• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sexta-feira - 25/07/2014 - 22:42h
Em Mossoró

Carlos e Rosalba prometem boa votação a Getúlio Rego

Pelo menos sete mil votos.

Essa é a estimativa que o casal Carlos Augusto Rosado (DEM)-governadora Rosalba Ciarlini (DEM) faz, para votação do deputado estadual Getúlio Rego (DEM) em Mossoró.

Pode ser mais, admitem. Talvez 10 mil votos, se estourar.

Seria resultado do esforço do casal, como reconhecimento ao empenho e fidelidade de Rego.

O deputado foi uma escassa voz em favor de Rosalba até aqui, principalmente no próprio DEM, que vetou projeto dela e de Carlos à sua tentativa de reeleição.

Nas eleições de 2010, sem arrimo do casal, Getúlio empalmou 1.287 votos (1,06%) em Mossoró. Foi o 12º mais votado.

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sexta-feira - 25/07/2014 - 16:20h
Política

Carlos Augusto e Sandra Rosado trocam 2 dedinhos de prosa

Os primos Carlos Augusto Rosado (DEM) e Sandra Rosado (PSB) entabularam dois dedinhos de prosa hoje.

Foi por telefone.

Ele em Natal, como secretário-chefe do Gabinete Civil do Governo de sua mulher, Rosalba Ciarlini (DEM); ela, deputada federal, em Mossoró.

Adversários políticos, eles nunca foram inimigos. Trataram de assuntos administrativos, em relação a Mossoró.

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terça-feira - 17/06/2014 - 11:13h
Fim de Governo...

Carlos Augusto Rosado está magoado

Ruminando mágoa contra José Agripino, marido da governadora deixa em alerta todos a seu redor

Por Dinarte Assunção (Portal Noar)

Ao lado da mulher, Carlos Augusto ajuda a comandar o Estado. (Foto: Assessoria de Comunicação do Estado)

Quando a governadora Rosalba Ciarlini adentrou a sede do diretório estadual do DEM, naquela segunda-feira, 2, para ser levada ao cadafalso e ser enforcada pelo próprio partido, uma tensão vibrou no ambiente. Assessores fizeram saber que ela havia chegado para confrontar o grupo de José Agripino. Houve uma inquietação. Jornalistas corriam de um lado para outro com gravadores à mão. Todos estavam em polvorosa, exceto uma figura, que não demonstrava nenhuma inquietação, embora padecesse internamente em seus dilemas íntimos.

Carlos Augusto de Souza Rosado se fez à luz da inteligência e à sombra da imprevisão. Enquanto todos externavam à flor da pele as emoções que resultaram na cassação branca de sua esposa, ele se mantinha impassível por uma questão de estratégia. Movimentava-se discretamente; fugia das objetivas das câmeras e desviava o caminho dos repórteres. Quando, enfim, a manobra de José Agripino restou vitoriosa, o golpe atingiu Rosalba de um jeito que a fez chorar. Carlos olhou para suas lágrimas, sem nada dizer, sem nada fazer. Atravessou o saguão de entrada ao lado da esposa e saiu tão inabalável quanto entrou.

O episódio gestou em Carlos Augusto uma mágoa, o que no marido da governadora Rosalba Ciarlini significa a iminência de um cataclisma político, porque é capaz de jogar as certezas pelo avesso e afligir com uma pergunta todos a seu redor: o que, afinal, será capaz de fazer o primeiro-ministro do Governo do Estado?

“Ele poderá fazer tudo, ou nada. Poderá se jogar no fundo de uma rede e se entregar, ou assumir o comando da nau e ir para a proa”, anota uma das várias fontes que falaram com a reportagem sob a garantia do anonimato. Carlos Augusto tem disso: desperta respeito e temor. “E ninguém quer se indispor com ele”, completa o interlocutor.

A gênese da mágoa vem das cassações de sua esposa. Quando viu que o Tribunal Regional Eleitoral impôs a Rosalba dois afastamentos, o primeiro-ministro se inquietou. “Como é possível? Aqui se pode fazer tudo”, disse à época. Desde então, ele não tem sido o mesmo.

As inquietações do filho de Dix-sept Rosado se agravaram desde aquela segunda-feira, 2, quando ele viu o amigo de meio século conduzir uma manobra de cassação branca contra a sua esposa, no diretório estadual do DEM. A repercussão do que o senador José Agripino fez a Rosalba Ciarlini ainda não acabou. Se Carlos Augusto, mentor político da esposa, não conseguir reverter a derrota na convenção do DEM, que ocorre neste domingo, a sombra da imprevisão ofuscará a todos.

“Pode apostar que ele tem já em mente o plano A e o B e o C. Se o primeiro não der certo, ele com certeza já sabe como agir”, explica  Carlos Rosado, hoje sócio da Harabello Turismo, mas que conviveu na intimidade com Carlos Augusto pelos três mandatos do secretário-chefe do Gabinete Civil na Assembleia Legislativa, na década de 1980.

Centralizador

Todas as fontes consultadas pela reportagem foram inquiridas inicialmente com uma pergunta: qual palavra define Carlos Augusto Rosado? A maioria não titubeou: “Ele é centralizador”.

O estilo do ex-deputado estadual despertou no território das suposições afirmações categóricas sobre quem, de fato, detém o poder. Mentor político da esposa, Carlos Augusto Rosado é apontado com o chefe do poder para o qual a mulher foi escolhida. Assim, foi chamado de prefeito de Mossoró, Senador da República e, agora, governador do Estado.

“Ele nunca fala assim: eu sou o governador, mas a postura é essa. Ele não diz assim ‘quem manda aqui sou eu’, mas a postura é de quem manda”, comenta à reportagem um interlocutor.

No exercício do poder, o marido da governadora Rosalba Ciarlini tem hábitos britânicos. Chega ao gabinete às 9h30 e atende ate as 19h. Nesse intervalo de quase 10 horas, não come nada. Recebe o secretariado e políticos – desde que para tratar de assuntos institucionais. A recepção de empresários ele delega à esposa.

Para um louvaminheiro da intimidade do casal, os comentários a respeito desse assunto são maldosos e infundados. “Ele é brilhante na política. E ela não é nenhuma amadora. Por que ele não pode colaborar com as gestões dela? Por que chamá-lo de governador? Acho que é inveja”.

De que exatamente teriam inveja os detratores do casal? A resposta precisou ser colhida com cautela pela reportagem. Mesmo sob o anonimato, o assunto foi espinhoso para algumas fontes. “Esse incômodo em falar sobre isso não reflete um certo fundo de verdade?”, indagou o repórter. “Não, é raiva mesmo”, repondeu uma figura enquanto sorvia um café com leite em um restaurante de Petrópolis.

Das mulheres que se projetaram na política do Rio Grande do Norte, a governadora Rosalba Ciarlini é a única que tem tão abertamente uma relação de cooperação com seu esposo. Quando o repórter insistiu sobre por que os detratores do casal teriam uma inveja dessa relação, uma fonte explicou:

“Ora mais, eles têm um casamento de anos. São cúmplices e felizes. Que outra mulher da política potiguar pode dizer o mesmo? Você não acha que há dor de cotovelo de quem fica espalhando essa boataria?”. “Não sei sobre dor de cotovelo, mas há uma outra mulher com situação semelhante à de Rosalba: a deputada Sandra Rosado”, devolveu o repórter. “Poupe-me. Essa comparação não tem sentido”, devolveu o interlocutor dispensando a xícara com metade do café com leite.

Atualmente, governadora Rosalba Ciarlini não se incomoda com o assunto, mas ele a chateou. No início de seu mandato, quando a Arena das Dunas não passava de um sonho, vários repórteres esperavam em um sábado ensolarado a chefe do Executivo estadual no canteiro de obras do estádio. Tão logo chegou, um afoito jornalista perguntou: “Governadora, quem manda eu seu governo é a senhora ou seu marido?”. Rosalba girou nos calcanhares e voltou ao carro, deixando os repórteres enfurecidos.

“Não vejo nada demais nessa relação dos dois. Eu poderia resumi-la da seguinte forma: ela lida dos assuntos administrativos e ele cuida mais da parte política. Ele sempre foi muito bom nisso. Qual o problema em colaborar?”, indagou outro componente da intimidade do casal.

Nos primeiros 10 meses da gestão Rosalba Ciarlini, Carlos Augusto protagonizou a primeira crise do governo, quando o grupo do vice-governador Robinson Faria rompeu com a gestão. No esteio da convulsão, a crise se amplificou quando o então secretário do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, declarou à jornalista Thaisa Galvão – após algumas doses de uísque – que Carlos era o governador de fato e que, até ali, o Rio Grande do Norte era gerido através de decisões de alpendres, se referindo ao local de onde Carlos Augusto comandava a máquina. A repercussão foi a pior possível.

Os jornais estamparam a crise política em suas manchetes por dias seguidos. Quando a crise caiu no esquecimento, um fato novo remexeu o tema. Criado com o propósito de deslanchar o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, o conselho político gestado em 2012 reunia praticamente todos os caciques da cena política local.

Garibaldi Filho, Henrique Eduardo Alves, José Agripino Maia, João Maia, Ricardo Motta, Rosalba Cialini e Carlos Augusto Rosado integravam o grupo ao qual ficou facultada a tarefa de criar meios para o progresso do Estado. Restou tudo fracassado porque a premissa básica, o diálogo, não foi executada, e uma nova crise política ganhou as páginas dos jornais.

