segunda-feira - 18/07/2022 - 06:44h
Luto

Morre aos 92 anos o lojista José Dias da Cunha

Faleceu José Dias da Cunha, um dos mais longevos lojistas de Mossoró. Era proprietário da Ótica Vênus, cruzamento das ruas Antônio de Souza com Idalino de Oliveira, centro da cidade.

José Dias Cunha tinha 92 anos e nasceu em Umarizal (Foto: Relembrando Mossoró)

José Dias Cunha tinha 92 anos e nasceu em Umarizal (Foto: Relembrando Mossoró)

Originário de Umarizal, chegou muito jovem a Mossoró, onde fez história com trabalho e sempre ampliando largo círculo de amizades e respeito.

Fez 92 anos no último dia 13 e faleceu nesse domingo (17).

Seu velório ocorre nesta segunda-feira (18), no Centro de Velório Sempre, próximo ao Tiro de Guerra 07/010. Sepultamento está marcado para as 16h.

Minha solidariedade à viúva Serly, além dos filhos Dias Filho, Leilane e Aécio (amigo de infância), bem como demais parentes.

Que descanse em paz.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais
segunda-feira - 18/07/2022 - 06:00h
Futebol

ABC perde para o Remo em Belém pela Série C 2022

O ABC não resistiu ao Remo jogando nesse domingo (17) na casa do adversário, em Belém-PA, pela Série C 2022, do Campeonato Brasileiro de futebol. O time local venceu por 2 x 0 no Estádio Baenão.

O ABC não foi páreo para o contendor, que desde o início foi todo pressão e acabou premiado com o placar favorável. Após o primeiro gol sofrido, o time natalense até melhorou sua posse de bola, mas não conseguiu traduzir esse ‘comando’ em gol.

Paulinho Curuá fez um golaço no primeiro tempo, logo aos 10 minutos. O outro gol foi de Brenner de pênalti, aos 20 do segundo tempo.

O ABC caiu na tabela. Não vence há cinco jogos e segue estacionado em 24 pontos, agora na quinta colocação. Botafogo-PB chegou a 25 terceira posição, enquanto o Figueirense tem mesma pontuação, mas na quarta colocação.

O ABC tem chance de se recuperar no próximo sábado (23), quando recebe o Floresta do Ceará no Estádio Frasqueirão, às 17h.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Esporte
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 17/07/2022 - 23:59h

Pensando bem…

“O mundo está girando tão rápido que a pessoa que diz que algo não pode ser feito, geralmente é interrompida pela pessoa que está fazendo.”

Elbert Hubbard

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
domingo - 17/07/2022 - 13:38h

Saio da luta, mas acredito no Brasil

Por Ney Lopes

Resolvi não disputar a vaga de senador nesta eleição.

Sinto-me abalado emocionalmente, pelas perdas do meu filho e de minha mãe.urna eletrônica, eleições 2022

Além dessas circunstâncias, influíram os “acordos mudos” da mídia em geral, com o objetivo de exaltar uns candidatos e de outro lado desconhecer, omitir e isolar, quem não lhes convém.

Tal estratégia silente é montada às escondidas, por interessados dissimulados e ocultos.

Fui vítima desse isolamento.

Acreditei em vão, que como pré-candidato ao senado seria possível mostrar a experiência legislativa e serviços prestados, que acumulei durante 24 anos como deputado federal.

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), durante 13 anos (até a minha saída em 2006) escolheu os 100 parlamentares mais influentes do país e apenas oito estiveram sempre na lista, entre eles o meu nome.

Vi que não teria como fazer uma prestação de contas e alcançar a credibilidade necessária para buscar o voto.

O meu nome era absolutamente inconveniente ao “establishment”, comprometido com o status quo, cujo único objetivo é a radicalização, em busca do poder e interesses pessoais

No processo eleitoral, quando se tem propostas em benefício coletivo e não é possível passá-las à opinião pública, elas não chegam a lugar nenhum.

As pressões e o controle do poder político e econômico anulam quem tenha estilo inovador e independente de campanha.

Realmente, causa perplexidade a atual cooptação no quadro eleitoral do estado.

Exemplo emblemático foi de uma velha amiga do oeste potiguar, que me ligou e disse ter sido procurada por uma pesquisa, quando estava na feira.

Preferiu não citar a preferência pelo meu nome, com medo de ser denunciada e o prefeito demitir a sua filha.

Outro fato: propus um debate aberto, no qual se radicalizaria com propostas concretas em benefício do estado e do país, além de mostrar que o papel do senador é “legislar” matérias relevantes, como foram a reforma trabalhista, reforma previdenciária e outras.

Entidade de classe expressiva considerou “inconveniente” a proposta, certamente para proteger do confronto o seu candidato preferencial.

Guimarães Rosa teve razão ao afirmar: “Inútil fugir, inútil resistir, inútil tudo”.

O RN se transformou num “clube privado”, com acesso restrito aos apoiados pelos governos federal, estadual, municipal, grupos econômicos e partidos, que disponham de milhões do Fundo Eleitoral. Na Constituição Federal é previsto o direito a reivindicações, manifestações e protestos, em defesa de direitos ou contra o abuso de poder.

Se por acaso existir uma “maioria silenciosa”, que reaja e leve o eleitor ao voto livre em 2 de outubro, esses “acordos mudos” serão derrotados.

Do contrário, nada mudará.

Mais uma vez, agradeço aos que acreditarem na minha mensagem.

Mesmo diante de tantos obstáculos, acredito no Brasil.

Sócrates, o filósofo grego, repetia: “O segredo da mudança é não focar toda sua energia em lutar com o passado, mas em construir o novo

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo / Eleições 2022 / Política
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 17/07/2022 - 12:42h
Eleições 2022

Bolsonaro passa por Natal e participa de eventos católico e evangélicos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou a Natal nesse sábado (16), para cumprir três compromissos. Sua passagem reuniu expressiva participação popular. Depois, já à tarde, ele seguiu para Fortaleza-CE.

O presidente esteve em Missa Solene dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, no Santuário dos Mártires, no bairro de Nazaré, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha.

