segunda-feira - 19/09/2022 - 07:22h
Pesquisas apontam

14 estados podem decidir eleições ao governo ainda no primeiro turno

Do Poder 360

Nas disputas pelos governos em 14 unidades da Federação, há candidatos que hoje têm mais de 50% dos votos válidos e estão isolados além da margem de erro em relação aos adversários nas pesquisas de intenção de voto. Se confirmarem essa tendência em 2 de outubro, podem liquidar a fatura no 1º turno.

Os dados são de levantamento do Poder360 (veja AQUI) com base nos últimos estudos eleitorais registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cujos dados puderam ser verificados. Em alguns casos, foram priorizadas pesquisas de empresas já consolidadas no mercado, desde que tenham sido realizadas recentemente.candidatos-competitivos-estado-drive-16-set-2022_1-2-768x2503- Eleições 2022 - Disputa ao Governo nos estados brasileiros - 19-09-2022

Os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do Pará, Helder Barbalho (MDB), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), têm 30 pontos percentuais ou mais de vantagem sobre os adversários. Os 4 são os que têm mais chance de vencer sem a necessidade de uma nova rodada, de acordo com as pesquisas.

Nas corridas eleitorais dos Estados e do Distrito Federal, 18 governadores aparecem na liderança das pesquisas e são favoritos à reeleição. Desses, ao menos 9 têm chances reais de vencerem as disputas já no 1º turno.

Fátima Bezerra (PT), no Rio Grande do Norte, Ronaldo Caiado (União Brasil), no Goiás, Ratinho Jr. (PSD), no Paraná, Wanderlei Barbosa (Republicanos), no Tocantins, e Gladson Cameli (PP), no Acre, estão a mais de 20 pontos de distância dos concorrentes mais próximos e também podem ser reeleitos em 1º turno.

O único a não liderar a corrida pela reeleição é o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Ele está empatado tecnicamente em 2º lugar com o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Quem lidera no Estado é o ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

Histórico

Para ser eleito no 1º turno no Brasil, o candidato ou candidata precisa receber pelo menos 50% mais 1 dos votos válidos. Ou seja, ter mais votos do que todos os adversários somados. Nesse cálculo, não são considerados os votos em branco ou nulos.

O histórico das eleições para os governos estaduais mostra que, se o cenário atual se concretizar, 2022 vai igualar o ano com mais governadores eleitos em 1º turno –2010, quando 18 nomes foram reconduzidos ao cargo, recorde desde 1990.  Quantas vezes eleições a governador no Brasil terminaram no primeiro turno - 1990 a 2018 - 19-09-2022- Poder 360

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Categoria(s): Eleições 2022 / Política
segunda-feira - 19/09/2022 - 05:50h

Pensando bem…

“Todos nós temos o extraordinário codificado dentro de nós, esperando para ser liberado.”

Jean Houston

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domingo - 18/09/2022 - 19:50h
Arena das Dunas

América vence e decidirá título da Série D com boa vantagem em MG

O América-RN saiu na frente e bem, na disputa do título da Série D 2022. Em jogo neste domingo (18) no Arena das Dunas, com público de mais de 30.261 pagantes, venceu o Pouso Alegre (MG) por 2 a 0.

Os gols foram de Téssio e Wallace Pernambucano, um em cada tempo.

Agora, na partida de volta no próximo domingo no Estádio Manduzão, casa do Pouco Alegre, poderá perder por até um gol de diferença que será campeão.

Se perder por dois dois, haverá disputa de pênaltis.

Independentemente do ser ou não campeão, o alvirrubro potiguar já está classificado para a Série C 2023, ao lado do próprio Pouso Alegre, além do Manaus (AM) e o São Bernardo (SP).

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Categoria(s): Esporte
domingo - 18/09/2022 - 13:38h

Maranhão – Capítulo VI

Por Inácio Augusto de Almeida

As largas avenidas bem iluminadas, o passar-passar de carros, o som do reggae, as motos envenenadas dos jovens que, apesar do calor, teimam em usar blusões de couro…

Avenida Beira-Mar em São Luís (Foto ilustrativa)

Avenida Beira-Mar em São Luís (Foto ilustrativa)

Na Avenida Litorânea, a brisa do começo de noite tornava menos quente, para os coopistas, a caminhada do fim de tarde.

Entre os muitos carros que iam e vinham, deu para o menino de cabelos cortados à escovinha ver o grande carro que levava a Viúva Louca para a pizza com guaraná champanhe. Não havia necessidade de olhar a folhinha. Com certeza, o dia era sábado.

Sentiu que aquela Avenida ainda não ganhara um nome definitivo porque esperava que um político de renome nacional se fosse desta para melhor. Tem coisas que só acontecem no Maranhão. Reserva de mercado de nome de Avenidas, Ruas, Cidades. Ou será que ruas vão ser chamadas infinitamente de rua 42, Avenida N etc.? E será que cidades vão manter nomes como São João dos Poleiros, Muriçoca, Curva Grande e Olho d’ Água das Cunhãs?

Cidades que estão cercadas por outras de nomes como: Vitorino Freire, Pio XII, Governador Archer, Gonçalves Dias, Presidente Dutra, etc. E olhe que Eurico Gaspar Dutra não era maranhense. Será que o Presidente José Sarney, maranhense de Pinheiro, maior expressão política do Maranhão em todos os tempos, vai ficar sem ter uma cidade com o seu nome?

O calçadão começava a ficar congestionado. Já não eram apenas os que iam fazer a caminhada diária. Chegavam com a noite os apreciadores de caranguejo, os degustadores de camarão. Os que tinham a felicidade de poder desfrutar daquela brisa, da noite mais que estrelada que só São Luís oferece.

Começou a limpar os vidros. Junto com a brisa vinha uma camada de areia gina que embaçava quase que por completo os para-brisas dos carros que ficava a vigiar. Tinha que fazer isto a cada meia hora. Embaixo do braço o livro. Era nos intervalos que tinha algum tempo para estudar.

Olhou para as luzes de São Luís e lembrou-se de Manuel Beckman, o Bequimão, o maior herói maranhense. Um português nascido em Lisboa, mas que tinha abraçado a causa dos maranhenses mais do que qualquer um outro da terra.

