sexta-feira - 01/08/2014 - 01:27h
Disputa presidencial

Aécio Neves e Dilma farão campanha no RN

Do Blog Panorama Político

Dois dos candidatos a presidente da República cumprirão agenda no mês de agosto no Rio Grande do Norte. O senador José Agripino Maia, coordenador nacional da campanha de Aécio Neves (PSDB), disse que o presidenciável terá agenda no Nordeste no período de 12 a 15 de agosto.

“E certamente vamos incluir o Rio Grande do Norte, mas a data ainda não está fechada”, disse o senador.

José Agripino destacou ainda que o Nordeste é prioritário para o candidato do PSDB. “O Brasil é prioritário como um todo e claro que o Nordeste é prioritário”, disse o senador do DEM.

A presidente Dilma Rousseff, candidata a reeleição pelo PT, também terá agenda em solo potiguar este mês.

“Ainda não há uma agenda montada para o Nordeste, mas a presidente virá na segunda ou terceira semana para o Nordeste. Ela terá uma grande agenda na região e virá ao nosso Estado”, disse Adriano Gadelha (PT).

Ele ressaltou ainda que o comitê pró-Dilma está sendo formado no Rio Grande do Norte e tem como coordenador o ex-presidente estadual do PT, Geraldo Pinto.

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terça-feira - 29/07/2014 - 14:43h
Congresso Nacional

Agripino e Henrique estão entre políticos mais influentes

Por Leonardo Dantas (Portal Noar)

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB) e o senador José Agripino Maia (DEM) foram os únicos parlamentares do Rio Grande do Norte citados na lista dos “cabeças” do Congresso Nacional 2014. A lista é uma iniciativa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que atual na representação da classe trabalhadora.

A pesquisa inclui apenas os parlamentares que estavam no efetivo exercício do mandato no período de avaliação, entre fevereiro e junho de 2014. Assim, quem esteve ou está licenciado do mandato não faz parte da publicação. Por isto, não constam os nomes dos deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que tomou posse como ministro de Estado do Esporte, Jilmar Tatto (PT-SP), que assumiu a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, Ricardo Berzoni (PT-SP), ministro de Estado chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, e a senadora nomeada ministra de Estado da Cultura, Marta Suplicy (PT-SP).

De acordo com o relatório divulgado pelo Diap, “os ‘Cabeças’ do Congresso Nacional são aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades (…). Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, destacamos a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, (…), e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo”.

A pesquisa apontou ainda os dois partidos mais influentes, o PT da presidente da República e o PMDB, partido do vice-presidente da República e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. O terceiro em número de parlamentares, PSDB, é também o terceiro em influência, à frente do PCdoB, que é o quinto entre os “Cabeças” e o décimo segundo entre as bancadas da Câmara.

Veja lista AQUI.

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sábado - 26/07/2014 - 04:15h
Mossoró

Cláudia Regina deve se empenhar em favor de Henrique Alves

Cláudia Regina (DEM) deve se empenhar de corpo e alma – em Mossoró – na campanha majoritária da Coligação União pela Mudança.

Henrique apoiou Cláudia nas eleições de 2012 (Foto: Raul Pereira)

A expectativa é de que ela, prefeita cassada e afastada do município, seja um dos baluartes locais na movimentação do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), ao Governo do Estado.

Em conversa recente com o senador e presidente do DEM, José Agripino, ele reiterou a necessidade de sua força de trabalho, carisma e inteligência em favor de Henrique e do deputado federal (e seu filho) Felipe Maia (DEM.

O.K.

Assim será.

Em 2012, Henrique apoiou Cláudia à Prefeitura de Mossoró.

O PMDB botou o advogado Wellington Filho como seu vice.

Já nas eleições suplementares de 2014, não. Henrique e o PMDB saltaram para o palanque adversário da deputada estadual Larissa Rosado (PSB).

Cláudia enfrentou uma campanha natimorta, que sequer teve candidatura acatada pela Justiça eleitoral.

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quinta-feira - 17/07/2014 - 22:43h
FPM

Agripino cobra “canetada” de Dilma em favor de prefeituras

O líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), fez duras críticas ao Executivo Federal durante votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)  que definiu a ampliação de um ponto percentual no repasse de recursos do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Agripino defendeu Pacto Federativo (Foto: Assessoria)

“Ao seu estilo, a presidente Dilma com um canetaço poderia ter evitado o sentimento de frustração que domina os prefeitos”, ressaltou Agripino.

Para o presidente do DEM, o aumento de 1% no FPM é um paliativo que não resolve a “candente situação dos prefeitos”.

Protesto

“Eu me reuni varias vezes com prefeitos do meu estado e a situação é de lástima, muitos ameaçam fechar as portas das prefeituras. Eu diria que esse percentual é uma esmola, uma medida desgastante que o Palácio do Planalto quer dividir com o Congresso. Eu voto, mas em protesto”, disse Agripino reafirmando sua disposição de lutar pela recomposição do Pacto Federativo.

“Ou se recompõe o Pacto Federativo ou esse será um país de infelizes”, concluiu o parlamentar potiguar, aplaudido ao final de sua fala na reunião da CCJ nessa terça-feira (16).

O reforço às finanças municipais deverá ser realizado ao longo de dois anos – 0,5 % no primeiro e 0,5% no segundo.

Com isso, o repasse aos municípios salta de 23,5%, para  24,5%. A medida consta de proposta de emenda à Constituição da senadora Ana Amélia (PP-RS) que segue, agora, para dois turnos de votação no Plenário do Senado.

 

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segunda-feira - 30/06/2014 - 23:11h
Eleições presidenciais

Agripino coordenará campanha de Aécio Neves

O senador José Agripino, presidente nacional do Democratas, será o coordenador-geral da campanha do candidato tucano Aécio Neves (MG) à Presidência da República.

Agripino e Aécio: sintonia

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30) durante a Convenção Nacional do Democratas, em Brasília (DF), que contou com a presença de Aécio Neves. O PSDB também anunciou o senador Aloysio Nunes (SP) como vice de sua chapa presidencial.

Afinação

Segundo Agripino, a escolha de seu nome para a coordenação geral da campanha de Aécio é consequência natural de uma aliança ideológica construída ao longo dos anos.

“Ninguém mais do que eu e Aécio discutimos o Brasil de norte a sul, leste a oeste. Há meses venho discutindo com ele o que fazer por Rondônia, São Paulo, pela Bahia, a montagem das chapas, a discussão de quem é quem. Então, essa coordenação é uma coisa mais ou menos natural pelo exercício das conversas entre nós”, afirmou Agripino.

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sábado - 28/06/2014 - 08:47h
Candidato a governador

Henrique Alves diz que “é hora de olhar para a frente”

O deputado federal Henrique Alves (PMDB) foi homologado candidato ao Governo do Estado em convenção eleitoral realizada pelo PMDB nesta sexta-feira (27), no Ginásio Nélio Dias, na Zona Norte de Natal.

“Graças a Deus e à vontade do povo chegou a hora do Rio Grande do Norte. É como se eu estivesse vendo um filme passar nos meus olhos, como tudo começou, em 1960, quando meu pai veio governar o Rio Grande do Norte. Ele fez o governo que até hoje as pessoas se lembram do governo e o do líder Aluízio Alves”, disse Henrique falando pela primeira vez como candidato.

Convenção aclamou Henrique (braços erguidos) em evento festivo

O candidato disse que não ficará olhando para trás, e sim para frente. “O passado é aprendizado e cicatrizes que o corpo deve ter pelas lutas, mas nenhuma cicatriz na alma que está aberta de amor ao povo do Rio Grande do Norte”, afirmou. E acrescentou: “Como jovem, tive que aprender a conviver com a violência da ditadura. Resisti. Alegrias e tristezas, medos e coragens. Hoje meu maior desafio, minha maior saudade, meu maior compromisso. Tenho orgulho da minha vida pública.”

Boa política

Henrique lembrou que está no 11º mandato consecutivo de deputado. Agora, presidente da Câmara Federal. “Os deputados federais sabem que o Henrique que mereceu os votos para ser presidente da Câmara é o mesmo que está aqui lutando para ser governador. Eles não ouviram de mim nada ofensivo, pois só fala mal dos outros aquele que não tem coisa boa para falar de si mesmo”.

O deputado criticou a situação da saúde e segurança do estado. “Para mudar isto tem uma coisa que eu aprendi: eleição é do bem, é para unir responsabilidades. Uma boa gestão tem que ter antes uma boa política. E é por isto que estou aqui com tantos”, disse.

Henrique afirmou que tem a ética como regra, transparência como exemplo e valorização do servidor público como exemplo. “Tem que cuidar bem do homem da cidade e do homem do campo.” No final do discurso, pediu desculpas por possíveis radicalismos do passado a antigos adversários políticos.

Wilma de Faria

Homologada candidata ao senado na convenção do PSB, no mesmo local, Wilma de Faria disse que era um dia de muita emoção para ela. Lembrou que é a 8ª vez que disputa cargos.

“Uma convenção nunca vista na história do Rio Grande do Norte, de muitas cores. Henrique nestes anos cresceu muito. Foi durante seis anos líder do PMDB. Depois presidente da Câmara, onde dá um show colocando pautas que estavam paradas há muito tempo. A pessoa que terá capacidade de mudar o Rio Grande do Norte é você Henrique”, afirmou.

O candidato a vice-governador, João Maia, do PR, afirmou que Henrique se preocupa com o plano de governo, trabalhando muito. “Henrique estamos trabalhando para definir o que vamos fazer durante todos os quatro anos de governo, a cada dia”, disse.

