domingo - 25/02/2024 - 11:20h

Nem de longe

Foto do próprio autor da crônica

Foto do próprio autor da crônica

Por Bruno Ernesto

Aquele velho ditado de que nem sempre o que parece, é, nunca esteve tão em voga.

Dia desses, escutei um conhecido dizer que a felicidade é possível nas coisas simples.

Sim, concordo!

O que, de início, parecia uma conversa alinhada, com exemplos de simplicidade, autoconhecimento e satisfação pessoal, se mostrou uma felicidade tóxica e artificial.

Voz mansa e palavras de ordem para a plena felicidade, aos poucos, contrastava com o que fazia na prática.

Essa foi a terceira vez que pudemos conversar pessoalmente, numa roda de conhecidos em comum; e uma coisa que notei, foi que toda conversa iniciava com uma lição de autoestima daquelas que se encontra em livro de autoajuda ou se escuta em palestras motivacionais, e que seu ciclo de amizade era enorme e de gente abastada.

Como de costume, escutei atentamente e falei pouco.

Sempre é bom escutar o interlocutor que tem muito a dizer, especialmente quando o assunto é ele mesmo.

Dizia ela, a dita pessoa, que não sabia como alguém poderia viver num ciclo de aparência e necessidade de agradar aos outros, mas que, ela própria, precisava fazer a mesma coisa.

Estranhei, mas a justificativa que deu em seguida, foi reveladora: era preciso manter o “networking”.

Fiquei curioso e resolvi perguntar que “networking” seria esse, embora já imaginasse.

Não se fez de rogada e disse que eram pessoas da alta sociedade cujo seu trabalho era manter o fio da navalha sempre cego, de modo que os cortes das agruras deles fossem rasos.

Descobri, depois, que as agruras a que ela se referia eram quais restaurantes, academias, viagens luxuosas e o carro novo que precisariam frequentar, realizar e comprar; pouco importando o sacrifício pessoal, o custo financeiro e o moral.

Confesso que compreendi.

Embora tentasse se desvencilhar dos seus pupilos emocionais, transparecia um prazer existencial em fazer parte daquele micromundo de invariável fragilidade pessoal e, muitas vezes e, ao que parece, indissociável prazer de orbitá-lo, muito embora fosse intangível à sua realidade.

Não seria surpreendente que se sentisse parte, ao menos em sua mente.

Lá pelas tantas, disse que, apesar de ter morado num luxuoso hotel por três meses, a vista deslumbrante do mar, a brisa, o excelente buffet do café da manhã e as excelentes conversas com os hóspedes bem afeiçoados, não lhe interessaram naquele momento, por razões que lhe fugiam à sua racionalidade.

De fato, não tive como contrapor o seu argumento de autoridade, muito embora desconhecesse sua real formação acadêmica.

Após os seus repetidos bordões de felicidade tóxica, lembrei de uma pequena casinha que fotografei outro dia na beirada de uma grande falésia.

Sua simplicidade, digo, da casa, contrastava com a beleza que ao fundo apareceria. Muito embora o penhasco ficasse logo ao lado.

Certamente quem já a conhece, sabe que a beleza ao fundo, esconde um grande perigo.

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 25/02/2024 - 10:28h

Uma comparação literária

Machado de Assis: autor de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (Foto: Reprodução)

Machado de Assis: autor de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (Foto: Reprodução)

Por Marcelo Alves

Hoje mais do que nunca, com a globalização, a facilidade de comunicação e o maior intercâmbio cultural, a literatura comparada deve ser uma das principais “parceiras” daquele que pretende analisar as realidades da cultura geral e do seu povo. E, quando falo de globalização, refiro-me àquele processo que tende a criar e consolidar uma economia mundial unificada, um único sistema ecológico, uma complexa rede de comunicações que abarca todo o mundo e, por que não, um padrão de cultura/literatura comum a todos os povos ditos “civilizados”.

Essa melhor utilização da literatura comparada, aliás, pode se dar de várias maneiras e em vários níveis. Podemos realizar macro ou microcomparações. A primeira refere-se ao estudo de duas ou mais “literaturas” (a brasileira e a norte-americana em suas totalidades, por exemplo); a segunda, ao estudo de aspectos, temas, obras ou autores de duas ou mais “literaturas”. Deve-se notar, ainda, que essa comparação pode ser horizontal ou vertical, a depender se o enfoque recai sobre o panorama atual ou se são feitas incursões de caráter histórico nas “literaturas” comparadas.

De fato, na literatura, a comparação tem muito a nos oferecer. De maneira ao mesmo tempo integrativa e contrastante, a literatura comparada nos ajuda a identificar os elementos essenciais da literatura de outros países, de outros povos, de outras línguas, suas semelhanças e diferenças para com a nossa, assim como seus pontos fortes e fracos no panorama cultural universal. Jamais em competição com as tradições internas, mas em parceria com elas, a literatura comparada pode ter uma função de análise e ajudar a se chegar a um julgamento mais equilibrado e crítico de nossa produção intelectual, graças a uma perspectiva mais ampla e multicultural da literatura.

Tomemos aqui, como singelo exemplo para comparação literária, a seguinte relação entre a obra do irlandês Laurence Sterne (1713-1768) e do nosso Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908).

O mulato carioca Machado de Assis é convencionalmente tido como o maior escritor brasileiro de todos os tempos. É quase uma unanimidade, acredito. O grande crítico norte-americano Harold Bloom (1930-2019), aliás, tinha Machado de Assis como o maior escritor negro de todos os tempos. Uma de suas obras-primas é o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881). E a propósito, em 2020, a prestigiosa revista The New Yorker, em virtude de uma nova edição de “The Posthumous Memoirs of Brás Cubas”, deu à resenha do livro o consagrador título: “Redescobrindo um dos mais espirituosos livros jamais escritos”.

