazenda do ex-senador, ex-governador e líder político Dinarte Mariz.

[4] Pela legislação do período, os eleitores eram a obrigados a votar “porteira fechada” num mesmo partido, do vereador ao governador, de modo que se alguém optasse por votar em branco na cabeça ou votasse em candidatos de partidos diferentes, o voto seria considerado nulo.

Jessé Rebouças é advogado

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Categoria(s): Artigo / Política
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