Agripino

O senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, elogiou a capacidade de Henrique em unir. “Hoje está sendo visto a festa do Rio Grande do Norte. As pessoas sabem que você poderia se reeleger deputado federal e presidente da Câmara Federal, isto com facilidade. Aqui ninguém abre mão de suas convicções, mas todas querem um futuro melhor para o RN. Eu farei tudo para que as pessoas votem em você. Quando você era adversário meu e da governadora, você ia comigo a todos os locais de Brasília para conseguir recursos para o RN”, testemunhou.

O ministro da previdência social Garibaldi Filho disse que as cores que ali estavam estampadas representam o futuro do Rio Grande do Norte. “Estão reunidas todas as forças políticas e o estado precisa de um governador com a qualidade de Henrique Eduardo Alves”. O prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) reafirmou seu apoio a Henrique e disse saber que o governo do estado estará de mãos dadas com a cidade de Natal.

Ao todo, 18 partidos estão na coligação “União pela Mudança”: PMDB, PSB, PR, PROS, PSDB, DEM, Solidariedade, PDT, PRB, PPS, PHS, PTB, PV, PSC, PSDC, PMN, PRP e PTN.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Coligação União pela Mudança.

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terça-feira - 24/06/2014 - 11:29h
Ludibriados

Francisco José Jr e Robinson sofrem com “Cântico da Perfídia”

Esquema de Fafá e deputado Leonardo Nogueira segue uma trilha sinuosa para sobreviver na política

“…Em política, não se perdoa nem se esquece nada. Quem fez uma, paga; creia que a vingança é um prazer” (Machado de Assis)

Às vezes, é difícil acreditar que políticos experientes como o prefeito Francisco José Júnior (PSD) e o vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD) tenham caído no “Conto da Fafalete” e do deputado “Songamonga de olhar bovino”.

Leonardo e Fafá tentam "100% de acertos; Robinson diz "chega" e Francisco quer sinalizar rumo mais seguro

Mas é fato: foram lesados como dois patinhos dóceis e inocentes.

O casal ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB)-deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM) garantiu que apoiaria Robinson em sua campanha a governador do Estado. Promessa com pés juntos, mãos postas e olhos rútilos para o céu.

Em troca, queriam a eleição do vereador Francisco Carlos (PV) para a presidência da Câmara Municipal de Mossoró.

O prefeito “quebrou lanças” e impôs o nome de Francisco, mesmo com contrariedade majoritária de sua bancada. Robinson disparou ligações, debulhou argumentos e apelou para que alguns vereadores rebelados acatassem Francisco.

Compromisso

Tudo certo. Prego batido, ponta virada.

Francisco e Robinson cumpriram o compromisso.

À semana passada, Robinson desembarcou em Mossoró para café  da manhã com o casal, na mansão de ambos. Sorrisos largos, tapinha nas costas, abraços e tudo arrumado.

Fafá e Leonardo reiteraram apoio ao vice-governador.

Pouco mais de 24 horas depois, ocorre o inverso – na prática.

Fafá e Leonardo asseguram ao presidente da Câmara Federal e pré-candidato a governador, Henrique Alves (PMDB), que vão marchar com ele e não Robinson. Reunião em Natal.

Para fecharem o entendimento, ambos cobraram o controle do PMDB e PV em Mossoró, apoio financeiro e político-eleitoral às campanhas a federal (de Fafá) e estadual (de Leonardo).

O “plus” foi articular o desmanche de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) já protocolada na Câmara Municipal de Mossoró, para apurar compra superfaturada de medicamentos pela Prefeitura de Mossoró, o que fatalmente alcançaria as gestões de Fafá Rosado.

Toda a bancada da oposição (sete vereadores) foi chamada a Natal para reunião com Henrique Alves. Por lá, houve entendimento para aliviar a “barra” para Fafá Rosado, mesmo que não a apoiassem eleitoralmente.

Leonardo e Fafá: Henrique na "agulha"

A retirada do requerimento da CEI saiu “naturalmente”. Os autores alegaram que ocorrera certo “erro de procedimento”. A ex-prefeita viu-se livre de um embaraço que certamente teria consequências desastrosas à sua carreira política e vida civil.

Só mesmo Francisco José Júnior e Robinson Faria acreditariam no apoio do esquema de Fafá. Claro que isso seria praticamente impossível.

Se realmente apoiassem Robinson, como seriam candidatos por siglas sob o controle do grupo em torno da candidatura de Henrique Alves?

Fafá depende do PMDB de Henrique e Leonardo do DEM do senador José Agripino, aliado do pré-candidato a governador pelo peemedebismo.

É muita inocência.

Ludibriado

O entendimento para aplainar e pavimentar terreno ao esquema de Fafá, incluiu até mesmo veto à postulação a deputado estadual do ex-vereador e suplente de deputado estadual Chico da Prefeitura (DEM). Ele foi impedido de registrar candidatura na Convenção Estadual do DEM, no domingo (15).

O próprio Leonardo pediu ao senador José Agripino para frear a pretensão de Chico da Prefeitura, temendo erosão maior em seus votos na tentativa de reeleição.

No pleito de 2010, Chico da Prefeitura alcançou 19.093 votos, sem estrutura mínima. Já Leonardo, com a retaguarda da máquina da Prefeitura de Mossoró, em que sua mulher estava aboletada como prefeita, espremeu-se para obter 20.049 votos.

Com a decisão de Fafá e Leonardo, o prefeito Francisco José Júnior ficou atordoado. Ainda resmungou pessoalmente em reunião com eles (veja AQUI, postagem exclusiva). Asseverou que se sentia ludibriado, levando Robinson a embaraço igual.

E daí? Os dois seguem com Henrique, mas mantêm ponte com Francisco e Robinson, via Francisco Carlos (veja AQUI), que prometeu apoiar o pré-candidato do PSD ao Governo do Estado. Em curso, a velha fórmula da tentativa de onipresença política, para sempre se dar bem.

O esquema tenta novo duplo que fecha a casa dos 100% de chances de dar certo. Segue seu equilibrismo, como aramistas que buscam sobrevida na política.

O casal, politicamente, produz uma espécie de “Cântico da Perfídia”, que ainda não está concluído. Segue sua escrita sinuosa:

Fafá-Leonardo, que deixou para trás o grupo da deputada federal Sandra Rosado (PSB);

Que abandonou a governadora Rosalba Ciarlini (DEM);

Que largou a prefeita Cláudia Regina (DEM) sozinha;

E que agora faz de trouxa o prefeito Francisco José Júnior e  Robinson…

…ensaia a próxima deslealdade.

Henrique Alves que abra do olho.

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quarta-feira - 18/06/2014 - 08:30h
DEM

Questões paroquiais levam Getúlio a defender Rosalba

A defesa que o deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM) fez à candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), não é uma questão de zelo partidário. Nem de fidelidade à “Rosa”.

Razões paroquiais moveram e move Getúlio à posição adotada, contrariando até seu antigo líder, senador José Agripino Maia (DEM).

Em Pau dos Ferros, Getúlio e seu filho e ex-prefeito Leonardo Rêgo (DEM) não sobem no mesmo palanque do ex-deputado estadual Elias Fernandes (PMDB) e do ex-prefeito Nilton Figueiredo (PMDB).

Por lá, DEM e PMDB são realmente “água e óleo”, definição de química política cunhada em 2006 pelo deputado federal Ney Lopes (DEM), quando pregou que Alves e Maia não tinham como se unir.

Vale ser lembrado, que semanas depois Ney virou candidato a vice-governador do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), indicado por Agripino Maia.

Com Getúlio e Leonardo a conversa é outra: sem acordo ou acordão.

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terça-feira - 17/06/2014 - 11:13h
Fim de Governo...

Carlos Augusto Rosado está magoado

Ruminando mágoa contra José Agripino, marido da governadora deixa em alerta todos a seu redor

Por Dinarte Assunção (Portal Noar)

Ao lado da mulher, Carlos Augusto ajuda a comandar o Estado. (Foto: Assessoria de Comunicação do Estado)

Quando a governadora Rosalba Ciarlini adentrou a sede do diretório estadual do DEM, naquela segunda-feira, 2, para ser levada ao cadafalso e ser enforcada pelo próprio partido, uma tensão vibrou no ambiente. Assessores fizeram saber que ela havia chegado para confrontar o grupo de José Agripino. Houve uma inquietação. Jornalistas corriam de um lado para outro com gravadores à mão. Todos estavam em polvorosa, exceto uma figura, que não demonstrava nenhuma inquietação, embora padecesse internamente em seus dilemas íntimos.

Carlos Augusto de Souza Rosado se fez à luz da inteligência e à sombra da imprevisão. Enquanto todos externavam à flor da pele as emoções que resultaram na cassação branca de sua esposa, ele se mantinha impassível por uma questão de estratégia. Movimentava-se discretamente; fugia das objetivas das câmeras e desviava o caminho dos repórteres. Quando, enfim, a manobra de José Agripino restou vitoriosa, o golpe atingiu Rosalba de um jeito que a fez chorar. Carlos olhou para suas lágrimas, sem nada dizer, sem nada fazer. Atravessou o saguão de entrada ao lado da esposa e saiu tão inabalável quanto entrou.

O episódio gestou em Carlos Augusto uma mágoa, o que no marido da governadora Rosalba Ciarlini significa a iminência de um cataclisma político, porque é capaz de jogar as certezas pelo avesso e afligir com uma pergunta todos a seu redor: o que, afinal, será capaz de fazer o primeiro-ministro do Governo do Estado?

“Ele poderá fazer tudo, ou nada. Poderá se jogar no fundo de uma rede e se entregar, ou assumir o comando da nau e ir para a proa”, anota uma das várias fontes que falaram com a reportagem sob a garantia do anonimato. Carlos Augusto tem disso: desperta respeito e temor. “E ninguém quer se indispor com ele”, completa o interlocutor.