Esteve acompanhado do ex-ministro e pré-candidato ao Senado Rogério Marinho (PL) e do prefeito natalense Álvaro Dias (PSDB).

No bairro do Alecrim, em seguida, participou de encontro com pastores da Assembleia de Deus e outras denominações.

À tarde, ele esteve no principal compromisso na capital do RN, a Marcha para Jesus, evento da comunidade evangélica que reuniu milhares de pessoas em caminhada por avenidas da cidade.

Em discurso nessa mobilização na Avenida Nevaldo Rocha, ele disse que a campanha eleitoral e as eleições vão separar o “bem do mal”.

Bolsonaro esteve com o ex-ministro Rogério Marinho e o prefeito de Natal, Álvaro Dias, no templo católico (Foto: redes sociais)

Bolsonaro esteve com o ex-ministro Rogério Marinho e o prefeito de Natal, Álvaro Dias, no templo católico (Foto: redes sociais)

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Eleições 2022 / Política
domingo - 17/07/2022 - 11:36h

Villaça, o estilista

Antônio Carlos Villaça, escritor, autor do Nariz de Cera, falecido em 2005 (Foto: arquivo)

Antônio Carlos Villaça, autor do livro “O nariz do morto”, falecido em 2005 (Foto: arquivo)

Por Honório de Medeiros

No cinza das horas, releio O Livro dos Fragmentos, de Antônio Carlos Villaça, soberbo estilista. Quem não lembraria de Novalis e Nietzche, ao lê-lo?

Foi muito amigo de Franklin Jorge, outro estilista, autor de O Spleen de Natal, um livro requintado, prêmio Câmara Cascudo por unanimidade, e de Gerardo Dantas Barreto, o filósofo, dono de uma “passionalidade desgrenhada”, ambos norte-rio-grandenses, e de Gilberto Amado, Augusto Frederico Schmidt, Carlos Lacerda, não o político, o homem, e tantos outros, naqueles anos que começaram com Getúlio Vargas e se encerraram com a agonia do Movimento de 64.

Villaça ficou famoso com O Nariz do Morto, de 1970, obra de um niilismo trágico, tão elogiado. Lembra, lá para as tantas, que Gilberto Amado caracterizava Vargas muito bem: “Getúlio ou a arte de enganar. Enganava não apenas os bobos, o que é fácil e todos fazem. Enganava os sabidos.”

E também lembra, nesse livro, Raul Fernandes, não o potiguar, mas, sim, o político e diplomata carioca, que lhe dizia sempre: “a ênfase é uma improbidade intelectual”.

Em O Livro dos Fragmentos aponta o estranho fenômeno da desaparição de alguns escritores. Cita Osvaldo Alves, Carlos David, Lia Corrêa Dutra, a quem Drummond e Gilberto Amado admiravam e que sumiu da literatura.

Villaça especula: “Era uma forma de ceticismo ou de cansaço”. Recorda Maria Teresa Abreu Coutinho, “brilhantíssima. Casou-se com um operário italiano e foi morar no subúrbio. Nunca a reencontrei.”

Nada mais Enrique Vila-Matas e seu Bartleby e Companhia, no qual rastreia “a pulsão negativa ou a pulsão pelo nada que faz com que certos criadores, mesmo tendo consciência literária muito exigente (ou talvez precisamente por isso), nunca cheguem a escrever, ou então escrevem um ou dois livros, e depois renunciam à escrita”.

As obras desses escritores que ele cita ocupam, penso eu, algum escaninho empoeirado do Cemitério dos Livros Esquecidos que Carlos Ruiz Zafón localiza na misteriosa Barcelona, em um beco ao qual me conduziu uma bela guia mineira que, ante o meu espanto com o que me deparei, pôs-se a rir, divertida.

O Cemitério não se deixava perceber assim tão fácil…

Antônio Carlos Villaça, bem como Gerardo Mello Mourão, reconheceu que o Brasil é barroco, uma eterna tensão entre o corpo e a alma.

Vivesse hoje, que diria ele? Termina O livro dos Fragmentos citando Machado, Iaiá Garcia: “Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões”.

Estaria se referindo ao que escrevera?

Tomara.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 17/07/2022 - 11:02h
Facebook

Vá entender

Tive minha conta no Facebook bloqueada à manhã deste domingo (17), com restrições por pelo menos 29 dias, porque publiquei uma crônica do advogado e professor Marcos Araújo, falando de paz, sociedade, irmandade, Papa Francisco (veja AQUI).

Vá entender.

Publicar corpos ensanguentados e ofensas, podemos?

Ó tempos, ó costumes!

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Comunicação / Comunicado do Blog
domingo - 17/07/2022 - 09:42h

O realista escandinavo

Por Marcelo Alves

Em regra, relacionamos a expressão “realismo jurídico” a uma escola desenvolvida nos EUA na virada do século XIX para o XX e, até mais interessantemente, durante os anos 1930. Mas a história do direito registra um segundo realismo, o escandinavo, que teve como expoentes Axel Hägerström (1868-1939), Vilhelm Lundstedt (1882-1955), Karl Olivecrona (1897-1980) e, mais badaladamente, Alf Ross (1899-1979). E é sobre este último pensador que conversaremos hoje.Alf Ross

Alf Niels Christian Ross nasceu em Copenhague, na Dinamarca, em uma família de classe média. Formou-se em direito, na universidade da sua terra, em 1923. Correu pela Europa, especialmente pela Inglaterra, França e Áustria (onde conheceu Hans Kelsen), durante mais de dois anos. Tentou sem sucesso um doutorado na Universidade de Copenhague. Foi trabalhar com o já citado Axel Hägerström na Universidade de Uppsala, na Suécia.

Ali obteve o seu primeiro doutorado em 1929, título que viria também a obter, finalmente, na Universidade de Copenhagen, em 1935. Em Copenhagen, foi professor de direito constitucional e de direito internacional. Além de jusfilósofo e grande nome do realismo jurídico, Ross foi um prático do direito, como consultor a serviço do seu país e juiz da Corte Europeia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França.