Coisas do Maranhão.

ACOMPANHE

Leia tambémMaranhão – Capítulo I;

Leia tambémMaranhão – Capítulo II;

Leia tambémMaranhão – Capítulo III;

Leia tambémMaranhão – Capítulo IV;

Leia também: Maranhão – Capítulo V.

Inácio Augusto de Almeida – Boêmio/Sonhador

Este capítulo é dedicado ao Marcos Ferreira, maior escritor mossoroense em atividade.

(Continua no próximo domingo)

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 18/09/2022 - 12:32h

Valorização do Dólar frente ao Euro compromete fruticultura

Por Josivan Barbosa

O produtor de frutos tropicais está vivenciando um problema decorrente da valorização do dólar frente ao Euro. Como a Europa é o principal mercado de exportação de frutos tropicais produzidos no Semiárido, a desvalorização do Euro frente ao dólar provoca problemas de redução nos volumes de frutos que os importadores fariam com os contratos fechados em euro.

Euro e Dólar tem relação direta com fruticultura do semiárido (Foto ilustrativa)

Euro e Dólar tem relação direta com fruticultura do semiárido (Foto ilustrativa)

A situação representa mais uma dificuldade para o produtor de frutos tropicais na nossa região, uma vez que já está tentando administrar uma elevação de cerca de 30% nos custos do produto devido os preços de combustível e insumos (sementes, fertilizantes e agroquímicos, embalagem e frete marítimo).

Os contratos são estipulados em euro ou em dólar. No caso do cliente externo que paga em euro, ele tem que desembolsar um incremento de 30% decorrente dos insumos e mais o valor em razão da desvalorização do euro. Isso implica em menor volume de fruta a ser importada.

Outro grande problema enfrentado pelo produtor de frutos tropicais é decorrente da instabilidade do transporte marítimo, como falta de navios e a logística de alguns portos, como por exemplo o Porto de Natal.

Novas Estradas

O Governo do Rio Grande do Norte precisa a partir de janeiro incrementar um programa de construção de estradas que são prioritárias para o desenvolvimento do negócio rural na região. As principais estradas são: Estrada do Cajueiro (BR 437), Estrada do Caju (ligando a sede do município de Severiano Melo com a divisa com Tabuleiro do Norte), Requalificação da Estrada do Camarão e a Transchapadão (ligando o distrito de Soledade em Apodi à divisa com Tabuleiro do Norte via Chapada do Apodi). Além disso, não podemos mais esperar que a nossa Costa Branca continue isolada do resto do Estado pela falta de duas pontes (Grossos Areia Branca e uma ligando a Costa Branca com a BR 437 (Porto do Mangue – Macau).

Estrada do Caju

A Estrada do Caju é fundamental para o escoamento da produção de caju a partir de Severiano Melo, Itaú, Rodolfo Fernandes, Apodi e Alto Santo (CE) para o grande mercado da região de Fortaleza. A Estrada do Caju representa a menor distância para a ligação do município de Severiano Melo com a BR 116 via Tabuleiro do Norte. Claro que haveria a necessidade de uma parceria com o Governo do Ceará para a construção do trecho que vai da divisa até o distrito de Olho D´água da Bica, onde inicia-se a pavimentação. A região de Severiano Melo detém o melhor nível tecnológico para a produção de caju do Semiárido.

Trecho da Estrada do Caju no último período chuvoso. (Fonte: CTARN – UFERSA)

Trecho da Estrada do Caju no último período chuvoso. (Fonte: CTARN – UFERSA)

Uma forma do produtor agregar valor ao produto é a venda do caju de mesa (pseudo fruto do ponto de vista botânico). Mas, como o produto é altamente sensível a danos mecânicos, não pode ser transportado em estradas de péssima qualidade. O mercado da grande Fortaleza representa uma grande oportunidade para o caju in natura (fruto fresco).

Atualmente o produtor de Severiano Melo que trabalha com o caju de mesa prefere enviar para a região de Campina Grande cujo mercado representa apenas 10% do volume da grande Fortaleza.

Severiano Melo e região circunvizinha já possui mais de 10 mil hectares de caju para a produção de castanha e caju de mesa.

A partir da castanha do caju e do fruto in natura ocorrem os movimentos econômicos, desencadeando o comércio com outras cidades, fortalecendo sua base econômica, o que implica na geração de  empregos locais com valores de remuneração bem acima do valor do salário mínimo.

O município de Severiano Melo dispõe de apenas uma agroindústria, o que força a necessidade de escoamento da produção para outras regiões com a região de Aracati onde tem grandes empresas processadoras de caju para fabricação de polpa e suco.

Estrada do Camarão

A carcinicultura é um dos setores que conseguiu projetar-se como uma grande fonte econômica para o Estado do Rio Grande do Norte. É importante ressaltar que, no Brasil, esse nicho de mercado deu seus primeiros passos na década de 1970, quando o Governo do Rio Grande dom Norte, por meio do seu então governador Cortez Pereira, criou o “Projeto camarão” para estudar a viabilidade do cultivo desse crustáceo em substituição à extração do sal, que havia sido até então uma forte atividade econômica na região.

Fazenda de engorda

Fazenda de engorda em Pendências (Fonte: CTARN – UFERSA)

A estrada do camarão liga o município de Pendências a Porto do Mangue. A estrada começa na RN-118 e se liga a RN-404 e foi feito em 2005 pelo governo federal com o intuito de melhorar o transporte do camarão.

Atualmente a estrada encontra-se praticamente toda destruída, havendo necessidade de uma requalificação geral.

A importância da requalificação da Estrada do Camarão pode ser exemplificada pela empresa Potiporã.

A 195 km de Natal, no município de Pendências, encontramos a maior fazenda de engorda de camarão do Brasil, a fazenda Potiporã. São 1,2 mil hectares com 86 viveiros para os crustáceos, 60 berçários e 35 quilômetros de canais produzindo em média 800 toneladas de camarão por mês. Levando o título também de maior indústria de processamento e beneficiamento da carcinicultura, a empresa distribui seus produtos para todos os estados brasileiros, de Manaus a Porto Alegre.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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domingo - 18/09/2022 - 11:34h

Paz para as urnas eletrônicas

Por Ney Lopes

Não pode passar despercebido neste momento de tanta intolerância política, o gesto democrático do TSE, aprovando nessa última semana (veja AQUI), à unanimidade, a proposta de projeto-piloto de fiscalização das urnas eletrônicas apresentado pelas Forças Armadas, na Comissão de Transparência das Eleições.

