terça-feira - 13/09/2022 - 08:10h
Pesquisa TN/Difusora/Consult

Sondagem mostra nomes à Câmara Federal e Assembleia Legislativa

Do TN

Os eleitores do Rio Grande do Norte começam a definir votos para as eleições proporcionais deste ano. Ao contrário da primeira pesquisa (30/agosto), quando 66,71%  estavam indefinidos sobre quem votariam para deputado federal, na segunda pesquisa Tribunal do Norte/Rádio Difusora de Mossoró/Instituto Consult, o percentual de indecisos caiu 13,83%, chegando a 52,88%.eleições, bandeira do brasil e urna eletrônica

São oito vagas em disputa à Câmara dos Deputados e 24 à Assembleia Legislativa do RN.

Veja a baixo a relação de todos os citados a deputado federal e estadual:

Deputado Federal

NÃO SABE – 52.88
NENHUM – 10.35
NATÁLIA BONAVIDES – 3.00
JOÃO MAIA – 2.76
GARIBALDI – 2.24
MAJOR BRILHANTE – 1.94
GENERAL GIRÃO – 1.59
PAULINHO FREIRE – 1.53
ROBINSON FARIA – 1.47
MINEIRO – 1.41
DRA. VANESSA – 1.24
KELPS LIMA – 1.18
HENRIQUE – 1.06
BETO ROSADO – 1.06
LAWRENCE – 1.06
BENES LEOCÁDIO – 0.94
KALINE – 0.88
JAIME CALADO – 0.82
ZÉ LINS – 0.71
DR. ALESSANDRU – 0.59
CARLA DICKSON – 0.53
MILKLEI – 0.47
LEONARDO REGO – 0.47
PROFESSORA NILDA – 0.41
MÁRCIA MAIA – 0.35
MAX SERRÃO – 0.35
NATHAN QUEIROZ – 0.35
SANDRA ROSADO – 0.35
GILVAN ALVES – 0.35
MARA COSTA – 0.35
DRA. JÚLIA – 0.29
CAROL PIRES – 0.29
JERÕNIMO DO SERTÃO – 0.29
ANTONIO JÁCOME – 0.24
DR. ESTÁCIO – 0.24
THÁBATTA PIMENTA – 0.24
JACÓ JÁCOME – 0.24
SAMANDA – 0.24
ALEXANDRE MOTTA – 0.24
PABLO AIRES – 0.24
GARIBALDE LEITE – 0.18
CAMILA – 0.18
NETINHO FRANÇA – 0.18
REJANE DE CLÊNIO – 0.18
CAPITÃO EMERSON – 0.12
TÉRCIO TINOCO – 0.12
CARLA VERUSKA – 0.12
KERINHO – 0.12
WALTER – 0.12
CAMILA ARAÚJO – 0.12
DR. BERNARDO – 0.12
DR. KERGINALDO – 0.12
JOSUÉ – 0.12
TE – 0.12
GIDEON ISMAIAS – 0.12
GETÚLIO REGO – 0.06
ADJUTO DIAS – 0.06
LARISSA – 0.06
PASTOR MAX – 0.06
ELIABE – 0.06
LEOCÁDIO – 0.06
SGT GONGALVES – 0.06
JULIANA ROCHA – 0.06
MICHAEL DINIZ – 0.06
MARIA DO CABARÉ – 0.06
SARGENTO WALFRIDO – 0.06
ROBSON CARVALHO – 0.06
MÁRCIA DANTAS – 0.06
EZEQUIEL – 0.06
JEAN – 0.06
ALBERT DICKSON – 0.06
AMANDA – 0.06
PIONEIRO – 0.06
HERMANO MORAIS – 0.06
PROFESSOR DIEGO – 0.06
ANDRÉ GOLEIRO – 0.06
FLÁVIO DE TETE – 0.06
VICTOR HUGO – 0.06
GABRIEL DINIZ – 0.06
DRA. KARINA – 0.06
GABRIEL CÉSAR – 0.06
CÍCERO MARTINS – 0.06
WELLINGTON – 0.06
PL – 0.06
PT – 0.06
DRA. ROBERTA – 0.06
FÁBIO FARIA – 0.06
DR. MILANO – 0.06
TATI – 0.06
FÁTIMA – 0.06
UBALDO – 0.06
GILVAN CARLOS – 0.06
GUSTAVO CARVALHO – 0.06
DIEGO SILVA – 0.06
PROFESSOR CÍCERO – 0.06
LÍLIA – 0.06
GILZA – 0.06
BARBARA DANTAS – 0.06
MARINA – 0.06
ELIANE – 0.06
KIM KATAGUIRI – 0.06
Dr. PIO – 0,06

Deputado Estadual

NÃO SABE – 50.29
NENHUM – 9.47
GEORGE SOARES – 1.76
LUIZ EDUARDO – 1.65
DR. BERNARDO – 1.59
TOMBA – 1.53
EZEQUIEL – 1.47
KLÉBER RODRIGUES – 1.41
GETÚLIO REGO – 1.35
ADJUTO DIAS – 1.29
CRISTIANE DANTAS – 1.29
NÉLTER QUEIROZ – 1.24
VIVALDO COSTA – 1.24
NEÍLTON – 1.24
FRANCISCO DO PT – 1.18
ISOLDA – 1.12
TEREZINHA MAIA – 1.00
UBALDO – 0.94
DIVANEIDE – 0.88
CORONEL AZEVEDO – 0.88
JOSÉ DIAS – 0.82
GUSTAVO CARVALHO – 0.82
MAURÍCIO FILHO – 0.82
GALENO – 0.76
TAVEIRA JÚNIOR – 0.71
RAIMUNDO FERNANDES – 0.65
LARISSA ROSADO – 0.65
KERGINALDO – 0.59
ISAAC DA CASCA – 0.53
JADSON – 0.47
DR. ANAX – 0.41
WENDEL – 0.41
JORGE DO ROSÁRIO – 0.41
ZÉ PEIXEIRO – 0.41
ALBERT DICKSON – 0.29
IVANILSON – 0.29
HERMANO MORAIS – 0.29
EUDIANE – 0.29
JÚLIA ARRUDA – 0.24
ANTONIO JÁCOME – 0.24
MAURÍCIO VEICULOS – 0.24
TÉRCIO TINOCO – 0.24
TONY FERNANDES – 0.24
ROBSON CARVALHO – 0.18
ELIABE – 0.18
MANOEL MESSIAS – 0.18
LÍLIA – 0.18
PAULINHO FREIRE – 0.18
SARGENTO GONÇALVES – 0.18
NETINHO – 0.18
PT – 0.18
JACKSON – 0.18
BETO ROSADO – 0.18
RAIMUNDINHO DUARTE – 0.18
GILVAN BALADA – 0.12
THÁBATTA PIMENTA – 0.12
ALEXANDRE CAVALCANTI – 0.12
MÁRCIA MAIA – 0.12
CAROL GURGEL – 0.12
MARLEIDE CUNHA – 0.12
PL –  0.12
SHEILA FREITAS – 0.12
NINA CAMPELO – 0.12
FERNANDO LEOCÁDIO – 0.06
VALMIR – 0.06
THALIA LIMA – 0.06
FERNANDO LUCENA – 0.06
JACÓ JÁCOME – 0.06
NATÁLIA ARRUDA – 0.06
VILMA – 0.06
AMORA – 0.06
PROFESSOR LUIS CARLOS – 0.06
LEILA MAIA – 0.06
LUCIANO BARBOSA – 0.06
ADEÍLTON – 0.06
TOCHA – 0.06
MILKLEI – 0.06
GERSON – 0.06
MAX SERRÃO – 0.06
MICHAEL DINIZ – 0.06
CORONEL GOMES – 0.06
FRANCISCO DIAS – 0.06
JONATA NASCIMENTO – 0.06
KALINE AMORIM – 0.06
PROFESSOR DIEGO – 0.06
NATHAN CAPA LOKA – 0.06
JANAÍNA GUERREIRA – 0.06
ANNE MARJORIE – 0.06
MÁRCIO GOMES – 0.06
FLÁVIA ARRUDA – 0.06
LUCAS TUR – 0.06
ALEXANDRE TEIXEIRA – 0.06
PROFESSORA CELESTE – 0.06
TATIANA PIRES – 0.06
IRAMA BARBOSA – 0.06
CAMILA ARAÚJO – 0.06
PEDRO LOPES – 0.06
PREFEITO LOCUTOR – 0.06
PABLO – 0.06
PEDRO NETO – 0.06
CIONE MOURA – 0.06
DAIONARA ANDRADE – 0.06
EDUARDA – 0.06
ODAIR DINIZ – 0.06
GILTON SAMPAIO  – 0.06
NALDO DANTAS – 0.06
MARLENE RAMALHO – 0.06
GUSTAVO SOARES – 0.06
JOSÉ LINS  – 0.06
CIRO GOMES – 0.06
IVAN JÚNIOR – 0.06
HENRIQUE – 0.06
CLÉCIO – 0.06
CINQUENTINHA – 0.06
GENERAL GIRÃO – 0.06
KELPS LIMA – 0.06
MINEIRO – 0.06
BENES LÉOCÁDIO – 0.06
SOUZA – 0.06
DR. PIO – 0.06

Registro

A pesquisa TN/Difusora/Consult ouviu 1.700 eleitores em todo o Rio Grande do Norte. Os resultados estão sujeitos a um erro máximo permissível de 2,37%, com confiabilidade de 95%.