A obra de Ross é vasta e, para além da filosofia jurídica, mergulha nos ramos do direito versados pelo autor. Como não sei dinamarquês, vou citar alguns títulos em inglês: “Towards a Realistic Jurisprudence: A Criticism of the Dualism in Law” (1946), “A Textbook in International Law” (1947), “Constitution of the United Nations” (1951), “Why Democracy?” (1952), “On Law and Justice” (1959), “Directives and Norms” (1968) e por aí vai. Destes, destaco o badalado “On Law and Justice”, que possuo em português, numa edição da Edipro, de 2000, com o título “Direito e Justiça”. Citarei o dito cujo aqui.

Antes de mais nada, é preciso destacar a oposição de Ross – e, de resto, dos demais realistas escandinavos – a uma “metafisica” do direito, no sentido de supervalorização de verdades a priori, sejam elas verdades jusnaturalistas ou positivistas. E a caracterização do fenômeno jurídico com fundamento no que é realmente decidido pelos operadores do direito, inclusive influenciados por fatores psicológicos que todos nós carregamos (e, aqui, enxerga-se uma grande aproximação com realistas americanos da segunda fase).

RETIRO DE “DIREITO E JUSTIÇA” algumas sacadas de Ross. Quanto ao jusnaturalismo, ele chega a tê-lo com uma “prostituta”, que está à disposição de qualquer um. Afinal, para ele, não existe ideologia “que não possa ser defendida por um apelo à lei da natureza”. Quanto ao positivismo, ele desdenha da crença de um infalível “poder do legislador para reformar a comunidade e o direito de acordo com a razão”. Para ele, “a regra jurídica não é verdadeira nem falsa; é uma diretriz”.

E diz: “associativamente às grandes codificações, o legislador, na vã esperança de preservar sua obra, tem proibido, amiúde, a interpretação das normas e que a prática dos tribunais se desenvolva como fonte do direito. (…). Na Dinamarca, depois da aprovação do Código Dinamarquês, em 1683, proibiu-se que os advogados citassem precedentes perante a Corte Suprema. A medida foi rescindida em 1771. Essas proibições drásticas se provaram ineficazes (…)”. Para ele, atribuir valor sagrado à lei (e mesmo a um precedente vinculante), em condições sociais mutantes, seria grave formalismo e uma ofensa ao que se costumou chamar de “equidade material”.

Ross não é nenhum radical, que fique claro. Na verdade, é muito interessante – e salutar – a sua noção de direito e de justiça. Ele reconhece a necessidade de um ordenamento jurídico positivado, com racionalidade e objetividade, que, sem dúvida, dará estabilidade, previsibilidade e igualdade ao direito de determinado país. E afirma que a norma positivada deve ser o fundamento inicial da decisão judicial (até para termos alguma proteção contra as subjetividades do juiz do caso). Mas a norma positivada deve ser aplicada por uma subjetividade/juiz, sejamos “realistas”. E aí que está: como fazer isso corretamente, com equidade? Numa ciência jurídica em que muitos querem se ver livres das “amarras” da lei, Ross prega uma realista objetividade na sua aplicação: deve-se trabalhar com o típico, o normal, na aplicação diária da lei. Sem invencionices que levem a desvios de padrão.

Há normas que apresentam ambiguidades de significado e alcance, permitindo/exigindo do juiz uma maior elasticidade de interpretação. Mas, mesmo nesses casos, o juiz deve prezar pela razoabilidade e experiência dos seus pares. A sua decisão será objetivamente justa quando estiver dentro do típico normal; do contrário, será perniciosamente injusta.

Gosto desse norte realista do direito e da justiça de Ross. Parece-me objetivo e operante.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 17/07/2022 - 08:20h

Eu sou, porque nós somos…

Por Marcos Araújo

Apesar do atual uso (e abuso!) de palavras como resiliência, sororidade, solidariedade, tolerância, diversidade, e, por razões de saúde pública, distanciamento e isolamento social, opostos que significam – e ressignificam – o comportamento humano, vale a pena trazer à reflexão a reestruturação social que estamos vivenciando no final deste primeiro quartel do século XXI.

Crianças Xhosa mostram o que é ubuntu - eu sou porque nós somos (Reprodução)

Crianças africanas mostram o que é ubuntu – “eu sou, porque nós somos” (Reprodução)

Tudo que é sólido desmancha no ar, escreveu o filósofo  estadunidense Marshall Berman para criticar a modernidade, e ele tem absoluta razão. Nas últimas décadas, só se falou em energia limpa (solar, eólica e hidráulica), e agora, com a guerra da Rússia x Ucrânia, percebemos que a energia “suja” (carvão mineral e vegetal, energia nuclear, petróleo e gás natural) é quem predomina no mundo.

O risco de desabastecimento de combustíveis fósseis obrigou recentemente Joe Biden a se ajoelhar diante do Conselho de Cooperação do Golfo (a união de seis estados do Golfo Pérsico: Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e Kuwait).

Também em razão da guerra, as nações estão refluindo suas exportações de alimentos e outros bens de primeira necessidade, buscando a autossuficiência. O mundo em breve deixará de ser a “aldeia global”, na expressão do filósofo canadense Marshall McLuhan, pois barreiras nacionalistas estão sendo erguidas rapidamente. Contam-se já aos milhões os refugiados e apátridas…

O pessimismo, a descrença, a depressão e outras patologias psíquicas avassalam a humanidade. Tem muita gente se armando e outro tanto se matando, sem causa aparente. A prática de doomscrolling (o termo se refere à tendência de navegar na internet e redes sociais em busca de más notícias) está disseminada. Um vazio existencial coletivo tomou de “assalto” a alegria e a vida de nossas cidades. Até Paris (e seus bistrôs), que no dizer de Ernest Heminguay era uma festa, ficou sem graça. O Rio deixou de ser lindo, e Roma não pode mais ser chamada “a cidade eterna”.