Projeto piloto vai ocorrer com participação de voluntários (Foto: TSE)

Projeto piloto vai ocorrer com participação de voluntários (Foto: TSE)

O projeto-piloto será executado com eleitores voluntários.

Após votar, eleitores e eleitoras serão convidados a participar em um lugar à parte, a fim de testar o sistema.

O Teste de Integridade é uma votação pública, aberta e auditada, realizada em urna já pronta para a eleição.

Em processo filmado, votos em papel são digitados na urna, contados e o resultado comparado à totalização da urna.

O projeto é flexível, adequando-se às possibilidades dos Tribunais Regionais Eleitorais.

Envolverá entre 5% e 10% do total de urnas eletrônicas destinadas ao Teste de Integridade, o que significa que o piloto envolverá de 32 a 64 urnas em pelo menos cinco capitais estaduais e o Distrito Federal.

O Teste de Integridade já ocorre há 20 anos nas eleições.

É um dos eventos mais relevantes para atestar o grau de confiança nas urnas eletrônicas, que ocorre nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) no mesmo dia do pleito, e é acompanhado por empresa de auditoria externa.

Em 2022 serão incorporadas sugestões de segurança, sobretudo de parte das Forças Armadas.

Durante a fiscalização, ainda é verificado se há coincidência entre as cédulas; os boletins de urna; os relatórios emitidos pelo sistema de apoio à auditoria e o Registro Digital do Voto (RDV), a tabela digital em que são assinalados os votos eletrônicos.

Até hoje, não foi constatada nenhuma divergência.

Todo o processo é filmado, conta com a participação de entidades fiscalizadoras e pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no local de realização do teste.

Muitos regionais, inclusive, transmitem os Testes de Integridades ao vivo pela plataforma YouTube.

A testagem, com a presença das Forças Armadas, articulado com o ministro da Defesa, amplia a lisura do processo eleitoral, que jamais foi contestado e é tido como exemplo para o mundo.

Do ponto de vista político garante a antecipação de paz política no Brasil após as eleições. São públicas e notórias as ameaças de medidas excepcionais de parte dos seguidores do presidente Bolsonaro, no sentido de impugnar a urnas eletrônicas, somente se ele perder a eleição.

Significa verdadeira espada de Dâmocles sob a cabeça da democracia brasileira.

Agora, espera-se que este assunto esteja superado e o país caminhe para o 2 de outubro, com a certeza de paz sobre a credibilidade das urnas eletrônicas e que a vontade da maioria seja colhida, respeitada e os eleitos tomem posse, na forma da Constituição.

Isto é o que a maioria esmagadora do povo brasileiro quer e deseja.

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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domingo - 18/09/2022 - 10:44h

Álbuns de fotografia

Foto ilustrativa (Reprodução da Web: ateliejackiemonteiro)

Foto ilustrativa (Reprodução da Web: ateliejackiemonteiro)

Por Odemirton Filho 

Um dia desses um jovem senhor reviu alguns álbuns de fotografia que estavam guardados no guarda-roupa do seu quarto. Em cada foto, uma lembrança, uma fase da vida.

Os pais ainda jovens, carregando-o nos braços. Viu-se criança, sem as marcas da vida estampadas no rosto. Fotos no colégio, participando de uma festa junina com um bigode pintado a lápis preto.

Fotos de alguns aniversários, um bolo com poucas velas; fotos de suas irmãs no junho da vida.

Reviu, também, fotos da festa de Bodas de Ouro dos seus avós. Fotos de primos e amigos de infância. Depois, as fotos da sua lua de mel, marcando o começo de uma vida repleta de sonhos. Esqueceu, por instantes, as dificuldades que juntos enfrentaram. Uma luta medonha.

Estavam ali fotos dos seus filhos, num andador, num cercadinho; o inocente e lindo sorriso nas festas de aniversário, regadas a cachorro-quente, brigadeiro e refrigerante. Hoje se tornaram adultos e seguem o próprio caminho, como deve ser.

Há alguns anos não tínhamos a tecnologia dos aparelhos de telefone celular. Era preciso agendar com um fotógrafo para “bater a chapa”, e pedir a Deus para o filme não queimar.

As fotos retratam um momento de nossas vidas, é certo. Ao vê-las, relembramos fatos e, principalmente, pessoas. Algumas já partiram para o plano espiritual, outras, seguiram o seu rumo. A vida, infelizmente, cuida de nos afastar das pessoas queridas.

O jovem senhor fechou os velhos álbuns de fotografia. Estava com os olhos marejados. Foi cuidar da vida, com o coração inundado de lembranças. Abriu um largo sorriso, pois aquelas fotos traziam saudades; inesquecíveis recordações.

Vieram à mente as palavras de Clarice Lispector:

“Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades; sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei; sinto saudades dos que foram e de quem não me despedi direito. Daqueles que não tiveram como me dizer adeus”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 18/09/2022 - 09:50h

O jurista interdisciplinar

Por Marcelo Alves

Max Weber (1864-1920) é um dos maiores teóricos sociais de todos os tempos, sabemos. Ele é considerado, ao lado do precursor Auguste Comte (1798-1957), de Karl Marx (1818-1883) e Émile Durkheim (1858-1917), como um dos “pais fundadores” da moderna sociologia. A sua obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo” (1904) é deveras badalada. O que muitos não sabem, entretanto, é que Weber, para além de sociólogo – e até antes disso –, foi um jurista de formação e mesmo um advogado praticante.

Max Weber é uma referência até nosso tempo (Foto: Reprodução)

Max Weber é uma referência até nosso tempo (Foto: Reprodução)

Weber nasceu em Erfurt, na então Prússia, em 1864, em uma família muito bem conectada cultural e politicamente. Figuras proeminentes frequentavam sua casa. A criança/jovem já dali aprendeu muito. Em 1882, foi fazer direito na Universidade de Heidelberg. Ali estudou também teologia, filosofia, economia, história e por aí vai. Em 1884, foi para a Universidade de Berlim. Mesmo formado, advogando, continuou seus estudos.