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” é alegadamente inspirado no “Tristram Shandy” (“The Life and Opinions of Tristram Shandy, Gentleman”, 1759-1767) de Sterne. Mesmo que se tenham estórias diversas para cada um dos livros, e mesmo que seus contextos sociais e culturais sejam diversos (uma Europa com duzentos anos de diferença para o nosso Brasil), há, sem dúvida, fortes pontos de contato/inspiração.

A “forma livre de jogar as ideias”, as digressões e o humor (embora um humor mais sarcástico em Machado e um mais ingênuo/sentimental em Sterne) são amplamente reconhecidos. Pode-se até de dizer que Machado “roubou” a ideia ou concepção do romance de Sterne, que, por sua vez, já a teria “furtado”, em parte, do Dom Quixote (1605) de Miguel Cervantes (1547-1616).

Mas não tenham isso como demérito para o nosso maior escritor. Com “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, Machado de fato nos presenteou com um romance inovador – experimental, posso dizer –, tido como o marco inicial do realismo (mágico?) na literatura brasileira, até então presa ao romantismo. Um ponto de virada, para melhor, na obra do Bruxo do Cosme Velho.

As ousadias formais – basta lembrar que o narrador é um “defunto autor”, sem compromisso com a cronologia do tempo – e o humor implacável são mesmo revolucionários. E, para além dos aspectos formais, o romance também encanta pelo seu conteúdo: pretensa autobiografia, é uma crítica, refinada mas sem concessões, da hipocrisia da sociedade brasileira de então (e de hoje?).

Por detrás do humor, revela o pessimismo do autor com tudo que ele enxerga. É um romance filosófico e moral, que combina diversão e profundidade com natural equilíbrio.

Afinal, e não canso de repetir, já dizia o enorme Picasso (1881-1973): “Bons artistas copiam, grandes artistas roubam”.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 25/02/2024 - 09:50h

Lá vem a chuva

Área litorânea, região metropolitana, são pontos mais críticos no período (Foto ilustrativa Elisa Elsie)

Foto ilustrativa de Elisa Elsie/Arquivo

Por Odemirton Filho

O velho sertanejo olhava para o céu. Estava no período do inverno, e rogava a Deus que a chuva molhasse o chão esturricado. Todo ano era a mesma peleja, o homem do campo fia-se em Nosso Senhor e nas benções de São José para que o inverno seja chuvoso. A esperança não morre, renova-se ano a ano. Assim é a vida do povo do sertão, calejado pela constante falta d`água.

Com o velho sertanejo não era diferente. Passou a vida trabalhando naquelas terras. Herdou-as do seu pai e, desde pequeno, ajudava-o na roça, aprendendo o ofício que vinha de geração em geração. Daquele chão seco conseguiu tirar o sustento dos cinco filhos.

Hoje, moravam somente ele e a sua mulher, também avançada em anos. Os filhos foram morar numa cidade grande em busca de melhores condições de vida. Entretanto, nunca pensou em sair do seu torrão. Ali nasceu, ali morrerá.

Levavam uma vida simples. A sua mulher preparava o café cedinho, antes do sol raiar; barria o terreiro, depois, ia limpar a casa e preparar o almoço. Ele ajeitava alguma cerca que estava quebrada; alimentava os poucos animais que tinham; limpava a sua pequena roça. Na hora do almoço, normalmente comiam feijão, farinha e, quando tinha, alguma mistura. Tomava umas doses de cachaça para “espaiar o sangue”.

À noite, ao lado de sua velha, assistiam ao noticiário na televisão e escutavam umas cantigas no rádio. Gostavam de ouvir o rei do baião: “Sem chuva na terra descamba janeiro, depois fevereiro e o mesmo verão; apela pra março que é mês preferido do santo querido senhor São José (meu Deus, meu Deus)”; dormiam antes das 21h, religiosamente.

Recebia o dinheirinho do governo, mas o “aposento” mal dava para as despesas. Há anos que escutava a conversa mole dos políticos que a vida vai melhorar. Neste ano de eleições municipais, os candidatos a prefeito e a vereador deverão passar pela sua casa prometendo mundos e fundos, mas gostava de dizer que já tinha plantado “um pé de cá te espero”.

Agora, via as nuvens carregadas, os raios rasgando o céu. Estava capinando a roça e gritou para a sua mulher: lá vem a chuva! Lá vem a chuva!

E sentiu o suor do trabalho, as lágrimas da esperança e os pingos da chuva enviada por Nosso Senhor escorrerem em seu rosto.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
domingo - 25/02/2024 - 09:12h

Marcas do tempo

Por Marcos Araújo

Ilustração Web

Ilustração Web

O poeta romano Virgílio, autor de “Geórgicas” e “Eneida, costumava dizer aos seus comensais que o tempo fugia de forma irreparável (tempus fugit irreparabile). Como um “devorador das coisas” (tempus edax rerum) emendou depois, com precisão, o poeta Ovídio (43 a.C. – 17 d.C.). Em suas aulas aos estóicos, o filósofo grego Sêneca repetia excessivamente que “nada é nosso, exceto o tempo.” E sobre a ansiedade humana na busca de um viver perpétuo, complementava: “Perdemos o dia esperando a noite e perdemos a noite esperando amanhecer.