A regra agora é a desconfiança, prevalecendo a máxima de Paul Léautaud de que “ser inteligente é ser desconfiado, mesmo em relação a si próprio”.  Nem no médico,  que em tempos de outrora segurava sua mão no momento da cirurgia, nem mesmo no Padre, que amparava suas angústias e guardava suas confissões…

Existirá ainda alguma esperança neste mundo cáustico e caótico?  Claro que sim! A experiencia humana ao longo da história tem demonstrado que a sobrevivência da espécie depende da fórmula racional musicada por Tom Jobim na sua canção “wave”: “fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”. Somos todos interdependentes. Ninguém é capaz de viver sozinho, ainda que se noticie uma proposta idiota de um hotel para mínimos em órbita espacial.

É PRECISO revitalizar o sentido etimológico da palavra “Sociedade”, que em termos mais precisos significaria “sócio na metade”. Somos todos “sócios” uns dos outros. Como afirma Durkheim, a sociedade não deve ser um amontoado de indivíduos, mas um sistema organizado deles, numa unidade cultural, solidária, econômica, política e plural.

O sociólogo francês Edgar Morin insistia que “não só os indivíduos estão na sociedade, mas a sociedade também está nos indivíduos”.  O sentimento de pertença a uma comunidade deve ser o instinto de sobrevivência prevalente. Se eu sou “sócio” na “metade” do outro, essa outra metade pode estar passando fome, desempregada, sem escola, sem perspectiva, doente, sofrendo preconceito…

As pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha. Eu sou humano, e a natureza humana implica compaixão, partilha, respeito, empatia. Uma sociedade sustentada pelos pilares do respeito e da solidariedade faz parte da essência de Ubuntu, filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras.

Na língua Zulu, Ubuntu significa “Eu sou, porque nós somos”. Aos que se dizem cristãos a filosofia do Ubuntu deve ser um frontispício mental, posto que, como enfatizado pelo Papa Francisco, “No diálogo com Deus não há espaço para o individualismo”.

Marcos Araújo é advogado e professor da Uern

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
domingo - 17/07/2022 - 06:34h

Assédio sexual e o estupro de vulnerável

Por Odemirton Filho 

No Código Penal brasileiro existem os crimes contra a dignidade sexual, com o objetivo de proteger a liberdade sexual de cada um.

O crime de assédio sexual está previsto no Art. 216-A do Código Penal. Assim, constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função tem uma pena de detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos.vitima-estupro

Na definição de Zaffaroni, “o tipo penal é um instrumento legal, logicamente necessário e de natureza predominantemente descritiva, que tem por função a individualização de condutas humanas penalmente relevantes”. O fato típico é composto pela conduta do agente, dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva; pelo resultado e pelo nexo de causalidade.

O sujeito ativo do crime (quem pratica) e passivo (quem é vítima) poderá ser um homem ou uma mulher. Observe-se que o sujeito ativo do crime tem ascendência, no caso de relação privada de trabalho, ou é superior hierárquico, no caso de relação pública, valendo-se dessa situação para conseguir vantagem ou favorecimento sexual.

Desse modo, há quem entenda, que se o agente ocupar uma posição inferior ou mesmo idêntica à da pessoa que, em tese, é constrangida, não haveria o delito.

O que se quer proteger é a liberdade sexual e, é claro, a dignidade sexual. Não existe necessidade de o agente conseguir o seu intento, basta que o constrangimento tenha sido exercido com essa finalidade.

Destaque-se que o assédio sexual poderá ser de duas formas: por chantagem e por intimidação. Por chantagem é quando a aceitação ou a rejeição de uma investida sexual é determinante para que o assediador tome uma decisão favorável ou prejudicial para a situação de trabalho da pessoa assediada. Por outro lado, o assédio por intimidação abrange todas as condutas que resultem num ambiente de trabalho hostil, intimidativo ou humilhante.

A vítima poderá obter a rescisão indireta do contrato de trabalho, motivada por falta grave do empregador, e terá o direito de extinguir o vínculo trabalhista e de receber todas as parcelas devidas na dispensa imotivada, além de uma indenização pelo dano sofrido.

Enfim. Não é de hoje que as mulheres são as principais vítimas do crime, sendo tratadas como um objeto. É, sem dúvida, uma ofensa à dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da nossa Carta Republicana. Casos acontecem diariamente, seja no âmbito da atividade laborativa pública ou privada.

Na verdade, poucos são os casos que vem à tona, a maioria fica às escondidas, já que a vítima tem vergonha, medo de perder o emprego ou sofrer alguma espécie de perseguição no trabalho.

Para o ministro Lelio Bentes, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), não é admissível que, em pleno Século XXI, as pessoas ainda se sintam à vontade para vilipendiar a dignidade de uma mulher trabalhadora.

E o estupro de vulnerável?

O Art. 217-A do Código Penal reza que é crime ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. A pena é de reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

E mais: Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (grifei).

Tutela-se, nesse caso, o direito de liberdade da pessoa em dispor do próprio corpo no que diz respeito aos atos sexuais. O estupro de vulnerável agride a dignidade do ser humano, incapaz de consentir para o ato.

Há diversos casos na literatura jurídica em que a vítima não pode, por algum motivo, oferecer resistência, como, por exemplo, a pessoa que se encontra em estado de coma ou do profissional que depois de anestesiar suas pacientes, fazendo-as dormir, mantém com elas conjunção carnal. Ou, ainda, o terapeuta que abusa sexualmente de crianças e adolescentes depois de ministrar algum sedativo.

Pode-se considerar outras situações, como a embriaguez letárgica, o sono profundo, a hipnose etc. Às vezes, a vítima não pode sequer gritar por socorro, seja pela grave debilidade, seja pelas condições do local onde se encontre, diz o professor Odon Maranhão.

Vale, ainda, destacar a Súmula n. 593 do Superior Tribunal de Justiça:

“O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.”

Portanto, eis alguns aspectos dos crimes de assédio sexual e estupro vulnerável, os quais merecem a firme reprimenda por parte do Estado-juiz, ante a sua gravidade e repulsa social.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 17/07/2022 - 04:30h

A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 9

Psicose do chumbo e da pólvora

Por Marcos Ferreira

Durante dois ou três minutos permaneceu imóvel, sentado sobre o colchão, as pernas trançadas, ar pensativo, contudo exibindo no rosto ainda por barbear traços de contrariedade. Acordara de súbito, o sono importunado pela memória recente dos homens que o agrediram naquela noite quando ele deixou o lançamento do livro do amigo advogado Luciano Aires, na Biblioteca Municipal de Mondrongo.