A realização da pesquisa em sua etapa de campo ocorre entre os dias 08 e 11 de setembro.

O registro da pesquisa na Justiça Eleitoral tem os protocolos BR 00819/2022 e RN 02162/2022.

Leia tambémFátima está com 39,8%; Styvenson, 18,1%; e Fábio 13,4%;

Leia também: Rogério Marinho e Carlos Eduardo estão literalmente empatados;

Leia também: Pesquisa proporcional, a complexa fórmula à eleição de um deputado.

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terça-feira - 13/09/2022 - 07:48h
Pesquisa TN/Difusora/Consult

Rogério Marinho e Carlos Eduardo estão literalmente empatados

Rogério, Carlos e Rafael são os candidatos com melhor posicionamento na pesquisa (Fotomontagem da TN)

Rogério e Carlos cresceram dentro da margem de erro da pesquisa e Rafael estacionou (Fotomontagem da TN)

Do TN

A pesquisa Tribuna do Norte/Rádio Difusora de Mossoró/Instituto Consult mostra que, para senador, o ex-ministro Rogério Marinho (PL) lidera numericamente a disputa. Mas, na prática, existe um empate técnico.

Estimulada

Marinho aparece com 27,12%; seguido do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT), com 26,76%, na consulta Estimulada. Liderança de apenas 0,36% para o candidato do PL. Depois, surge o deputado federal Rafael Motta (PSB), com 10,41%, estagnado na casa dos dez pontos percentuais.

Os percentuais alcançados por outros seis candidatos ao Senado Federal são os seguintes: Pastor Silvestre (PMN), 0,71%; Freitas Júnior (PSOL) e Shirley Medeiros (DC), 0,59%; Dario Barbosa (PSTU), 0,41%; Marcos do MLB (UP) e Geraldo Pinho (Podemos), 0,06%. Marcelo Guerreiro (PRTB) não foi citado.

Os eleitores que não votam em nenhum dos dez candidatos ao Senado são 15,35% e não sabe dizer, 17,94%.

Espontânea

Já na pergunta espontânea, os percentuais dos candidatos a senador foram estes: Rogério Marinho, 15,47%; Carlos Eduardo, 10,76%; Rafael Motta, 3,06% e Freitas Júnior, 0,18% e Pastor Silvestre, Marcos do MBL e Dario Barbosa, 0,06%.

Outros índices da sondagem espontânea: nenhum dos candidatos, 11,59% e não sabe dizer, 58,71%. Em “outro” candidato, 0,06%.

Sondagem anterior

Segundo a pesquisa divulgada em 30 de agosto, os índices para senador eram os seguintes:  Rogério Marinho tinha 25%; Carlos Eduardo, 23,06%; Rafael Motta, com 10,06%; Shirlei Medeiros, 1,18%; Pastor Silvestre 0,47%; Dário Barbosa, 0,35%; Marcelo Guerreiro; (0,06%) e Geraldo Pinho, 0,06%.

Na sondagem estimulada para o Senado da República, ainda tiveram as respostas “nenhum”, que foram dadas por 17,12% dos que responderam à pesquisas; e não sabe dizer, por 22,41%.

No levantamento anterior da Consult, divulgado no dia 30 de agosto, Rogério Marinho tinha 25%, seguido pelo ex-prefeito Carlos Eduardo com 23,06%. Em terceiro, aparece o deputado federal Rafael Motta (PSB), com 10,06%. Também foram citados os candidatos veterinários Shirlei Medeiros, 1,18%; Pastor Silvestre 0,47%; Dário Barbosa 0,35%; Marcelo Guerreiro (0,06%) e Geraldo Pinho (0,06%). Os dados foram da sondagem estimulada, na qual são apresentados os nomes dos candidatos.

Rejeição

Aos eleitores também foi perguntado em quem não votariam de maneira alguma, na mais recente pesquisa. Os índices a seguir: Rogério Marinho, 14,0%; Carlos Eduardo, 11,40%; e Rafael Motta, 3,90%.

Outros candidatos: Dario Barbosa, 0,70%; Pastor Silvestre, 0,60%; Freitas Júnior, 0,50%; Shirlei Medeiros e Marcelo Guerreiro, 0,20% e Marcos do MLB, 0,10%. Geraldo Pinho não foi citado.

Os eleitores que responderam não rejeitar “nenhum”, foram 14,50% e não sabe dizer, 44,70%. Os que responderam “todos”, 11,80%.

Leia tambémFátima está com 39,8%; Styvenson, 18,1%; e Fábio 13,4%.

Registro

A pesquisa TN/Difusora/Consult ouviu 1.700 eleitores em todo o Rio Grande do Norte. Os resultados estão sujeitos a um erro máximo permissível de 2,37%, com confiabilidade de 95%.

A realização da pesquisa em sua etapa de campo ocorre entre os dias 08 e 11 de setembro.

O registro da pesquisa na Justiça Eleitoral tem os protocolos BR 00819/2022 e RN 02162/2022.

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terça-feira - 13/09/2022 - 07:00h
Pesquisa TN/Difusora/Consult

Fátima está com 39,8%; Styvenson, 18,1%; e Fábio 13,4%

Do TN

A mais recente pesquisa eleitoral Tribunal do Norte/Rádio Difusora de Mossoró/Instituto Consult mostra a governadora Fátima Bezerra (PT), com 39,88% das intenções de voto para o governo do Estado. Em seguida, aparece o candidato do Podemos, senador Styvenson Valentim, com 18,18%; e o do Solidariedade, Fábio Dantas, com 13,47%, respectivamente.  Os outros seis candidatos ao governo aparecem com as seguintes pontuações: Clorisa Linhares (PMB), 1,18%; Rosália Fernandes (PSTU), 0,29%; Danniel Morais (PSOL), O18% e Rodrigo Vieira (DC), Nazareno Neris (PMN) e Bento (PRTB), 0,6%.

Fátima oscila para cima, Styvenson para baixo e Fábio segue estacionado em terceiro (Fotomontagem do Agora RN/Arquivo)

Fátima oscila para cima, Styvenson para baixo e Fábio segue estacionado em terceiro (Fotomontagem do Agora RN/Arquivo)

Segundo o levantamento feito entre os dias 08 e 11 de setembro, os eleitores que disseram não votar em nenhum dos nove candidatos ao governo são 12,12%; e não sabem dizer, 14,53%.

Já na pesquisa espontânea, aquela quando não é apresentada lista com nomes dos candidatos, Fátima Bezerra aparece com 28,82%; Styvenson Valentim, com 10,47% e Fábio Dantas, 9,53%.

Os outros candidatos mencionados foram Clorisa Linhares, 0,47%; Danniel Morais e e Rosália Fernandes, 0,12%. Nenhum dos outros candidatos foram citados. Já os eleitores que disseram votar em nenhum deles foram 9,59% e não souberam dizer, 40,76%, enquanto 0,12% disseram votar em “outro” candidato.

Rejeição

A pesquisa TN/Difusora Consult perguntou aos eleitores sobre em quem eles não votariam de maneira alguma. A governadora Fátima Bezerra tem a maior rejeição, 29,80%, seguida de Styvenson Valentim, com 12,40% e Fábio Dantas, 7,80%.