Outro dia, fiquei absorto em envelhecidas sinapses cerebrais ao adentrar na ampulheta da minha existência, depois que o ilustre editor deste Blog restaurou uma publicação sua, de 12 anos atrás, noticiando a inauguração do nosso “novo” escritório.  Reflui no seu texto, para aportar brevemente no passado. À semelhança de Mário Quintana, admito que na minha cabeça “o passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente…”

Pensei nas diversas mudanças a que fui submetido. No último decênio, por exemplo, a tecnologia “devorou” muitos dos símbolos dos escritórios de advocacia do meu tempo inicial, a exemplo: i) a máquina datilográfica; ii) o diário oficial publicado em jornal impresso; iii) o processo judicial – e administrativo – físico; iv) os livros em papel; v) o contato com o cliente e o meio de consultar o advogado (que era fundamentalmente presencial, e agora é pelo Instagram e o WhatsApp); vi) os mandados judiciais, que são atualmente cumpridos por mensagens de WhatsApp etc.

O Direito foi mudando.  Antes, a fonte era a lei, depois a Constituição. Agora, somos espectadores da fuga da normatividade, valendo apenas a “decisão-norma” criada pelo Tribunal ou por um Juiz, em isolado. O STF virou legislador extraordinário, e Alexandre de Moraes um intérprete avesso da lógica constitucional.

No meu tempo, crises diplomáticas entre nações se resolviam em reuniões longas a portas fechadas entre os embaixadores. Hoje, são “viralizadas” a partir de publicações – dos embaixadores – em redes sociais. Os Poderes Públicos (Executivo, Legislativo e Judiciário) todos os dias criam mais e mais portais, canais e oferta de serviços virtuais, uma prodigalidade de promessas descumpridas e serviços absolutamente ineficazes.

Os prejuízos são notados na família, na formação educacional, na educação social. Há um desprezo pelos encontros pessoais e estamos decretando a morte da mágica da afetividade humana.

A VIRTUALIDADE, penso eu, tem sido inimiga da criatividade, do aprofundamento do saber, do pensar instantâneo, da operatividade, da destreza do agir… Pelo menos, as crianças estão mais lerdas, menos ativas. Os profissionais também. Conhecimento temático é de superfície. O saber é apenas “googliano”. Os cursos de finais de semana, por Google Meet, diplomam milhares dos “especialistas” do presente.

Stravinsky (1882-1971), o famoso compositor e maestro russo, perguntado uma vez sobre o seu sucesso, negou bastar a inspiração. Dizia ele que tudo vinha pela persistência do trabalho: “Não se nega a importância da inspiração. Pelo contrário, considero-a uma força motriz, que encontramos em toda atividade humana. Essa força, porém, só desabrocha quando algum esforço a põe em movimento, e esse esforço é o trabalho.”

Meu desafio diário está na resposta de Arnaldo Antunes, dos Titãs: “não vou me adaptar”.  Tenho travado, como Aldyr Blanc, diálogo com o tempo. E sei que ele debocha de mim. O efeito é diverso do que foi musicado. Fico apenas com a parte final: No fundo é uma eterna criança, que não soube amadurecer / Eu posso, e ele não vai poder, me esquecer.”

Marcos Araújo é advogado e professor da Uern

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 25/02/2024 - 08:02h

Pequeno burguês de esquerda

Foto: I Stock

Foto: I Stock

Por François Silvestre

Certa vez, um comentarista do Blog Carlos Santos, pensando me agredir, chamou-me de ex-comunista. Eu respondi confirmando, para desencanto dele. Disse, na época, que concordava com a afirmação. E que fora de fato comunista, ou pelo menos pensava que o fora.

Digo que pensava porque havia quem não me considerasse como tal. Isso mesmo. Os comunistas tradicionais, da cartilha stalinista, nunca me consideraram comunista. À exceção dos quadros do PCR. Nomes importantes da resistência democrática. Lembro agora Emmanoel Bezerra, Manoel Lisboa, Leonardo Cavalcanti, Dionary Sarmento. Os dois primeiros mortos sob tortura, os outros dois presos e torturados. Mas isso é outra história.

O certo mesmo é que o comunismo sino soviético foi uma tragédia fantasiada de alternativa. Tragédia não apenas pela prática da violência, mas pelo delito histórico de ter ofertado ao capitalismo a bandeira das liberdades fundamentais. Presente indevido a presenteado imerecido. O capitalismo foi e sempre será o regime da exploração humana.

Toda crítica do capitalismo à violência, à opressão, e à miséria é tão somente um estuário de hipocrisia e farisaísmo. Hipócritas e exploradores da condição humana. O sinosovietismo deu ao capitalismo sobrevida e argumentos. Mas não conseguiu lhe dar vergonha.

O comunismo morreu para o capitalismo continuar matando.

Então, isso dito, reafirmo como verídica a crítica dos stalinistas sobre mim. De fato eu sou o que eles disseram que eu era. Apenas um pequeno burguês de esquerda. Ou como disse Ângelo da Costa Neto, filho de seu Luis Lino, sou um esquerdista cervegista. Não consegui até hoje enxergar dignidade humana no capitalismo.

É isso aí.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 25/02/2024 - 06:48h

O universo fantástico de Ayala Gurgel

Por Marcos Ferreira

Livro de Ayala Gurgel (Reprodução)

Livro de Ayala Gurgel (Reprodução)

Não sou estudioso da produção livresca potiguar. De modo algum. Nem mesmo do âmbito mossoroense. Ignoro, destarte, que tenhamos entre nós um literato mais sombrio e fiel às surpresas do estilo sobrenatural, com os recursos criativos, as características e peculiaridades de Ayala Gurgel. Sim. Trata-se de um ficcionista engenhoso, fecundo, versátil, autor, principalmente, de títulos nas modalidades conto, novela e romance.

Conquistou posições de destaque em relevantes prêmios literários, além de integrar antologias organizadas e lançadas ao longe de nossa província.