Como “governador”, Carlos conversa com Henrique e Agripino em Brasília (Foto: Assessoria de Comunicação do Estado)

Mais uma vez, o prejuízo foi debitado na conta de Carlos Augusto. Ele saiu da história como culpado por blindar o governo contra os colaboradores. A situação chegou a ponto tal que, quando todos os líderes se reuniram em Brasília para salvar o natimorto conselho, o deputado Henrique Eduardo Alves não poupou nas palavras. Dirigindo-se à Rosalba, na presença de Carlos Augusto, ele cobrou: “A governadora é você. É você quem tem que tomar as decisões”.

Foi no fracasso do conselho político onde tudo começou. Sem interlocução e com a crescente desaprovação do governo, os membros do grupo passaram a enviar recados pela imprensa narrando a dificuldade de interlocução com o Gabinete Civil. A crise se escancarou quando José Agripino deu entrevista a este portalnoar.com afirmando que tinha feito de tudo para ajudar o governo. O uso do verbo no passado deixou claro que as relações estavam azedadas. Em silêncio, o primeiro-ministro passou a ruminar cada vez mais sua mágoa.

Ascensão

Carlos Augusto de Souza Rosado nasceu em 31 de outubro de 1944, sob o signo de Escorpião. É filho de Adalgisa Rosado, falecida em fevereiro do ano passado, e Jerônimo Dix-sept Rosado, do qual se despediu aos sete anos, quando, em 1951, morreu em um acidente aéreo no litoral de Sergipe. Para diversas pessoas consultadas pela reportagem, esse episódio é o que pode ter desenvolvido em Carlos o perfil depressivo que ele tem.

Aos 69 anos, é casado com a pediatra Rosalba Ciarlini, com quem teve quatro filhos. Entrou para a vida pública em 1981, quando presidiu a Assembleia Legislativa. Depois dessa temporada, ainda teve mais três mandatos, demonstrando ao Rio Grande do Norte sua vocação para o riscado da articulação política.

“Ele se põe como o mais inteligente articulador político que existe no Rio Grande do Norte. É um arrogante”, sentenciou uma fonte que tem Rosado no sobrenome. “É mesmo inteligente, mas a arrogância eu desconheço”, rebateu o amigo Carlos Rosado.

Os registros do jornal Tribuna do Norte ilustram esse perfil do ex-deputado. Então presidente da Assembleia Legislativa no início da década de 1980, Carlos teve dificuldades para compor sua equipe em razão dos baixos salários da iniciativa pública. “Mas ele era tão bom em articular, que logo conseguiu montar sua equipe”, relembra Carlos Rosado, sagrado chefe de gabinete do Legislativo.

Com efeito,  em 6 de junho de 1981, a Tribuna do Norte trazia em seu caderno de política a matéria com a seguinte chamada:  “Carlos Augusto nomeia auxiliares”. Em duas colunas de poucas linhas, 20 nomes se espalhavam entre referências de formações e ocupações na vida pública. Daquele tempo, ainda há nomes que permanecem na Assembleia Legislativa, como  Rita das Mercedes Reinaldo, procuradora da Casa.

Paradoxalmente, tanto talento para a política tem um contraponto: Carlos é introspectivo, não só não gosta como teme falar em público. Para essa reportagem, ele foi o primeiro a ser consultado, e disse o seguinte: “Você sabe, Dinarte, que pode contar comigo para o que precisar, mas eu não dou entrevistas”.

Há exceções, em bem verdade. Em outubro de 2011, ele se viu obrigado a romper com esse hábito. No auge da crise no governo gerado pelo afastamento de Robinson Faria, ele falou ao jornalista Carlos Skarlack, com quem já trabalhou.

“Rosalba foi a mulher que eu escolhi há quase 50 anos para ser a minha companheira, a mãe de meus filhos”, declarou o ex-deputado, para rechaçar as críticas de que ele era o governador de fato. Foi além e argumentou que sua postura foi, e sempre será, de agir dentro dos parâmetros éticos e morais, que cabem a quem, como ele, é o marido de uma política que exerce o principal cargo público do Estado.

Meses antes, ele já tinha inesperadamente dado uma declaração ao site Congresso Foco. Desembarcando em Brasília ao lado da esposa, nos primeiros meses de Governo, ele se saiu com essa: “Somos uma oligarquia desde 1890. Todos os nossos mandatos foram conquistados com o voto”.

Entronados no poder desde 1948, os Rosado viveram por anos sob a égide da união familiar, no melhor estilo do patriarcado. Mas um hiato dividiu a família. Dois grupos disputam o poder: a ala liderada hoje pela governadora Rosalba e seu marido, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, e pelo irmão dele, o deputado Betinho Rosado; e o grupo encabeçado pela deputada Sandra Rosado e seu marido, o ex-deputado Laíre Rosado. Ele é primo de Sandra e de Carlos Augusto e Betinho. Pelo lado materno, Sandra é também prima de Rosalba.

Uma rivalidade que começou a se ensaiar nas eleições de 1982, ganhou força no pleito de 1986 e se escancarou de vez na disputa de 1988, quando, pela primeira vez, os Rosado se enfrentaram diretamente nas urnas. Naquele ano, a então pedetista Rosalba venceu o confronto com Laíre Rosado e conquistou o primeiro de seus três mandatos como prefeita de Mossoró.

Desde então, o grupo da atual governadora só perdeu uma das seis últimas eleições municipais para a outra facção da família. Foi em 1992, quando Dix-huit Rosado, que tinha a sobrinha Sandra como vice, se elegeu pela terceira vez. Com a morte do tio ainda no cargo, coube à vice-prefeita concluir os últimos dias de seu mandato.

Os primeiros sinais de desavença política na família ocorreram em 1982, quando o então deputado estadual Carlos Augusto Rosado contrariou as orientações do tio Vingt Rosado e declarou voto no primo e hoje senador José Agripino Maia ao Governo do Estado. Pai de Sandra, o ex-deputado Vingt Rosado apoiou o grande adversário dos Maia, o ex-governador Aluizio Alves (PMDB). Agripino saiu vitorioso das urnas.

O troco viria quatro anos mais tarde, quando o confronto ficou mais explícito. O grupo de Carlos Augusto apoiou João Faustino e perdeu a eleição para o candidato de Vingt Rosado, o governador Geraldo Melo. Desde então, os galhos da árvore genealógica iniciada pelo patriarca Jerônimo Rosado nunca mais penderam para um lado só.

Por essa época também surgiu a história de que Carlos Augusto Rosado bate na esposa. O assunto é delicado entre todas as fontes que conversaram com a reportagem. Nenhuma, entretanto, confirmou o que é considerado mero boato. Até mesmo que falou com reportagem para criticar o ex-deputado, desmentiu esse fato.

“Muito pelo contrário, ele é atencioso demais com ela. Se preocupa com a esposa e faz demonstrações de afeto. Isso é mentira”, comentou um interlocutor.

Sucessão

O hiato dentro da família Rosado marcou o início do mais ambicioso projeto de Carlos Augusto. Meticuloso, paciente e introspectivo ele se afastou da vida eletiva e se posicionou à sombra da esposa.

Carismática, Rosalba assumiu ao lado do esposo o comando do grupo político em uma empreitada que durou décadas e resultou na realização do sonho de Carlos Augusto: levar a mulher ao Governo do Estado para finalizar o trabalho que o pai não pode concluir.

Essa trama foi desnudada em uma análise do jornalista Carlos Santos, que escreveu:

Ex-deputado por quatro mandatos, Carlos sempre alimentou o sonho de ser deputado federal, nunca concretizado. Mas foi através de Rosalba, pediatra e mãe de seus quatro filhos, que projetou um sonho atávico que viu começar e ser amputado duramente ainda na infância.

Ele tinha pouco menos de 7 anos (nasceu em 31 de outubro de 1944), quando em 12 de julho de 1951, o seu pai Jerônimo Dix-sept Rosado Maia (nascido em 25 de março de 1911), governador do Estado, eleito em 3 de outubro de 1950, morreu em acidente aéreo. O sinistro aconteceu em Sergipe.

Rosalba é a completude. Mas não é Rosado. Rosado é ele, Carlos. Seu tio, ex-prefeito Dix-huit Rosado, por duas vezes durante o regime militar chegou a ser cotado para governar o Rio Grande do Norte, como governador nomeado. “Forças ocultas” comandadas pelo primo, Tarcísio de Vasconcelos Maia, o alijaram do processo.

Carlos virou governador, como se atendesse a um desígnio divino, pela ascensão da mulher. Um projeto calculado e cartesianamente montado por ele, com ousadia e raro talento político, durante cerca de duas décadas.

No poder, entretanto, parece que ele viu-se afetado por um transtorno dissociativo de personalidade. Deixou de ser o marido-líder e ideólogo da carreira de Rosalba, para praticamente se investir do cargo de governador. É como se pegasse de volta o que o destino sinistramente tirara do pai, no início dos anos 50. Agora ele é o Dix-sept Rosado, governador.

Nas três administrações que Rosalba figurou como prefeita, Mossoró aprendeu a tratar com jocosidade ou respeito em tom de reverência, o papel que Carlos cumpria com denodo: administrar a prefeitura da política à gestão pública.

O escárnio dos primos oposicionistas até lhe imputou a pecha de um conselheiro novelesco, o “Ravengar”, extraído da dramaturgia global: “Que rei sou eu?”. Astuto, ele não o vomitou. Adotou-o para se tornar um personagem real e quase lendário em Mossoró.

