Por Bruno Barreto
O país está paralisado novamente desde a última quarta-feira quando o jornalista Lauro Jardim explodiu a República com a revelação de uma gravação do presidente Michel Temer com o dono da JBS Joesley Batista.
O conteúdo já de domínio público revela um presidente descendo ao esgoto da política apoiando a continuidade de uma mesada para Eduardo Cunha manter-se calado e a compra de dois juízes e um promotor. “Ótimo, ótimo”, disse o presidente.
Desde o impeachment, o presidente Temer se colocou como uma estadista capaz de sacrificar a própria imagem em nome da recuperação da economia. Tudo não passava de falácia para justificar uma agenda que agrada o mercado financeiro e jamais seria aprovada pelo povo.
O presidente não tinha grandes perspectivas políticas mesmo então seguiu com essas reformas que provocam calafrios em que conquistou direitos a duras penas.
O governo Temer já está morto. Falta apenas esperar o PSDB e o DEM caírem fora para que o odor de esgoto misturado com a catinga de carne podre se converta em renúncia. O ainda presidente não tem base social para peitar um processo de impedimento nem tem condições de se manter no poder sem apoio de imprensa, Congresso Nacional e elite econômica.
Na mídia a Globo já lhe virou as costas. No Congresso basta o PSDB sair para o famoso efeito manada atropelar o apoio político. Ao empresariado se tornará mais
interessante trocar de presidente via eleição indireta. Aí estarão as condições para aprovar um reformista que lhe interessa.
Mas o país precisa de um estadista. Isso é urgente. Só alguém com uma visão de país pode recolocar o Brasil nos trilhos. Não se trata de alguém comprometido apenas com a elite empresarial como Temer ou um populista como Lula.
O Brasil está numa situação de convulsão política, flertando com o caos. Temos de tudo na nação menos bom senso.
A solução não passa por um “não político”. Quem entra na política se torna político, o resto é hipocrisia reproduzida pelos marqueteiros para agradar o eleitor despolitizado, infelizmente em maioria neste país.
O Brasil precisa de alguém capaz de unificar a nação, que seja ao menos respeitado pelos adversários. No cenário de hoje esse nome não existe e o seu surgimento pode ser confundido com o “salvador da pátria”.
Não precisamos de heróis, salvadores, populistas… carecemos de alguém que pacifique o Brasil no presente e o coloque nos trilhos do futuro.
Bruno Barreto é jornalista da FM 95.7 (Mossoró) e TV Cabo Mossoró (TCM)
Parabéns Bruno, jornalismo sério encontramos muito pouco.
Esse ”alguém” não existe no brasil. Portanto, missão impossível.
No momento atual, dentro do congresso machista que temos, o nome certo é o do SENADOR Cristovam Buarque, sem vice e sem permitir sua reeleição. É por via indireta.
Agora se o Congesso tiver a boa vontade de convocar eleições diretas, o nome é Carmen Lúcia do STF.
Cristovam ”Sonso” Buarque e Carmem Lucia ”Sonolenta”.
Isso non ecziste .
Há outro?