A gênese da mágoa vem das cassações de sua esposa. Quando viu que o Tribunal Regional Eleitoral impôs a Rosalba dois afastamentos, o primeiro-ministro se inquietou. “Como é possível? Aqui se pode fazer tudo”, disse à época. Desde então, ele não tem sido o mesmo.

As inquietações do filho de Dix-sept Rosado se agravaram desde aquela segunda-feira, 2, quando ele viu o amigo de meio século conduzir uma manobra de cassação branca contra a sua esposa, no diretório estadual do DEM. A repercussão do que o senador José Agripino fez a Rosalba Ciarlini ainda não acabou. Se Carlos Augusto, mentor político da esposa, não conseguir reverter a derrota na convenção do DEM, que ocorre neste domingo, a sombra da imprevisão ofuscará a todos.

“Pode apostar que ele tem já em mente o plano A e o B e o C. Se o primeiro não der certo, ele com certeza já sabe como agir”, explica  Carlos Rosado, hoje sócio da Harabello Turismo, mas que conviveu na intimidade com Carlos Augusto pelos três mandatos do secretário-chefe do Gabinete Civil na Assembleia Legislativa, na década de 1980.

Centralizador

Todas as fontes consultadas pela reportagem foram inquiridas inicialmente com uma pergunta: qual palavra define Carlos Augusto Rosado? A maioria não titubeou: “Ele é centralizador”.

O estilo do ex-deputado estadual despertou no território das suposições afirmações categóricas sobre quem, de fato, detém o poder. Mentor político da esposa, Carlos Augusto Rosado é apontado com o chefe do poder para o qual a mulher foi escolhida. Assim, foi chamado de prefeito de Mossoró, Senador da República e, agora, governador do Estado.

“Ele nunca fala assim: eu sou o governador, mas a postura é essa. Ele não diz assim ‘quem manda aqui sou eu’, mas a postura é de quem manda”, comenta à reportagem um interlocutor.

No exercício do poder, o marido da governadora Rosalba Ciarlini tem hábitos britânicos. Chega ao gabinete às 9h30 e atende ate as 19h. Nesse intervalo de quase 10 horas, não come nada. Recebe o secretariado e políticos – desde que para tratar de assuntos institucionais. A recepção de empresários ele delega à esposa.

Para um louvaminheiro da intimidade do casal, os comentários a respeito desse assunto são maldosos e infundados. “Ele é brilhante na política. E ela não é nenhuma amadora. Por que ele não pode colaborar com as gestões dela? Por que chamá-lo de governador? Acho que é inveja”.

De que exatamente teriam inveja os detratores do casal? A resposta precisou ser colhida com cautela pela reportagem. Mesmo sob o anonimato, o assunto foi espinhoso para algumas fontes. “Esse incômodo em falar sobre isso não reflete um certo fundo de verdade?”, indagou o repórter. “Não, é raiva mesmo”, repondeu uma figura enquanto sorvia um café com leite em um restaurante de Petrópolis.

Das mulheres que se projetaram na política do Rio Grande do Norte, a governadora Rosalba Ciarlini é a única que tem tão abertamente uma relação de cooperação com seu esposo. Quando o repórter insistiu sobre por que os detratores do casal teriam uma inveja dessa relação, uma fonte explicou:

“Ora mais, eles têm um casamento de anos. São cúmplices e felizes. Que outra mulher da política potiguar pode dizer o mesmo? Você não acha que há dor de cotovelo de quem fica espalhando essa boataria?”. “Não sei sobre dor de cotovelo, mas há uma outra mulher com situação semelhante à de Rosalba: a deputada Sandra Rosado”, devolveu o repórter. “Poupe-me. Essa comparação não tem sentido”, devolveu o interlocutor dispensando a xícara com metade do café com leite.

Atualmente, governadora Rosalba Ciarlini não se incomoda com o assunto, mas ele a chateou. No início de seu mandato, quando a Arena das Dunas não passava de um sonho, vários repórteres esperavam em um sábado ensolarado a chefe do Executivo estadual no canteiro de obras do estádio. Tão logo chegou, um afoito jornalista perguntou: “Governadora, quem manda eu seu governo é a senhora ou seu marido?”. Rosalba girou nos calcanhares e voltou ao carro, deixando os repórteres enfurecidos.

“Não vejo nada demais nessa relação dos dois. Eu poderia resumi-la da seguinte forma: ela lida dos assuntos administrativos e ele cuida mais da parte política. Ele sempre foi muito bom nisso. Qual o problema em colaborar?”, indagou outro componente da intimidade do casal.

Nos primeiros 10 meses da gestão Rosalba Ciarlini, Carlos Augusto protagonizou a primeira crise do governo, quando o grupo do vice-governador Robinson Faria rompeu com a gestão. No esteio da convulsão, a crise se amplificou quando o então secretário do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, declarou à jornalista Thaisa Galvão – após algumas doses de uísque – que Carlos era o governador de fato e que, até ali, o Rio Grande do Norte era gerido através de decisões de alpendres, se referindo ao local de onde Carlos Augusto comandava a máquina. A repercussão foi a pior possível.

Os jornais estamparam a crise política em suas manchetes por dias seguidos. Quando a crise caiu no esquecimento, um fato novo remexeu o tema. Criado com o propósito de deslanchar o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, o conselho político gestado em 2012 reunia praticamente todos os caciques da cena política local.

Garibaldi Filho, Henrique Eduardo Alves, José Agripino Maia, João Maia, Ricardo Motta, Rosalba Cialini e Carlos Augusto Rosado integravam o grupo ao qual ficou facultada a tarefa de criar meios para o progresso do Estado. Restou tudo fracassado porque a premissa básica, o diálogo, não foi executada, e uma nova crise política ganhou as páginas dos jornais.

Como “governador”, Carlos conversa com Henrique e Agripino em Brasília (Foto: Assessoria de Comunicação do Estado)

Mais uma vez, o prejuízo foi debitado na conta de Carlos Augusto. Ele saiu da história como culpado por blindar o governo contra os colaboradores. A situação chegou a ponto tal que, quando todos os líderes se reuniram em Brasília para salvar o natimorto conselho, o deputado Henrique Eduardo Alves não poupou nas palavras. Dirigindo-se à Rosalba, na presença de Carlos Augusto, ele cobrou: “A governadora é você. É você quem tem que tomar as decisões”.

Foi no fracasso do conselho político onde tudo começou. Sem interlocução e com a crescente desaprovação do governo, os membros do grupo passaram a enviar recados pela imprensa narrando a dificuldade de interlocução com o Gabinete Civil. A crise se escancarou quando José Agripino deu entrevista a este portalnoar.com afirmando que tinha feito de tudo para ajudar o governo. O uso do verbo no passado deixou claro que as relações estavam azedadas. Em silêncio, o primeiro-ministro passou a ruminar cada vez mais sua mágoa.

Ascensão

Carlos Augusto de Souza Rosado nasceu em 31 de outubro de 1944, sob o signo de Escorpião. É filho de Adalgisa Rosado, falecida em fevereiro do ano passado, e Jerônimo Dix-sept Rosado, do qual se despediu aos sete anos, quando, em 1951, morreu em um acidente aéreo no litoral de Sergipe. Para diversas pessoas consultadas pela reportagem, esse episódio é o que pode ter desenvolvido em Carlos o perfil depressivo que ele tem.

Aos 69 anos, é casado com a pediatra Rosalba Ciarlini, com quem teve quatro filhos. Entrou para a vida pública em 1981, quando presidiu a Assembleia Legislativa. Depois dessa temporada, ainda teve mais três mandatos, demonstrando ao Rio Grande do Norte sua vocação para o riscado da articulação política.

“Ele se põe como o mais inteligente articulador político que existe no Rio Grande do Norte. É um arrogante”, sentenciou uma fonte que tem Rosado no sobrenome. “É mesmo inteligente, mas a arrogância eu desconheço”, rebateu o amigo Carlos Rosado.

Os registros do jornal Tribuna do Norte ilustram esse perfil do ex-deputado. Então presidente da Assembleia Legislativa no início da década de 1980, Carlos teve dificuldades para compor sua equipe em razão dos baixos salários da iniciativa pública. “Mas ele era tão bom em articular, que logo conseguiu montar sua equipe”, relembra Carlos Rosado, sagrado chefe de gabinete do Legislativo.

Com efeito,  em 6 de junho de 1981, a Tribuna do Norte trazia em seu caderno de política a matéria com a seguinte chamada:  “Carlos Augusto nomeia auxiliares”. Em duas colunas de poucas linhas, 20 nomes se espalhavam entre referências de formações e ocupações na vida pública. Daquele tempo, ainda há nomes que permanecem na Assembleia Legislativa, como  Rita das Mercedes Reinaldo, procuradora da Casa.

Paradoxalmente, tanto talento para a política tem um contraponto: Carlos é introspectivo, não só não gosta como teme falar em público. Para essa reportagem, ele foi o primeiro a ser consultado, e disse o seguinte: “Você sabe, Dinarte, que pode contar comigo para o que precisar, mas eu não dou entrevistas”.

Há exceções, em bem verdade. Em outubro de 2011, ele se viu obrigado a romper com esse hábito. No auge da crise no governo gerado pelo afastamento de Robinson Faria, ele falou ao jornalista Carlos Skarlack, com quem já trabalhou.

“Rosalba foi a mulher que eu escolhi há quase 50 anos para ser a minha companheira, a mãe de meus filhos”, declarou o ex-deputado, para rechaçar as críticas de que ele era o governador de fato. Foi além e argumentou que sua postura foi, e sempre será, de agir dentro dos parâmetros éticos e morais, que cabem a quem, como ele, é o marido de uma política que exerce o principal cargo público do Estado.