No Governo do Estado, essa personificação carregada de sagacidade deu lugar a outro ser: o próprio Carlos. Ou um Dix-sept Rosado reencarnado. A dupla personalidade expurgou da vida do ex-deputado o irreal Ravengar, pois ele não o tinha mais como necessário, por trás das cortinas.

A personalidade do Ravengar ardiloso, frio e recatado, para não eclipsar a própria imagem construída para a mulher, não existe mais. Ele foi assim no passado e não parecia incomodado como homem e político, mesmo quando pesquisas que encomendava assinalavam que sua exposição, ao lado da “Rosa”, tirava votos dela.

O Carlos Augusto, governador, passa a sofrer as consequências danosas dessa personificação do governo, num momento em que a gestão estadual vive profundo desgaste. Por isso, que nos últimos dias a ordem é pulverizar a imagem de Rosalba em poses como gestora. São centenas de fotos dela no gabinete de trabalho, comandando reuniões, liderando.

Incerteza

Em uma manhã ensolarada no Plano Palumbo, o repórter conversava com a fonte mais desconfiada com quem se deparou para compor este perfil. A figura fez questão de lembrar 37 vezes que toda a conversa era em off. À certa altura, disse impaciente: “O que todos nós queremos saber é o que ele vai fazer depois de domingo, porque a convenção do partido muito provavelmente vai terminar de enterrar a esposa. E ele é capaz de fazer tudo”.

Um dos planos mais astuciosos foi divulgado pela central da boataria. Segundo a tese, se Rosalba não for candidata e prosperar na Assembleia Legislativa o impeachment contra ela, o casal seria capaz de renunciar ao Governo, elevando Robinson à condição de governador e embaralhando toda a eleição deste ano.

A imprevisão ganha contornos mais dramáticos ainda quando se considera que Carlos está chateado com José Agripino, que foi insistentemente procurado pela reportagem para comentar a matéria, mas não respondeu a nenhum dos telefonemas.

Para reverter a cassação branca imposta na reunião do diretório estadual, Rosalba precisa da maioria dos delegados. Assessores próximos acreditam que ela reverta a situação com uma fé tão cega que se pode evocar a interferência de Santa Luzia para justificar essa crença. “Ele é muito esperto. Acho que tem a maioria dos delegados na mão”, arriscou um assessor.

Só resta a espera para saber o que fará o homem conhecido por executar o que planeja. Para ilustrar bem esse pensamento, há uma frase do próprio Carlos Augusto, pronunciada nos intramuros no início do governo da esposa. Na ocasião, ele disse: “Minha mulher poderá fazer um governo medíocre, mas será honesto”, disse ele.

A saber: Rosalba é a governadora mais reprovada do Brasil. Mas não há nada que a desabone. Carlos cumpre o que diz.

Nota do Blog Carlos Santos – Veja na reportagem especial sob o título Carlos Augusto se livra de “Ravengar” para ser governador – clicando AQUI – texto completo de material aproveitado pelo jornalista Dinarte Assunção nesta matéria especial para o Portal Noar.

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segunda-feira - 16/06/2014 - 06:54h
Fora da disputa

Grupo de Rosalba tentou evitar o pior, sem sucesso

A decisão inicial do grupo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), tomada à noite do dia 9 último (veja AQUI), era de sequer comparecer à Convenção Estadual do DEM, que aconteceu nesse domingo (15).

Feita a contabilidade dos números, avaliado o cenário, a governadora, seu marido Carlos Augusto Rosado, deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM) e outros nomes próximos identificaram que seria impossível levar a melhor na convenção.

O DEM, majoritária e esmagadoramente, preferia mesmo composição com o PMDB do que apostar num projeto de reeleição da governadora.

Bem que Carlos Augusto tentou reverter a situação ainda em reunião do diretório, ocorrido no dia 2 deste mês. Sem sucesso. Na ocasião, o diretório votara contra a candidatura da governante (45 votos contra 10).

Argumentos

Telefonemas, reuniões, “argumentos” diversos foram promovidos para os convencionais também antes da convenção.

Sem resultado.

Diante da repercussão de notícia dada por este Blog de que a governadora “jogara a toalha”, desistindo até mesmo de ir a convenção, houve revisão do que fora decidido. Mesmo com tudo perdido, Rosalba foi à convenção, para testemunhar algo inédito na política do Rio Grande do Norte: um governador (a) ser rejeitado por seu próprio partido à reeleição.

A convenção (veja postagem mais abaixo), apenas iria sacramentar o que é na verdade a vontade das bases: se livrar o mais rapidamente possível dessa incômoda situação que é o Governo Rosalba, tentando se recompor para novas batalhas.

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terça-feira - 10/06/2014 - 17:36h
Fim da linha

Rosalba decide “jogar a toalha” e evita convenção do DEM

O restrito grupo de auxiliares e correligionários mais próximos da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) foi cientificado: ela sequer vai à Convenção Estadual do DEM no próximo domingo (15), na sede da sigla, em Natal (veja AQUI)

A comunicação foi passada à noite dessa segunda-feira (9), em reunião convocada por ela e seu marido/secretário-chefe do Gabinete Civil, Carlos Augusto Rosado (DEM).

Como se diz na linguagem do boxe, eles “jogaram a toalha”.

Fizeram as contas e perceberam que, na convenção, a “Rosa” seria submetida a uma humilhação numérica sem precedentes. Na reunião de diretório na segunda-feira (2), semana passada, dos 59 votos apurados, 45 reprovaram a postulação dela à reeleição. Só houve dez votos favoráveis.

O casal empina discurso público de “vítima”, atribuindo ao senador e presidente do DEM, José Agripino, veto ao seu projeto de reeleição, mas sabe que a repulsa partidária é generalizada.

Fim da linha.

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segunda-feira - 09/06/2014 - 23:39h
Ocaso

Carlos e Rosalba começam a ser “devolvidos” a Mossoró

Casal levou para Natal "kit" de gestão político-administrativa que sempre usou no Governo de Mossoró

Há uma semana (segunda-feira, 2), quando decidiu em votação interna esmagadora, que não queria Rosalba Ciarlini (DEM) como candidata à reeleição, seu partido a deixou sem voz.

Carlos Augusto não conseguiu emplacar, em Natal, o modelo que sempre deu certo na cidadela mosoroense (Foto: Governo do Estado)

A reunião do Diretório Estadual apontou que dos 59 votantes, 45 rejeitavam a ideia de reeleição (Veja AQUI).

Mas o que embaraçou mais Rosalba, que discursou em defesa da tese da reeleição, foi não ter argumentos para provar vitalidade de uma candidatura.

O deputado Felipe Maia pediu, que ela apresentasse pelo menos o nome de dois partidos a apoiá-la. Insistiu. Ela baixou a cabeça sem resposta.

Rosalba saiu antes que a votação começasse e não respondeu a Felipe. Nem poderia.

Da coligação que a elegeu em 2010, não sobrou praticamente nada. Dos seis partidos que lhe deram sustentação, além de PMDB, PR e outros que embarcaram depois, todos se cansaram.

Votação secreta

Culpar apenas o senador José Agripino – líder nacional do DEM – por esse desmanche, é inverter papéis e desvirtuar fatos. Nem o próprio DEM em suas bases a deseja. Na votação secreta de segunda-feira, deu o resultado que é a voz nos municípios.

Até mesmo em Mossoró, seu berço político, Rosalba não conseguiu nos últimos tempos juntar liderados e vereadores, ou apenas ter um candidato viável a prefeito nas eleições suplementares deste ano. Essa cova foi aberta pela própria Rosalba e o comando centralizador do seu marido, o líder Carlos Augusto Rosado (DEM).

Bem antes de ela tomar posse em 1º de janeiro de 2011, esse Blog alertava premonitoriamente: “O RN não é Mossoró e o Governo do Estado não é a Prefeitura de Mossoró”. Incontáveis vezes repetimos essa máxima.

Joiado

O “kit” que sempre funcionou em sua cidadela, não se encaixou em Natal e no Estado. Na Prefeitura de Mossoró, em três gestões, tudo parecia “lindo, bonito e joiado”, como definiria o cearense Falcão, misto de cantor e humorista.

Na prática, o casal está sendo “devolvido” a Mossoró, de onde saiu com um ousado projeto de alcance do poder, mas sem levar sequer um manual básico de gestão debaixo do sovaco, além de sandálias da humildade.

Aprende, a duras penas, que o poder não pode tudo. Vive a solidão do fim, mesmo antes do fim, por seus próprios erros. Agripino não é inocente, mas está longe de ser o responsável por esse fracasso retumbante.

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sábado - 07/06/2014 - 08:41h
Política

Após “guerra santa” pró-Rosalba, Ney sairá do DEM

Por Vicente Serejo (O Jornal de Hoje)

O ex-deputado Ney Lopes anunciou ontem, na FM 98, que deixa o DEM logo depois de encerrada a campanha eleitoral.

Ney queria ser candidato a senador ao lado de Rosalba e o partido não permitiu.

Nota do Blog – A “guerra santa” de Ney em defesa de Rosalba, nos últimos dias, tinha uma razão de ser.

Ney é um dos bons quadros do DEM, que a própria Rosalba e seu marido Carlos Augusto Rosado (DEM) desprezaram.

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sexta-feira - 06/06/2014 - 06:41h
Renúncia, não

Um governo para ir até o final

Tenho visto desde ontem na imprensa de Natal, com eco no interior, que Rosalba Ciarlini (DEM) ensaiaria renúncia ao Governo.