O trauma da violência física e psicológica, o cano da pistola em sua boca, os socos e pontapés, tudo isso machucava, torturava por demais o seu espírito, fazia-o se sentir impotente e não menos revoltado. Vingar-se, àquela altura, era o seu único desejo.pistola-com-cartuchos-sobre-mesa-de-betão-preto-armas-fogo-em-fundo-concreto-fechar-o-ponto-bala-e-as-balas-munições-conceito-222070073

Na penumbra, contando com a meia-luz provinda do banheiro, pegou o telefone sobre o criado-mudo e verificou as horas: quatro e dezessete da madrugada. Sabia que depois daquilo, do pesadelo com os seus agressores, não mais conseguiria voltar a dormir. Laura estava de plantão de doze horas no Hospital Regional Tancredo Neves e só chegaria em casa por volta das sete e meia daquela manhã.

Sem a intenção de voltar a dormir, recolocou a cabeça no travesseiro e se deixou quieto, curvado sobre a cama, os olhos bem abertos, a refletir sobre a sua atual e incômoda condição de desempregado. Pensou também no dinheiro que recebera de rescisão trabalhista da Tribuna Mondronguense e começou a avaliar a possibilidade de retirar uma parte para adquirir uma arma de fogo: revólver ou pistola.

Havia servido no Exército no período de serviço militar e possuía certo traquejo com essas coisas. Noutra época, estando com vinte e cinco anos de idade, fizera curso de vigilante e chegou a trabalhar durante um tempo numa empresa seguradora de numerários.

Recordou-se, além disso, que foi forçado a deixar o ramo de segurança armada devido a problemas psíquicos, à instabilidade emocional que se lhe introduziu na mente, atacando-lhe os nervos, o autocontrole. Até culminar com o dia em que, numa agência bancária, confundiu um jovem médico negro com um pseudoassaltante, botou o revólver na cara do rapaz e o mandou deitar no chão, esbravejando.

Após uma semana de afastamento e reavaliação com supervisores da seguradora, recebeu instruções de consultar um médico psiquiatra. Então o profissional o classificou com o diagnóstico de transtorno bipolar. Jaime Peçanha entrou de benefício pelo serviço de previdência social e daí por diante nunca mais voltou a trabalhar na área nem pegar em armas. Não muito depois, graças ao seu antigo vínculo com a literatura e a escrita, conseguiu o emprego como revisor de textos na centenária Tribuna Mondronguense, onde ascendeu a copidesque, repórter e editor de cultura.

Agora, porém, a Tribuna é passado. Ele sabe que está em palpos de aranha, que a grana da rescisão não vai durar muito e que os biscates que surgirem da revisão de livros de autores locais não serão o suficiente para sustentá-lo por tempo indeterminado. Sente-se furioso, possesso, pois lembra da animosidade para com ele nutrida pelo diretor administrativo Alberto Cardoso, razão pela qual foi demitido.

Como se não bastasse, tem conhecimento de que sua cabeça foi pedida pelo prefeito Wallace Batista. Por essas e por outras, a ideia da aquisição da arma vai se fixando na mente de Jaime. E não apenas por uma questão de autodefesa, mas também por ira.

Ali recurvo sobre a cama, com uma lateral da face no travesseiro, imagina-se armado até os dentes invadindo os gabinetes do prefeito e do diretor administrativo para crivar seus desafetos de balas. Antes de executá-los, no entanto, ele primeiramente os alvejaria nas pernas e braços, romperia-lhes os joelhos com vários disparos. Não os extinguiria de imediato. Concederia a si mesmo o mórbido, o doentio prazer de vê-los suplicar, sofrer, estertorar, para só depois encher-lhes a cara de chumbo. A seguir não se importaria de meter uma bala na própria cabeça.

— Filhos da puta! — exclama baixinho.

Tais lucubrações, contudo, findam por agastá-lo. Jaime emerge num autoexame e pondera que seu acerto de contas através da psicose do chumbo e da pólvora é impraticável, impossível de ser levado a efeito. Ainda em meio à penumbra, solitário, volta a sentar-se na cama, coça os olhos e abana a cabeça negativamente. Conclui, então, que está desperdiçando energia, queimando neurônios à toa.

Seus pensamentos vão desanuviando, o semblante assume um ar sereno. A psicose do chumbo e da pólvora se foi. Ele entrelaça os dedos, move discretamente os lábios, como se fosse dizer alguma coisa, mas não emite nenhuma palavra. Sua arma, o instrumento com que pretende ajustar contas com o prefeito e o diretor administrativo da Tribuna Mondronguense, volta a ser a literatura, o livro-dossiê (meio romance e meio reportagem) em que vem trabalhando há oito meses.

Recorda-se, entrementes, que precisa convencer o senhor Pablo Licurgo, empresário do ramo de construção civil, arruinado graças às tramoias contratuais da Secretaria de Urbanismo e Obras de Mondrongo, sob ingerência do prefeito. Sim, é necessário que o senhor Licurgo respalde as provas coligidas por Jaime ao longo de quase três dúzias de cópias de uma documentação fraudulenta, com serviços superfaturados, aditivos fantasiosos e calote em fornecedores e certos prestadores de serviços, como se deu com o senhor Pablo Licurgo quando este se negou a fazer parte do esquema criminoso. No fim das contas o homem terminou falido e endividado.

Jaime pulou da cama como se houvesse recebido uma injeção de ânimo. Foi ao banheiro, urinou, lavou o rosto demoradamente, fez as suas abluções, penteou mais ou menos o cabelo, vestiu uma bermuda jeans e uma camiseta velha de algodão e seguiu para a cozinha. Então preparou a cafeteira e filtrou meia jarra de café puro. Serviu-se da rubiácea e bebeu seu ópio negro com vagar, pensativo.

Daí a pouco ligou o notebook sobre a mesa da cozinha e voltou a trabalhar no dossiê a que possivelmente dará o título de “A cidade que nunca leu um livro”. Quando Laura chegou, ele havia escrito quatro páginas e bebido o café quase todo. Ela disse que estava exausta, morta de sono, e foi para o quarto.

