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domingo - 26/11/2017 - 13:24h

Vencidos e vencedores na “Batalha da Seplan”

Por Carlos Santos

O incidente de desocupação do prédio-sede da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Finanças (SEPLAN), em Natal, à semana passada (sexta-feira, 22), suscita diversas abordagens.

A “Batalha da Seplan” é mais um ato de enredo em andamento.

Trazemos três ângulos de observações (dos grevistas, da Justiça e do Governo do Estado) que se encadeiam, ao mesmo tempo em que são excludentes pelo episódio em si.

Até então, o movimento grevista do pessoal da Saúde e do professorado da Universidade do Estado do RN (UERN) passava quase despercebido de boa parte da opinião pública.

Do ponto de vista legal, os líderes do movimento erraram na decisão e colocaram em risco a integridade de seus participantes. Sabiam disso; arriscaram.

A Justiça, através do magistrado Bruno Lacerda, assinou o despacho que cabia ao caso. Provavelmente, nenhum outro agiria de forma diferente.

Sob a ótica política, a estratégia foi um sucesso. Os manifestantes ganharam notoriedade como “vítimas’.

Quanto ao Governo Robinson Faria (PSD), mais uma vez errou feio.

Precipitou-se no uso desproporcional da força contra um “Exército de Brancaleone”. Poderia ter produzido uma tragédia.

Assim, deu musculatura e visibilidade aos protestos, até fora do estado. Paralelamente, instigou que outras categorias o façam também, encorpando aquilo que nunca foi – como anunciado – uma “greve geral”.

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Para parecer forte, Robinson Faria de novo deu demonstração de fraqueza. “A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”, aconselhou o general chinês Sun Tzu no clássico “A Arte da Guerra”, que o governador preferiu só folhear.

É um moribundo homiziado na Governadoria.

O movimento grevista ganha sobrevida, na justificativa abstrata de “luta pela dignidade”, mas ainda de bolsos vazios – o que deverá continuar.

Aguardemos os próximos movimentos das peças desse tabuleiro.

Leia também: Grevistas são retirados da Seplan com uso de força policial AQUI.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog

Comentários

  1. Rui Nascimento diz:

    O RN teve nos dois últimos mandatos, os piores governos de sua história, isso visto de minha humilde ótica de meio século de vida, pois até então, dos que acompanhei, Geraldo Melo (1987/90), tinha sido o pior, só tendo sido superado por Rosalba (2011/14), duas décadas depois!
    Eis que surge Robinson Faria e consegue algo que considerava improvável ou inimaginável, ou seja, ser muito pior que sua antecessora Rosalba e com um agravante, com arrogância, prepotência e, nesse episódio, com “modus-operandi” de ditador!
    Oh RN velho sofrido e sem sorte!!!

  2. Flaubert Torquato diz:

    Diga-se que o governador que pediu, o juiz que ordenou e a PM que executou a ordem de desocupação, todos estão com salários em dia. Já, para os servidores sem salários e sem esperança, restou bomba de gás e spray de pimenta!

    • Rui Nascimento diz:

      Pois é Flaubert, já em janeiro, quando explodiu o massacre em Alcaçuz, o (des)governo negociou durante duas semanas com os bandidos e em nenhum momento cogitou utilizar força policial. Já com funcionários da saúde e professores, em três dias decidiu usar o batalhão de choque com bombas de gás, balas de borracha e gás de pimenta!

  3. François Silvestre diz:

    Esse governo não só não morreu como ainda não nasceu. É a maior fraude política da nossa história. Só encontra defensores nos venais. E quem se vende não é aliado, é servo. Propriedade do comprador.

  4. Raniele Costa diz:

    Vocês todos aí em cima falando da ruindade de Robson e ele ainda pode se reeleger, vocês esqueceram do povinho que habitam este pequeno estado ? Não esqueça que ele pode voltar para o comando do estado, não subestime esse povo que pode trazer no pacote Zé Agripino e o retardado do Garibaldi.

  5. João Claudio diz:

    Um ‘like’ para todos os comentários, e dois para o de Raniele.

    Eu acredito no povinho.

    Quando o povinho quer, ninguém segura o povinho. É coração, paixão, loucura e CONFIRME, exceto cérebro.

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