Sinceramente, não creio na hipótese.

É possível, mas pouco provável.

Esse gesto não combina com ela.

Menos ainda com seu marido, Sua Alteza e líder político plenipotenciário Carlos Augusto Rosado (DEM).

Descer a rampa da Governadoria, antes do tempo, seria humilhante demais para o primeiro-casal.

Devem ficar até o final, mesmo saindo pela porta dos fundos.

Perder a majestade, jamais!

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segunda-feira - 02/06/2014 - 14:38h
De goleada

DEM decide que não quer Rosalba candidata à reeleição

Decidido. O Diretório Estadual do Democratas no Rio Grande do Norte (DEM-RN) decidiu na manhã desta segunda-feira (2) não lançar candidatura própria ao Governo do Estado e, portanto, formar aliança na chapa proporcional para as eleições de outubro.

Emparedada, sem apoio no próprio partido, Rosalba chora em vão (Foto: DEM)

O partido vai compor coalizão com o PMDB, em torno da candidatura ao Governo do Estado do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), que terá o também deputado federal João Maia (PR) como candidato a vice e a e-governadora Wilma de Faria (PSB) na disputa de uma vaga ao Senado.

A votação, que ocorreu na sede do partido em Natal, teve o seguinte resultado: dos 59 votantes, 45 optaram para que o Democratas faça coligação na chapa proporcional, 10 votaram favorável para que a legenda forme uma chapa majoritária. Houve duas abstenções, um voto em branco e um voto nulo.

No próximo dia 15, será realizada a convenção estadual do DEM, na sede do partido – Avenida Amintas Barros, 4448, no bairro de Morro Branco, em Natal.

Choro

Durante a reunião,  o presidente estadual do partido, senador José Agripino, facultou a palavra aos diretorianos. A governadora Rosalba Ciarlini no uso da palavra, fez um balanço da sua administração e expôs o desejo de ser candidata à reeleição.

Chegou a se emocionar, em lágrimas.

Em seguida, a chefe do executivo se absteve de votar e deixou a reunião na companhia de seus assessores, entre eles o marido e secretário-chefe do Gabinete, Carlos Augusto Rosado (DEM). Alegou que o encontro do diretório não deveria definir os rumos do partido.

A estratégia do seu grupo era levar a decisão para o final do mês, na convenção estadual. Hoje, a intenção era ganhar mais tempo para se amealhar votos dos membros do diretório.

Carlos sem crédito

Há vários dias que o próprio Carlos Augusto trabalhava diretamente a cooptação de votos para derrubar a proposta de veto à candidatura própria. Não conseguiu convencer a maioria, mesmo com “fortes argumentos”.

Através de contatos telefônicos, em reuniões na Governadoria (bairro Lagoa Nova) e na Residência Oficial do Governo (bairro de Morro Branco), ele tentou vender imagem da viabilidade eleitoral da mulher.

Os números da própria reunião de hoje, na sede do DEM na Amintas Barros, deixou claro que Carlos e Rosalba perderam o que tinham de razoável capital na época de gestões municipais (em Mossoró): a credibilidade. Pouca gente acredita no que eles dizem ou prometem.

Força do partido

De acordo com o presidente da sigla, José Agripino, o Diretório é o órgão máximo consultivo do partido, formado por “personalidades  emblemáticas que traduzem legitimamente a expressão política e a história do Democratas” (ex-PFL). Daí, a decisão de hoje ser uma posição firme e não um paliativo ou enxerto.

“Meu papel era ouvir o partido, o que fiz aqui hoje. É minha obrigação defender que ele (o partido) sobreviva”, declarou.

Para Agripino, o resultado da votação demonstra claramente o desejo do partido de priorizar o crescimento da legenda, principalmente na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.

Agripino: prioridade nacional (Foto: DEM)

Ao falar com jornalistas após a reunião, o senador lembrou ainda o compromisso firmado com membros do partido nacionalmente, durante reunião em janeiro de 2013, em Salvador (BA), de que a prioridade para 2014 seria a ampliação do Democratas nas esferas estadual e federal.

Falta de apoio

“Nós nos reunimos em Salvador com representantes de todas as regiões do país e nesse encontro decidimos que a meta para 2014 era fazer o partido ampliar sua representatividade nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional”, justificou.

O ex-deputado federal Ney Lopes chegou a ser uma voz mais ativa na defesa de Rosalba, considerando que processo de inelegibilidade dela seria superável, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas a falta de apoio das bases, do próprio partido e de interesse de outras siglas, é que formavam a maior dificuldade para Rosalba. Constantes pesquisas apontam reprovação maciça a seu governo – de forma praticamente uníssona, em todo o estado. Até mesmo em Mossoró – seu berço político – sua situação não é favorável.

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sábado - 31/05/2014 - 08:26h
Carlos Augusto x José Agripino

DEM está “escalado” para decidir o seu destino em eleições

Do Blog do BG

O Democratas do Rio Grande do Norte reúne na próxima segunda-feira (2) seu diretório para decidir se aceita a proposta do senador José Agripino (DEM) de coligação proporcional com o PMDB ou se encampa o projeto de candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Na lista dos votantes, tem pessoas bastante ligadas ao senador e outras diretamente à governadora. Saiba quem são os votantes dessa eleição interna que poderá definir os destinos do DEM nesta e nas próximas eleições:

Composição do Diretório Estadual do DEM-RN:

Senador José Agripino
Governadora Rosalba Ciarlini
Deputado federal Felipe Maia
Deputado estaduais José Adécio, Getulio Rego e Leonardo Nogueira
Ney Lopes de Souza
Augusto Carlos Viveiros
Carlos Augusto Rosado
Ruth Ciarlini
Verônica dos Santos
Anita Maia
José Bezerra Junior (Ximbica)
Leonardo Rego
Alberone Neri de Lima – prefeito de Encanto
Raimundo Marcelino Borges (Novinho, prefeito de Cerro Corá)
Concessa Araujo (ex-prefeita de Ipueira)
Claudia Regina
Auri Simplicio
Dinarte Diniz
Sonali Rosado,
Américo Godeiro
Fátima Lapenda
Gustavo Costa
Ney Lopes Junior
Neide Sueli Costa
Geraldo Gomes
Marcelo Cunha Lima
Ariosvaldo Targino (Vavá de João Câmara)
Odileia Costa
Maria José Gurgel da Costa
Jorge Alberto Madruga
Cassiano Arruda Câmara
Manoel Pereira dos Santos
Abelírio Rocha
Luiz Arnaud Flor
Carlos de Menezes Lira
Manoel de Medeiros Brito
João Batista Machado
Lúcio Teixeira dos Santos
João Batista de Paiva
Fátima Moreira, secretária da governadora
Genibaldo Barros
Demétrio Torres
Marcílio Carrilho
João Augusto da Cunha Melo
Eduardo Melo
Francisco Rodrigues de Araújo, ex-prefeito de Galinhos
Manoel Mário de Oliveira
Ione Salem
Hugo Freire Pinto
Isabela Barbalho Veloso Freire
Antônio José Meira e Sá Bezerra
Moacir Potiguar Júnior

Quatro integrantes do diretório estadual terão de ser substituídos por diferentes motivos. O deputado federal Betinho Rosado e a ex-prefeita Fafá Rosado deixaram o partido. O ex-prefeito Janilson Ferreira, de São José de Mipibu, já é falecido. Esdras Alves, secretário da governadora e ex-assessor do senador José Agripino, tem dupla filiação partidária.

Deverão ser convocados os seguintes suplentes: Mário Barreto, Valdenor Araujo, ex-prefeito de Carnaúba dos Dantas, Célio Dias Leão, e Evana Pereira Mariz Maia, mulher de Tarcísio Maia Sobrinho.

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sexta-feira - 30/05/2014 - 07:12h
Partido dividido

DEM deve arrastar decisão de candidatura para final de junho

Ninguém espere uma definição quanto à candidatura própria ou não, do DEM, ao Governo do Estado, na reunião do seu Diretório Estadual. Está marcada para a próxima segunda-feira (2), às 9h, em sua sede em Natal.

Provavelmente, o impasse a ser discutido será arrastado para mais adiante, em convenção estadual no final de junho.

Existem duas alas se digladiando, por adoção de posições distintas, portanto num antagonismo interno que nunca tinha ocorrido no partido em sua história, no Rio Grande do Norte.

Desdobramentos

O presidente nacional e estadual da sigla, senador José Agripino, aponta o DEM para aliança e apoio à pré-candidatura ao Governo do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB).

O secretário-chefe do Gabinete Civil e marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, topou a queda de braço com o primo Agripino. Desencadeou uma agressiva operação para cooptar a maioria dos votos  para garantia de legenda à Rosalba.

São 59 votos em jogo e muito mais do que isso. Os desdobramentos da decisão são imprevisíveis, seja ela lá qual for.

 

 

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quarta-feira - 28/05/2014 - 23:23h
DEM

Carlos Augusto faz “blitz” para viabilizar Rosalba

O dia e noite de hoje têm sido exaustivos para Carlos Augusto Rosado (DEM).

O secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado e marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) agiliza e aprofunda costura política para garantir meios para viabilizar candidatura dela à reeleição.

O alvo?

São os convencionais do DEM, que vão votar internamente na segunda-feira (2), em Natal, se o partido deve ter candidatura própria ao Governo ou apoiar Henrique Alves (PMDB).

Ele usa as armas do poder para cooptação da maioria dos votos.

As reuniões e telefonemas não param.