Os índices de rejeição dos demais candidatos são os seguintes: Rosália Fernandes, 1,40%; Clorisa Linhares, 0,40%; Danniel Morais, 0,20% e Rodrigo Vieira, Nazareno Neris e Bento, com 0,10%.

Já 11,60% dos eleitores afirmaram “nenhum”; e os que não souberam dizer, 27,6%. Os que disseram “todos” somam 11,90%.

Sondagem anterior

Na pesquisa divulgada dia 30 de agosto, Fátima Bezerra aparecia com 36,24% na sondagem estimulada, seguida de Styvenson Valentim, 20,12% e Fábio Dantas, 13,0%, enquanto Clorisa Linhares tinha 1,12%; Rosália Fernandes, 0,41% e Danniel Morais, 0,18%. Com 0,06% estavam Rodrigo Vieira), Nazareno Neris e Bento.

Registro

A pesquisa TN/Difusora/Consult ouviu 1.700 eleitores em todo o Rio Grande do Norte. Os resultados estão sujeitos a um erro máximo permissível de 2,37%, com confiabilidade de 95%.

A realização da pesquisa em sua etapa de campo ocorre entre os dias 08 e 11 de setembro.

O registro da pesquisa na Justiça Eleitoral tem os protocolos BR 00819/2022 e RN 02162/2022.

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terça-feira - 13/09/2022 - 06:34h
Realidade

Apesar de recorde, maioria de nomes negros recebe menos recursos

Segundo os dados que constam no registro de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o percentual de candidatos negros (ou seja, a soma de pretos e pardos) nas eleições gerais de 2022 é o maior desde 2014, quando começou a autodeclaração de raça. Para a disputa de 2022, 49,49% dos candidatos se declararam negros. Em 2018, foram 46,5% e, em 2014, foram 44,24%.candidatos negros,

No entanto, os recursos não são distribuídos na mesma proporção.

De modo geral, os dados de prestação de contas do TSE mostram que os candidatos negros receberam, até o momento, pouco mais de 25% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Quando se observam os dados segmentados de acordo com o partido, há diferenças significativas, em especial nas candidaturas proporcionais. Em Sergipe, por exemplo, o União Brasil direcionou mais de 90% dos recursos para candidaturas brancas, montante de mais de R$ 5,7 milhões.

União Brasil e PT

Enquanto a candidata Yandra Barreto Ferreira (Yandra de André), branca e filha do presidente regional do partido, ex-deputado federal André Luís Dantas Ferreira, ela recebeu R$ 1,5 milhão, o candidato Jota Jota do Ronda da Notícia, negro, teve acesso apenas a R$ 150 mil.

Com os partidos de esquerda o cenário não foi diferente. O Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Lula, direcionou pouco mais de 64% dos recursos do Fundo Eleitoral para candidaturas brancas. Em quase todas as Unidades Federativas, o partido privilegiou candidatos brancos com mais recursos. A única exceção foi a Bahia, onde 75% dos recursos foram para os negros.

O TSE já recebeu os critérios fixados pelas comissões executivas nacionais das agremiações para a distribuição entre os respectivos candidatos.

Segundo o Tribunal, as agremiações são livres para arbitrar os critérios que adotarão para distribuir os recursos entre os candidatos. Contudo, elas não podem deixar de atender às determinações da legislação eleitoral sobre a destinação de, pelo menos, 30% dos recursos para candidaturas femininas e a observância da proporcionalidade de candidatas e candidatos autodeclarados negros.

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segunda-feira - 12/09/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Tartarugas conhecem as estradas melhor do que os coelhos.”

Khalil Gibran

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segunda-feira - 12/09/2022 - 20:24h
Aclamação

Prefeito tem aprovação que passa dos 90 pontos percentuais

Gráfico, alta, subida, pesquisa, índice, economia,Na região Seridó, tem prefeito que passou – bem – de 90% de aprovação de governo.

Um patamar histórico e incomum.

Ele, comedido, apesar de, evita propagar o feito.

Adversários que sobraram, também com números em mãos, preferem esquecer o assunto.

Mas, tudo verdadeiro.

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segunda-feira - 12/09/2022 - 15:52h
Disputa ao Senado

Rafael tenta frear apoio de Lula a Carlos; MPE reprova pretensão

O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou parecer contrário à representação que buscava impedir o candidato ao Senado Carlos Eduardo (PDT) de exibir, em sua propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, uma mensagem de apoio do ex-presidente e atual candidato à Presidência Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Lula gravou vídeo de 21 segundos para apoio a Carlos Eduardo (Foto: Arquivo/16-06-2022))

Lula gravou vídeo de 21 segundos para apoio a Carlos Eduardo (Foto: Arquivo/16-06-2022))

O parecer é de autoria do procurador eleitoral auxiliar Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes e diz respeito à representação apresentada pela Coligação Vontade do Povo (Avante, PSB e Agir) e Rafael Motta (também candidato ao Senado) contra a Coligação O Melhor vai Começar! (PDT, Federação Brasil da Esperança – PT/PcdoB/PV -, MDB, Pros e Republicanos) e Carlos Eduardo.

A alegação dos representantes é de que a utilização da imagem e da voz de Lula (veja AQUI) seria irregular, uma vez que a coligação nacional do petista não inclui o PDT, que possui candidato próprio à Presidência, e sim o PSB, de Rafael Motta. No entanto, o Ministério Público Eleitoral diverge desse entendimento. “Convém ressaltar que um dos princípios regedores da propaganda política é o princípio da liberdade, segundo o qual, não havendo vedação legal, é livre a propaganda política”, aponta Ronaldo Chaves.

Além de a legislação eleitoral não trazer expressamente a suposta proibição, as normas prescrevem que é “facultada a inserção de depoimento de candidatas e candidatos a eleições proporcionais no horário da propaganda das candidaturas majoritárias e vice-versa, registrados sob o mesmo partido político, a mesma federação ou coligação, desde que o depoimento consista exclusivamente em pedido de voto à candidata e/ou ao candidato que cedeu o tempo e não exceda 25% do tempo de cada programa ou inserção”.

O procurador destaca que, no âmbito do Rio Grande do Norte, o PDT de Carlos Eduardo integra a mesma coligação da qual faz parte o PT. “Não fosse tudo isso bastante, o caso merece ser ainda analisado sob a ótica da autonomia partidária, uma vez que, conforme preceitua (…) a Constituição Federal, não há obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal”, conclui.

Nota do Canal BCS (Canal Blog Carlos Santos) – Há poucos dias, era Carlos tentando impedir Rafael em movimentações pró-Lula e pró-Fátima Bezerra (PT), candidata à reeleição ao governo estadual. Literalmente… “fogo no parquinho” governista.

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segunda-feira - 12/09/2022 - 10:00h
Campanha

Bolsonaro e primeira-dama vão fazer movimentação em Natal

Bolsonaro e Michelle Bolsonaro em Natal - 14-09-2022Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai estar novamente em Natal. Dessa feita, com a primeira-dama Michelle Bolsonaro integrada à campanha. Programação definida para a próxima quarta-feira (14), para agenda que começa as 12h30.

Veja a programação

Seguem os eventos oficiais da agenda de campanha:

Motociata – A partir das 12h30, por trás do Posto Dudu, entrada ao lado da Distribuidora Acioly;

Comício – Às 15h30, comício na Cidade da Esperança no Largo da Avenida Paraíba.

Mulheres pelo Brasil – Concentração política na Shock Casa Show, na Zona Norte da capital, BR-101, às 17h30.

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segunda-feira - 12/09/2022 - 09:18h
Mossoró

“Movimento Ser Gentil” vai ser lançado nessa terça-feira, 13

Comemorado anualmente no dia 13 de novembro, o Dia Mundial da Gentileza surgiu oficialmente em 2000, com a intenção de inspirar pessoas a criar um mundo mais gentil. Em 2020, em meio às incertezas da pandemia do coronavírus, a data foi ainda mais contagiada pelo Movimento Ser Gentil, uma iniciativa do Instituto Gentil, que tem como objetivo primário estimular a prática da empatia entre as pessoas.Instituto Gentil, Ser Gentil, CDL Mossoró, 13-09-2022

Este ano, Mossoró passa a integrar o Movimento Ser gentil numa ação conjunta da Faculdade Católica do RN, TCM Telecom e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Mossoró).