Meses antes, ele já tinha inesperadamente dado uma declaração ao site Congresso Foco. Desembarcando em Brasília ao lado da esposa, nos primeiros meses de Governo, ele se saiu com essa: “Somos uma oligarquia desde 1890. Todos os nossos mandatos foram conquistados com o voto”.

Entronados no poder desde 1948, os Rosado viveram por anos sob a égide da união familiar, no melhor estilo do patriarcado. Mas um hiato dividiu a família. Dois grupos disputam o poder: a ala liderada hoje pela governadora Rosalba e seu marido, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, e pelo irmão dele, o deputado Betinho Rosado; e o grupo encabeçado pela deputada Sandra Rosado e seu marido, o ex-deputado Laíre Rosado. Ele é primo de Sandra e de Carlos Augusto e Betinho. Pelo lado materno, Sandra é também prima de Rosalba.

Uma rivalidade que começou a se ensaiar nas eleições de 1982, ganhou força no pleito de 1986 e se escancarou de vez na disputa de 1988, quando, pela primeira vez, os Rosado se enfrentaram diretamente nas urnas. Naquele ano, a então pedetista Rosalba venceu o confronto com Laíre Rosado e conquistou o primeiro de seus três mandatos como prefeita de Mossoró.

Desde então, o grupo da atual governadora só perdeu uma das seis últimas eleições municipais para a outra facção da família. Foi em 1992, quando Dix-huit Rosado, que tinha a sobrinha Sandra como vice, se elegeu pela terceira vez. Com a morte do tio ainda no cargo, coube à vice-prefeita concluir os últimos dias de seu mandato.

Os primeiros sinais de desavença política na família ocorreram em 1982, quando o então deputado estadual Carlos Augusto Rosado contrariou as orientações do tio Vingt Rosado e declarou voto no primo e hoje senador José Agripino Maia ao Governo do Estado. Pai de Sandra, o ex-deputado Vingt Rosado apoiou o grande adversário dos Maia, o ex-governador Aluizio Alves (PMDB). Agripino saiu vitorioso das urnas.

O troco viria quatro anos mais tarde, quando o confronto ficou mais explícito. O grupo de Carlos Augusto apoiou João Faustino e perdeu a eleição para o candidato de Vingt Rosado, o governador Geraldo Melo. Desde então, os galhos da árvore genealógica iniciada pelo patriarca Jerônimo Rosado nunca mais penderam para um lado só.

Por essa época também surgiu a história de que Carlos Augusto Rosado bate na esposa. O assunto é delicado entre todas as fontes que conversaram com a reportagem. Nenhuma, entretanto, confirmou o que é considerado mero boato. Até mesmo que falou com reportagem para criticar o ex-deputado, desmentiu esse fato.

“Muito pelo contrário, ele é atencioso demais com ela. Se preocupa com a esposa e faz demonstrações de afeto. Isso é mentira”, comentou um interlocutor.

Sucessão

O hiato dentro da família Rosado marcou o início do mais ambicioso projeto de Carlos Augusto. Meticuloso, paciente e introspectivo ele se afastou da vida eletiva e se posicionou à sombra da esposa.

Carismática, Rosalba assumiu ao lado do esposo o comando do grupo político em uma empreitada que durou décadas e resultou na realização do sonho de Carlos Augusto: levar a mulher ao Governo do Estado para finalizar o trabalho que o pai não pode concluir.

Essa trama foi desnudada em uma análise do jornalista Carlos Santos, que escreveu:

Ex-deputado por quatro mandatos, Carlos sempre alimentou o sonho de ser deputado federal, nunca concretizado. Mas foi através de Rosalba, pediatra e mãe de seus quatro filhos, que projetou um sonho atávico que viu começar e ser amputado duramente ainda na infância.

Ele tinha pouco menos de 7 anos (nasceu em 31 de outubro de 1944), quando em 12 de julho de 1951, o seu pai Jerônimo Dix-sept Rosado Maia (nascido em 25 de março de 1911), governador do Estado, eleito em 3 de outubro de 1950, morreu em acidente aéreo. O sinistro aconteceu em Sergipe.

Rosalba é a completude. Mas não é Rosado. Rosado é ele, Carlos. Seu tio, ex-prefeito Dix-huit Rosado, por duas vezes durante o regime militar chegou a ser cotado para governar o Rio Grande do Norte, como governador nomeado. “Forças ocultas” comandadas pelo primo, Tarcísio de Vasconcelos Maia, o alijaram do processo.

Carlos virou governador, como se atendesse a um desígnio divino, pela ascensão da mulher. Um projeto calculado e cartesianamente montado por ele, com ousadia e raro talento político, durante cerca de duas décadas.

No poder, entretanto, parece que ele viu-se afetado por um transtorno dissociativo de personalidade. Deixou de ser o marido-líder e ideólogo da carreira de Rosalba, para praticamente se investir do cargo de governador. É como se pegasse de volta o que o destino sinistramente tirara do pai, no início dos anos 50. Agora ele é o Dix-sept Rosado, governador.

Nas três administrações que Rosalba figurou como prefeita, Mossoró aprendeu a tratar com jocosidade ou respeito em tom de reverência, o papel que Carlos cumpria com denodo: administrar a prefeitura da política à gestão pública.

O escárnio dos primos oposicionistas até lhe imputou a pecha de um conselheiro novelesco, o “Ravengar”, extraído da dramaturgia global: “Que rei sou eu?”. Astuto, ele não o vomitou. Adotou-o para se tornar um personagem real e quase lendário em Mossoró.

No Governo do Estado, essa personificação carregada de sagacidade deu lugar a outro ser: o próprio Carlos. Ou um Dix-sept Rosado reencarnado. A dupla personalidade expurgou da vida do ex-deputado o irreal Ravengar, pois ele não o tinha mais como necessário, por trás das cortinas.

A personalidade do Ravengar ardiloso, frio e recatado, para não eclipsar a própria imagem construída para a mulher, não existe mais. Ele foi assim no passado e não parecia incomodado como homem e político, mesmo quando pesquisas que encomendava assinalavam que sua exposição, ao lado da “Rosa”, tirava votos dela.

O Carlos Augusto, governador, passa a sofrer as consequências danosas dessa personificação do governo, num momento em que a gestão estadual vive profundo desgaste. Por isso, que nos últimos dias a ordem é pulverizar a imagem de Rosalba em poses como gestora. São centenas de fotos dela no gabinete de trabalho, comandando reuniões, liderando.

Incerteza

Em uma manhã ensolarada no Plano Palumbo, o repórter conversava com a fonte mais desconfiada com quem se deparou para compor este perfil. A figura fez questão de lembrar 37 vezes que toda a conversa era em off. À certa altura, disse impaciente: “O que todos nós queremos saber é o que ele vai fazer depois de domingo, porque a convenção do partido muito provavelmente vai terminar de enterrar a esposa. E ele é capaz de fazer tudo”.

Um dos planos mais astuciosos foi divulgado pela central da boataria. Segundo a tese, se Rosalba não for candidata e prosperar na Assembleia Legislativa o impeachment contra ela, o casal seria capaz de renunciar ao Governo, elevando Robinson à condição de governador e embaralhando toda a eleição deste ano.

A imprevisão ganha contornos mais dramáticos ainda quando se considera que Carlos está chateado com José Agripino, que foi insistentemente procurado pela reportagem para comentar a matéria, mas não respondeu a nenhum dos telefonemas.

Para reverter a cassação branca imposta na reunião do diretório estadual, Rosalba precisa da maioria dos delegados. Assessores próximos acreditam que ela reverta a situação com uma fé tão cega que se pode evocar a interferência de Santa Luzia para justificar essa crença. “Ele é muito esperto. Acho que tem a maioria dos delegados na mão”, arriscou um assessor.

Só resta a espera para saber o que fará o homem conhecido por executar o que planeja. Para ilustrar bem esse pensamento, há uma frase do próprio Carlos Augusto, pronunciada nos intramuros no início do governo da esposa. Na ocasião, ele disse: “Minha mulher poderá fazer um governo medíocre, mas será honesto”, disse ele.

A saber: Rosalba é a governadora mais reprovada do Brasil. Mas não há nada que a desabone. Carlos cumpre o que diz.

Nota do Blog Carlos Santos – Veja na reportagem especial sob o título Carlos Augusto se livra de “Ravengar” para ser governador – clicando AQUI – texto completo de material aproveitado pelo jornalista Dinarte Assunção nesta matéria especial para o Portal Noar.

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Categoria(s): Reportagem Especial
segunda-feira - 16/06/2014 - 06:12h
Decidido

DEM, esmagadoramente, rejeita candidatura de Rosalba

“O partido optou por sobreviver. O Diretório disse, a Executiva recomendou e agora a Convenção homologou”. A afirmação foi feita pelo presidente do Democratas, senador José Agripino, sobre o resultado final da convenção estadual do partido, realizada neste domingo (15), em Natal.

Rosalba faz explanação sobre governo; Agripino testemunha (Foto: DEM)

Depois de quase seis horas de reunião e votação, ficou decidido que o DEM não vai lançar candidatura própria ao governo do Estado. A maioria dos convencionais optou pela formação de aliança na chapa proporcional para as eleições de outubro.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), 243 delegados estavam aptos a votar. Desse total, 121 votaram a favor da opção defendida pelo senador Agripino, de que é preciso fazer aliança proporcional para garantir a sobrevivência do partido, mantendo a representatividade da sigla na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional.

Dos 195 delegados que votaram, 63 optaram pela candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini. Foram registrados também 9 votos nulos, 2 brancos e 48 abstenções.

Desabafo

Rosalba e Agripino: fosso em decisão (Foto: DEM)

Durante a convenção, Agripino fez um desabafo sobre o momento atual vivido pelo Democratas no Rio Grande do Norte.