O doutorado em direito é de 1889. A habilitação para o professorado, com a tese de pós-doutorado, é de 1891. Casou-se com Marianne Schnitger (1870-1954, célebre feminista e escritora) em 1893. Foi ser professor de economia na Universidade de Freiburg e, em seguida, na Heidelberg de seus primeiros estudos universitários.

De Weber, são famosos os títulos “A ciência como vocação” (1917) e “A política como vocação” (1919) e o livro póstumo “Economia e Sociedade” (1920). E, claro, a sua magnum opus “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, que seminalmente analisa o papel da religião (no caso, em especial, o calvinismo e as suas derivações) e de outros fatores culturais na construção dos chamados sistemas econômicos e jurídicos.

Quanto ao direito especificamente, como anota Robert Hockett (em “Little Book of Big Ideas – Law”, A & C Black Publishers Ltd., 2009), nos anos imediatamente posteriores à 1ª Guerra Mundial, “Weber esteve envolvido, pelo lado alemão, tanto nas negociações que levaram ao Tratado de Versalhes como na formatação da Constituição de Weimar do pós-guerra alemão”.

Aliás, falecido já em 1920, “muitos dos mais influentes trabalhos de Weber foram publicados postumamente. Entre as muitas teorias que ele desenvolveu está aquela do estado moderno como um passo em direção ao que ele chamou de ‘realização burocrática’, segundo a qual a característica marcante do governo moderno é o fato de agir cada vez mais por meio de agências administrativas e executivas tomadas por experts e ‘tecnocratas’. Isso acabou se mostrando fundacional para todas as modernas concepções de direito e processo administrativo”.

É verdade que, como teórico da ciência jurídica, contraditoriamente ao que se poderia imaginar de um sociólogo, Weber foi defensor de um direito formal e racional, obediente a critérios certos de ordem interna, o que faz dele, sob o prisma histórico, um dos precursores do positivismo jurídico como jusfilosofia em busca de um método articulado e lógico para o direito.

Todavia, a grande contribuição de Max Weber para a ciência jurídica está na ideia da mistura, em si, que ele empreendeu do direito com as outras ciências – e, aqui, por óbvio, o direito está longe de ser “puro”, num sentido exageradamente (e distorcido, confesso) kelseniano.

Levando em consideração o direito e a sociologia, Weber, Durkheim e Eugen Ehrlich (1862-1922), pensadores com formação em ambas as ciências, em fins do século XIX e no começo do XX, construíram as pontes para a interação desses dois saberes. E Weber foi mais longe: direito, sociologia, economia, política, filosofia, religião e outros componentes culturais, tudo “junto e misturado”, a fim de se compreender a sociedade em seu sentido mais amplo.

O método dos estudos interdisciplinares é uma tendência que ganhou corpo, mundo afora, em meados do século XX. Na academia de hoje, uma das “coqueluches” (leia-se “moda”) é a tal interdisciplinaridade, aqui entendida como a interação, nos mais diversos níveis de complexidade, das áreas do saber, visando à compreensão da realidade que nos cerca. E o estudo interdisciplinar do direito, misturado com outras ciências sociais, tanto na academia como na literatura jurídica em geral, explodiu, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos da América. Movimentos como “law and society”, “law and economics”, “critical legal studies”, “law and literature”, “law and cinema”, “critical race theory”, “feminism jurisprudence”, dentre outros, são os exemplos mais conhecidos dessa interdisciplinaridade jurídica. Isso chegou ao Brasil.

E se temos um precursor para essa mistura, se podemos apontar alguém como o responsável por assentar as bases para essa interdisciplinaridade no direito, ele é Max Weber.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 18/09/2022 - 09:00h

O “Terceiro Maia” e a queda de um mito político

Por Jessé Rebouças

A década de 80 dos anos 1900 representa, sem dúvida, uma “virada de chave” na história econômica e política brasileira. Em matéria de economia, de 1930 a 1980, o Brasil cresceu uma média de 6% ao ano, ou seja, foram cinquenta anos de crescimento exuberante, a partir do qual o Brasil deixou de ser um País rural – 70% da população morava no campo em 1940 – e se tornou uma das quinze maiores potenciais industriais do mundo – o PIB brasileiro expandiu em participação da indústria de 20% em 1947 para 36% nos anos 90 de 1900[1]. Porém, 80 representara o fim desse ciclo de crescimento iniciado na década de 30, período que ficou (acertadamente) conhecido como a “década perdida”.

Agripino com o filho Felipe nos braços em 1982 (Foto: autoria não identificada)

Lavoisier Maia, Tarcísio Maia e José Agripino Maia (com o filho Felipe), a tríade Maia em 1982 (Foto: autoria não identificada)

No que tange à política, é de mister contextualizar.

O golpe militar de 1964, que ocorrera no final de março/início de abril, manteve na legalidade os partidos registrados. Porém, nas eleições diretas de 1965, o governo perdeu em cinco Estados, dentre os quais estavam a Guanabara[2] e Minas Gerais, dois importantes colégios eleitorais.

A retaliação da ditadura militar se deu através da edição do Ato Institucional n° 2 no dia 27 de outubro de 1965, que, dentre outras medidas, extinguiu todos os partidos políticos e proibiu a eleição direta para presidente, senador, governador e prefeito.

Com efeito, no final da década de 70 dos anos 1900, Geisel e Golbery forjaram a fórmula “abertura lenta, gradual e segura”, de modo que, no período logo subsequente, sob o tacão de João Figueiredo, o Brasil experimentaria a primeira eleição majoritária – a bem da verdade, existiu um arremedo de sufrágio a partir de 1972, porém, as manipulações no processo eleitoral tornariam a caracterização das eleições como abertas num equívoco conceitual elementar.