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terça-feira - 27/05/2014 - 08:57h
Crise

DEM se divide em luta que é prévia de eleições estaduais

José Agripino enfrenta Carlos e Rosalba em partido para fazer aliança com PMDB de Henrique Alves

O senador José Agripino (DEM) empreende cruzada para assegurar aliança do seu partido com o PMDB, na campanha eleitoral deste ano. Mas enfrenta contraposição de outra corrente, que defende candidatura própria, a princípio, da própria governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Henrique (centro), divide Carlos (à esquerda) e Agripino (à direita) em momento delicado (Foto: divulgação)

Agripino tem conversado pessoalmente e por telefone com integrantes-votantes do partido. No próximo dia 2, os convencionais vão decidir se o DEM formaliza composição com o PMDB e candidatura a governo do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), ou segue em faixa própria.

Apesar da lealdade e afinidade de décadas com Agripino, o líder governista na Assembleia Legislativa, Getúlio Rêgo (DEM), tem sido o principal nome da infantaria em defesa da candidatura à reeleição. Cumpre missão confiada pelo secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado e marido da governadora Rosalba, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM).

Em contrapartida, a Governadoria tem-lhe sido generosa no atendimento a pleitos diferenciados.

Getúlio: trabalho para Carlos/Rosalba (Foto: AL)

À semana passada, o próprio Getúlio acompanhou o casal Carlos-Rosalba em reunião no apartamento de Agripino em Natal, quando se reforçou argumento em defesa do projeto de reeleição de Rosalba. O senador manteve–se recalcitrante.

Para José Agripino, Rosalba está inviabilizada eleitoralmente, com maciça rejeição em todo o estado, além de impedida legalmente, haja vista que continua inelegível. Mesmo com decisão favorável de um processo, recentemente, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), segue com esse impedimento em instância judicial maior – o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na visão de Agripino, manter uma postulação dessa natureza é repetir o erro cometido em recente eleição suplementar de Mossoró.

No pleito de Mossoró, a prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM) não abriu mão de ser outra vez concorrente, mesmo Agripino ponderando que seria uma insanidade. “É uma loucura”, exclamou.

Cláudia sequer teve o nome e chapa registrados pela Justiça Eleitoral. Pela primeira vez em 26 anos, o grupo de Agripino, Carlos e Rosalba não teve um candidato em chapa à Prefeitura mossoroense.

Agripino estava certo e, como adiantara para ela, sequer apareceu em Mossoró para as primeiras escaramuças da candidatura natimorta da aliada e amiga.

Resistência

Em relação à Rosalba, nitidamente existe um partido dividido: a bifurcação aponta para uma decisão já costurada pelo próprio Agripino, de aliança com o PMDB. A outra, é de pura resistência do casal Carlos-Rosalba, que mesmo diante de tantas adversidades, quer ir para nova campanha.

Na campanha municipal de 2012, governadora do estado, Rosalba só esteve em cerca de quatro municípios como força de apoio. Dos 167 municípios potiguares, na enorme maioria a sua presença foi considerada inapropriada por candidatos ligados à base governista.

Para uma nova campanha, hoje a governadora teria um DEM dividido, o apoio do PP, controlado por seu cunhado e deputado federal Betinho Rosado, além de alguma legenda de pouca expressão.

Sua chegada ao poder em janeiro de 2011 foi endossada por forte apoio interpartidário e cresceu nos primeiros meses de gestão. Mas em momento algum deu sinal de vitalidade. Acumulou desgaste com os mais diversos setores da atividade pública e da sociedade, alcançado níveis superlativos de reprovação.

Desdobramentos

O agravante, é que gradualmente foi perdendo apoios e ganhou a antipatia da opinião pública. Centralizador e com dificuldade de dialogar com a sociedade civil organizada, outros poderes e dar resposta às demandas sociais, acabou ensimesmado.

Rosalba e Cláudia: semelhanças (Foto: Arquivo da PMM)

A aposta de Carlos e Rosalba, é que com a “máquina” do Estado possa reverter tudo, transformando água em vinho, multiplicando os pães e obtendo a ressurreição de imagem. Enfim, uma sequência de milagres políticos.

No encontro do DEM, no próximo dia 2, valerá a força de liderança e de catequese dos convencionais, independentemente de aspectos eleitorais e legais. Agripino com seus argumentos; Carlos e Rosalba com o “convencimento” da caneta.

O resultado do que será decidido não encerrará esse litígio entre as lideranças. A parte vencida, dificilmente sairá dócil e conformada. A vencedora, também engolirá algum ônus.

Os desdobramentos devem produzir novos efeitos políticos na campanha deste ano e adiante. O DEM não será o mesmo.

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sexta-feira - 23/05/2014 - 15:39h
Eleições 2014

Agripino recebe Carlos e Rosalba, mas não há entendimento

Do Blog Panorama Político

A reunião do diretório estadual do Democratas, onde definirá o rumo para o pleito deste ano, ocorrerá no dia 2 de junho, às 9h, na sede do partido, em Natal. Amanhã já estará sendo publicado, no jornais do Estado, o edital de convocação.

Agripino: diretório vai definir tudo

O encontro será marcado por posições distintas defendidas pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que deseja ser candidata a reeleição, e o senador José Agripino Maia (DEM), que quer se aliar na proporcional com o grupo liderado pelo PMDB.

A reunião ocorrida, na manhã de hoje, entre a governadora Rosalba Ciarlini e o senador José Agripino Maia, presidente nacional e estadual do DEM, não houve consenso. Embora o encontro tenha sido marcado por muita cordialidade, o senador e a governadora defenderam posições distintas.

Rosalba Ciarlini querendo ser candidata a reeleição, o senador priorizando a eleição proporcional, com a aliança no grupo do PMDB.

No encontro estavam, além da governadora, o senador José Agripino Maia, presidente estadual e nacional da legenda, o deputado federal Felipe Maia, os deputados estaduais Getúlio Rego e José Adécio, além do ex-deputado Carlos Augusto Rosado.

O encontro ocorreu no apartamento do senador José Agripino Maia.

Nota do Blog Carlos Santos – A visita foi marcada pela cordialidade, até porque hoje é aniversário de Agripino. Ele e sua mulher, não citada na matéria, Anita Catalão Maia, recepcionaram os convidados.

Há uma posição tomada e formalizada, em acordo de cavalheiros, há alguns meses, envolvendo Agripino e o deputado federal Henrique Alves (PMDB), pelo entendimento interpartidário com várias siglas.

Esse acordo passa pela exclusão de Rosalba, haja vista rompimento do PMDB e do próprio Agripino com o governo, por falta de diálogo, centralização de poder e o caos administrativo.

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quinta-feira - 22/05/2014 - 19:21h
Jogo do Poder

Morte de Josino não esconde crise com casal Carlos e Rosalba

Quando Rosalba Ciarlini (DEM) venceu as eleições ao Governo do Estado em 2010, o procurador de carreira do Rio Grande do Norte, Francisco Wilkie Rebouças Chagas Júnior, atual presidente da Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Norte (ASPERN), esteve próximo de ser nomeado como procurador geral do Estado. Ficou no “quase”.

Josino foi isolado por Carlos, que tinha outra opção para PGE (Foto: coletada no Google, sem identificação de autoria)

Agora, com a morte do titular deste cargo, Miguel Josino Neto, a hipótese de ele ser ungido volta a ser requentada. É candidatíssimo ao cargo, com preferência pessoal do todo-poderoso Carlos Augusto Rosado (DEM), secretário-chefe do Gabinete Civil de sua mulher, Rosalba. Josino, na verdade, apesar de ser um técnico de alta reputação, estava escanteado no governismo.

Wilkie foi procurador geral do Município do Natal. Fora cedido por Rosalba em ato publicado no dia 26 de abril de 2012, no Diário Oficial do Estado (DOE), para a gestão apocalíptica da prefeita Micarla de Sousa (PV), quando da saída do procurador Bruno Macedo. Tinha o apoio do senador José Agripino (DEM) e a simpatia do então vice-governador Robinson Faria (PSD).

Carlos gostou dele, e chegou a lhe acenar com a preferência para a Procuradoria Geral do Estado (PGE), no processo de formação da equipe de auxiliares de Rosalba no final de 2010, pós-eleição. Porém teve que refluir.

Ricardo e Paulo de Tarso

Ocorre que Miguel Josino chegou para a disputa amparado na influência do ex-deputado estadual e jurista Paulo de Tarso Fernandes, que condicionara sua aceitação para o cargo de Chefe do Gabinete Civil do Estado, à indicação de toda a área jurídica do Estado. Josino teve mais um reforço de peso: Ricardo Motta (PROS), presidente da Assembleia Legislativa e tio de sua mulher – Carla Motta.

Miguel levou a melhor, sem sobressaltos. Além disso, ainda indicou seu adjunto, procuradora Magna Letícia de Azevedo Lopes Câmara. Entretanto não desembarcou no cargo com o prestígio esperado, não obstante o forte endosso político de Tarso e Motta.

Passou a ter a antipatia de Carlos Augusto e viu a Procuradoria se fracionar em três alas: seus simpatizantes, a oposição comandada por Wilkie, e os outros postados numa zona de equidistância de ambos os blocos.

Essa situação originou, inclusive, o afastamento gradual de Miguel do prédio da Procuradoria, o que o levou a ser batizado pelos adversários de “Procurador fantasma.” Parecia deslocado em seu próprio ambiente de trabalho. Seu habitat era uma cova de perfídias.