“Ao longo do governo de Rosalba, eu, silenciosamente, procurei sempre ajudar, ela sabe disso. Atuei como um tecelão para formar um arco de alianças que pudesse dar apoio à sua administração. Mas o governo foi construindo um isolamento administrativo e político do qual eu não participei. Hoje, estamos nessa situação. É preciso entender que eu sou presidente nacional da legenda e minha obrigação é defender a sobrevivência do partido”, argumentou o senador.

A convenção aconteceu na sede do partido em Natal, por volta das 9h, com explicações técnicas sobre o procedimento da votação.

Em seguida, a governadora Rosalba Ciarlini fez uma explanação administrativa sobre seu governo. E na sequencia, foi facultado o uso da palavra aos convencionais. O deputado federal Felipe Maia e o ex-deputado federal Ney Lopes defenderam suas posições.

Primeira derrota

No último dia 2, em Reunião Estadual do Diretório, o partido já antecipara seu rumo na campanha de 2014. Dos 59 dirigentes votantes, 45 votaram contra candidatura própria. Rosalba obtivera apenas dez votos.

Mas o prenúncio do pior, para a governadora, veio bem antes. Na campanha municipal de 2012, no exercício do mandato, só esteve em cerca de quatro municípios apoiando candidatos a prefeito. A maioria da base governista pediu, velada ou textualmente, para ela não aparecer.

Outro fenômeno, para o período, é que o DEM não experimentou qualquer expansão. Pelo contrário, até perdeu quadros importantes, como a ex-prefeita de Mossoró Fafá Rosado que saiu para o PMDB. Justamente na base principal do DEM e de Rosalba, sua terra berço e principal reduto político.

Os sinais complicadores não param.

Nas eleições suplementares a prefeito e vice de Mossoró, este ano, o DEM, sob comando de Rosalba e do marido-secretário-chefe de Gabinete, Carlos Augusto Rosado, não conseguiu formalizar uma candidatura. A postulação da prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM)  não foi aceita.

O mais patético é que Rosalba terminou dando declaração pública de “neutralidade” no pleito.

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segunda-feira - 09/06/2014 - 23:39h
Ocaso

Carlos e Rosalba começam a ser “devolvidos” a Mossoró

Casal levou para Natal "kit" de gestão político-administrativa que sempre usou no Governo de Mossoró

Há uma semana (segunda-feira, 2), quando decidiu em votação interna esmagadora, que não queria Rosalba Ciarlini (DEM) como candidata à reeleição, seu partido a deixou sem voz.

Carlos Augusto não conseguiu emplacar, em Natal, o modelo que sempre deu certo na cidadela mosoroense (Foto: Governo do Estado)

A reunião do Diretório Estadual apontou que dos 59 votantes, 45 rejeitavam a ideia de reeleição (Veja AQUI).

Mas o que embaraçou mais Rosalba, que discursou em defesa da tese da reeleição, foi não ter argumentos para provar vitalidade de uma candidatura.

O deputado Felipe Maia pediu, que ela apresentasse pelo menos o nome de dois partidos a apoiá-la. Insistiu. Ela baixou a cabeça sem resposta.

Rosalba saiu antes que a votação começasse e não respondeu a Felipe. Nem poderia.

Da coligação que a elegeu em 2010, não sobrou praticamente nada. Dos seis partidos que lhe deram sustentação, além de PMDB, PR e outros que embarcaram depois, todos se cansaram.

Votação secreta

Culpar apenas o senador José Agripino – líder nacional do DEM – por esse desmanche, é inverter papéis e desvirtuar fatos. Nem o próprio DEM em suas bases a deseja. Na votação secreta de segunda-feira, deu o resultado que é a voz nos municípios.

Até mesmo em Mossoró, seu berço político, Rosalba não conseguiu nos últimos tempos juntar liderados e vereadores, ou apenas ter um candidato viável a prefeito nas eleições suplementares deste ano. Essa cova foi aberta pela própria Rosalba e o comando centralizador do seu marido, o líder Carlos Augusto Rosado (DEM).

Bem antes de ela tomar posse em 1º de janeiro de 2011, esse Blog alertava premonitoriamente: “O RN não é Mossoró e o Governo do Estado não é a Prefeitura de Mossoró”. Incontáveis vezes repetimos essa máxima.

Joiado

O “kit” que sempre funcionou em sua cidadela, não se encaixou em Natal e no Estado. Na Prefeitura de Mossoró, em três gestões, tudo parecia “lindo, bonito e joiado”, como definiria o cearense Falcão, misto de cantor e humorista.

Na prática, o casal está sendo “devolvido” a Mossoró, de onde saiu com um ousado projeto de alcance do poder, mas sem levar sequer um manual básico de gestão debaixo do sovaco, além de sandálias da humildade.

Aprende, a duras penas, que o poder não pode tudo. Vive a solidão do fim, mesmo antes do fim, por seus próprios erros. Agripino não é inocente, mas está longe de ser o responsável por esse fracasso retumbante.

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segunda-feira - 09/06/2014 - 17:50h
Desembargador federal

Agripino será relator da indicação de Luiz Alberto para o STJ

O senador José Agripino (DEM) recebeu nesta segunda-feira (9) a notícia de que será o relator, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), da indicação do nome do desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria para ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A informação foi dada pelo presidente da Comissão senador Vital do Rêgo (PMDB/PB).

Senador recebeu desembargador em Brasília (Foto: Divulgação)

Para o líder democrata, Luiz Alberto irá honrar a tradição do Rio Grande do Norte no STJ seguindo a trajetória do ex-ministro José Augusto Delgado.

“Ele [Luiz Alberto] é um nome honrado, limpo, corajoso. Sabe negociar as coisas que precisam ser negociadas, mas também sabe ser intransigente na hora de defender o bom Direito. O Rio Grande do Norte irá colocar no STJ um nome à altura da respeitabilidade que o nosso estado quer ter”, declarou Agripino.

Jovem

A previsão é de que o relatório elaborado pelo senador potiguar seja lido na reunião da CCJ da próxima semana e na reunião subsequente haverá a sabatina. Para tomar posse no STJ, o desembargador Luiz Alberto ainda precisa ter o nome aprovado no Plenário do Senado.

Luiz Alberto foi o desembargador federal mais jovem do Brasil, nomeado no ano de 2000, com 30 anos, para o cargo no TRF-5.  Ele ocupará a cadeira deixada pela ministra Eliana Calmon, aposentada em dezembro.

Com informações da Assessoria de Imprensa de José Agripino.

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 08/06/2014 - 13:13h
Entrevista à revista Época

Rosalba Ciarlini prevê que “DEM tende a sumir”

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) prevê que o DEM é um partido fadado à morte. “O DEM tende a sumir”, afirma ela em entrevista à revista Época, publicação do grupo Globo, com circulação nacional.

Ela também fala nesta mesma edição, da sua difícil convivência com o senador José Agripino, líder da sigla, além de deixar claro que não teme qualquer adversário numa disputa ao Governo do Estado.

Destaca ainda, sua boa relação política “republicana” com a presidente Dilma.

Veja abaixo a íntegra desse pingue-pongue ou neste link AQUI que vai direto à página virtual da revista:

Governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (Foto: Beto Barata/ÉPOCA)

ÉPOCA – Qual é a importância para o DEM da sua não-candidatura? A senhora é a única governadora do partido.
Rosalba – Eu acho que você tem de perguntar a eles.

ÉPOCA – Mas qual a opinião da senhora?
Rosalba – Só tínhamos dois (governadores). Perdemos um. A única que ficou está sem condições de colocar seu nome. O DEM tende a sumir.

ÉPOCA – Com a decisão de impedir a sua reeleição, o DEM está se apequenando?
Rosalba – Eu acho que, na realidade, era para estarmos lutando para termos mais governadores, como se luta para ter mais prefeitos, que são a base das eleições. Tendo mais governador cresce também a bancada. Muita coisa eu não posso responder por eles.

ÉPOCA – Como foi a reunião da semana passada? A senhora já percebeu um clima desfavorável?
Rosalba – Já percebi, porque na realidade o diretório vem de longas datas, ele (o senador José Agripino Maia) é o presidente do partido, sempre foi. Então, é claro que não tem se renovado muito o diretório. Teve votos nulos, votos em branco, teve abstenções – poucas, mas teve. Então, não havia unanimidade.

ÉPOCA – A votação foi aberta?
Rosalba – Não, foi secreta.

ÉPOCA – O senador Agripino Maia fez algum tipo de consideração?
Rosalba – Não, foi só isso. Ele encaminhou mostrando a necessidade de o partido crescer suas bancadas e, para isso, não poderia ficar só (na disputa eleitoral); que o governo até então não tinha montado uma arco de alianças. Eu ponderei que, para você montar um arco de alianças, você precisa que as lideranças do partido ajudem.

ÉPOCA – A senhora está desapontada com ele?
Rosalba – Eu preferia não fazer nenhuma observação.

ÉPOCA – Por que?
Rosalba – (silêncio) Deixa… Eu estou refletindo.

ÉPOCA – A senhora conversa com o senador Agripino sobre sua situação?
Rosalba – Somos do mesmo estado e o conheço há mais de 50 anos. Frequenta a minha casa e nos tratamos muito bem. Sempre houve confiança de ambas as partes. Durante todo esse período, fui tentada a trocar de partido e isso poderia até ter sido mais promissor para mim politicamente. Mas eu não mudei porque Agripino era o presidente do partido e me mantive no DEM por uma questão de lealdade e respeito a ele.

ÉPOCA – Quais partidos a convidaram para que deixasse o DEM?
Rosalba – Tive convite do PSD, PROS, PTB, PP e de partidos menores. Qual é o partido do Marcelo Crivella? PRB. Tive convite do PRB. Mas fiquei no DEM.