Propaganda da campanha de Aluízio em 1982 (Reprodução/Arquivo do Canal BCS)

Propaganda da campanha de Aluízio em 1982 (Reprodução/Arquivo do Canal BCS)

Sob muitos aspectos, as eleições gerais de 1982 representaram uma quebra de paradigma. No plano nacional, o direito ao sufrágio retomara fôlego e, pela primeira vez em quase duas décadas, os cidadãos(ãs) poderiam escolher os governantes do seu Estado de forma livre e direta, ademais da nova sistemática pluripartidária, encerrando o ciclo bipartidário que caracterizou a ditadura militar; no plano estadual, os sintomas dessa nova conjuntura estavam evidentes.

No Rio Grande do Norte, por duas décadas, Dinarte Mariz e Aluízio Alves, aliás dois dos maiores líderes populares da história do Estado, protagonizaram a cena política potiguar. Com a abertura, iniciam-se as movimentações das peças no tabuleiro estadual. Aluízio Alves logo se estabeleceu como candidato natural pelo PMDB; o PT lançou Rubens Lemos; o PTB Vicente Cabral de Brito e o PDS o mossoroense José Agripino Maia.

A candidatura de José Agripino Maia ao governo do estado em 1982 não se deu de modo natural, como a Aluízio Alves. O jovem engenheiro vinha da experiência política de ser prefeito de Natal nomeado pelo seu primo e então governador, o almino-afonsense Lavoisier Maia Sobrinho – à época, os governadores, que eram nomeados pela ditadura militar, indicavam os prefeitos das respectivas capitais.

Contudo, enfrentou oposição dentro do próprio partido, especialmente porque existia uma ala que não queria “o terceiro Maia” no governo – o pai de José Agripino (Tarcísio Maia) e primo (Lavoisier Maia) governaram o RN entre 1975 e 1983, quando este entregou o bastão ao Maia mossoroense –, algo que, pelas minhas pesquisas, nunca ocorrera.

O “Pacto de Solidão” [3] nasce justamente disso, com o desiderato de obstar a candidatura de José Agripino. Esse acordo foi forjado entre os pedessistas Geraldo Melo (vice-governador), Wanderley Mariz, Martins Filho (Senador), Vingt Rosado (deputado federal) e o anfitrião Dinarte Mariz. Mas, Dinarte Mariz, em função do pragmatismo político e certamente orientado pela bílis que caracterizava a disputa com o seu figadal opositor, Aluízio Alves, optou por apoiar José Agripino Maia, cujo resultado foi o desfazimento do grupo.

Com isso, o deputado federal Vingt Rosado, mesmo optando por ficar entre os quadros pedessistas, resolveu não apoiar Agripino e defender o voto em branco, episódio que ficou conhecido como “voto camarão”[4] – tecnicamente, era denominado pela legislação de voto vinculado –, episódio esse que será objeto de texto à parte. Já o homem do “vento forte no Rio Grande do Norte”, Geraldo Melo, renunciou à vice-governadoria para apoiar Aluízio Alves.

A última vez que os potiguares votaram diretamente para governador foi na eleição de 1965, que elegeu o monsenhor Walfredo Gurgel com o apoio do então governador Aluízio Alves. Em 15 de novembro de 1982, o resultado das urnas impôs à então imaculada ficha curricular política do mito Aluízio Alves uma acachapante derrota para o “Terceiro Maia”, o jovem José Agripino, com quase 107 mil votos de maioria, diferença essa nunca vista até aquela data.

Wilma e Garibaldi conseguiram reeleição (Foto: reprodução/Arquivo)

Wilma e Garibaldi conseguiram reeleição (Foto: reprodução/Arquivo)

Dessarte, um mito da política potiguar teve de submeter-se à derrota imposta pelas urnas. É de ressaltar, ainda, que José Agripino Maia conseguiu feitos políticos que o colocam em lugar de destaque na história política do RN:  i) desde a segunda república (1946), Agripino foi o primeiro político a ocupar, por duas vezes, a cadeira do governo, feito repetido, apenas, por Garibaldi Filho e a também mossoroense Wilma de Faria (fora Maia também), ou seja, de 1946 até a presente data, os únicos que repetiram a titularidade das rédeas do Estado foram três potiguares sendo dois oriundos da terra da resistência, simetria que pode ser quebrada pela reeleição da paraibana Fátima Bezerra nas eleições gerais desse ano (2022); ii) venceu quatro eleições majoritárias seguidas,  feito não repetido por nenhum outro político do Estado.

As eleições gerais de 1982 têm, simbólica e concretamente, a tarefa de reformar o País através do voto direto e livre, ademais de colecionar as singularidades abordadas ao longo dessas linhas; as eleições gerais de 2022, sob circunstâncias diferentes, também se revelam com potenciais idiossincrasias, tanto no âmbito nacional – com a possibilidade de, pela primeira vez desde à redemocratização, o chefe do executivo federal não conseguir a renovação do seu mandato –, como no RN, que pode reeleger a paraibana Fátima Bezerra governadora, fato que repetido apenas por Garibaldi Alves Filho – o mais mineiro dos políticos potiguares – e Wilma de Faria no pós-Constituição de 1988.

[1] BAER, Werner. A Economia Brasileira. 2ª ed. São Paulo: Ed. Nobel, 2005.

[2] O Estado da Guanabara durou apenas 15 anos. A cidade do Rio de Janeiro foi a capital do Brasil de 1763 até 1960, data da interiorização da capital da república para recém-criada Brasília. Assim, quando o antigo Distrito Federal se deslocou para o centro do País, este se converteu em Estado, denominado de Guanabara. Uma curiosidade: a Constituição de 1946 trazia, no seu ADCT, a previsão da interiorização da capital federal para o planalto central. Portanto, JK cumpriu, apenas, um mandamento constitucional expressamente imposto,

[3] “Solidão” era o nome da fazenda do ex-senador, ex-governador e líder político Dinarte Mariz.

[4] Pela legislação do período, os eleitores eram a obrigados a votar “porteira fechada” num mesmo partido, do vereador ao governador, de modo que se alguém optasse por votar em branco na cabeça ou votasse em candidatos de partidos diferentes, o voto seria considerado nulo.