Embora pouco conhecido nos meios intelectuais do RN e de Mossoró, Ayala já escreveu e publicou quase uma dezena de livros através de edições particulares. Unindo criatividade e elementos verídicos, o seu estro adota como pano de fundo a temática e vastidão da caatinga. Transita, invariavelmente, pelo gênero sobre-humano, sempre arraigado na ficção teológica. Nessa esfera, que conhece a fundo, apresenta as suas garras de escritor ácido. É aí que estabelece e desenvolve uma escrita iconoclástica, pródiga em sistemáticas críticas à instituição da Igreja Católica.

Nascido em 1971 no município norte-rio-grandense de Alexandria, Ayala Gurgel reúne vasta formação acadêmica. Tem passagem por importantes universidades brasileiras, informações estas que não gosta de divulgar. Entre outras habilitações, é doutor em Políticas Públicas e Filosofia. Desde 2014 é professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

Possui experiência no campo da Filosofia, sobretudo em Ética, Bioética, Tanatologia e Saúde Mental. Atualmente desenvolve pesquisas na área de filosofia da linguagem ordinária e teoria da argumentação. 

Em Brumas & Brenhas, cujo prefácio leva a minha assinatura, mas que poderia lhes expor a avaliação de alguém mais familiarizado com o simbolismo do místico, ouso dizer que o autor de O Segredo da Ordem do Santo Sacrifício se revela em sua melhor forma enquanto criador de mundos e personagens. Inventivo, de pulso firme e se utilizando das tintas de um demiurgo como Stephen King, de quem é confesso admirador, Ayala nos mostra que também sabe contar uma boa história e infundir algum medo em pessoas menos habituadas a leituras dessa natureza.

Não pretendo esmiuçar, traduzir nem oferecer a bem elaborada narrativa de Brumas & Brenhas toda mastigadinha para o respeitável leitor. Não. Isso está fora de minha competência. Ao menos é o que eu presumo. Recomendo ao público, portanto, mergulhar na trama e ver de perto o saboroso e extraordinário conto acerca de indivíduos tão incríveis quanto verossímeis. Em especial a jornada que dois padres jesuítas empreendem pelas brenhas do alto oeste potiguar no ano de 1751.

Gurgel: instigante (Foto: divulgação)

Gurgel: instigante e ácido (Foto: divulgação)

A HISTÓRIA É CONTADA em primeira pessoa por um narrador onisciente e ignoto. Na segunda parte do causo, com uma prosa clara e instigante, é relatado o aparecimento do seguinte fenômeno climático:

“A situação estava feia e não dava sinais de melhora, anjos e santos pareciam não se apiedarem, mas naquele exato dia 06 de abril de 1751, ainda de madrugada, antes do sol raiar, uma névoa úmida começou a subir da areia fina do riacho onde se encontravam as últimas cacimbas com alguma serventia. Não houve relâmpago ou trovão durante a noite toda, nenhum sinal de que cairia uma gota d’água, nada que indicasse mudança do tempo, apenas a bruma que começou a subir da terra, atingindo, em pouco tempo, a copa das árvores ciliares”.

A trama é construída a partir de um documento fictício que supostamente aponta para a origem da cidade natal do romancista, um lugarejo de nome Barriguda. Aí encontramos tipos cativantes, a exemplo do protagonista e contador de histórias Zé Preto, escravo que conseguiu sua alforria por meios que ninguém sabe ao certo.

À volta de Zé Preto, que relata aos jesuítas o mistério da súbita bruma, gravita uma série de catingueiros interessantes como Dona Antônia, Seu Zé de Brejeiro, Dona Amélia, Preá, Baraúna, Filomena, Zefa, Cocota, Mundico, Zefinha e Madalena.

Posso afirmar que, entre todos os trabalhos artísticos de Ayala, Brumas & Brenhas é o meu preferido. Digo mais: estamos perante um homem de letras que realmente sabe escrever, talento este que não é regra em nosso habitat. Então, sem querer me alongar nem chover no molhado, fico por aqui e convido vocês a se embrenharem no universo fantástico de Ayala Gurgel. Afianço que vale a pena.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 25/02/2024 - 04:34h

Um oficial de Justiça (amigo) em minha porta

Batendo à porta, porta,Por Carlos Santos

Mais uma vez tenho um oficial de justiça à minha porta. A batida ao portão, com o punho cerrado e em sequência tonitruante, não me deixa dúvida. Pergunto só para conferir mesmo:

– Quem é?

– Sou eu, Carlos Santos. É Otacílio, oficial de Justiça.

Nem precisava a declaração oficial.

O “toque” de Otacílio é personalíssimo.

Tomo a liberdade, para não atrasá-lo, de sair em trajes quase sumários, com meu físico de pintassilgo resfriado, pernas de talo de coentro à mostra.

Uso apenas uma toalha contornando a cintura, dorso “atlético” à exibição, como um gladiador apolíneo, espécie de deus grego do semi-árido.

Tenho essa naturalidade, em face da frequência com que os oficiais de justiça aportam aqui em meu muquifo, sempre trazendo citações e intimações da patota que está no poder e, que, não é do ramo.

Pelo menos do ramo de governar, que se diga.

Suas manoplas têm outras habilidades.

Bem, mas voltemos ao ponto central desta prosa.

Surpreendi-me. Nem intimação nem citação.

O amigo Otacílio, de manhã ainda cedo, pede desculpas pelo suposto incômodo. Quer apenas uma informação sobre outra pessoa a ser citada judicialmente. Oriento-lhe, ajudo-o. E, lógico, coloco-me sempre à disposição para esse ou outro fim ao meu alcance.