ÉPOCA – Mas o que Agripino disse à senhora recentemente?
Rosalba – Há duas semanas estive com Agripino na casa dele em Natal. Ele disse que se eu tivesse condições eleitorais, poderia tentar. Mas qual seria o problema se eu me candidatasse? Tem candidato que entrou derrotado numa eleição e acabou eleito; e outros que entraram eleitos e saíram derrotados. Uma vez um candidato foi dormir achando que tinha ganhado a eleição em Natal. No outro dia descobriu ter perdido para Aldo Tinoco, um sanitarista que não era muito conhecido. O candidato derrotado foi (o presidente da Câmara) Henrique (Alves) e o povo lá em Natal comenta muito sobre isso. Mas voltando, se eu me candidatasse, o que poderia acontecer? Eu poderia não chegar ao segundo turno. Mas ainda assim o partido seria o fiel da balança no segundo turno e sairíamos ainda mais valorizados. Mas a preocupação era sempre com as eleições para deputados e senador porque não poderia ir só o Democratas. Eu disse que garantiria dois partidos (na aliança) e com chance de angariar o apoio de outros. Mas eu disse a Agripino que precisava de um aceno de que eu seria candidata, porque não posso propor aliança sem saber se vou ser candidata. Aí ele disse que faríamos uma reunião para ouvir o diretório.
>> Felipe Patury: Agripino e Rosalba travam guerra no Rio Grande do Norte

ÉPOCA – Mas quais foram as condições impostas por Agripino para que pudesse apoiá-la?
Rosalba – Ele apontou com clareza as minhas dificuldades. Disse que eu precisava dessas alianças. Também se mostrou preocupado com uma questão jurídica no Tribunal Superior Eleitoral que pede minha inelegibilidade. Mas estou tranquila quanto a isso. No meu caso só cabe uma multa, não a inelegibilidade. O processo fala na chegada de um equipamento a uma semana antes da eleição. Mas eu não estive nesse local da entrega do equipamento e a presidente da comunidade beneficiada disse que eu não estava lá e que ninguém pediu voto.

ÉPOCA – O que a senhora pediu na reunião de segunda-feira?
Rosalba – Pedi que aguardássemos até a convenção do partido para eu ter tempo de costurar as alianças. Historicamente nenhum governador, por mais desgaste que teve, chega a uma eleição com menos de 25% – e eu já estava chegando perto, mesmo sem ser candidata. Aliás, se estou tão desgastada, por que todos têm tanto medo de me enfrentar? O partido cria todo tipo de dificuldade para eu ser candidata. É uma coisa incrível. Depois da reunião os jornais deram destaque que o partido tinha negado a legenda para a minha candidatura. Apesar de não ser oficial, pois o assunto deve ser tratado na convenção, isso dificultou a minha situação ainda mais.

ÉPOCA – E o que aconteceu?
Rosalba – O que me surpreendeu é que o meu apelo não foi levado em consideração. Só que na reunião só se falou sobre eleição proporcional (deputados e senador). Quando isso aconteceu, percebi que se tratava de uma cassação branca. Deixei a reunião para não parecer que estava aceitando aquilo. Fui acompanhada de algumas pessoas. Dizem que dar atenção às eleições proporcionais é uma decisão nacional do DEM com o objetivo de o partido crescer. Acho importante essa preocupação com as eleições proporcionais. Mas fica mais fácil tendo um candidato majoritário. Esse é o meu pensamento. Se na convenção eu percebesse que não teria condições, desistiria. Mas o partido chegou a antecipar as convenções.

Época – Quando será a convenção do DEM no Rio Grande do Norte?
Rosalba – Vai ser no dia 15, quando todas serão depois do dia 25. Mal começou a Copa… Era (para ser no dia) 13, é porque já gritaram lá que é o dia do primeiro jogo (da Copa) em Natal! Então, (foi) tudo montado. Assim, pareceu uma coisa muito… como se diz: não quer, não quer, não quer.

ÉPOCA – O governo da senhora tem sido mal avaliado. Numa pesquisa a senhora ficou na pior posição entre os 27 governadores.
Rosalba – Não digo que vou ganhar a eleição. Mas o nosso partido tinha chance de disputar a eleição. Minha candidatura levaria a eleição no Rio Grande do Norte para o segundo turno. Eu teria a oportunidade de esclarecer muita coisa sobre o meu governo.

ÉPOCA – Como a avaliação do seu governo chegou a esse nível? Isso foi levado em conta na reunião?
Rosalba – Não, isso não (foi levado em conta). Até porque eles sabem que isso (a avaliação do governo) vem melhorando. O governo que eu peguei, como eu disse, estava falido. Os hospitais eram o caos do caos. Com toda essa loucura, nós fizemos mutirão de cirurgias para acabar com as filas e acabamos em muitos lugares, aumentamos 88 leitos de UTI, 140 leitos de retaguarda. (o Rio Grande do Norte) É o estado que tem a maior cobertura de SAMU. Nós temos SAMU em todo estado: toda cidade com mais de 20.000 habitantes tem SAMU. Nós avançamos na oncologia, acabamos com a fila, hematologia está funcionando bem, voltamos a fazer até transplante de fígado que tinha parado. Nada é perfeito, tem muito a fazer, mas já melhorou muito. O aeroporto saiu do papel. Mérito da governadora? Luta da governadora, porque não descansei um só segundo. Teve a presença da nossa bancada? Teve e o compromisso da presidenta Dilma, mas ele vinha se arrastando há 17 anos.

ÉPOCA – Quando a senhora teve sinais de que o PMDB, que apoiava seu governo, não a apoiaria num projeto de reeleição?
Rosalba – Teve um determinado momento em que o PMDB, que chegou a ocupar sete secretarias, deixou o governo. Naquele momento, o PMDB já dizia que queria uma candidatura própria. Começamos a ver entrevistas. Havia sinalizações de que ele estava formando um acordo muito grande, inclusive com partidos que têm ideologias diferentes. A candidata dele ao Senado (Wilma Faria) é do partido do Eduardo Campos (PSB). Henrique Alves dizia que apoiava a (presidente) Dilma (Rousseff). Já outros partidos desse acordão querem apoiar o (senador) Aécio (Neves, candidato pelo PSDB).

ÉPOCA – Qual a vantagem do DEM em apoiar Henrique Alves?
Rosalba – Olha, sinceramente, eu não sei. As bases no interior reagem muito porque sempre foram partidos historicamente, adversários. Isso aí só quem pode responder é quem… Eu não discuti isso, né?

ÉPOCA – A senhora temeria confronto com Henrique Alves?
Rosalba – Não temeria confronto eleitoral com ninguém, porque era uma boa oportunidade para esclarecer muita coisa. Quem for governador do Rio Grande do Norte agora, vai encontrar um Rio Grande do Norte melhor. Nós ficamos entre os três estados, dito pelo próprio Tesouro, que fizemos o melhor ajuste fiscal. O Estado do Rio Grande do Norte conseguiu com o Banco Mundial o maior programa para ser desenvolvido da história do Rio Grande do Norte: US$ 540 milhões. Esse projeto começou comigo, começo, meio e fim. Já está andando o programa, começou este ano. (O estado) Nunca tinha conseguido. E conseguiu por que? Porque fez o ajuste fiscal, tem capacidade de pagamento, de endividamento e tem projetos.

ÉPOCA – A senhora tem um bom relacionamento com a presidente Dilma?
Rosalba – Tenho. Relacionamento republicano.

ÉPOCA – Ela ajudou a senhora?
Rosalba – Sempre que procurei, ela não se negou a ajudar. Isso aí eu tenho de lhe dizer: que a presidenta não criou nenhuma dificuldade. Por exemplo: a barragem de Oiticica, que havia uma dificuldade, vai ser, não vai, se é com Dnocs (Departamento Nacional de Obras de Contra às Seca), se é com o estado. Falei com ela, na mesma hora ela ligou para a (ministra do Planejamento) Míriam (Belchior) e mandou fazer a autorização da ordem de serviço.

ÉPOCA – Esse bom relacionamento com a presidente causou algum tipo de constrangimento para a senhora dentro do DEM?
Rosalba – Saíram dizendo que eu votaria em Dilma. Eu disse, na verdade, que poderei votar. E disse isso porque vi ações de combate à seca com as quais eu estava plenamente de acordo. Foi uma posição em cima de algo administrativo e a maneira republicana com a qual eu fui tratada pela presidente.

ÉPOCA – Houve alguma reação contrária do partido a sua manifestação?
Rosalba – Isso não deve ter agradado por eu ter elogiado tanto a presidenta Dilma. Eu disse que se estiver certo, eu aplaudo. Se estiver errado, também vou dizer.

ÉPOCA – Por que o DEM diminuiu tanto de tamanho?
Rosalba – O partido está precisando fazer uma análise de tudo isso. E acompanhar o rumo que o Brasil está tomando. É um tempo de mudanças e o DEM permaneceu muito estático.

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quinta-feira - 05/06/2014 - 08:41h
Cláudia Regina

Henrique e Wilma terão importante reforço em Mossoró

A chapa Henrique Alves (PMDB) ao Governo do Estado-Wilma de Faria (PSB) ao Senado terá considerável reforço em Mossoró.

Henrique e Cláudia (à esquerda) em 2012; de novo em 2014 (Foto: reprodução)

A prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM) deverá pedir votos para ambos.

Ela faz parte do grupo do senador José Agripino (DEM), que vetou – com apoio maciço do Diretório Estadual do DEM (veja AQUI) – a postulação à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Quem também apoiará Henrique Alves e Wilma será a deputada estadual Larissa Rosado (PSB), que enfrentou Cláudia à Prefeitura de Mossoró, em 2012.