Amanhã, terça-feira (13), a partir das 18h30, no auditório da CDL Mossoró, haverá um encontro para marcar o lançamento do Ser gentil 2022 e incentivar toda sociedade, inclusive, a classe empreendedora, a compartilhar deste sentimento em suas iniciativas e negócios.

“Ser gentil é ser semente que faz o bem florescer”. O verso é do poeta Bráulio Bessa e traduz bem a essência do Movimento. O poeta cearense e o cantor e compositor Toquinho assinam o “Manifesto cantado da gentileza”, um poema que virou música e que expressa a importância do carinho para com o próximo: “sentir a dor da ferida que nem está em você”.

Toquinho fará show em Mossoró, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, no dia 13 de novembro, Dia Mundial da Gentileza (veja AQUI). E todos os detalhes do que está por acontecer será apresentado na sede do CDL Mossoró.

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segunda-feira - 12/09/2022 - 09:02h
Vídeo

Empresário nega marmita à mulher porque ela admite votar em Lula

Viralizou no fim de semana um vídeo em que o empresário Cassio Cenali, que distribuía marmitas em um bairro carente de Itapeva (SP), afirma textualmente que uma mulher (faxineira Ilza Ramos Rodrigues) a quem ele atendia, não receberia mais a ajuda por se assumir como eleitora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Lula? Então ‘tá’ bom, ela é Lula, a partir de hoje não tem mais marmita. É a última marmita que vem aqui. A senhora peça para o Lula agora, beleza?”, disserta, no vídeo, o empresário seletivamente generoso.

O caso provocou revolta nas redes sociais. No Twitter, o apresentador Luciano Huck escreveu que “fome não tem ideologia” e pediu ajuda para localizar a mulher para oferecer ajuda. Porta-vozes do Movimento dos Sem-Terra (MST) asseguraram atendimento alimentar à mulher que aparece na gravação.

Diante da repercussão negativa, Cenali gravou um vídeo se dizendo arrependido pelo que fez. Salientou que há dois anos faz caridade há diversas famílias, sem pedir nada em troca, sem qualquer apoio político-partidário.

Nota do Canal BCS (Blog Carlos Santos) –  Vídeo nojento. Coisa asquerosa. O que passa pela cabeça de um “ser humano” como esse, é difícil de avaliarmos sem um profundo estudo. Não é só política (baixa). É uma anomalia psicopatológica. Ou pura e absoluta falta de caráter.

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segunda-feira - 12/09/2022 - 08:38h
Eleição ao Governo

Sem definição “ainda”, Álvaro Dias recebe Fábio Dantas

Até o momento sem definir preferência à disputa ao Governo do Estado do RN, o prefeito natalense Álvaro Dias (PSDB) conversou em seu apartamento nesse domingo (11), com o candidato Fábio Dantas (Solidariedade). Além dele, o presidente estadual do União Brasil, ex-senador José  Agripino.

Álvaro recebeu Agripino e  Dantas; em julho conversou com Fátima Bezerra (Foto: rede social)

Álvaro recebeu Agripino e Dantas; em julho conversou com Fátima Bezerra (Foto: rede social)

“Recebi hoje pela manhã, no meu apartamento, a visita do ex senador José Agripino e do candidato a governador Fábio Dantas. Conversa cordial e amistosa, apesar de não ter tido nenhuma definição política, ainda!”, disse o próprio Dias em postagem em suas  redes sociais.

Existem rusgas na relação pessoal e política entre Álvaro e Fábio, que remontam à política na Assembleia Legislativa.

Com Fátima

No dia 23 de julho, Álvaro Dias conversou pessoalmente com a governadora Fátima Bezerra (PT), o vice na chapa de dela (homologada àquele mesmo dia), Walter Alves (MDB), além do secretário-chefe do Gabinete Civil do Governo do RN, Raimundo Alves Júnior (veja AQUI). O encontro foi na residência de Esdras Alves, assessor de Álvaro Dias.

O encontro não foi conclusivo sobre apoio ou posicionamento equidistante do prefeito.

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segunda-feira - 12/09/2022 - 07:38h
Que maravilha!

Toquinho em Mossoró

Toquinho fez longa temporada na Europa recentemente (Foto: Web)

Toquinho fez longa temporada na Europa recentemente (Foto: Web)

No dia 13 de novembro deste ano, o cantor-compositor-violonista Antonio Pecci Filho, “Toquinho” para os milhares de fãs, desembarcará em Mossoró.

Vai se apresentar no Teatro Municipal Dix-huit Rosado.

Ele cumpriu longa temporada na Europa com seu novo show e vai premiar público mossoroense com esse espetáculo, dando giro musical de mais de 50 anos de carreira.

Toquinho gravou 85 discos, compôs mais de 500 músicas e fez cerca de 10 mil shows pelo Brasil e pelo exterior. Entre seus parceiros, ele tem na conta Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Jorge Ben Jor e Paulinho da Viola, por exemplo.

Noite para o deleite com “Aquarela”, “Tarde em Itapuã”, “Que maravilha”, “Regra três”, “Escravo da alegria”, “O caderno”, “Cotidiano n.º 2”, “Samba pra Vinicius” e outras canções.

Depois darei mais detalhes.

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segunda-feira - 12/09/2022 - 06:48h
III Conced

Faculdade Católica do RN abre evento nacional com Bráulio Bessa

Nesta segunda-feira (12), a Faculdade Católica do Rio Grande do Norte dá oficialmente início à terceira edição do Congresso Nacional de Ciência e Educação (CONCED). De volta à modalidade presencial, este ano o congresso trabalha a temática intitulada “Razão e Emoção: pela linguagem dos afetos e a sensibilização dos conhecimentos”.

Bráulio Bessa vai ser principal atração da abertura de evento nesta segunda-feira (Banner: Reprodução)

Bráulio Bessa vai ser principal atração da abertura de evento nesta segunda-feira (Banner: Reprodução)

A abertura do III Conced será realizada às 19h, no Requinte Buffet em Mossoró. Como cerimônia de início, os congressistas poderão vivenciar a apresentação cultural de Bráulio Bessa, famoso poeta, cordelista e escritor nordestino.

A programação continua ao longo de toda semana, até o dia 16 de setembro, nas instalações da Faculdade Católica do RN.

Como atividades propostas pelo Conced, os estudantes e demais congressistas inscritos terão acesso a uma série de minicursos, palestras, oficinas, mesas-redondas, workshops, fóruns e muito mais. Nessa perspectiva, a abordagem proposta busca envolver diferentes áreas de atuação e experiência acadêmica, a partir do diálogo e compartilhamento com profissionais capacitados e humanizados.

Ao contribuir com a missão da Faculdade Católica do Rio Grande do Norte, o III Congresso Nacional de Ciência e Educação é aberto a toda comunidade científica, desenvolvendo profissionais críticos e participativos nos mais variados campos do saber, da pedagogia e da profissão. Para saber mais, informações estarão disponíveis através do site (catolicadorn.com.br) ou por meio das redes sociais: @catolicadorn e @concednoinsta.

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Categoria(s): Cultura / Educação
domingo - 11/09/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Faça o que você ama e o dinheiro virá.”

Barbara Sher

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domingo - 11/09/2022 - 14:24h

Maranhão – Capítulo V

Por Inácio Augusto de Almeida  pagamento, dinheiro, salário, folha,

– O Doutor esteve por aqui procurando por você.

– Por mim, Lopes? O que ele quer comigo?

– Parece que é para você ir a Vargem Grande. Negócio de carregar um teodolito. Sei lá, parece que o nome é este. Diz ele que é uma peça muito pesada e precisa de um homem forte como você para carregá-la.

Sandoval afastou a trunfa de cabelos que teimava em cobrir-lhe os olhos. Não respondeu de imediato ao Lopes. Querer ir não queria, mas estava sem dinheiro até para comer. Às vezes,  virava as noites estudando como uma forma de espantar a fome. Ontem tinha sido uma delas. Fazer o quê…

– E ele paga bem?

– Se paga bem eu não sei. Mas que ele vai lhe pagar, vai. Ele é safadinho mas não é doido, há, há, há.