Como jurisdicionado, até cobro tratamento diferenciado, pois me considero o melhor por essas plagas, sem nunca me esconder ou colocar qualquer embaraço ao prosseguimento processual, desde a simples citação.

Dessa vez, na pressa não deu para oferecer pelo menos um copo com água ao Otacílio. Mais não posso. A geladeira parece um chafariz: só tem água.

Fica para uma próxima.

– Volte sempre – intimei ao me despedir.

Carlos Santos é editor e criador do Blog Carlos Santos (Canal BCS) e autor dos livros “Só Rindo – A política do bom humor do palanque aos bastidores” (I e II)

*Texto originalmente publicado no dia 20 de maio de 2011, quando eu era soterrado por dezenas de processos judiciais originários de um mesmo grupo político local.

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Categoria(s): Crônica
sábado - 24/02/2024 - 23:48h

Pensando bem…

“Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade.”

Sêneca

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sábado - 24/02/2024 - 19:28h
RN

Inmet alerta para possibilidade de chuvas com ventos intensos

Arte do Inmet

Arte do Inmet

Alerta amarelo em boa parte do litoral com avanço para regiões interioranas no RN. Isso significa que o fim de semana pode ser de chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, acompanhadas de ventos intensos (40-60 km/h). Há um risco baixo de interrupção no fornecimento de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e ocorrência de descargas elétricas.

Para evitar acidentes, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) que as pessoas evitem se abrigar sob árvores e, se possível, desliguem aparelhos elétricos e o quadro geral de energia.

Em situações de emergência, deve ser feito contato com a Defesa Civil pelo número 199 e com o Corpo de Bombeiros pelo número 193.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 24/02/2024 - 16:22h
Cerco fechado

Esconderijo de foragidos é localizado em Baraúna

Numa reportagem em primeira mão da Globo News, é informado à tarde deste sábado (24), que foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró podem estar na zona rural de Baraúna (32 km de Mossoró).

Um esconderijo foi localizado na comunidade de Juremal (Baraúna).

Cerco está se fechando.

A fuga de Rogério da Silva Mendonça, 35, e Deibson Cabral Nascimento, 33, ocorreu quarta-feira (14), portanto há dez dias.

Eles são membros da facção Comando Vermelho (CV), no Acre, e estavam custodiados na penitenciária desde setembro do ano passado.

Traremos mais informações.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
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sábado - 24/02/2024 - 14:32h
Música

Filarmônica UFRN reúne Itália e Polônia no 3º Festival Szymanowski

Filarmônica fará outras apresentações (Foto: Divulgação)

Filarmônica fará outras apresentações (Foto: Divulgação)

A Filarmônica UFRN abre a Temporada 2024 com o concerto “As Quatro Estações, uma canção e um Vocalise”, que também marca a abertura do 3º Festival Szymanowski no Brasil. O concerto acontece em Natal, no dia 02 de março, às 18h, na Igreja Nossa Senhora da Apresentação – com entrada livre e lotação conforme a capacidade do local.

O programa reúne obras dos compositores italianos Giovanni Gabrieli (1557-1612), Antonio Vivaldi (1678-1741) e o polonês Wojciech Kilar (1932-2023). A apresentação conta com a presença de dois solistas, a soprano Alzeny Nelo e o violinista polonês Mariusz Monczak, que também é o diretor artístico do 3o Festival Szymanowski no Brasil.

Neste ano, a 3a edição do Festival tem concertos programados para a Pinacoteca Potiguar, Auditório Onofre Lopes da Escola de Música da Universidade Federal do RN (UFRN), Igreja Nossa Senhora da Apresentação e na Igreja do Galo, além de concertos em Tibau do Sul e no “Habitat Marte”, em Caiçara do Rio do Vento.

Outras atividades

O evento também contará com palestra da musicóloga Ewa Monczak e diversas masterclasses e atividades educacionais. A programação completa pode ser conferida nas redes sociais da Escola de Música da UFRN (veja – @filarmonicaufrn).

O Festival Szymanowski no Brasil é um evento organizado em parceria com a Escola de Música da UFRN e pela Fundacja Ars Activa, da Polônia. O nome do festival refere-se a Karol Szymanowski (1882-1937), renomado compositor polonês (pronuncia-se “ximanóvski”) cujas obras serão tocadas em algumas das apresentações.

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Categoria(s): Cultura
sábado - 24/02/2024 - 12:30h
Selo de qualidade

Serviço de Inspeção Municipal recebe comitiva cearense

Allany Medeiros (centro) acompanha e explica aspectos gerais do Sim municipal (Foto: PMM)

Allany Medeiros (centro) acompanha e explica aspectos gerais do Sim municipal (Foto: PMM)

O Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Mossoró recebe nesta semana uma comitiva do estado do Ceará (CE). Delegação conhece o trabalho dos técnicos locais na inspeção de produtos de origem animal e vegetal. O Sim de Mossoró é referência no país, sendo o 24º a receber equivalência de produtos de origem animal e o primeiro a receber o selo para produtos de origem vegetal.

Órgão vinculado à Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU), comandada pelo médico veterinário Faviano Moreira, o Sim mossoroense é uma referência procurada por vários municípios, em especial do Nordeste.

“Desde quinta-feira (22), o Serviço de Inspeção Municipal de Mossoró está recebendo a comitiva do Estado do Ceará (CE) para uma troca de experiências. Eles observaram todo o nosso processo de funcionamento, desde a legislação a empresas com registro conosco. Tiram dúvidas com a nossa equipe e estamos mostrando à comitiva como é que funcionamos”, explicou Edimar Teixeira, engenheiro agrônomo e integrante do Sim da Prefeitura Municipal de Mossoró.