Jaime continuou entretido com a fabulação. Daí a cerca de meia hora, enquanto sorvia o restinho do café, colocava o ponto final em mais um capítulo do romance. Nesse instante pensou no quanto seria interessante se pudesse publicar aquelas páginas num jornal de Mondrongo, à maneira de folhetim. Tolice. Isso era praticamente suicídio. A truculência do prefeito Wallace não conhecia limites.

&&&

— E se o prefeito não tiver nada a ver com o peixe? — ponderara Laura no dia seguintes às agressões. — Já parou para pensar nessa possibilidade alguma vez? Quem sabe você possui outros desafetos em Mondrongo e nem ao menos tem conhecimento disso. Até hoje, convenhamos, ninguém conhece o prefeito por essa característica. Percebo você obcecado; botou na sua cabeça que Wallace Batista é responsável por essa violência toda e talvez ele não tenha culpa no cartório.

— Como não?! — protestou. — Aquele sonso é um lobo em pele de cordeiro. Não existe mais ninguém que tenha nada contra mim; exceto ele e o safado do Alberto Cardoso. Ambos se vendem por cidadãos de bem nas colunas sociais, obedientes a Deus. Frequentam a mesma igreja protestante. Gostam de sentar nos primeiros bancos, fecham os olhos durante longos minutos e fingem estar em sintonia com Jesus. Já presenciei tal teatro uma vez, em companhia do seu primo Reginaldo.

— Hum. Estranho! — observou Laura enquanto colocava a louça do café na pia da cozinha. — Eu não sabia que você e Reginaldo frequentavam igreja alguma. Até agora eu os tinha como dois agnósticos. Não estou certa?

— Sim, está. Isso foi apenas uma noite. Recebemos o convite de uma colega da Redação, a Margareth, e aproveitamos para investigar.

— Bisbilhotar, você quer dizer. Muito bonito!

— Fomos convidados, Laura. Porém não nego que nos aproveitamos da situação para conferir o engodo do prefeitinho e de Alberto Cardoso. O povo de Mondrongo, e não é pouca gente, está muito enganado com esse sujeito.

— As pessoas gostam dele, Jaime. Admita.

— Eu sei disso. Porém tal simpatia está essencialmente ligada ao fato de ele (eu goste ou não) representar a ruptura, a libertação de Mondrongo da antiga oligarquia dos Albuquerque Azevedo. Eis o único mérito desse prefeito farsante. Afora isto, Laura, ele não passa disso: um farsante. É tão falso e corrupto quanto aqueles contra os quais apontou sujeiras, falcatruas, podres, mandos e desmandos.

— Está bem. Termine o seu café. Preciso ver seus curativos, pois tenho outros afazeres para breve. Além do hospital mais tarde.

&&&

A casa estava silenciosa. Laura, exausta do longo plantão, fora tomar um banho e naquele instante possivelmente já havia dormido. Jaime se pôs a revisar o capítulo que dera por encerrado. Compreendia, portanto, que era preciso aguardar a ocasião certa. Aquilo não podia ser exposto como folhetim, sob determinada periodicidade, e sim de uma só vez, em formato de livro. É o que ele faria.

Como uma nuvem negra, porém, a psicose do chumbo e da pólvora ronda a sua cabeça, seu pensamento, a sua mente enfermiça. Tentará se vingar do espancamento e de outras coisas por meio da literatura, mas, lá no fundo, ele não descarta um ato camicase, tresloucado, se nada der certo através das palavras.

ACOMPANHE

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Prólogo;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Capítulo 2;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo  3;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 4;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 5

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 6;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 7;

Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 8.

Marcos Ferreira é escritor

Compartilhe:
Categoria(s): Conto/Romance
sábado - 16/07/2022 - 23:59h

Pensando bem…

“Não aceite críticas de alguém que você não aceitaria conselhos.”

Jim Kwik

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 16/07/2022 - 20:02h
Luta pelo voto

‘Dobradinha’ Fátima-Rogério é uma realidade crescente

Fátima e Rogério são adversários, mas têm palanque comum em vários municípios (Foto: 10/03/2020/Brasília)

Fátima e Rogério são adversários, mas têm palanque comum em vários municípios (Foto: 10/03/2020/Brasília)

É pegar ou largar.

Da Grande Natal ao interior, a ‘dobradinha’ governadora Fátima Bezerra (PT)-pré-candidato ao Senado Rogério Marinho (PL) já é uma realidade.

Vários prefeitos têm feito escolha às claras e num papo reto.

Fátima à reeleição e Rogério Marinho como nome ao Senado.

Os dois são adversários ferrenhos, mas não estão em condições de rejeitar apoios e votos.

Exemplo bem próximo e quentinho é de Apodi (veja AQUI). O prefeito Alan Silveira (MDB) juntou público considerável nessa sexta-feira (15) para dizer que está com Fátima e Rogério.

Oficialmente, publicamente, o pré-candidato ao Senado de Fátima é o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT).

Em relação a Rogério Marinho, ele está ‘casado’ com o pré-candidato Fábio Dantas (Solidariedade), adversário de Fátima.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Eleições 2022 / Política
sábado - 16/07/2022 - 19:14h
Política

Prefeito faz evento e anuncia apoios às eleições deste ano no RN

Na noite desta sexta-feira (15), na residência da ex-prefeita apodiense Gorete Silveira (MDB), o prefeito Alan Silveira (MDB) fez festa para anunciar pré-candidatos que vai apoiar às eleições deste ano.

Rogério Marinho agradeceu apoio de Alan, que juntou público numeroso (Foto: divulgação)

Rogério Marinho agradeceu apoio de Alan, que juntou público numeroso (Foto: divulgação)

Filho de Gorete Silveira, Allan recebeu o ex-ministro do Desenvolvimento Regional e pré-candidato ao Senado, Rogério Marinho (PL), para declarar apoio.

A noite também foi de homenagens e saudações ao ex-senador Garibaldi Filho (MDB), nome à Câmara dos Deputados.