– Quando ele aparecer por aqui, diz que eu estou em frente ao Hotel Central. Se a grana compensar, se for coisa de eu passar lá dez dias e o dinheiro que eu ganhar der para eu comer vinte dias, eu vou.

– Vai dar é para mais.

Olhou bem para a estátua de João Lisboa. E lembrou-se de que não tinha visto ainda em São Luís nenhuma estátua de Manuel Bequimão. Continuou andando e quando passava na na praça Benedito Leite, já quase em frente ao Hotel Central, viu uma outra estátua. Mas também não era de Bequimão…

“Aos vencedores, tudo. Aos derrotados as cebolas. E isto enquanto estiverem baratas. Mas Bequimão não foi um derrotado. Bequimão foi o mais vitorioso de todos os maranhenses. Um dia, São Luís terá uma enorme estátua deste grande homem. Um dia, a maior praça desta cidade terá o seu nome. Por que não um grande parque, um enorme parque com o seu nome?”

– Sandoval.

– Sandoval, acorda homem! O Doutor quer falar contigo. É para ir a …

– Já sei, já sei. Vamos lá. Dependendo do dinheiro, eu viajo agora.

ACOMPANHE

Leia tambémMaranhão – Capítulo I;

Leia tambémMaranhão – Capítulo II;

Leia tambémMaranhão – Capítulo III;

Leia também: Maranhão – Capítulo IV.

Inácio Augusto de Almeida é Boêmio/Sonhador

(Continua no próximo domingo)

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Categoria(s): Conto/Romance
domingo - 11/09/2022 - 14:00h

O 7 de Setembro de 2022

Por Ney Lopes

As comemorações do bicentenário da nossa independência e o resultado da pesquisa Datafolha polarizam o debate eleitoral neste final de semana.

Nas festas da independência, inegavelmente Bolsonaro alcançou uma vitória política.

Bolsonaro sequestrou uma data de caráter nacional e cívica, para sua campanha (Foto: Reprodução)

Bolsonaro sequestrou uma data de caráter nacional e cívica, para sua campanha (Foto: Reprodução)

Ganhar votos dependerá da evolução dos fatos

O presidente sequestrou a data cívica, usou-a como instrumento de alavancagem eleitoral de sua campanha e teve sucesso.

Reuniu multidões em Brasília, Rio, SP e outras cidades.

A demonstração de força pode ser considerada normal, na medida em que as pesquisas mostram um contingente de cerca de 50 milhões de eleitores (cerca de um terço do eleitorado) fiéis ao bolsonarismo, na maioria fanáticos, eletrizados, que usam o epíteto de cultuá-lo como “mito”.

O recuo estratégico dos adversários, que se abstiveram de manifestações colaterais, retira a possibilidade de comparação.

Um fato constrangedor foi o esquecimento da data histórica do bicentenário, esquecida nos palanques.

Ao lado do presidente Bolsonaro estava o presidente de Portugal, Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa, um estadista, professor de Direito, que chegou a ser ofuscado e substituído na frente do palanque, pelo tal empresário Luciano Hang, ridiculamente vestido de verde e acenando para a multidão como um chefe de estado, embora esteja indiciado na PF.

Na prática, o Hang assumiu as posições dos presidentes do STF, Câmara e Senado.

Com certeza, esta foi a cartada decisiva de Bolsonaro, antes do primeiro turno.

A assessoria política lúcida do presidente tentou colocá-lo numa posição de buscar vencer as eleições e não contestá-las.

Para isso teria que buscar os votos ainda indecisos, daqueles que acompanham a polêmica de Bolsonaro com a justiça eleitoral.

Nesse ponto, ele silenciou.

Mas, não se conteve e deu a entender que irá à forra, “se eleito”, trazendo o STF e seus ministros para jogarem dentro das “quatro linhas da Constituição”.

De tudo que acontece na atual campanha presidencial há um fato incontestável: o bolsonarismo segue as lições de Trump, através dos ensinamentos do seu guru Steve Bannon, ao defender que a tática política NÃO deve ser usada para esclarecer, nem impor a verdade.

A orientação é que a tática não é para persuadir, mas sim para “desorientar” a opinião pública”.

Com a vitória de ter conseguido inegavelmente aglutinar as multidões, Bolsonaro ganhou espaço político.

Todavia, só o futuro definirá se é suficiente para ganhar a eleição.

Caberá ao povo a decisão final, que em qualquer circunstância, ganhando ele, Lula ou outro (a), terá que ser respeitada.

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 11/09/2022 - 13:28h

Mineração, uma grande aquisição com foco no ouro

Por Josivan Barbosa

Em menos de duas semanas, a Aura Minerals vai desembolsar US$ 51,6 milhões para sacramentar a aquisição da australiana Big River Gold, dona de um projeto de exploração de ouro no Rio Grande do Norte, em um lance estratégico para ir além da meta de produção anual de 400 mil onças equivalentes, prevista para 2024.

Com a transação, e a incorporação do projeto de produção de ouro a céu aberto Borborema, a mineradora canadense, que tem operações na América Latina e negocia recibos de ação (BDRs) na B3, vai elevar suas reservas, medidas e inferidas, em mais de 40%.

Aura Minerals adquiriu empresa de origem australiana (Foto: institucional)

Aura Minerals adquiriu empresa de origem australiana (Foto: institucional)

Com reservas medidas de 1,87 milhão de onças equivalentes, conforme relatório publicado em abril deste ano, a Big River tem recursos totais de 2,44 milhões de onças de ouro. Antes da incorporação do projeto Borborema, a Aura conta com reservas de 5,8 milhões de onças equivalentes, entre medidas e inferidas.

Consumada a aquisição, o passo seguinte será ajustar as informações da Big River às regras de certificação canadenses e trabalhar no estudo de viabilidade do projeto, o que pode se estender até o início do ano que vem.

Com a finalização do estudo, a construção do projeto seria iniciada no ano que vem, com produção em 2025. A Aura será dona de 80% da Big River e terá como sócia a canadense Dundee Resources, com os 20% remanescentes.

O projeto Borborema no nosso RN se encaixa muito bem na estratégia de crescimento da empresa canadense, de buscar projetos com geologia já desenvolvida e um projeto pronto para iniciar construção. 

Produção mundial de frutas e a posição do Brasil

A produção mundial de frutas e hortaliças frescas em 2020 foi de 1882 milhões de toneladas, mantendo-se praticamente estável em relação aos dados de 2016, quando se situou em 1880 milhões de toneladas, segundo dados da FAO. Entretanto, o ranking dos principais países produtores variou no período.

A China, primeiro produtor mundial, aumentou a produção passando de 706 milhões de toneladas para 709 milhões em 2020 (38% da produção mundial).

A produção da Índia passou de 180 milhões de toneladas em 2016 para 208 milhões de toneladas em 2020 (11% do total mundial), representando um incremento de 15% e tornando-se o país de maior evolução no período.

Os EUA reduziram a produção de 72 milhões de toneladas em 2016 para 66,5 milhões de toneladas em 2020, representando agora cerca de 4% da produção mundial.

A Rússia, que ocupava a quarta posição no período anterior, agora em 2020 passou para a sétima posição reduzindo de 45,4 milhões de toneladas em 2016 para 35,6 milhões de toneladas em 2020.

A quarta posição deixada pela Rússia foi ocupada pela Turquia, com uma produção de 51,6 milhões de toneladas.

O Brasil é o quinto produtor mundial de frutas e hortaliças com 45,7 milhões de toneladas. México é o sexto com 36 milhões de toneladas e Espanha é o oitavo produtor mundial com 32 milhões toneladas.

Agricultura e inflação

A inflação tem se convertido numa das grandes preocupações em nível global. Os sucessivos acontecimentos excepcionais dos últimos 30 meses têm alcançado inquietantes máximos históricos de inflação. O aumento de todos os custos tem impactado com força a agricultura, e mais concretamente o setor de produção e exportação de frutos e hortaliças.

Atualmente, os custos de produção, independente do país produtor são extremamente altos com elevação de 30 a 40%, porém os preços dos frutos e hortaliças obtidos pelos produtores não acompanham a elevação da inflação. Somente em 2022 o custo do transporte marítimo aumentou em alguns países na faixa de 40% quando comparado com os preços de 2018. Os custos com transporte terrestre também incrementaram cerca de 58%. Os custos com embalagens aumentaram em cerca de 14% e os de fertilizantes 57% em relação a 2018.