Allany Medeiros, médica veterinária do órgão municipal, destaca esse intercâmbio realizado com outras equipes do país. Lembra que no início do processo de instalação do Sim municipal, não houve oportunidade de troca de experiência com outros órgãos já existentes e consolidados. Paralelamente, assinala disposição da Seadru/Sim em colaborar com quem procurar subsídios:

“A disponibilidade do Serviço de Inspeção Municipal em receber técnicos de outros municípios mostra que a gente tem interesse de auxiliar os colegas e os municípios a implantarem os seus serviços de inspeção, que é uma necessidade urgente de todos os estados e de todos os municípios, garantindo a segurança dos alimentos que são comercializados.”

O órgão tem por finalidade promover a segurança alimentar, por meio de ações de saúde pública e combate à clandestinidade. Todo produto de origem animal ou vegetal, minimamente processado, para ser comercializado precisa estar carimbado ou rotulado, constando dados sobre o fabricante e o produto, além do órgão fiscalizador. Produto não identificado é de origem desconhecida, clandestino.

Equipe preparada

Assistente técnica da Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (DAS/CE), a médica veterinária Adriane Paixão destacou o empenho e competência dos integrantes do Serviço de Inspeção Municipal de Mossoró:

“O que a gente sente da equipe do Serviço de Inspeção de Mossoró é a coesão. É um trabalho muito unificado e padronizado. O corpo técnico é muito bom. Vemos que é uma equipe bem preparada. Acho que é o primeiro município que eu venho que só na Secretaria de Agricultura a gente tem quatro médicos veterinários, no caso de Mossoró, são quatro médicas veterinárias.”

Integrantes do Serviço de Inspeção Municipal e a comitiva do Ceará estiveram numa empresa local que obtém o selo para a comercialização de seus produtos. Fausto Moreno, secretário de Agricultura de Quixadá (CE), identifica a qualificação do Sim de Mossoró:

“Quero parabenizar o compromisso da Secretaria de Agricultura de Mossoró pelo trabalho que é desenvolvido. A notícia que tínhamos comprovamos aqui. O Sim de Mossoró é um dos melhores do Brasil e estamos constatando in loco”.

A procura por informações técnicas e legais sobre implantação e atuação do Sim atrai interesses de outros estados. Em outubro do ano passado, por exemplo, uma delegação de Alagoas esteve em Mossoró para idêntica captação de conhecimento.

Secretário Faviano Moreira e Allany Medeiros receberam comitiva de Alagoas em outubro de 2023 (Foto: Arquivo)

Secretário Faviano Moreira e Allany Medeiros com comitiva de Alagoas em outubro de 2023 (Foto: Arquivo)

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sábado - 24/02/2024 - 10:46h
Catolé e Jericó

Simpósio do Cariri Cangaço ocupa espaço no sertão paraibano

Cariri Cangaço - Catolé do Rocha - Jericó 23 a 25 de Fevereiro de 2024Está em andamento desde a noite dessa sexta-feira (23), o I Simpósio Cariri Cangaço – Catolé do Rocha e Jericó. Programação no sertão paraibano, com pesquisadores, historiadores, escritores e diversos interessados no tema vai se estender até o domingo (25), entre esses dois municípios.

Programação teve primeiras atividades à noite, no Auditório do Colégio Normal Francisca Mendes, em Catolé do Rocha. Abertura, feira de livros e artesanato, mostra itinerante do Museu da Polícia Militar da Paraíba, entrega de comendas, posse de novos integrantes e apresentações artísticas marcaram o evento.

A programação tem sequência hoje e domingo entre Catolé do Rocha e Jericó.

O evento é uma realização do Instituto Cariri do Brasil, Conselho Alcino Alves Costa – Cariri Cangaço, com apoio da Prefeitura Municipal de Catolé do Rocha, Prefeitura Municipal de Jericó, Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA), Secretaria da Cultura do Estado da Paraíba e Polícia Militar da Paraíba

Apoio Institucional

Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC)

Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço (ABLAC)

Academia Brasileira de Estudos do Sertão Nordestino (ABRAES)

Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço (GPEC)

Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará (GECC)

Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco (GECAPE).

Veja programação completa AQUI.

Nota do BCS – Infelizmente não posso estar presente nesse grande evento. Sucesso, comandante Manoel Severo Barbosa, curador do Cariri Cangaço.

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sábado - 24/02/2024 - 08:28h
Eleições 2024

Republicanos cuida, pausadamente, de priorizar sua nominata

Claudionor coloca nominata como prioridade; majoritária não tem pressa (Foto: 95 FM/Arquivo)

Claudionor coloca nominata como prioridade; majoritária não tem pressa (Foto: 95 FM/Arquivo)

Encontro-me casualmente num restaurante de Mossoró com Claudionor dos Santos, ex-presidente da Câmara Municipal de Mossoró.

De imediato, lógico, conversamos sobre política nativa, nominatas a vereador, o partido que é vice-presidente no município – Republicanos – e sobre atividades produtivas do seu cotidiano.

Com impedimento à nova disputa à vereança, ele faz planos e trabalha na articulação de chapa à Câmara Municipal este ano. Garante que o partido estará forte para conquista de espaço na próxima legislatura.

Claudionor foi vereador por cinco mandatos e pondera que as conversas internas priorizam nominata. Sobre apoio à qualquer candidatura majoritária, não existe pressa. Até porque o cenário é de completa indefinição na oposição, campo político onde não existe um único pré-candidato às claras. Só existe um pré-candidato: o prefeito Allyson Bezerra (UB).

“Estamos cuidando das pré-candidaturas e seguindo nessas conversas internas,” fala bem ao seu estilo de voz pausada, medida, quase inaudível.