Jessé Rebouças é advogado

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Categoria(s): Artigo / Política
domingo - 18/09/2022 - 08:20h

A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 14

Nas águas do rio Mondrongo

Por Marcos Ferreira

Como urubus à espera de uma carniça boiando nas águas do infecto rio Mondrongo, dezenas de curiosos contemplavam aquele corpo que já se aproximava de uma das margens. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e dois dos homens se lançaram nas verdes águas, nadaram até o defunto e conduziram o cadáver à parede da barragem. Colocaram-no sobre a pedra lodosa, enquanto outros bombeiros, juntamente com a Polícia Militar, trataram de interditar as duas extremidades da barragem.Lixo, detritos, curva de rio, monturo,

Ainda era cedo, por volta das sete horas, todavia o número de curiosos era demasiado. Entre aqueles que se encontravam no local, estava o escritor Jaime Peçanha, com uma mochila nas costas e usando um boné amarelo. Ele assistia a toda aquela operação de resgate de camarote, totalmente sereno, escorado numa varanda da ponte.

Quando finalmente trouxeram o corpo para o carro do Instituto Médico Legal (IML), constataram que o homem estava crivado de balas, havia até uma perfuração de um projétil no cento da testa. Ao examinarem os bolsos do sujeito, encontraram a carteira de cédulas da vítima com todos os pertences, até mesmo uma razoável soma de dinheiro. Ou seja, o crime não fora de latrocínio, mas de vingança, acerto de contas. Eis agora o nome do cidadão: Paulo César dos Anjos, justo o que enfiara o cano da pistola na boca de Jaime Peçanha na noite em que este fora espancado.

A especulação tomava conta dos circunstantes. Quem teria cometido aquele crime? Quem seria a vítima? Tratava-se, porventura, de um pescador que se afogara buscando o alimento para a família? Não. De maneira alguma. Aquele tipo ainda jovem, crivado de chumbo, era outro bem diverso de um simples pescador. Tinha antecedentes criminais e já cumprira pena por porte ilegal de armas e drogas. Nos últimos quinze meses se tornara testa de ferro do hoje empresário Rato Branco, a quem servia, sobretudo, pressionando clientes endividados em companhia dos outros capangas. Agora, como o time se via em maus lençóis, sofrera uma importante baixa.

Dali a uns quinze minutos, quando os homens do rabecão jogaram o sinistro presunto no caixão de zinco e foram embora com as sirenes ligadas, a multidão se dispersou e cada qual seguiu o seu rumo. Exceto Jaime, que ainda demorou mais tempo contemplando as águas sujas do fétido rio Mondrongo, que decerto cheiravam tão mal quanto o cadáver do indivíduo assassinado com vários balaços. Os curiosos foram embora satisfeitos por apenas testemunharem mais uma tragédia na terra das chuvas de bala no País de Mondrongo. “Neste mundo de olho por olho e dente por dente, colhemos o que plantamos. E, pelo visto, esse aí já vai tarde”, proferiu Peçanha com um ar de satisfação, deixando escapar a sombra de um sorrisinho.

— Quero ver o pavor deles — disse Jaime.

Após testemunhar o sinistro nas águas do rio Mondrongo, Jaime Peçanha seguiu direto para o Centro, exatamente com destino à Rua Jerônimo Rosado, imediações do Sebo Bate-Bucha, bem diante da loja de automóveis de Rato Branco. Ali ele permaneceu por trás do carrinho de batata frita, degustando lentamente a iguaria. Daí a pouco avistou quando os outros dois capangas de Mauro Mosca surgiram atordoados na concessionária e foram ter com Rato Branco acerca da trágica morte de Paulo César.

No escritório envidraçado, portanto, com a mão na cabeça, comunicaram o desfecho do fiel comparsa. Por sua vez, embora com os miolos fervendo, Jaime se manteve absolutamente calmo, comia o seu pacotinho de bata frita com a placidez de um monge tibetano. “Você tem aí mais um pouquinho de sal?”, perguntou ao vendedor. “Sim, aqui está. Fique à vontade”, respondeu o prestativo ambulante naquele momento.

Ali no cós, por baixo da camisa, esta com as barras totalmente para fora da calça, Jaime portava o revólver cheio de munição pronto para oito disparos. Teve ainda o ímpeto de ir à concessionário e realizar um banho de sangue, não lhe importando se sairia vivo ou morto. No seu pensamento, claro, ele acertaria primeiramente Rato Branco, realizando uma intensa troca de tiros com os demais pistoleiros.

Porém os indivíduos entraram às pressas no carro e saíram cantando pneus com Rato Branco no banco da frente. Do outro lado da rua, plácido como um monge tibetano, permitam-me repetir, Jaime degustava a sua batatinha. “Você tem aí uma água mineral geladinha?”, indagou. “Tenho”, respondeu o rapaz.

— A água refresca, mas hoje estou com sede de outra coisa. Uma bebida um pouco mais forte. Quem sabe até um bom vinho tinto?

— “A vingança é um prato que se come frio.” Um bandido já se foi. Restam apenas três. Rato Branco será o último na minha lista.

— O senhor perguntou alguma coisa?

— Não. A batatinha está uma delícia.

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Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Prólogo;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Capítulo 2;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo  3;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 4;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 5

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 6;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 7;

Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 8;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 9;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 10;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 11;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 12;

Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 13.

Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 17/09/2022 - 23:59h

Pensando bem…

“Nunca interrompa alguém que está fazendo algo que você disse que não poderia ser feito.”

Amelia Earhart

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sábado - 17/09/2022 - 23:50h
Série C

ABC garante classificação para Série B 2023

O ABC venceu o Paysandu à noite desse sábado (17), no Estádio Frasqueirão, pela Série C do Brasileirão 2022. A vitória por 1 x 0 garantiu matematicamente o clube natalense na Série B do próximo ano.

O alvinegro chega a 11 pontos, enquanto o alvi-azulino de Belém do Pará estaciona nos três pontos, estando sem chances.

Guilherme Garré marcou aos 22 minutos do segundo tempo o gol da vitória.

Vitória e Figueirense vão decidir o outro  acesso nesse domingo (18), caso a equipe catarinense vença em Salvador.

A última rodada do grupo será no próximo fim de semana

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sábado - 17/09/2022 - 20:46h
Rede Rural

Fátima Bezerra falta a mais um debate

A governadora Fátima Bezerra (PT) faltou a mais um debate. Dessa feita, ela esquivou-se do evento promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN) e Rede Rural de Rádios, à manhã deste sábado (17), em Natal.