A propósito, em 2012, Henrique esteve no palanque de Cláudia e do então candidato a vice, Wellington Filho (PMDB), ladeado ainda pela então prefeita Fafá Rosado (DEM, hoje no PMDB).

Em 2014, o governadorável subiu no de Larissa.

É a roda-viva da política… sempre girando.

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terça-feira - 03/06/2014 - 15:07h
Repercussão

“Pior governadora do Brasil” é vetada por seu partido, diz UOL

Do UOL

Com a pior avaliação entre os governadores do Brasil, segundo a pesquisa CNI/Ibope, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), não vai concorrer à reeleição, em outubro.

Rosalba: desempenho medíocre (Foto: Sérgio Lima/Folha Press)

O partido Democratas decidiu em votação, nessa segunda-feira (2), que vai abrir mão da candidatura dela para fortalecer a chapa proporcional e ampliar a aliança com outras legendas.

Entre os 59 presentes, foram 45 votos a favor de priorizar a chapa contra dez que defendiam candidatura própria. Houve ainda um voto em branco, um nulo e duas abstenções.

Ao ser informada do resultado, Ciarlini chegou a chorar e saiu antes que a reunião terminasse. A governadora defendeu que o partido deixasse para definir o caso na convenção, no dia 15 de junho, mas os outros filiados não concordaram.

Alianças

“Para fazer um arco de alianças, precisamos ter solidariedade do partido e não sei por que isso não está sendo feito. Só estão se preocupando com a questão da proporcional”, reclamou Ciarlini.

Questionada se vai recorrer na Justiça da decisão, ela deixou no ar a possibilidade, respondendo apenas: “Vamos aguardar”.

O presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), afirmou que não tem dúvidas de que a executiva nacional do DEM vai homologar a decisão dos membros da legenda no Estado.

“Os números falam por si só e não preciso tecer nenhum comentário. De 57 votos, 45 membros do diretório votaram pela coligação proporcional, e essa é a recomendação da executiva estadual. De forma democrática, todos tiveram a oportunidade de falar, manifestar as suas opiniões. O contraditório se estabeleceu, para que cada um votasse conforme as suas convicções”, disse Agripino.

Piores índices

A atuação no governo de Rosalba Ciarlini Rosado teve a pior avaliação entre os 26 Estados e o Distrito Federal, segundo a mais recente pesquisa CNI/Ibope, divulgada em dezembro.

Dos entrevistados, apenas 7% consideram o governo de Rosalba ótimo ou bom.

Ela também tem a pior colocação na avaliação da maneira de governar, com 13%, e apresentou o pior índice de confiança, com 11%.

Veja matéria na própria página do UOL clicando AQUI.

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segunda-feira - 02/06/2014 - 14:38h
De goleada

DEM decide que não quer Rosalba candidata à reeleição

Decidido. O Diretório Estadual do Democratas no Rio Grande do Norte (DEM-RN) decidiu na manhã desta segunda-feira (2) não lançar candidatura própria ao Governo do Estado e, portanto, formar aliança na chapa proporcional para as eleições de outubro.

Emparedada, sem apoio no próprio partido, Rosalba chora em vão (Foto: DEM)

O partido vai compor coalizão com o PMDB, em torno da candidatura ao Governo do Estado do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), que terá o também deputado federal João Maia (PR) como candidato a vice e a e-governadora Wilma de Faria (PSB) na disputa de uma vaga ao Senado.

A votação, que ocorreu na sede do partido em Natal, teve o seguinte resultado: dos 59 votantes, 45 optaram para que o Democratas faça coligação na chapa proporcional, 10 votaram favorável para que a legenda forme uma chapa majoritária. Houve duas abstenções, um voto em branco e um voto nulo.

No próximo dia 15, será realizada a convenção estadual do DEM, na sede do partido – Avenida Amintas Barros, 4448, no bairro de Morro Branco, em Natal.

Choro

Durante a reunião,  o presidente estadual do partido, senador José Agripino, facultou a palavra aos diretorianos. A governadora Rosalba Ciarlini no uso da palavra, fez um balanço da sua administração e expôs o desejo de ser candidata à reeleição.

Chegou a se emocionar, em lágrimas.

Em seguida, a chefe do executivo se absteve de votar e deixou a reunião na companhia de seus assessores, entre eles o marido e secretário-chefe do Gabinete, Carlos Augusto Rosado (DEM). Alegou que o encontro do diretório não deveria definir os rumos do partido.

A estratégia do seu grupo era levar a decisão para o final do mês, na convenção estadual. Hoje, a intenção era ganhar mais tempo para se amealhar votos dos membros do diretório.

Carlos sem crédito

Há vários dias que o próprio Carlos Augusto trabalhava diretamente a cooptação de votos para derrubar a proposta de veto à candidatura própria. Não conseguiu convencer a maioria, mesmo com “fortes argumentos”.

Através de contatos telefônicos, em reuniões na Governadoria (bairro Lagoa Nova) e na Residência Oficial do Governo (bairro de Morro Branco), ele tentou vender imagem da viabilidade eleitoral da mulher.

Os números da própria reunião de hoje, na sede do DEM na Amintas Barros, deixou claro que Carlos e Rosalba perderam o que tinham de razoável capital na época de gestões municipais (em Mossoró): a credibilidade. Pouca gente acredita no que eles dizem ou prometem.

Força do partido

De acordo com o presidente da sigla, José Agripino, o Diretório é o órgão máximo consultivo do partido, formado por “personalidades  emblemáticas que traduzem legitimamente a expressão política e a história do Democratas” (ex-PFL). Daí, a decisão de hoje ser uma posição firme e não um paliativo ou enxerto.

“Meu papel era ouvir o partido, o que fiz aqui hoje. É minha obrigação defender que ele (o partido) sobreviva”, declarou.

Para Agripino, o resultado da votação demonstra claramente o desejo do partido de priorizar o crescimento da legenda, principalmente na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.

Agripino: prioridade nacional (Foto: DEM)

Ao falar com jornalistas após a reunião, o senador lembrou ainda o compromisso firmado com membros do partido nacionalmente, durante reunião em janeiro de 2013, em Salvador (BA), de que a prioridade para 2014 seria a ampliação do Democratas nas esferas estadual e federal.

Falta de apoio

“Nós nos reunimos em Salvador com representantes de todas as regiões do país e nesse encontro decidimos que a meta para 2014 era fazer o partido ampliar sua representatividade nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional”, justificou.

O ex-deputado federal Ney Lopes chegou a ser uma voz mais ativa na defesa de Rosalba, considerando que processo de inelegibilidade dela seria superável, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas a falta de apoio das bases, do próprio partido e de interesse de outras siglas, é que formavam a maior dificuldade para Rosalba. Constantes pesquisas apontam reprovação maciça a seu governo – de forma praticamente uníssona, em todo o estado. Até mesmo em Mossoró – seu berço político – sua situação não é favorável.

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segunda-feira - 02/06/2014 - 10:10h
Eleições 2014

Agripino e Rosalba têm momento decisivo em reunião do DEM

Agripino (centro) preside reunião tensa (Foto: Panorama Político)

Do Blog Panorama Político

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) chegou, há poucos instantes, na reunião do Democratas (sede do partido, em Natal.

Acompanhada do marido, o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, e da irmã, a ex-deputada Ruth Ciarlini, além de diversos secretários, a chefe do Executivo, visivelmente tensa, falou pouco com a imprensa.

“Vim para discutir. A reeleição é um direito que me assiste”, destacou.

Agripino quer definição

O senador José Agripino Maia, presidente nacional e estadual do Democratas, disse que não aceitará nenhuma tentativa de procrastinar a decisão do partido.

“O edital foi lançado, publicado, reunião marcada. Não aceitarei qualquer tentativa de procrastinar essa decisão”, destacou.

A reunião de hoje terá como sistemática o presidente nacional do DEM abrir para pronunciamento de representantes de cada uma das teses. E, em seguida, será iniciada a votação secreta.

Inocência

O ex-deputado federal Ney Lopes, que integra o diretório estadual do Democratas, defendeu a candidatura a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini. Ele destacou que a chefe do Executivo tem “presunção” de inocência em processo de inelegibilidade que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ele também ressaltou que pela legislação “não pode existir a tese da proporcional”. “Se o DEM escolher se coligar com o PMDB, automaticamente estará também defendendo a majoritária”, comentou Ney Lopes.

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sábado - 31/05/2014 - 11:01h
Revista Época

Agripino e Rosalba travam guerra no RN

Coluna de Felipe Patury (Interino Murilo Ramos, revista Época)

Os dois principais nomes do DEM são seu presidente, senador Agripino Maia, e a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, que ele ajudou a eleger. Agora, os dois estão em campos opostos.

Agripino quer evitar que Rosalba tente a reeleição.

Na próxima reunião do DEM, dirá que a popularidade de Rosalba está no subsolo e que ela corre o risco de se tornar inelegível em razão de processos na Justiça Eleitoral.

Rosalba acusará Agripino de afundar o DEM, já que é ela a única governadora do partido.

Rosalba dirá que Agripino quer ajudar o candidato do PMDB, Henrique Alves, a derrotá-la nas urnas.