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sábado - 24/02/2024 - 06:48h
Inverno 2024

Reservatórios do Seridó ganham boa descarga nessa semana

Açude Dourado tem uma semana de importante recarga (Foto: Igarn)

Açude Dourado tem uma semana de importante recarga (Foto: Igarn)

O Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN) identifica considerável melhoria nas condições hídrica de  reservatórios na região Seridó, nessa semana. O Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do RN, divulgado nesta quinta-feira (22), indica crescimento importante de volumes em açudes e barragens.

O açude Dourado, localizado em Currais Novos, continua recebendo recarga das chuvas e acumula 1.373.183 m³, percentualmente, 13,30% da sua capacidade total, que é de 10.321.600 m³. Há oito  dias atrás o manancial estava com  280 mil metros cúbicos, correspondentes a 2,71% da sua capacidade total.

Outros reservatórios localizados na bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu também receberam recarga, entre eles, a barragem Marechal Dutra, conhecida como Gargalheiras, que começou a ter aumento das suas reservas hídricas e acumula 726.944 m³, correspondentes a 1,63% da sua capacidade total, que é de  44.421.480,00 m³.

No relatório do dia 15 de fevereiro, o reservatório estava com 630 mil metros cúbicos, equivalentes a 1,42% da sua capacidade total.

O reservatório Boqueirão de Parelhas acumula 4.990.010 m³, percentualmente, 5,88% da sua capacidade total, que é de 84,79 milhões de m³.

No relatório de meados de fevereiro, a barragem estava com 4,93 milhões de m³, equivalentes a 5,81% da sua capacidade total.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 24/02/2024 - 06:22h
Investimento

Aeroporto ganhará Centro de Informações Turísticas

Aeroporto de Mossoró ganhará serviço a partir de 5 de março (Foto: Arquivo)

Aeroporto de Mossoró ganhará serviço a partir de 5 de março (Foto: Arquivo)

Do Blog Saulo Vale

O Aeroporto Governador Dix-sept Rosado, situado em Mossoró, receberá um Centro de Informações Turísticas, por iniciativa da ProTurismoRN.

A inauguração oficial desse novo serviço será no dia 05 de março de 2024, às 9h, no Saguão de Espera.

Segundo a entidade, o objetivo é  “promover o turismo local e consolidar Mossoró como um destino turístico vibrante”.

Sobre a ProTurismoRN

Filiada à Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Norte (OCERN) e à Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), a ProTurismoRN é uma cooperativa de trabalho de turismo e aliança de empresas, marcas, empresários e profissionais do turismo, cultura, gastronomia, artesanato, entretenimento, lazer, eventos e empreendedorismo social. Com sede em Mossoró, tem como Missão “Despertar, Direcionar e Desenvolver o Progresso da região Oeste Potiguar por meio do Turismo”, com seus agentes, equipamentos e instituições.

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sábado - 24/02/2024 - 05:50h
10 a 14 anos

Mossoró promove “Dia D” de vacinação contra a dengue

Nessa etapa o alcance chega ao público entre 11 e 14 anos (Foto ilustrativa)

Nessa etapa o alcance chega ao público entre 10 e 14 anos (Foto ilustrativa)

A Prefeitura de Mossoró realizará neste sábado (24) um “Dia D” de vacinação contra a dengue. Neste momento, a vacina está liberada para o público de 10 a 14 anos de idade.

A mobilização será realizada das 8h às 16h nos seguintes locais: Unidade Básica de Saúde (UBS) Maria Soares da Costa (Alto de São Manoel) e Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Chico Costa (Santo Antônio). Haverá ainda vacinação disponível no Partage Shopping, das 10h às 18h.

O “Dia D” é uma estratégia adotada para ampliar a oferta da vacina, facilitando o acesso do público à proteção em dia e horário alternativo. Uma medida importante para o avanço da campanha no município e ainda aumento dos índices de cobertura vacinal.

Os pais e responsáveis pelas crianças devem apresentar documento que comprove residência no município de Mossoró.

A vacina contra a dengue é aplicada em duas doses, com intervalo de 3 meses entre a primeira e a segunda.

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sábado - 24/02/2024 - 03:32h

Pensando bem…

“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais.”

Rubem Alves

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sexta-feira - 23/02/2024 - 17:32h
Forças de segurança

Irmão de foragido da Penitenciária Federal de Mossoró é preso

Johnney Weyd Nascimento da Silva foi preso nesta sexta-feira (Reprodução de redes sociais)

Johnney Weyd Nascimento da Silva foi preso nesta sexta-feira (Reprodução de redes sociais)

Do portal R7, G1 AC, Mossoró Hoje, BCS e outras fontes

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AC), no Acre, prendeu na manhã desta sexta-feira (23), o irmão de um dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. O homem é condenado por roubo e participação em organização criminosa e estava com mandado de prisão em aberto.

Johnney Weyd Nascimento da Silva tem 40 anos e tinha mandado de prisão em aberto; ele é irmão do fugitivo Deibson Nascimento. Sua prisão não significa, necessariamente, que ele tenha tido contado direto ou indireto com o irmão, concorrendo para fuga.

A fuga dessa penitenciária – veja AQUI – de Rogério da Silva Mendonça, 35, e Deibson Cabral Nascimento, 33, ocorreu quarta-feira (14), portanto há nove dias. Eles são membros da facção Comando Vermelho (CV), no Acre, e estavam custodiados na penitenciária desde setembro do ano passado.

Os policiais chegaram até o irmão de um dos fugitivos durante as investigações sobre a fuga, uma vez que há várias forças de segurança envolvidas nas buscas, com trocas de informações, em diversos estados federados.