Para estadual, Alan Silveira cravou opção por Ezequiel Ferreira (PSDB), atual presidente da Assembleia Legislativa do RN.

Alan, Garibaldi, Ezequiel e Walter em evento que marcou anuncio de escolhas do prefeito (Foto: divulgação)

Alan, Garibaldi, Ezequiel e Walter em evento que marcou anuncio de escolhas do prefeito (Foto: divulgação)

Ao Governo do RN, o prefeito segue a chapa Fátima Bezerra (PT)-deputado federal Walter Alves (MDB).

No evento, “Waltinho” representou a chapa a ser homologada ainda este mês.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Eleições 2022 / Política
  • San Valle Rodape GIF
sábado - 16/07/2022 - 18:40h
Eleições 2022

Ao lado de Ezequiel e Walter, Fátima afirma que todos estão “juntos”

Participando da Feirinha de Sant’Ana, festa da padroeira dos católicos de Currais Novos, neste sábado (16), a governadora Fátima Bezerra (PT) posou com o presidente da Assembleia Legislativa do RN e seu aliado desde o segundo turno da campanha de 2018, quando foi eleita, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB).

Ezequiel, o que nunca foi adversário, apesar da vontade de muitos em contrário, empilhando mãos com Fátima e Walter (Foto: redes sociais de Fátima Bezerra)

Ezequiel, o que nunca foi adversário, empilhando mãos com Fátima e Walter (Foto: redes sociais de Fátima Bezerra)

Ao seu lado, e empilhando mãos, umas sobre as outras, o deputado federal e seu futuro vice Walter Alves (MDB).

Em suas redes sociais, a governadora postou foto com comentário lacônico mais sem rodeios:

– Com Walter Alves e deputado Ezequiel Ferreira, na Feirinha de Sant’Ana, em Currais Novos. Estamos Juntos!

Durante vários meses, Ezequiel Ferreira teve seu nome especulado ou ‘confirmado’ por uma série de pessoas e canais de comunicação, como pré-candidato a governador pelo bolsonarismo, contra Fátima Bezerra. Um conflito de opinião com manifestação de vontade.

Ele nunca avalizou o noticiário e chegou mesmo a desautorizar certos registros jornalísticos.

Nesta página, em voz quase solitária, cravamos e desafiamos para aposta, assegurando que ele seria candidato à reeleição.

Foi fácil demais acertar.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Eleições 2022 / Política
sábado - 16/07/2022 - 17:52h
Futebol

América passa sufoco, mas vira e se classifica na Série D

O América-RN avança na Série D 2022, do Campeonato Brasileiro de futebol. Foi no sufoco, foi tenso, mas deu certo.

Em jogo neste sábado (16) no Estádio Marizão, em Sousa-PB, o alvirrubro natalense passou de virada pelo Sousa, com dois gols do centroavante Wallace Pernambucano. Juninho Paraíba fez para o alviverde ainda no primeiro tempo e o atacante americano resolveu o jogo na etapa complementar.

A partida foi válida pela 14ª e última rodada da primeira fase da Série D do Campeonato Brasileiro e levou o América ao segundo lugar do Grupo C. O Sousa ficou em terceiro.

Com a vitória, a equipe potiguar garantiu o passaporte para a segunda fase e decidirá em casa, enquanto o time paraibano fará o segundo jogo do mata-mata fora de seus domínios.

O primeiro colocado desse grupo é o Retrô de Pernambuco e o quarto é o Afogados, também desse estado.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Esporte
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 15/07/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”

Carl Jung

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
sexta-feira - 15/07/2022 - 15:10h
Em Natal

Avante fará convenção cartorial no próximo dia 21

Satisfeito com o desempenho eleitoral de 2018, quando elegeu dois deputados estaduais, o partido Avante vai em busca de repetir ou mesmo superar esse desempenho. É com esse espírito que o partido fará sua convenção no dia 21 de julho, quinta-feira, das 14 às 18 horas, no Monza Palace Hotel em Natal. A convenção será cartorial.

Jorge do Rosário é pré-candidato a deputado estadual pelo Avante (Foto: assessoria)

Jorge do Rosário é pré-candidato a deputado estadual pelo Avante (Foto: assessoria)

Além dos mandatos na Assembleia Legislativa, o Avante tem como meta eleitoral para 2022 eleger um deputado federal.

“Teremos 25 nomes para a Assembleia e 9 para a Câmara Federal, nominatas completas e competitivas, com lideranças de diferentes regiões, e que desejam compor um novo cenário na política do estado”, explica o engenheiro Jorge do Rosário, presidente do Avante/RN e pré-candidato a deputado estadual.

Segundo Jorge, os candidatos do Avante estão comprometidos com o novo projeto do partido que é discutir e debater o RN, a partir do fortalecimento econômico para gerar empregos e novos investimentos.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Eleições 2022 / Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sexta-feira - 15/07/2022 - 14:38h
Em Natal

Rogério Marinho fala sobre desenvolvimento para entidades de prefeitos

O pré-candidato ao Senado e ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL) participou de um encontro na manhã desta sexta-feira (15), com os presidentes de federações e associações de municípios do Nordeste. No evento, realizado pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN), no Hotel Imirá, Via Costeira, Rogério ressaltou o potencial econômico e a importância de obras que garantam segurança hídrica para a região.

Femurn promoveu encontro para palestra de Rogério Marinho (Foto: Femurn)

Femurn promoveu encontro para palestra de Rogério Marinho (Foto: Femurn)

“Fizemos um grande esforço para garantir a segurança hídrica da região. E quando falamos em água, não é só para consumo humano. É para permitir a atração de indústrias, de comércio, para reduzir a pressão sobre o sistema de saúde, para melhorar a qualidade de vida. E o que foi feito neste setor nos últimos três anos não tem comparação com nenhuma outra época da história do nosso país”, disse Rogério Marinho durante palestra.

Organização

O Encontro organizado pela Femurn teve como tema o “Nordeste Unido pelo Desenvolvimento”. Na programação, vários debates sobre assuntos de interesse conjunto dos municípios nordestinos, como obras e ações da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) ou parcerias com o Banco do Nordeste (BNB).