Produção de banana na República Dominicana (Foto: Fresh Plaza)

Produção de banana na República Dominicana (Foto: Fresh Plaza)

Um levantamento recente feito no Reino Unido, um dos principais importadores de frutos e hortaliças do Brasil, constatou estabilidade de preços em alguns produtos, o que impacta negativamente nos lucros do produtor. Apesar da inflação do Reino Unido com IPC no mês de julho passado chegando a 10,1%, os preços de frutos e hortaliças não têm se recuperado na mesma proporção.

Nessa linha, os produtores e exportadores de melão, melancia, mamão formosa, manga e uva do Semiárido para a Europa e Estados Unidos sofrem com os custos elevados.

Um desses custos é ocasionado pela necessidade da certificação exigida pelos importadores e que impacta muito nas planilhas do produtor e, assim, a própria sustentabilidade econômica do produtor está em jogo. Os custos com certificação são elevados, apesar de não representar um insumo, mas que faz parte dos custos de produção.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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Categoria(s): Artigo / Economia
domingo - 11/09/2022 - 12:20h

A independência que mudou o Brasil, para mantê-lo o mesmo…

Por Cesar Amorim

Nesse 7 de setembro a agenda nacional, as redes sociais e os veículos de comunicação esbanjam “patriotismo”, é o multiproclamado Dia da Independência do Brasil. Foi o que vi, o que acompanhei, com olhos no passado, em nossa história real.

Independência ou Morte, quadro de Pedro Américo (Reprodução)

Independência ou Morte, quadro de Pedro Américo (Reprodução)

Diante desse quadro, o momento é oportuno para repensarmos História como de fato ela aconteceu e acontece. Não a história feita para agradar “príncipes e reis”, a história (ou estória) encomendada, que transforma heróis em traidores e traidores em heróis. Falo da história real e desnudada.

Não sou contrário à comemoração deste dia. É preciso relembrar, no entanto, não com tanto entusiasmo e de modo reflexivo.

Diria que, no mínimo, é preciso ter consciência do contexto e dos fatos que levaram à “Independência” do Brasil, bem como do pós-independência, para que possamos olhar para as nuances do passado e projetar o futuro. Afinal, a história é um profeta com o olhar voltado para trás, como bem disse o escritor uruguaio Eduardo Galeano.

É preciso compreender que em 7 de setembro de 1822 o Brasil deixava de ser uma colônia de Portugal e passava a ser uma Monarquia (a única na América do Sul), diferentemente das outras colônias espanholas que declaravam independência e proclamavam Repúblicas.

No Brasil pós-independência, a escravidão e o latifúndio permaneciam como base econômica que sustentava um território completamente dominado pelas elites aristocráticas.

A estrutura do sistema econômico continuou basicamente igual, ou seja, os privilégios de uma minoria não cessaram. Nada ou, quase nada mudou. Fato!

Não bastasse, quando Dom João VI voltou para Portugal, levou no porão do seu navio todo o montante financeiro que havia nos cofres do Banco do Brasil, deixando, sem nada as pessoas que tinham recursos guardados no Banco.

Como garantia do seu domínio e com a intenção de recolonizar posteriormente a “terra brasilis”, D. João VI deixou o Brasil sob o poder do seu filho, Pedro de Alcântara (Dom Pedro I).

A partir daí, sem reservas e sem nada, com apenas uma independência que saiu de um grito fingido, tivemos que inaugurar aquilo que ficou conhecido como “dívida externa”, tendo em vista que para Portugal “reconhecer” nossa independência, fez-se necessário ser pago a cifra “simbólica” 2 milhões de libras esterlinas (uma média de 9 milhões de reais) a título de indenização.

Tal fato nos custou um empréstimo junto aos banqueiros ingleses. Desse modo, deixamos de ser Colônia de Portugal e passamos à súditos econômicos da metrópole comercial inglesa, que era a grande potência econômica da época.

Portanto, em verdade, o trecho “o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria nesse instante” do hino nacional, não retrata bem a realidade e o contexto histórico.

Não bastasse isso, o conhecido quadro de Dom Pedro I as margens do Rio do Ipiranga não é o que de fato ocorreu. Para quem não sabe, essa pintura foi feita sob encomenda, em 1888 (66 anos após a independência ser proclamada), ao pintor Pedro Américo, pelo filho de Dom Pedro I, o então imperador Dom Pedro II, retratando um ato heroico que jamais existiu.

O quadro retrata uma grande comitiva, no entanto, existiam ali cerca de 14 pessoas, que sequer estavam vestidas com aqueles uniformes de gala. Tampouco D. Pedro I montava um imponente cavalo, e sim uma mula (uma burra, nome dado ao cruzamento entre um jumento com uma égua ou vice versa). Ele voltava de uma viagem do litoral para São Paulo, sendo que as mulas eram os animais utilizado na época para grandes deslocamentos.

Hoje, só temos certeza de uma coisa: a terra é adorada, amada e idolatrada por nós, bem como pelos visíveis exploradores. Contudo, na hora do “… Salve! Salve!”, ninguém quer salvar o Brasil.

Uma coisa haveremos de aplaudir: O Brasil ainda é o “gigante pela própria natureza”. Com as suas riquezas naturais, com a sua extensão territorial e sua grande diversidade étnica e cultural.

Viva um Brasil para brasileiros!

Cesar Amorim é advogado e um amante da história

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 11/09/2022 - 11:44h

Reluz e é ouro

Por Marcelo Alves

É difícil classificar a obra de William Shakespeare (1564-1616). Ela transcende época e lugar. Não pertence a qualquer religião, filosofia, ciência ou profissão, embora perpasse e instigue quase todas elas, aqui incluindo o que chamamos de “direito” (aliás, os elisabetanos da época do bardo eram fascinados por temas jurídicos). Isso é fato.

Todavia, embora o direito esteja presente em quase todas as peças de Shakespeare, a comédia “O Mercador de Veneza” (1597), ao lado de “Medida por Medida” (1604), é considerada uma das duas obras marcadamente “jurídicas” do maior escritor da língua inglesa. Isso é o que nos diz Daniel J. Kornstein, em “Kill All the Lawyers? Shakespeare’s Legal Appeal” (University of Nebraska Press, 2005), expressando o que parece ser um consenso entre os especialistas.

O Mercador de Veneza, com Al Pacino em papel principal (Foto: Reprodução)

O Mercador de Veneza, com Al Pacino em papel principal (Foto: Reprodução)

Quanto ao enredo de “O Mercador de Veneza”, assim o resume o site do British Council no Brasil (instituição à qual sempre serei grato): “Na peça, o nobre Bassânio está falido e precisa de dinheiro para viajar e conquistar Pórcia, uma rica e bela herdeira. A fim de ajudar o amigo, o comerciante Antônio pede um empréstimo a Shylock, um agiota judeu. Shylock aceita fazer o acordo, desde que os rapazes concordem com uma proposta insólita: se o pagamento não acontecer como combinado, Antônio terá de quitar a dívida com uma libra de carne do próprio corpo! É que Shylock vê nessa negociação a chance de se vingar de Antônio, que várias vezes o ofendera por sua origem judaica. Como o mercador não consegue honrar seu compromisso, o caso vai parar no tribunal. Para defender Antônio, Pórcia se disfarça de advogado e acaba encontrando uma solução surpreendente!”.

Desde o princípio da trama de “O Mercador de Veneza”, o direito aparece na sua multiplicidade de aspectos. Com a ajuda do “Cambridge Student Guide – Shakespeare – The Merchant of Venice” (por Robert Smith, Cambridge University Press, 2006), posso distinguir alguns deles: (i) a questão do recorrente preconceito para com o judeu Shylock, o que faz deste, modernamente, um misto de vilão e vítima e, quiçá, o grande protagonista da peça (e faz de Shakespeare, para alguns, um antissemita); (ii) o direito contratual, decorrente da qualidade de agiota/usurário de Shylock e exemplificado no contrato de mútuo/empréstimo entre este e Antônio com a inusitada forma de pagamento em uma libra de carne; (iii) a crítica à tradicional e vingativa visão de justiça “olho por olho, dente por dente”, imaginada por Shylock, em prol de uma justiça tendente à misericórdia e ao perdão; (iv) a forma como as profissões legais eram exercidas à época; (v) o tipo de “justiça” exercida in casu, que se afasta do direito comum de então (baseado em precedentes) em direção a uma decisão por equidade, a partir de um senso natural de justiça aplicado às especificações do caso (como se fazia na Corte de Chancelaria elisabetana de então); (vi) a cena de julgamento em si, o que faz da peça também um verdadeiro “courtroom drama”; (vii) e, no que posso considerar o clímax (geral e sobretudo jurídico) da peça, a lição de hermenêutica de Pórcia, que, embora atenta à “letra da lei” e aos “exatos termos” do contrato, chega a uma interpretação deste, em prol de Antônio e para a punição de Shylock, verdadeiramente revolucionária. E mais sobre o direito na estória eu não digo, seja para não causar spoiler, seja para não criar algum tipo de prejulgamento e mesmo para atiçar a curiosidade de vocês.