Wilkie: primeira opção (Foto: PMN)

Esvaziamento

Com a renúncia de Magna Letícia, em outubro de 2013, advinda da falta de apoio por parte de Rosalba à sua pretensão de ser desembargadora do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), Carlos Augusto chamou Wilkie e lhe ofereceu a Procuradoria Adjunta. Sem sucesso.

Ele recusou. Mas instado a indicar um nome de sua preferência, apontou seu “alter ego” Cristiano Feitosa para o cargo.

Hoje, Cristiano é o procurador geral em exercício com a morte de Miguel Josino. Por lá pode continuar. Tudo indica que quer. Mas o lugar, pela preferência pessoal de Carlos Augusto, é de Wilkie.

Por sua natureza centralizadora e refratária a quem questiona sua vontade, Carlos Augusto Rosado tem a chance de fazer valer seu desejo primário de botar Wilkie Júnior na Procuradoria Geral do Estado. Dessa vez, não abre mão da varinha de condão para dizer quem é quem e pronto.

Com a assunção de Cristiano ao cargo de adjunto, Carlos já deixara Miguel Josino como procurador geral apenas quanto às questões jurídicas. Quem administrava a PGE era Cristiano Feitosa. Somente Cristiano Feitosa era recebido por Carlos Augusto que, nos últimos tempos, sequer tinha Josino na conta de um de seus interlocutores.

Vontade suprema

Carlos, tido sempre como “governador de fato”, cabendo à mulher apenas à exposição pública de “governadora de direito”,  até cogitou ejetar Miguel Josino da Procuradoria, mas foi prudente – resolvendo “apenas” esvaziar seus poderes . Temia levar Ricardo Motta à erupção, com represálias na AL, onde seu governo vive em minoria e no fio da navalha.

Quanto a Tarso, sem problemas, visto que ele já saíra do Governo brigado com o próprio casal.

Motta e Tarso: apoio a Josino (Foto: AL)

A mudança com nomes finalmente da vontade suprema de Carlos Augusto Rosado, pode resultar numa reviravolta em termos de instalações e meios de trabalho na PGE. Na gestão Josino, a precariedade era regra e não uma exceção por lá.

Com Wilkie Júnior e Cristiano Feitosa, Carlos tinha um olho e uma língua dentro da Procuradoria Geral do Estado.  Com ambos de fato e direito na chefia e posto adjunto, passa a ter corpo e alma nesse órgão estratégico.

Comandante plenipotenciário do Governo do RN, Carlos quebra um dos últimos focos de contrariedade aos seus desejos no âmago do governo, com a ajuda de um caso fatídico: a morte de Miguel Josino.

É assim que vai fechar os últimos meses de gestão.

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quinta-feira - 22/05/2014 - 07:58h
Bastidores

Relações de Carlos e Rosalba com Josino estavam desgastadas

As relações entre o procurador geral do Estado recentemente falecido, Miguel Josino, com o casal Carlos Augusto Rosado (DEM)-governadora Rosalba Ciarlini (DEM), vinham profundamente desgastadas há bastante tempo.

O chefe de Gabinete Civil e marido da governadora, Carlos Augusto, sequer costumava recebê-lo para despachos regulares.

Com Rosalba, os contatos eram meramente protocolares ou nem isso.

A morte de Josino, decorrente de um acidente doméstico (domingo, 18) que lhe causou traumatismo craniano, teoricamente põe fim a esse enredo.

Mas na prática, os bastidores dessa coabitação no poder ainda vão render muito em desdobramentos que chegarão ao conhecimento do público.

O Blog vai dissecar um pouco desse ambiente tenso entre a Procuradoria Geral do Estado e o casal Carlos e Rosalba, cada dia mais isolado e centralizador.

É só a “poeira assentar”.

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terça-feira - 20/05/2014 - 08:06h
Governo

Carlos e Rosalba tentam viabilizar projeto de reeleição

Nos últimos dias, o casal governadora Rosalba Ciarlini (DEM)/seu marido e secretário-chefe do Gabinete Civil, Carlos Augusto Rosado (DEM), começou processo de reaproximação do senador José Agripino (DEM).

Rosalba e Agripino em Riacho da Cruz (Foto: Blog do João Moacir)

O hiato entre o casal e Agripino, que se isolou no poder e perdeu vários aliados de peso, como o próprio senador, não é por acaso: tenta meios para viabilizar no partido a candidatura dela à reeleição. Até aqui, algo pouco provável.

Na sexta-feira (09), em Riacho da Cruz, a Governadora Rosalba Ciarlini e o senador José Agripino (vê flagra do Blog João Moacir na foto) participaram de várias inaugurações de obras da prefeita Bernadete Rêgo (DEM).

Mas tiveram contato apenas cordial.

Pendenga

O senador José Agripino em separado, em conversa com vereadores demistas de Riacho da Cruz, foi perguntado o porquê dessa história de não apoiar a reeleição de Rosalba.

“José Agripino disse que não era simplesmente por não querer e sim porque Rosalba estava inelegível, e tinha cerca de cinquenta dias para resolver essa pendenga”, reproduziu João Moacir.

À semana passada, o casal fez questão de divulgar em setores da imprensa, que tivera encontro com Agripino em Brasília. A cordialidade e afinação teriam sido retomadas, ensejando projeto do DEM à reeleição.

Na prática, Rosalba segue inelegível. E Agripino segue afinado com o PMDB, em aliança em prol da candidatura ao Governo do Estado do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves.

Nenhuma mudança de cenário aponta que Rosalba se viabilize legalmente e no DEM à nova candidatura.

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segunda-feira - 19/05/2014 - 18:47h
Eleições 2014

Felipe Maia tem encontro com Rosalba e Carlos Augusto

O deputado Federal Felipe Maia (DEM) teve encontro nesta segunda-feira (19) com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e o secretário da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado (DEM).  A conversa  ocorreu na presença do deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM), líder do governo na Assembleia Legislativa.

O objetivo do encontro foi ouvir a chefe do Executivo sobre seu posicionamento a cerca das eleições de outubro.

Para Felipe, o momento é de alinhar as parcerias políticas com vistas à campanha eleitoral.

“O tempo está passando e é preciso validar as alianças. A viabilidade eleitoral dos que disputam um cargo no Legislativo deve ser levada em consideração. Afinal, nosso partido quer crescer”, concluiu.

Com informações da Assessoria de Imprensa de Felipe Maia e do DEM.

 

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terça-feira - 13/05/2014 - 12:14h
Ecos das eleições suplementares IV

“Rosalbismo” vive período de trevas e com futuro incerto

Grupo de Rosalba e ex-deputado Carlos Augusto Rosado, mesmo assim, ainda têm bom capital político

“Aluízio morreu! Aluízio morreu!!” Esse brado de meninos levados e irrequietos, sitiando uma esmoleira insana pelas ruas de Mossoró, anos 70, parecia atestar não apenas o falecimento político do líder popular e populista Aluízio Alves, mas a orfandade patológica da “gentinha”, sua massa de seguidores.

Carlos e Rosalba: tarefa hercúlea para repetir o passado no futuro (Foto: Governo do Estado)

A molecagem que impulsionava a louca a vomitar palavrões às mães dos endiabrados meninos,  além de arremessar pedras contra eles, o tempo tratou de sepultar. E, esse mesmo tempo, provou que a meninada errante exagerava: Aluízio não morrera.

Sua cassação política no final dos anos 60, pelo regime militar que apoiara, o deixou por dez anos fora de cena. Parecia morto e sepultado.

Retornou às ruas e a uma disputa ao governo estadual em 1982, sofrendo fragorosa derrota por mais de 107 mil votos de maioria para o engenheiro e ex-prefeito biônico de Natal – José Agripino Maia (PDS). Nos anos seguintes, sua liderança fez crescer seu grupo, colecionando vitórias e expandindo influência.

“Mas Aluízio era Aluízio”,  poderia afirmar qualquer estudioso da política potiguar do século passado e deste. Gênio político. Fenômeno. Outra pessoa teria fôlego para tamanha recuperação e saída do desterro obrigatório?

A ex-prefeita mossoroense por três vezes, Rosalba Ciarlini (DEM), caminha para ser cobrada quanto a essa capacidade quase mitológica, de renascer das cinzas.

Governadora do Rio Grande do Norte, com passagem pelo Senado, e “divindade” mercadológica do que se denominou de “rosalbismo”, neologismo que deriva do seu nome, Rosalba está na coxia dos acontecimentos políticos, esse teatro de guerra. Mesmo sendo governadora, está alheia e excluída do próprio processo sucessório.

Eleição ao Senado em Mossoró (2006)

– Rosalba Ciarlini (PFL) – 90.660 (83,33%)
– Fernando Bezerra (PTB) – 14.049 (12,91%)
– Votos Apurados – 129.082

Eleição ao Governo do Estado em Mossoró (2010)

– Rosalba Ciarlini (PFL) – 98.964 (84,86%)
– Iberê Ferreira (PSB) – 16.043 (13,76%)
– Votos Apurados –  158.920

É pouco provável que sequer seja candidata à reeleição, por força de decisão judicial que a torna inelegível ou por imposição de comando partidário, o DEM, que não a deseja candidata. Ela é um peso, um estorvo para o Democratas.

Entretanto o maior sinalizador desse período de trevas foi a recente campanha municipal suplementar de Mossoró, seu berço político e até bem pouco tempo espécie de possessão. Sequer teve candidatura própria a comandar e apoiar.