Já tinha faltado ao debate do Grupo TCM em Mossoró, essa semana, precisamente na quinta-feira (15) – veja AQUI.

É possível que se guarde para o último debate, a ser promovido pela Inter TV Cabugi.

Aguardemos.

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sábado - 17/09/2022 - 20:18h
2022

Amizades e saúde mental

Estou seguindo à risca um objetivo para esse período asfixiante de campanha eleitoral doentia, carregada de ódio e fanatismo: preservar amizades e minha saúde mental.

Se não der a primeira, quero assegurar a segunda.

Tudo passa!

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sábado - 17/09/2022 - 19:46h
São Miguel do Gostoso

Fest Bossa & Jazz – edição 2022 define novas atrações

O Fest Bossa & Jazz – edição 2022 se une aos cenários naturais e a força dos ventos de São Miguel do Gostoso/RN para espalhar “uma maré de boa música no paraíso” através de grandes nomes nacionais e internacionais da cena musical do jazz, soul, blues, bossa e mais um variado leque de ritmos.

Misha Piatigorsky é uma das grandes atrações do evento (Foto: divulgação)

Misha Piatigorsky é uma das grandes atrações do evento (Foto: divulgação)

Com o pé na areia, o público vai poder curtir shows no palco montado na Praia da Xêpa na sexta (14) e no sábado (15) de outubro à noite e, em outros três polos pelo vilarejo com apresentações diurnas e noturnas marcadas para quinta (13), sábado (15) e domingo (16). O evento acontecerá entre 13 e 16 de outubro próximos.

Após a confirmação do cantor, compositor e guitarrista, Wilson Sideral que vai trazer, pela primeira vez ao Rio Grande do Norte, o show “Tropical Blues”, mesmo trabalho apresentado no Rock in  Rio, a curadoria artística do Festival divulga mais cinco atrações entre, nacionais e internacional.

Diretamente de Nova York, Emily Braden & Misha Piatigorsky. Braden é vocalista e compositora de jazz radicada na cidade de NY, a artista tem a capacidade inata de conquistar os mais diversos públicos com seus vocais poderosos e sua incrível presença de palco. Vencedora da Jazzmobile Vocal Competition “Best of the Best” de NY, o som assinatura  de Braden é uma mistura do tradicional straight ahead jazz e do soul.

Misha Piatigorsky é compositor e arranjador, sobrinho-neto do lendário violoncelista Gregor Piatigorsky. É referência na cena do Jazz em Nova York onde já se apresentou nos mais importantes palcos como Birdland, Jazz at Lincoln Center e Carnegie Hall. Para o festival, Emily & Misha e seu trio prometem uma apresentação inesquecível para os mais exigentes apreciadores do jazz.

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sexta-feira - 16/09/2022 - 23:58h

Pensando bem…

“Faça menos coisas. Faça-as melhor. Saiba por que você está fazendo isso.”

Cal Newport

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  • Repet
sexta-feira - 16/09/2022 - 22:40h
Eleições 2022

OAB e Sistema Rural realizam debate com candidatos ao Governo do RN

Do Blog Saulo Vale

Em parceria com a Rede Rural de Comunicação, a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) realiza um debate com os candidatos ao Governo do Estado neste sábado (17).Debate na Rádio Rural de Natal - Diógenes Dantas - mediador 17-09-2022

O encontro acontecerá no plenário da seccional potiguar e será transmitido a partir das 9h30 pelas rádios que fazem parte da rede Rural e no canal do Youtube da Rede Rural.

Foram convidados os cinco candidatos com representação na Câmara Federal: Fátima Bezerra (PT), Fábio Dantas (Solidariedade), Styvenson Valentim (Podemos), Danniel Morais (PSOL) e Clorisa Linhares (PMB).

No início da semana, representantes das candidaturas se reuniram com a equipe da Rede Rural para definir todas as regras do debate, incluindo os tempos de perguntas, respostas, réplicas e tréplicas.

Durante o encontro, além dos blocos de perguntas entre os candidatos, a OAB/RN e os bispos das dioceses potiguares farão questionamentos aos governadoráveis. A mediação ficará por conta do jornalista Diógenes Dantas, com a participação de profissionais da Rede Rural de Comunicação de todo o estado.

Membros da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/RN também participarão do encontro, atuando no julgamento de eventuais pedidos de direitos de resposta.

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sexta-feira - 16/09/2022 - 21:44h
Disputa estadual

TSE libera recursos públicos de campanha para Dr. Anax

Impasse judicial segue, mas liberação de fundo garante meios à campanha de Anax (Foto: divulgação)

Impasse judicial segue, mas liberação de fundo garante meios à campanha de Anax (Foto: divulgação)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou o uso de recursos públicos de campanha para o candidato a deputado estadual Dr. Anax (União Brasil). A decisão é do ministro Ricardo Lewandowski.

Para a campanha de Anax, isso “representa a primeira vitória”.

Em decisão desta sexta-feira (16), Lewandowski liberou o uso de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha por Dr. Anax.

O candidato segue, paralelamente, tentando reverter decisão desfavorável no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), que indeferiu seu pedido de registro de candidatura.

Leia também: Candidatura sofre com insegurança jurídica.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sexta-feira - 16/09/2022 - 20:22h
Festa no interior

Campanha política, nosso parque de diversões

Muitos não entendem. Torcem o nariz, fazem beiço de náuseas; reprovam com olhar superior por cima do próprio ombro, quando se deparam com comícios, passeatas e todo furdunço de campanhas eleitorais no interior do Nordeste.Campanha política, discurso

Temos do “comício em beco estreito” (veja AQUI) descrito no poema de Jessier Quirino, àquelas cenas de candidato aboletado nos ombros de algum parrudo no meio do povão. Isso é da nossa própria cultura.

O povo da capital, da lonjura do Sudeste, Sul, então, esse é que não entende mesmo como tudo isso é possível e existe nesse Brasil de meu Deus.

A campanha política não é apenas um duelo entre forças partidárias e nomes. É também lazer, carnaval fora de época, praia sem mar, um parque de diversões no interior. Só quem vive e já viveu os tempos dos showmícios (comícios com apresentação de cantores) pode descrever esse lado lúdico da “festa democrática.”