O evento contou com a presença do deputado federal Benes Leocádio (UB), do presidente da Femurn e prefeito de São Tomé, Babá Pereira; presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Seridó Oriental (AMSO) e prefeito de Acari, Fernando Bezerra; presidente da Associação dos Municípios do Litoral Agreste Potiguar (AMLAP) e prefeito de Espírito Santo, Fernando Teixeira; do prefeito de Santana do Seridó e representante da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Hudson Brito, e do prefeito de Bom Jesus e diretor da Femurn, Clécio Azevedo.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Eleições 2022 / Política
sexta-feira - 15/07/2022 - 13:52h
Desabastecimento

Falta remédio em mais de 80% dos Municípios brasileiros

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) feito com 2.469 prefeituras mostra cenário do desabastecimento de medicamentos nas cidades. A pesquisa constatou que mais de 80% dos gestores relataram sofrer com a falta de remédios para atender a população.

Cenário de escassez está generalizado e sem solução à vista Foto ilustrativa)

Cenário de escassez está generalizado e sem solução à vista (Foto ilustrativa)

A CNM sugeriu às prefeituras que alegaram problemas na insuficiência de medicamentos para elencar os tipos de remédios da lista básica de uma listagem pré-estabelecida na pesquisa. Nesse contexto, a falta de amoxicilina (antibiótico) foi apontada por 68% (1.350) dos Municípios que responderam a esse questionamento. A ausência de Dipirona na rede de atendimento municipal (anti-inflamatório, analgésico e antitérmico) foi apontada por em 65,6%, ou 1.302 cidades.

A Dipirona injetável esteve na resposta de 50,6% e a Prednisolona, utilizada no tratamento de alergias, distúrbios endócrinos e osteomusculares e doenças dermatológicas, reumatológicas, oftalmológicas e respiratórias, foi destaque por 45,3%. A maioria dos gestores (44,7%) informou que a falta dos medicamentos se estende entre 30 e 90 dias, enquanto 19,7% relataram o problema ser crônico pelo fato de o desabastecimento se estender por mais de 90 dias.

Insumos e justificativa

Além da falta de medicamentos em serviços que cuidam das questões básicas ou menos complexas, a CNM quis saber se faltam insumos nos Municípios, ou seja, seringas, gazes, agulhas e ataduras. Esses materiais são de uso de descarte que se relacionam com o cuidado de baixa complexidade. Sobre esse ponto, 28,5% registraram a falta de pelo menos algum desses insumos.

Com a alta do dólar, a instabilidade pela guerra na Ucrânia e o abre e fecha por causa da Covid-19 na China, principal fornecedora de matéria-prima para medicamentos e embalagens, o quadro só se agrava. Essa é a justificativa do Governo Federal para o problema, mas salientando que tem tentado resolver a demanda.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Saúde
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 15/07/2022 - 11:35h
Suplente

Câmara Municipal de Mossoró empossa novo vereador

O suplente de vereador Adjailson Fernandes Valdeger, “Marrom Lanches”, do partido Democracia Cristã (DC), assumiu mandato de forma interina na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (sexta-feira, 15), com a licença por 80 dias do vereador Isaac da Casca (MDB), pré-candidato a deputado estadual.

Lawrence, Marrom e Isaac: posse à manhã desta sexta-feira (Foto: Edilberto Barros)

Lawrence, Marrom e Isaac: posse à manhã desta sexta-feira (Foto: Edilberto Barros)

O ato de posse ocorreu no gabinete da Presidência da Câmara, com a presença de vereadores, dirigentes locais do DC, familiares do empossado, imprensa. Após ler juramento e assinar termo de posse, Marrom Lanches foi declarado empossado pelo presidente Lawrence Amorim (Solidariedade).

Na sequência, em pronunciamento, agradeceu a Deus e ao agora vereador licenciado Isaac da Casca pela oportunidade, e disse estar preparado para exercer o mandato. Em entrevista, declarou-se vereador do bloco independente e ter saúde e educação como prioridades na Câmara.

Presenças

Participaram o ato de posse, além de Isaac da Casca, os vereadores Marckuty da Maisa (Solidariedade), 1º secretário, Raério Araújo (PSD), Wiginis do Gás (Podemos), Naldo Feitosa (PSC), Lucas das Malhas (MDB). “Queremos dar boas vindas ao colega vereador”, disse Raério.

Comerciante de 51 anos, Marrom obteve 1.099 votos na eleição passada e ficou na primeira suplente do DC. Neste partido, Isaac da Casca foi eleito o vereador mais votado em Mossoró, com 3.113 votos. Há três meses, Isaac anunciou filiação ao MDB. A indicação do suplente, contudo, cabe ao DC.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Eleições 2022 / Política
sexta-feira - 15/07/2022 - 10:30h
Automóveis

A fila que quase não anda na crise

A economia nacional, como microcosmo da vida planetária, mostra como estamos ainda na borrasca da crise provocada pela pandemia da Covid-19. Ponha na conta ainda, guerra Ucrânia x Rússia e seus efeitos mundo afora (como caso dos combustíveis), bem como a conjuntura nacional de gestão e política.pngtree-icon-car-auto-combination-free-download-image_2281609

Exemplo é a questão do setor de automóveis.

Carros usados têm preços na estratosfera e novos que levam meses para entrega, além de grande majoração.

Converso com alguns adquirentes de veículos “zero” e ouço a mesma ladainha: entraram na fila que pode durar quatro, cinco, seis meses ou mais.

Com um agravante: alguns carros estão sendo entregues incompletos, sem pleno atendimento às especificações dadas na hora da venda. Promessa é de que depois haverá complementação.

Veículos de alta sofisticação e ‘populares’ estão no mesmo patamar de problema.

“Já me avisaram que meu carro vai chegar sem dispositivo para abertura automática de porta-mala e outra peça que depende de chip”, relatou um consumidor em conversa com nossa página.

“A crise de insumos que pipocou na pandemia atrasa a produção”, justificou uma fonte de concessionária automotiva com a qual conversamos. “É problema mundial”, acrescentou.

Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Economia
Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2025. Todos os Direitos Reservados.