Viu-se no papel de figura distanciada do pleito. Obrigou-se a anunciar numa entrevista que estaria cumprindo postura de “neutralidade”, poucas horas antes do dia da eleição.

Abdicou de ser proativa e pontificar onde era seu próprio “reino”.

Para quem se habituou a afirmar em círculos fechados com apaniguados e xeleléus, que “quem manda em Mossoró é Rosalba”, ficar longe das ruas e das urnas foi um choque para a mãe do rosalbismo. Ela até tentou construir uma candidatura, mas pesquisas encomendadas revelaram rejeição assombrosa da quase-ungida Kátia Pinto, sua secretária de Infraestrutura do Estado. Reflexo de sua própria imagem desgastada como governante, que chegou a Mossoró.

Teve que aceitar goela abaixo a imposição de Cláudia Regina (DEM), que não aceitou retirada de postulação, mesmo sendo prefeita cassada, afastada e inelegível para o pleito especial. A “Rosa” terminou sem Cláudia ou qualquer outra candidatura.

Estava entre a cruz e a espada: apoiar a deputada estadual Larissa Rosado (PSB), filha da prima e adversária – deputada federal Sandra Rosado (PSB); apoiar o prefeito provisório e ex-aliado Francisco José Júnior (PSD), que assentado na ‘Prefeitura de Rosalba’ resolveu enfrentar quase 70 anos da força oligarca dos Rosado. Acabou optando por sair de cena. Nenhum nem outro.

Após 26 anos participando diretamente de eleições municipais mossoroenses, o rosalbismo ficou fora. Foi um coadjuvante oculto.

Rosalba ficou alijada de um processo no qual tinha interesse direto e indissociável. Em duas eleições estaduais, Mossoró lhe ofertou votações estelares, consagradores e determinantes em sua vitória ao Senado (2006) e Governo do Estado (2010).

Pilatos

Ficar ausente do pleito, mesmo que indiretamente, lavando as mãos com um Pilatos, pode ter sido um atestado de óbito à própria carreira política.  Ou não. Enfim, é precipitado se fazer afirmação categórica nesse sentido e nesse instante.

"O Jornal de Hoje" documentou Rosalba agradecendo gestão de Wilma; depois, o racha

Rosalba, sob a liderança inconteste do marido e chefe do Gabinete Civil do Estado, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), já tivera outro momento em que se viu obrigada a tomar decisão delicada diante de uma bifurcação aflitiva. Estava também entre a cruz e a espada. Mas assumiu um lado.

Foi em 2002.

Àquele ano, Carlos Augusto era candidato a vice-governador na chapa do então senador Fernando Bezerra (PTB, hoje no PMDB). Sequer foi para o segundo turno. Quem chegou lá foi seu primo e adversário, deputado federal Laíre Rosado (PMDB, hoje no PSB). Era vice do governador Fernando Freire (PP).

Carlos emitiu sinais, que foram claramente entendidos pela candidata Wilma de Faria (PSB). Apoiaram-na e reforçaram seu palanque vitorioso no segundo turno, evitando uma ascensão iminente para o plano estadual, do grupo de Laíre e sua esposa Sandra Rosado.

Fizeram parte do Governo Wilma por alguns meses, exaltando sua gestão, até se incompatibilizarem com ela e seu estilo também impositivo.

Agora, mesmo equidistante e sob “neutralidade”, Rosalba não pode ser vista como um zero à esquerda, peso morto ou completamente alheia ao pleito municipal.

Sobrecarga

Seu silêncio seguiu tendência majoritária de sua militância e eleitores. Nitidamente, houve um descarrego no nome de Francisco José Júnior, ajudando-o sobremodo a alcançar o patamar de 68.915 votos válidos no pleito do último dia 4.

Rosalba e Fafá navegam em águas diferentes e separadas (Foto: Carlos Costa, em abril de 2008, bairro Ilha de Santa Luzia)

O que o futuro reserva para Rosalba e seu rosalbismo,  pós-Governo do Estado, é uma incógnita. Há uma sobrecarga de maus presságios por ações e omissões do casal Carlos-Rosalba, além de fatores alheios à sua vontade.

Seu grupo encolheu e ocorreram dispersões (caso da ex-prefeita Fafá Rosado-PMDB, ex-vereador Chico da Prefeitura-DEM). Não se renovou em quadros, até pelo excessivo culto personalista à própria Rosa e pode ter pela frente uma inelegibilidade por oito anos (a contar de 2012), punindo-a e à Cláudia Regina por todo esse período.

Aposta na reeleição do deputado federal Betinho Rosado (PP) no pleito de outubro, mas não tem nomes a estadual até aqui. A ex-deputada e ex-vice-prefeita Ruth Ciarlini, irmã da governadora, está às voltas com problemas de indiciamento por estelionato e inaptidão à própria política.

O rosalbismo não existe além da própria Rosalba e o comando centralizador de Carlos. Eles não permitem a prosperidade de qualquer outro nome, desde sua primeira vitória em 1988, vencendo a prefeitura como “zebra”, ao superar Laíre Rosado. Cláudia Regina foi um “aborto”. Tiveram que engoli-la, porque ela conseguiu se viabilizar contra a vontade do casal.

Eleições à Prefeitura de Mossoró (1988)

– Rosalba Ciarlini (PDT) – 37.307 (49,7%);
– Laíre Rosado (PMDB) – 30.226 (40,2%);
– Chagas Silva (PT) – 2.507 (3,3%);
– Brancos – 3.594 (4.8%);
– Nulos – 1.503 (2%);
– Maioria Pró-Rosalba – 7.081 (9,5%).

Esse grupo sobreviveu a solavancos noutros momentos, como a perda da prefeitura em 1992, com a chapa Luiz Pinto (PFL)-João Batista Xavier (PCB) – derrotada por Dix-huit Rosado(PDT)-Sandra Rosado (PMDB), e o próprio fracasso de Rosalba como candidata a vice-governador de Lavoisier Maia (PDT), em 1994. Contudo renasceu à prefeitura em 1996, em circunstâncias completamente favoráveis.

De 2014 para frente, tudo pode ter outro rumo. A própria estada do prefeito Francisco José Júnior na prefeitura dirá muito sobre o que será o rosalbismo adiante, até mesmo com a hipótese do que parece improvável no momento: a reunificação dos Rosado.

Rosalba, que sempre revelou muita fibra, com incrível poder de recuperação e crescimento em campanhas, tem muito capital próprio ainda. Porém o tempo e atmosfera que se forma, não estão a seu favor.

A história pode ainda nos reservar surpresas e se repetir, ou apenas confirmar um adágio hindu que tem aura de uma verdade absoluta para Rosalba, para Francisco José Júnior e qualquer um de nós, pobres mortais:

– “Tudo passa!”

Veja matérias já publicadas da série “Ecos das eleições suplementares”:

– Novo prefeito ganha para dividir história ou confirmar os Rosado AQUI;
– Pleito de Mossoró causa efeitos diferentes para jogo estadual AQUI;
– Futuro já começou para Larissa Rosado após 4º insucesso AQUI.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 06/05/2014 - 11:51h
Eco das eleições suplementares I

Novo prefeito ganha para dividir história ou confirmar Rosados

DNA de votos e uma série de fatores mostram o sucesso de Francisco José Jr. em disputa mossoroense

Cada eleição tem um metabolismo próprio. Contextualização e conjuntura precisam ser analisadas, para um melhor entendimentos dos fatos. Cada um de seus protagonistas  tem visão particular sobre números e resultado, o que é normal.

Cada uma dessas “verdades”, porém, é questionável. Algumas, até, porque tentam encobrir desastres e outras mitificar vitoriosos.

Silveira tem aclamação e o futuro para contar outra história ou justificar o ciclo oligárquico (Foto: Raul Pereira)

Mas quem foi o grande vencedor do pleito suplementar do domingo, em Mossoró?

A pergunta é de fácil resposta: o prefeito provisório e eleito Francisco José Júnior (PSD), da Coligação Liderados pelo Povo.

Saiu emergencialmente da presidência da Câmara Municipal de Mossoró – onde chegou para o quarto mandato como sexto mais votado com 2.586 votos –  para presença interina na prefeitura. Em pouco mais de quatro meses, catapultou o próprio nome ao topo do poder, de forma meteórica, com resultado avassalador.

Numericamente, empalmou a maior vantagem eleitoral de um candidato a prefeito sobre seu principal adversário em Mossoró. Em 1976, João Newton da Escóssia tivera margem percentual até maior, mas dentro de uma realidade em que cada partido poderia apresentar mais de um candidato a prefeito, o que se denominava de “sublegenda”.

Francisco José Júnior (PSD) superou até mesmo o êxito de Rosalba Ciarlini (DEM, na época PFL) em relação à Sandra Rosado (PSB, na época PMDB), em 1996.

Rosalba x Sandra (1996)

– Rosalba Ciarlini (PFL) – 57.407 (52,64%);
– Sandra Rosado (PMDB) – 26.118 (28,50%);
– Maioria pró-Rosalba Ciarlini de 31.289

Francisco José Jr. x Larissa (2014)

– Francisco José Júnior (PSD) – 68.915 (53,31%);
– Larissa Rosado (PSB) – 37.053 (27,55%);
– Maioria pró-Francisco José Júnior de  31.862

* Francisco José Júnior teve 573 votos de maioria em sua reeleição, num comparativo com Rosalba em 1996

É primário e inocente, se acreditar que esse êxito seja  resultado da força da “máquina” pública, na qual estava montado. Para o espaço de tempo entre sua última posse interina, ocorrida em 6 de dezembro de 2013 e a campanha, iniciada no dia 12 de abril deste ano, ele tinha pouca “pista” temporal para tamanha ascensão sobre campo minado.