No mais, “O Mercador de Veneza” não é só direito. Com o apoio da minha edição anotada de “The Merchant of Venice” (editores Jonathan Morris e Robert Smith, Cambridge School Shakespeare Series, Cambridge University Press, 2008), posso relacionar inúmeros outros temas: comércio e usura, amor e ódio, pais e filhos, comédia e tragédia, aparência e realidade (“Nem tudo que reluz é ouro”, lembremos). E ainda ouso acrescentar: a história dos judeus, a bíblia, o papel das mulheres na sociedade, a amizade masculina e por aí vai.

Na verdade, Shakespeare joga luz sobre quase todos os aspectos da ambiência humana, da nossa relação com as instituições e as ideologias, com os outros seres e com a nossa própria psique. Shakespeare é ouro e reluz sobre todos nós. Isso também é fato!

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 11/09/2022 - 11:00h

Um pacto pelo futuro

Por Cicília Maia

As universidades brasileiras passaram por um dos momentos mais difíceis de sua história recente – a pandemia da Covid-19 – com a credibilidade fortalecida. Pesquisa conjunta do Centro de Estudos Sou Ciência e do Instituto Ideia Big Data, divulgada em abril deste ano, mostrou que os cientistas lideraram o ranking de confiança do brasileiro. Quando perguntados sobre qual a fonte de informação mais confiável, 41,6% dos entrevistados apontaram para pesquisadores e cientistas de universidades ou institutos públicos de pesquisa.

Group of hand touching together in circle shape, power of cooperation concept

Group of hand touching together in circle shape, power of cooperation concept

Entretanto, o apoio e a confiança popular não se refletiram em investimentos públicos e valorização das instituições. Pelo contrário.

Chegamos em setembro com a notícia da limitação no uso dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), imposta pelo Governo Federal por meio de medida provisória. Entre tantas limitações, mais uma na conta.

Neste cenário, a situação das instituições públicas de ensino superior torna-se ainda mais difícil. Lutando pela regularização de seus calendários, manutenção e ampliação da assistência a estudantes e servidores, e atendimento a demandas essenciais das comunidades, as universidades correm contra o tempo buscando atenuar as consequências provocadas pelo impacto da pandemia em nossas vidas.

Reunidos no VII Fórum Nacional de Reitores e Dirigentes das Universidades Parceiras do Canal Futura, no último dia 26 de agosto, no Rio de Janeiro, representantes de mais de 60 instituições colocaram essa problemática em debate.

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) esteve presente no evento, promovido pelo Canal Futura e pela Fundação Roberto Marinho. Na discussão, o consenso de que a luta pela valorização e respeito à ciência é uma ação conjunta e integrada de todos.

Com o avanço da desigualdade social e da pobreza, os jovens brasileiros estão entre os mais comprometidos. Com quase 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos de idade, o Brasil possui hoje a maior geração de jovens da sua história. O presidente do Conselho Nacional da Juventude do Brasil e coordenador do Atlas da Juventude, Marcus Barão, fez um alerta necessário e que exige nossa reflexão: “Nunca tivemos tantos e tantas jovens compondo nossa população. A forma como lidamos com elas e eles hoje é decisiva para o futuro de todas e todos nós”, disse.

Neste sentido, é preocupação comum das universidades a garantia dos recursos necessários para a ampliação dos mecanismos de permanência para estudantes que passaram a ter sua condição econômica ainda mais vulnerabilizada diante do cenário econômico do país.

Mais do que o acesso ao ensino, é preciso preocupar-se com a permanência dos jovens na universidade e com a criação de caminhos que possibilitem sua empregabilidade, já que a taxa de desemprego é outro desafio grave. Precisamos que a educação seja vista como aliada e não como alvo. Mais que um compromisso com a educação e a juventude, é hora de união de todos em um pacto muito maior pelo nosso futuro.

Cicília Maia é reitora da Universidade do Estado do RN (UERN)

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 11/09/2022 - 10:20h

A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 13

Armado e perigoso

Por Marcos Ferreira

Pouco depois do meio-dia, mal acabara o almoço, o telefone de Jaime tocou sobre a mesa. Era o sebista Gotardo Lins, proprietário do Sebo Bate-Bucha, localizado na Rua Jerônimo Rosado, no Centro. Gotardo, conforme adiantou por telefone, tinha um serviço de revisão de livro para Jaime — um volume de memórias de uma senhora conhecida por Bernadete Lino, residente em Caruaru, cidade do Agreste pernambucano, e aposentada do Banco do Brasil. “Essa mulher escreve bem; dá gosto ler o que ela produz”, antecipara Gotardo. “O texto dela é limpinho, romanceado. Aposto que não vai lhe dar trabalho”, arrematou o sebista empolgado com o fato de utilizar o selo da Bate-Bucha como editora numa parceria com uma conceituada gráfica de Recife.

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

Por volta das quinze horas, então, Jaime se abalou até o Sebo Bate-Bucha para conversar com Gotardo Lins e conhecer o livro de memórias da senhora Bernadete Lino, sobre o qual o sebista havia tecido comentários entusiasmantes. Pois, na maioria das vezes, os livros que Jaime pegava para consertar a gramática, a sintaxe e a ortografia eram uma dor de cabeça. Coisa de ferver os miolos do revisor.

Recorrendo a um mototáxi, Jaime trafegava pela Jerônimo Rosado rumo ao Bate-Bucha. Nesse momento, porém, a poucos metros do seu destino, avistou a loja de veículos novos e usados do seu arqui-inimigo Mauro Mosca, vulgo Rato Branco. O escritor bateu de leve no ombro do mototaxista e pediu que este parasse um instante. Ali defronte ao comércio Jaime viu uma grande picape cinza igual àquela usada por seus agressores na noite em que foi espancado na saída da Biblioteca Municipal. Além do veículo, distinguiu três indivíduos com os mesmos biótipos dos homens que o atacaram. Um deles, de apelido Quebra Osso, era segurança do extinto Diário do Oeste.

Com o tresoitão na cintura, o sangue de Jaime ferveu. Isto sem ele ter a menor certeza de que tais sujeitos seriam os responsáveis pela surra que lhe fora dada naquela noite violente, quando se ausentou do lançamento do livro do amigo advogado Luciano Aires. Jaime não mais continuou a viagem. Pagou a corrida e ficou ali de olho por trás de um carrinho de batata frita, comendo a iguaria devagar.

— Foram esses escrotos! — rosnou baixinho.

De fato, além da presença da picape cinza estacionada diante da concessionária de Rato Branco, os tipos conversavam animadamente e possuíam o porte físico dos agressores. Eram dois tipos bem fortes, um tanto mais baixos e robustos, enquanto o terceiro era de compleição um pouco mais alta e menos corpulento. Este, na visão de Peçanha, fora o que enfiara o cano da pistola em sua boca e dissera que “só não matava Jaime naquele instante porque recebera ordens para tão somente transmitir um recado”. Este último, portanto, mais magro e longilíneo, possuía mais ou menos a estatura de Jaime. Outro detalhe, porém, não indicava que aqueles indivíduos pudessem ser os homens que haviam espancado o escritor naquela noite de sexta-feira.

— Pulhas! E eu esse tempo todo achando que eram homens do prefeito Wallace Batista e do presidente da Câmara, Leonardo Amorim — murmurou enquanto comia lentamente a batatinha frita, ali por trás do carrinho.