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 31/05/2014 - 08:26h
Carlos Augusto x José Agripino

DEM está “escalado” para decidir o seu destino em eleições

Do Blog do BG

O Democratas do Rio Grande do Norte reúne na próxima segunda-feira (2) seu diretório para decidir se aceita a proposta do senador José Agripino (DEM) de coligação proporcional com o PMDB ou se encampa o projeto de candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Na lista dos votantes, tem pessoas bastante ligadas ao senador e outras diretamente à governadora. Saiba quem são os votantes dessa eleição interna que poderá definir os destinos do DEM nesta e nas próximas eleições:

Composição do Diretório Estadual do DEM-RN:

Senador José Agripino
Governadora Rosalba Ciarlini
Deputado federal Felipe Maia
Deputado estaduais José Adécio, Getulio Rego e Leonardo Nogueira
Ney Lopes de Souza
Augusto Carlos Viveiros
Carlos Augusto Rosado
Ruth Ciarlini
Verônica dos Santos
Anita Maia
José Bezerra Junior (Ximbica)
Leonardo Rego
Alberone Neri de Lima – prefeito de Encanto
Raimundo Marcelino Borges (Novinho, prefeito de Cerro Corá)
Concessa Araujo (ex-prefeita de Ipueira)
Claudia Regina
Auri Simplicio
Dinarte Diniz
Sonali Rosado,
Américo Godeiro
Fátima Lapenda
Gustavo Costa
Ney Lopes Junior
Neide Sueli Costa
Geraldo Gomes
Marcelo Cunha Lima
Ariosvaldo Targino (Vavá de João Câmara)
Odileia Costa
Maria José Gurgel da Costa
Jorge Alberto Madruga
Cassiano Arruda Câmara
Manoel Pereira dos Santos
Abelírio Rocha
Luiz Arnaud Flor
Carlos de Menezes Lira
Manoel de Medeiros Brito
João Batista Machado
Lúcio Teixeira dos Santos
João Batista de Paiva
Fátima Moreira, secretária da governadora
Genibaldo Barros
Demétrio Torres
Marcílio Carrilho
João Augusto da Cunha Melo
Eduardo Melo
Francisco Rodrigues de Araújo, ex-prefeito de Galinhos
Manoel Mário de Oliveira
Ione Salem
Hugo Freire Pinto
Isabela Barbalho Veloso Freire
Antônio José Meira e Sá Bezerra
Moacir Potiguar Júnior

Quatro integrantes do diretório estadual terão de ser substituídos por diferentes motivos. O deputado federal Betinho Rosado e a ex-prefeita Fafá Rosado deixaram o partido. O ex-prefeito Janilson Ferreira, de São José de Mipibu, já é falecido. Esdras Alves, secretário da governadora e ex-assessor do senador José Agripino, tem dupla filiação partidária.

Deverão ser convocados os seguintes suplentes: Mário Barreto, Valdenor Araujo, ex-prefeito de Carnaúba dos Dantas, Célio Dias Leão, e Evana Pereira Mariz Maia, mulher de Tarcísio Maia Sobrinho.

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sexta-feira - 30/05/2014 - 07:12h
Partido dividido

DEM deve arrastar decisão de candidatura para final de junho

Ninguém espere uma definição quanto à candidatura própria ou não, do DEM, ao Governo do Estado, na reunião do seu Diretório Estadual. Está marcada para a próxima segunda-feira (2), às 9h, em sua sede em Natal.

Provavelmente, o impasse a ser discutido será arrastado para mais adiante, em convenção estadual no final de junho.

Existem duas alas se digladiando, por adoção de posições distintas, portanto num antagonismo interno que nunca tinha ocorrido no partido em sua história, no Rio Grande do Norte.

Desdobramentos

O presidente nacional e estadual da sigla, senador José Agripino, aponta o DEM para aliança e apoio à pré-candidatura ao Governo do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB).

O secretário-chefe do Gabinete Civil e marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, topou a queda de braço com o primo Agripino. Desencadeou uma agressiva operação para cooptar a maioria dos votos  para garantia de legenda à Rosalba.

São 59 votos em jogo e muito mais do que isso. Os desdobramentos da decisão são imprevisíveis, seja ela lá qual for.

 

 

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terça-feira - 27/05/2014 - 08:57h
Crise

DEM se divide em luta que é prévia de eleições estaduais

José Agripino enfrenta Carlos e Rosalba em partido para fazer aliança com PMDB de Henrique Alves

O senador José Agripino (DEM) empreende cruzada para assegurar aliança do seu partido com o PMDB, na campanha eleitoral deste ano. Mas enfrenta contraposição de outra corrente, que defende candidatura própria, a princípio, da própria governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Henrique (centro), divide Carlos (à esquerda) e Agripino (à direita) em momento delicado (Foto: divulgação)

Agripino tem conversado pessoalmente e por telefone com integrantes-votantes do partido. No próximo dia 2, os convencionais vão decidir se o DEM formaliza composição com o PMDB e candidatura a governo do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), ou segue em faixa própria.

Apesar da lealdade e afinidade de décadas com Agripino, o líder governista na Assembleia Legislativa, Getúlio Rêgo (DEM), tem sido o principal nome da infantaria em defesa da candidatura à reeleição. Cumpre missão confiada pelo secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado e marido da governadora Rosalba, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM).

Em contrapartida, a Governadoria tem-lhe sido generosa no atendimento a pleitos diferenciados.

Getúlio: trabalho para Carlos/Rosalba (Foto: AL)

À semana passada, o próprio Getúlio acompanhou o casal Carlos-Rosalba em reunião no apartamento de Agripino em Natal, quando se reforçou argumento em defesa do projeto de reeleição de Rosalba. O senador manteve–se recalcitrante.

Para José Agripino, Rosalba está inviabilizada eleitoralmente, com maciça rejeição em todo o estado, além de impedida legalmente, haja vista que continua inelegível. Mesmo com decisão favorável de um processo, recentemente, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), segue com esse impedimento em instância judicial maior – o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na visão de Agripino, manter uma postulação dessa natureza é repetir o erro cometido em recente eleição suplementar de Mossoró.

No pleito de Mossoró, a prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM) não abriu mão de ser outra vez concorrente, mesmo Agripino ponderando que seria uma insanidade. “É uma loucura”, exclamou.

Cláudia sequer teve o nome e chapa registrados pela Justiça Eleitoral. Pela primeira vez em 26 anos, o grupo de Agripino, Carlos e Rosalba não teve um candidato em chapa à Prefeitura mossoroense.

Agripino estava certo e, como adiantara para ela, sequer apareceu em Mossoró para as primeiras escaramuças da candidatura natimorta da aliada e amiga.

Resistência

Em relação à Rosalba, nitidamente existe um partido dividido: a bifurcação aponta para uma decisão já costurada pelo próprio Agripino, de aliança com o PMDB. A outra, é de pura resistência do casal Carlos-Rosalba, que mesmo diante de tantas adversidades, quer ir para nova campanha.

Na campanha municipal de 2012, governadora do estado, Rosalba só esteve em cerca de quatro municípios como força de apoio. Dos 167 municípios potiguares, na enorme maioria a sua presença foi considerada inapropriada por candidatos ligados à base governista.

Para uma nova campanha, hoje a governadora teria um DEM dividido, o apoio do PP, controlado por seu cunhado e deputado federal Betinho Rosado, além de alguma legenda de pouca expressão.

Sua chegada ao poder em janeiro de 2011 foi endossada por forte apoio interpartidário e cresceu nos primeiros meses de gestão. Mas em momento algum deu sinal de vitalidade. Acumulou desgaste com os mais diversos setores da atividade pública e da sociedade, alcançado níveis superlativos de reprovação.

Desdobramentos

O agravante, é que gradualmente foi perdendo apoios e ganhou a antipatia da opinião pública. Centralizador e com dificuldade de dialogar com a sociedade civil organizada, outros poderes e dar resposta às demandas sociais, acabou ensimesmado.

Rosalba e Cláudia: semelhanças (Foto: Arquivo da PMM)

A aposta de Carlos e Rosalba, é que com a “máquina” do Estado possa reverter tudo, transformando água em vinho, multiplicando os pães e obtendo a ressurreição de imagem. Enfim, uma sequência de milagres políticos.

No encontro do DEM, no próximo dia 2, valerá a força de liderança e de catequese dos convencionais, independentemente de aspectos eleitorais e legais. Agripino com seus argumentos; Carlos e Rosalba com o “convencimento” da caneta.

O resultado do que será decidido não encerrará esse litígio entre as lideranças. A parte vencida, dificilmente sairá dócil e conformada. A vencedora, também engolirá algum ônus.

Os desdobramentos devem produzir novos efeitos políticos na campanha deste ano e adiante. O DEM não será o mesmo.

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segunda-feira - 26/05/2014 - 09:00h
Eleições

Campanha em Ipanguaçu mostra palanque para estadual

O município de Ipanguaçu, no Vale do Açu, terá eleição suplementar no próximo domingo, 1º de junho. A campanha municipal extraordinária, no município, serve como prévia para se enxergar base de um dos palanques do pleito estadual deste ano.

Agripino, Henrique e Wilma: mesmo palanque (Foto: divulgação)

No sábado (24), a chapa formada pelos ex-prefeitos José de Deus (PP) e Hélio Santiago (DEM), candidatos a prefeito e vice, fez comício com presença de lideranças como a pré-candidata ao Senado, Wilma de Faria (PSB).

Além dela, o pré-candidato ao Governo do Estado e presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), além do senador José Agripino (DEM) e seu filho Felipe Maia (DEM), deputado federal.

Estavam presentes ainda os deputados estaduais Walter Alves (PMDB) e George Soares (PR).

Mossoró

Em recentes pleitos suplementares em Francisco Dantas e Mossoró, Wilma,  Henrique e Agripino não estiveram juntos. Caso de Mossoró, por exemplo.

Wilma e Henrique deram apoio à candidatura da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), derrotada pelo prefeito provisório Francisco José Júnior (PSD).

Já o senador José Agripino ficou equidistante, já que sua candidata Cláudia Regina (DEM), prefeita cassada e afastada, sequer teve aceito registro de candidatura.

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Categoria(s): Política
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