Outros presos

Entre quarta-feira (21) e quinta-feira (22), três pessoas foram presas por supostamente terem participado da fuga de detentos no presídio de segurança máxima em Mossoró. As prisões teriam ocorrido em flagrante no Rio Grande do Norte e o Ceará. Foram apreendidas armas, drogas, munições e um carro suspeito de ter sido usado para fornecer armas aos criminosos durante a fuga. O veículo estava na cidade de Baraúna, que fica a cerca de 20 km da penitenciária.

Segundo a Polícia Federal, também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró (bairro Quixabeirinha), Quixeré (CE) e Aquiraz (CE) – região metropolitana de Fortaleza-CE.

Força Nacional

Em Mossoró, a primeira parte de comboio com integrantes da Força Nacional está no município desde a madrugada desta sexta-feira, quando chegou à 0h, divididos em 58 homens e 15 viaturas. Participam da caçada aos fugitivos.

A outra parcela tinha chegada prevista para o fim da tarde de hoje. O grupo completo contará com 111 policiais e bombeiros militares.

Eles estão atuando em várias frentes em Mossoró, reforçando trabalho da Polícia Federal (PF), Polícia Penal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar.

Veja abaixo reportagem especial sobre a fuga, exibida domingo (18) no programa “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão:

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sexta-feira - 23/02/2024 - 10:24h
Política

Senador tem agenda em Mossoró nesta sexta-feira

Marinho já tinha sido internado antes do evento de segunda-feira (Foto: Reprodução)

Marinho não teve agenda detalhada (Foto: Reprodução)

O senador Rogério Marinho (PL) aporta em Mossoró à tarde desta sexta-feira (23).

Sua assessoria não divulgou a agenda do congressista em solo mossoroense nem o  tempo que ficará.

É certo, que vai se reunir com a cúpula do seu partido na cidade e representantes partidários de outros municípios circunvizinhos.

Marinho preside o PL no RN.

Em Mossoró, o presidente é o ex-vereador Genivan Vale.

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sexta-feira - 23/02/2024 - 08:14h
Investigação

Bolsonaro e militares se calam na Polícia Federal

Do Canal Meio e outras fontesCalar, silêncio, boca fechada

Como parte das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve ontem na sede da Polícia Federal em Brasília, mas permaneceu calado e saiu do prédio em pouco menos de meia hora. A defesa afirmou que o ex-presidente “nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista”.

“Esse silêncio é uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos pelos quais está sendo imputada ao presidente a prática de certos delitos”, afirmou o advogado Fabio Wajngarten, referindo-se à falta de acesso à delação do ex-ajudante de ordens e Mauro Cid e aos conteúdos obtidos em celulares apreendidos pela PF. A defesa de Bolsonaro disse que ele prestará depoimento assim que for “garantido o acesso”. (g1)

Outras 22 pessoas, incluindo ex-ministros e militares, foram intimadas a prestar depoimento ontem, de forma simultânea. Na contramão de outros aliados de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres falaram à PF.

A defesa de Valdemar disse que ele “respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas”, mas não deu detalhes. A defesa de Torres, cujo depoimento avançou até o início da noite, também confirmou que ele respondeu a todas as questões. (Folha)

Também foram à sede da PF os ex-ministros Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Quatorze depoimentos foram colhidos em Brasília, quatro no Rio de Janeiro, dois em São Paulo, um no Paraná, um em Minas Gerais, um no Mato Grosso do Sul e outro no Espírito Santo. Os militares mantiveram o pacto de silêncio. (Globo)

Enquanto isso… o Exército oficializou o afastamento de dois militares presos na operação Tempus Veritatis. São eles o coronel de cavalaria Bernardo Romão Corrêa Neto e o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. (UOL)

Oliver Stuenkel: “Foi um ex-general de alto escalão – o vice-presidente de Bolsonaro, Hamilton Mourão – que ajudou a alertar os EUA para a perspectiva de um golpe. De acordo com uma investigação de 2023 do Financial Times, Mourão expressou preocupação com as correntes antidemocráticas dentro das Forças Armadas ao ex-embaixador dos EUA no Brasil, Tom Shannon, durante um almoço privado em Nova York em 2022. Independentemente de como os laços EUA-Brasil evoluíram desde 2022, a estratégia americana para o ano eleitoral em relação ao Brasil continua a ser um sucesso notável da política externa americana”. (Foreign Policy)

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 23/02/2024 - 07:46h
Saúde

Tarcísio Maia enfrenta mais problemas em troca de terceirizada

Em reportagem da TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10, o Sindicato dos Médicos do RN (SINMED/RN) e representante da categoria informam acentuada precariedade nos serviços do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, com mudança brusca de terceirizada. Sindicato denuncia que a nova prestadora de serviço, a Coopsaúde, não cumpre exigências de edital e precariza mais ainda os serviços.

Médicos estão sendo convidados pela Coopsaúde para atuação no HRTM, mas se queixam que há débito de mais de quatro meses de salários com a empresa anterior, não repassados pelo Governo do RN. O agravante, é que o valor de plantões ofertados pela Coopsaúde é 30% menor do que recebiam – sempre com longos atrasos.

O Conselho Regional de Medicina (CRM/RN) também avalia essa transição e já fez inspeção no hospital dia passado.

Governo

Paralelamente, o Governo do Estado destacou uma equipe da própria Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP/RN) para estar em Mossoró, no HRTM. A ordem é fazer o sistema funcionar antes que ocorra um colapso no atendimento.

Na quarta-feira (21), a governadora Fátima Bezerra (PT) convocou ao seu gabinete a titular da Sesap, médica Lyane Ramalho Cortez, pedindo providências. O que está ruim não pode ficar muito pior – deixou claro.

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