Daí a pouco o próprio e desmilinguido Rato Branco surgiu no saguão. Os homens se dirigiram até Mauro Mosca risonhos e trocaram enérgicos apertos de mãos e tapinhas nas costas. Mesmo àquela distância, assistindo a tudo do outro lado da rua, foi possível a Jaime compreender que, talvez de maneira oficial, os três capangas trabalhavam para Rato Branco como corretores e na realização de outras atividades espúrias, como ameaçar e espancar desafetos do endinheirado Mauro Mosca. Peçanha também concluiu que a picape utilizada pelos homens era de propriedade do empresário, hoje bem-sucedido no comércio de compra e venda de carros novos e usados. Resumindo, os supostos agressores de Jaime eram mesmo capangas de Rato Branco.

Jaime saiu de trás do carrinho de batata frita, jogou o restante da iguaria num cesto de lixo ali próximo e cruzou a rua. Subiu os degraus do patamar do patamar e foi confrontar os quatro insicísuoa, que papeavam sem o menor receio de sofrerem aquela repentina abordagem de um velho desafeto, sobretudo no caso de Rato Branco. Jaime não ignorava que os indivíduos também estivessem armados, todavia o sangue quente e a confiança no seu trinta e oito o tornaram destemido.

Rato Branco empalideceu ao se defrontar com Jaime. Os demais homens tiveram a mesma reação. Peçanha, contudo, tinha o rosto afogueado, como se em brasa. Naquele exato instante Mauro Mosca compreendeu que Jaime estava a par de que ele fora o mandante da surra que o escritor sofrera há pouco mais de trinta dias. De cútis ainda mais pálida, entretanto, daí a pouco Rato Branco adquiriu uma tonalidade avermelhada, como se uma indignação por aquele arquirrival ter tido a audácia de pisar em seu estabelecimento comercial sem ser convidado, assim de maneira brusca e desafiadora. Mauro Mosca não teve dificuldade de concluir que a presença de Jaime em seu estabelecimento tinha fortes indícios de acerto de contas, ou algo pior.

— O que você deseja aqui, seu mequetrefe?! — vociferou Rato Branco com as faces avermelhadas e olhando ao mesmo tempo para os comparsas, como buscasse nestes a validação e o encorajamento para as suas palavras hostis.

Os elementos assumiram posições diferentes no salão, de maneira que Jaime Peçanha se viu meio que cercado por eles. O escritor sabia que, dos três, ao menos o mais alto e magro estava armado, pois fora este que enfiara o cano da pistola em sua boca naquela noite. Era provável, ainda, que os demais estivessem portando arma de fogo. Talvez a exceção fosse apenas o próprio Rato Branco.

— Estou aqui, roedorzinho sem-vergonha, para lhe dizer que já descobri toda a sua armação, estou por dentro de tudo que você aprontou contra mim, sobre aquela sua ação covarde e traiçoeira no mês passado, juntamente com esses seus puxa-sacos que aí estão — disse Jaime em tom destemido, e com os olhos injetados de ódio. — Quero que saiba que isso não vai ficar de graça. Você e esses canalhas vão me pagar pelo que fizeram. Seja por meio da justiça ou na própria pele. Não tenho medo de vocês, estou preparado para o que der e vier. Não tenho nada a perder.

Após o desabafo raivoso de Jaime os homens se caquearam, levaram as mãos à cintura como se fossem puxar ou meramente exibir suas armas, porém Rato Branco ergueu a mão reprovando a atitude e os sujeitos interromperam a ação. Havia uma certa quantidade de clientes na local e talvez Mauro Mosca tenha preferido não gerar nenhum incidente que pudesse escandalizar a sua clientela.

Jaime trouxe a verdade à tona perante eles:

— Naquela noite, por intermédio dos seus percevejos, você me fez acreditar que o ataque que sofri havia sido coisa do prefeito Wallace Batista, do vereador Leonardo Jardim e de outros políticos situacionistas, os quais sempre critiquei na minha coluna na Tribuna Mondronguense. Lembro muito bem quando esse aí (Jaime apontou para o elemento com estatura parecida com a sua) me disse exatamente estas palavras, pondo o cano de uma pistola enfiado na minha boca, ordenando que eu desse um fim num dossiê que venho escrevendo contra o prefeito e que eu parasse de publicar tais “acusações levianas na mídia contra os políticos de bem do município, homens que lutaram bravamente ao lado do povo para livrar a cidade da velha oligarquia dos caciques políticos, que dominaram Mondrongo ao longo de várias décadas”.

— Está maluco! Por acaso não tomou os seus remédios hoje? Retire-se imediatamente daqui, seu fracassado! — explodiu Rato Branco. — Saia agora ou eu chamo a polícia. Você não é bem-vindo de maneira algum.

— Tomo meus remédios direitinho. E você, que não é nenhum tolo, sabe que pessoas que tomam esse tipo de medicação são inimputáveis. Portanto, eu posso acabar com a sua raça qualquer dia, pois estou preparado para isso, sem sofrer maiores consequências perante a Justiça. Não imagine mais que agora eu ando de mão abanando, como na noite em que esses seus paus-mandados me atacaram na saída da Biblioteca. Eu lhe garanto que agora ao menos um de vocês vai ficar estirado no chão. No mais, porém, saiba que seus dias estão contados, Rato Branco. Pode crer.

A situação começou a ficar fora de controle:

— Vejam isto — Jaime ergueu a camisa e expôs a coronha do enorme trinta e oito. Os capangas de Mauro Mosca fizeram o mesmo movimento. Todos estavam armados, e não apenas o indivíduo que botara o cano da pistola na boca do escritor. Em desvantagem numérica, então, Jaime se satisfez em ficar no plano da exibição do revólver, fato este que de certa forma dava a entender que ele também não estava ali para brincadeira, disposto a qualquer tipo de atitude. Peçanha agora era visto não mais apenas como um saco de pancadas, mas como homem de ação, armado e perigoso.

— O que está esperando?! Retire-se da minha loja!

— Eu vou, sim. Mas saibam que vocês vão me pagar.

— Saia logo, antes que eu mande lhe dar outra surra.

— Era só o que eu precisava ouvir, Rato Branco.

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Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
domingo - 11/09/2022 - 05:26h

O filho pródigo

Por Odemirton Filho 

A chuva caía torrencialmente. O homem acelerou os passos. Procurava um local próximo para se abrigar. Precisava correr contra o tempo para dar conta de seus afazeres. Eram muitos.FILHO-PRÓDIGO

Quando percebeu, estava sentado num banco da Igreja matriz de sua cidade, sozinho. Então, começou a olhar em volta. Observou o templo; contemplou o altar; o Cristo crucificado. Viu os adornos que embelezavam as paredes e as colunas da velha Igreja.

Há tempos não ia à missa. Não por falta de fé, mas por falta de tempo, dizia. Tinha tempo para tudo, principalmente, para o trabalho que consumia o seu dia a dia. À noite chegava cansado em casa, e só queria assistir ao noticiário e descansar. A família cobrava sua presença e atenção.

Agora, ali, ele e Deus. Há quanto tempo não entrava em comunhão com o Filho do Homem? Agradeceu pelo dom da vida, pelo pão de cada dia; pela família; pela saúde. Pediu perdão, “por minha culpa, minha tão grande culpa”. Rezou fervorosamente, como há muito não fazia.

Ficou em silêncio. O coração ouvia o Criador. “Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento”. Lágrimas escorreram em sua face.

Lembrou-se da infância. A sua mãe sempre o levava à missa. Fez a Primeira Comunhão; chegou a ser coroinha. Nos tempos da adolescência, porém, deixou de ir à Casa do Pai.

Quando casou, ainda participou do Encontro de Casais com Cristo, todavia, logo se afastou, pois era preciso trabalhar cada vez mais para pagar as contas. Vieram os filhos, o cansaço do trabalho, o peso da idade, os problemas, as desculpas, enfim.

Muitas vezes não entendeu os propósitos do Senhor. Passou por inúmeras dificuldades. Será que Deus o abandonara? Contudo, naquele momento, sentiu-se como o filho pródigo. “Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho”.

Levantou-se e caminhou em direção ao altar. Sentiu uma suave brisa tocar o seu rosto. “Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou”.

Quando a chuva parou de cair, o homem seguiu o seu rumo. Estava leve, força e fé estavam renovadas.

E uma profunda paz tomava conta de sua alma.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
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