Daqui a pouco termina. Aproveite.

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sexta-feira - 16/09/2022 - 16:46h
"Voto útil"

Rafael abre os braços e solta o verbo para evitar debandada

O deputado federal Rafael Motta (PSB), candidato ao Senado, abre os braços e solta o verbo para não ser engolido, nos últimos dias de campanha. Em todos os canais e espaços que dispõe para se manifestar, ele luta contra o “voto útil”.

Candidato ao Senado, Rafael sabe que pode acabar se descapitalizando se não aparecer como viável (Foto: divulgação)

Candidato ao Senado, Rafael sabe que pode acabar se descapitalizando se não aparecer como viável (Foto: divulgação)

Seu temor é que aconteça uma debandada de  intenções de voto que detém hoje, na direção de um de seus adversários diretos, ex-prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT).

A preocupação não é descabida. Se a situação fosse favorável, com dianteira em relação a ele, com certeza o pensamento seria inverso.

“Temos muita margem de crescimento no campo progressista. Não existe essa história de ‘ter que votar’. Isso é um argumento falacioso, para que você não reflita a respeito e acabe abraçando o pior candidato”, divulga ele.

A grande maioria do eleitor ainda procura uma candidatura “diferente” da que Carlos e o Rogério Marinho (PL) representam. “E essa candidatura não precisa ser de um candidato com postura duvidosa, marcada por conveniências, como a de Carlos Eduardo, que há quatro anos fazia duras críticas à governadora Fátima Bezerra e ao PT, e até poucos meses atrás acusava a governadora de roubo, enquanto nosso mandato estava destinando emendas para ajudar o Estado e os municípios no enfrentamento à pandemia”, prega Rafael.

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  • Repet
sexta-feira - 16/09/2022 - 15:38h
TRF5

Medalha Pontes de Miranda será entregue a dois potiguares

A  maior honraria já concedida pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) será, neste ano de 2022, oferecida a dois potiguares: os professores Ivan Maciel e Carlos Gomes, oriundos dos quadros da Universidade Federal do RN (UFRN).Ivan Maciel e homenagem do TRF5 em 2022

Apenas três pessoas recebem a cada biênio a Medalha Pontes de Miranda. A iniciativa da escolha dos dois potiguares foi do presidente do TRF5, desembargador federal Edilson Pereira Nobre Júnior, que teve o requerimento aprovado a unanimidade.

A homenagem é feita há 32 anos e em todo esse período apenas seis potiguares receberam: os ex-Presidentes do TRF5 Ridalvo Costa, Araken Mariz, José Augusto Delgado, Luiz Alberto Gurgel de Faria e Marcelo Navarro, além do Ministro José Dantas.

A medalha foi criada pela Resolução nº 09, de 05 de dezembro de 1990 e tem apenas 63 agraciados. Os escolhidos podem ser magistrados ou juristas que tenham se destacado nacionalmente nos estudos relativos ao Direito, assim como a personalidades, civis ou militares, nacionais ou estrangeiras, que hajam prestados relevantes serviços à Justiça Federal.

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sexta-feira - 16/09/2022 - 14:54h
Fim de semana

Encontro Internacional de Artes Cênicas do RN movimenta Mossoró

Mossoró recebe desde essa quarta-feira (14) o Encontro Internacional de Artes Cênicas do RN, com exibições gratuitas de espetáculos de dança, teatro e circo, em diversos pontos da cidade. Programação segue até o domingo (18). Em Natal será de 19 a 23 de setembro.

A Mulher Monstro é uma das apresentações da temporada em Mossoró (Foto: Brunno Martins)

A Mulher Monstro é uma das apresentações da temporada em Mossoró (Foto: Brunno Martins)

Um dos destaques da programação deste final de semana é a apresentação do espetáculo “A Mulher Monstro”, da S.E.M. Companhia de Teatro. O espetáculo tem sessão gratuita no sábado (17), às 21h, na Praça Cícero Dias – em frente ao Teatro Municipal Dix-huit Rosado.

A peça é baseada na Mulher Monga/Konga dos parques e circos nordestinos e investiga a linguagem Drag Queen, com inspiração nas sátiras do Teatro de Revista.

“A Mulher Monstro”, encenada pelo ator José Neto Barbosa, venceu os Prêmios Copergás de Melhor Ator e Melhor Espetáculo do Festival Internacional Janeiro de Grandes Espetáculos de Pernambuco, em 2022.

Roda de conversa

A Praça Cícero Dias recebe ainda, no dia 17, uma roda de conversa sobre os programas artísticos ibero-americanos, com Fabiano Carneiro (Iberescena) e Carlos Gomes (Itaú Cultural), e uma Intervenção urbana com a Cia. HIP HOP Coletivo Pé de Barro e Felipe Luiz  BBOY FELP. Tudo isso a partir das 17h.

"Bye, Bye, Natal" é um musical a ser apresentado no Lauro Monte Filho (Foto: Brunno Martins)

“Bye, Bye, Natal” é um musical a ser apresentado no Lauro Monte Filho (Foto: Brunno Martins)

Já no domingo (18), o público vai poder conferir a exibição da Mostra Internacional de Videodança e a apresentação do espetáculo “Bye Bye, Natal”, às 20h30, no Teatro Lauro Monte Filho. Ele retrata de forma cômica e inusitada o agito provocado pela presença americana no Rio Grande do Norte, nos anos 40, com roteiro e música original de Danilo Guanais, texto de Racine Santos e direção cênica de Diana Fontes.

O musical, que será executado com banda ao vivo, ganhou em 2018 o Prêmio Brasil Musical, como melhor espetáculo do gênero no Nordeste. Para assistir ao “Bye Bye, Natal” deve ser feita reserva antecipada dos ingressos através deste endereço: linktr.ee/encontrodeartesrn

O Encontro Internacional de Artes Cênicas do RN conta com patrocínio dos Hotéis Holliday In e Praiamar Express Hotel, através da Prefeitura do Natal e Lei Djalma Maranhão. Tem ainda o apoio do SESI, Fecomércio, SESC RN, UERN e UFERSA . A realização é de Diana Fontes – Direção e Produção Cultural.

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