Rosalba e Sandra: distância e judicialização

O prefeito provisório sobrou em destreza para apagar crises pontuais, enfrentar “herança maldita” das gestões Fafá Rosado (DEM, hoje no PMDB)-Cláudia Regina (DEM)  e “incêndios fabricados” com a intenção de desestabilizar a municipalidade e seu nome.

Costurou apoios e montou uma coalizão multifacetada, que juntou do PT a dissidentes do PMDB e do DEM, 15 dos 21 vereadores, em palanque para todos os gostos e cores. Apesar da predominância do amarelo, padrão de identidade política como candidato, a diversidade foi seu forte.

Exposição raivosa

Além disso, foi beneficiado pelos desdobramentos da autofagia do clã Rosado, duelo remanescente das eleições canceladas de 2012. Os grupos da deputada federal Sandra Rosado (PSB) e da governadora Rosalba e seu marido e chefe de Gabinete Civil do Estado, Carlos Augusto Rosado (DEM), praticamente aniquilaram-se para o pleito suplementar, com uma arenga no campo judicial e exposição raivosa em redes sociais (Net).

O que restou desses exércitos brancaleones, permitiu que “Silveira” (como o prefeito é conhecido desde a infância), avançasse  com uma candidatura alternativa à bipolarização Rosado X Rosado, mesmo que em seu palanque tivesse o apoio da ex-prefeita Fafá Rosado.

O DEM de Rosalba e Carlos Augusto sequer conseguiu registrar uma candidatura. A prefeita cassada e afastada Cláudia Regina fincou pé e não abriu mão de insistir em concorrer novamente, mesmo a Justiça Eleitoral atestando sua completa impossibilidade, por “ter dado causa” às novas eleições.

Mesmo que quisesse trocá-la, o casal não teria outra opção, tamanha a pobreza de quadros e as imposições legais à colocação de algum familiar. Sim, porque a prioridade é sempre alguém da família.

Quando ao PSB da líder Sandra Rosado, insistiu na candidatura da deputada estadual e sua filha, Larissa Rosado (PSB), apesar de ela sofrer inelegibilidade em decisões judiciais em Mossoró e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com escassas chances de reversão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi à luta por “sua conta e risco”, parcos recursos financeiros e histórico de três derrotas seguidas à prefeitura.

Seus votos foram contabilizados, mas estão  sub judice. O plano de substitui-la foi pensado até os últimos dias (Blog dará detalhes de bastidores), mas a esperança de reversão do quadro no TSE terminou frustrada.

A insegurança jurídica e os resquícios da luta Cláudia x Larissa de 2012 ajudam a entendermos os números dessa campanha. Eles reforçam a caracterização de uma vitória em que Francisco José Júnior teve incrível senso de oportunidade e talento para ocupar vácuo. Ascende como um contraponto à dinastia dos Rosado, em meio à sua divisão.

O que antes era tática para somar, virou motivo de fracionamento e dispersão de liderança entre os Rosados.

A votação de Silveira tem DNA multifacetado, onde se incluem – ainda – até consideráveis votos de seguidores de Rosalba e Cláudia, que enxergaram no palanque de Larissa “um mal maior”. Ambas declararam “neutralidade” no pleito. A maioria dos seus eleitores captaram a mensagem subliminar.

Em tese, a vitória de um não-Rosado causaria menor estrago a ambas do que a entronização do ramo familiar comandado por Sandra Rosado, legítima herdeira do “doutor Vingt”, Vingt Rosado, seu pai.

Ao mesmo tempo, a vitória espelha sentimento de mudança, mas não de seis para meia dúzia, de uma oligarquia multidecenal para outra emergente – o “Silveirismo” (!!).

Missão

Como prefeito eleito, completando mandato de pleito de 2012, com cerca de dois anos e sete meses de gestão pela frente, Francisco José Júnior terá uma missão de difícil cumprimento. Sofre pressão em duas vertentes: uma administrativa e outra política.

Larissa e Cláudia: mesmo veneno (Montagem do Blog do Magno César)

Rosado de A e Rosado de B não lhe darão trégua. Partilham das mesmas necessidades e de um entendimento de propriedade em relação à prefeitura. São ressentidos, em essência.

A instabilidade de seu governo é uma necessidade, para que a retomada do ciclo de hegemonia familiar seja feita, “provando” à cidade a tese de uma superioridade genética destinada à atividade pública, espécie de “eugenia política”.

Os solavancos aconteceram e continuam dentro da interinidade como prefeito, no curso da campanha suplementar e devem seguir a partir da posse como prefeito efetivo. Exemplo disso é que no sábado (3), menos de 24 horas antes do pleito, advogados ligados à Cláudia Regina despejaram 12 ações na Justiça Eleitoral, acuando o candidato e prefeito interino. A coligação de Larissa emplacou mais três.

A “judicialização” que tanto os dois lados propagam e definem como protagonista de 2012 e dessas eleições especiais, é na verdade o veneno que ambos tomaram na intenção de aniquilar o outro lado. Até aqui, fenecem os dois.

Contudo, preferem transferir responsabilidade para a Justiça Eleitoral. Para a opinião pública vendem o papel de vítimas. Em 2014, não colou.

Platão

Para o prefeito, a chance que ele mesmo soube esculpir, em meio ao acaso ou por oportunidade “de Deus”, como prefere definir, acontece para estabelecer o começo de novo ciclo. Ou, para revelar apenas um pequeno interstício de poder entre Rosado e Rosado.

O amanhã dirá.

Afinal de contas, a prefeitura não está nas mãos deles desde 1948, de forma quase contínua, por acaso. Há muito de competência e adaptação à realidade de cada tempo. É uma seleção quase “natural”, como se fossem prova de um conceito de “darwinismo político”.

Apesar se ser considerada por Platão (em “A República”) como a forma mais pobre e atrasada da política, a oligarquia (regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família) foi aceita pela maioria dos mossoroenses. Em décadas diversas, em tempos distintos, o mossoroense votou maciçamente nos Rosados.

Adiante, não deixará de votar, apenas porque o prefeito é Silveira. Como não votou agora por ele não ser um Rosado.

Em 1968, Antônio Rodrigues de Carvalho impôs a última derrota aos Rosados em Mossoró, ganhando pleito municipal por 98 votos, contra o professor Vingt-un Rosado. De lá para cá, em dez eleições consecutivas, os Rosado levaram a melhor em todas (veja retrospectiva histórica com exclusividade AQUI) .

A missão do novo prefeito é muito maior do que talvez ele mesmo imagine. Será divisor de águas ou apenas nuvem passageira. Tem os meios para não repetir Rodrigues, o “Toinho do Capim”.

O amanhã dirá.

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Categoria(s): Política
domingo - 04/05/2014 - 20:49h
Política em Mossoró

Um momento para se repensar e se avaliar muita coisa

Quando a “poeira” baixar, cada liderança política de Mossoró que faz parte de nossas “zelites“, tem o dever de avaliar e repensar muita coisa.

Pela primeira vez, em 26 anos, o casal Carlos Augusto Rosado (DEM)-Rosalba Ciarlini (DEM) esteve fora de um pleito municipal.

O grupo de Sandra Rosado (PSB) empilha seis derrotas seguidas à Prefeitura de Mossoró.

No mínimo, vão ter que aprender a dividir espaços e conviver com outras forças, situação estranha para eles.

O modelo oligárquico ortodoxo que produziu uma espécie de mentalidade de “eugenia política”, ou seja, de pureza e crença de superioridade com base apenas no sobrenome Rosado, está em xeque.

Na verdade, ruiu. Está esgotado.

É o fim dos Rosado?

Não. Não mesmo.

Talvez seja a chance para que repensem muito de seus métodos e conceitos.

Francisco José Júnior (PSD) – prefeito eleito – tem a oportunidade de mudar a história, dando ao mossoroense a chance de sonhar com a política para todos e não em favor de uns poucos.

Voltaremos ao tema numa série de matérias analítico-opinativas, contribuindo para o bom debate.

Aguarde.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política
quarta-feira - 30/04/2014 - 22:09h
Política

Carlos Augusto e Kassab quase têm “encontro” em Mossoró

O avião que desembarcou em Mossoró, hoje, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, por pouco não provoca encontro entre ele e o secretário do Gabinete Civil do Estado, Carlos Augusto Rosado (DEM). Por pouco.

Avião do Estado pousou em Mossoró com Carlos Augusto, após a chegada de Kassab.

O líder pesedista – procedente de Brasília – levantou voo pouco além das 16h30, após cumprir agenda política em favor do prefeito provisório e candidato a prefeito, Francisco José Júnior (PSD).

Já Carlos Augusto não teve agenda divulgada. Retornou a Natal ao final da tarde.

Esse interstício foi suficiente para provocar a difusão de informação de que um dos filhos de Carlos e da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), Marlos Ciarlini, ex-auxiliar da prefeita cassada e afastada Cláudia Regina, estaria no aeroporto Dix-sept Rosado para recepcionar Kassab.

Não procede.

Ele esperava o pai. Tão-somente.

No aguardo da chegada de Carlos Augusto, Marlos foi instado a cumprimentar o líder do PSD, o fazendo com fidalguia e discrição, próprios de seu comportamento social.

Só.

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