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domingo - 16/10/2022 - 13:22h

Maranhão – Capítulo X

Por Inácio Augusto de Almeida 

Não foi muito difícil enganar os outros marujos. Embrenhou-se na mata e rezava para que logo escurecesse. Sabia que os outros voltariam ao navio antes do sol se pôr. Tinham medo de criaturas fantásticas. Lopez tinha mais ódio do Alonso.

Foto ilustrativa da Web

Foto ilustrativa da Web

Sentia, com a chegada da noite a presença de mosquitos. Não era de acreditar em monstros d’água. Sempre desconfiara destas estórias. Achava que eram lendas contadas aos marujos para que não desertassem. Somente quando a jiboia açu roçou as suas pernas foi que se deu conta de que uma enorme cobra estava ao seu lado. O medo o tornara estático. Nem respirar conseguia. Soprou todo o ar que estava nos pulmões ao ver o grande réptil mergulhar por completo na água.

Já tinha caminhado bastante desde que se afastara dos marinheiros. Olhou para cima e por entre a folhagem, viu estrelas que brilhavam intensamente. O cansaço da caminhada em ritmo forçado, os dias na solitária, o medo, tudo lhe dava uma fadiga que começava a tomar conta de todo o seu corpo. Não sentia sede nem fome. Estava totalmente exausto.

Sentiu no rosto os primeiros raios de sol de uma manhã que se mostrava bastante clara, apesar da vegetação espessa. O céu que deu para vislumbrar era de um azul total. Descobriu que na sua caminhada desvairada tinha chegado a um rio. Um grande rio.

Olhou para cima novamente e, vendo o grande céu azulado, deu ao rio o nome de rio Anil. Não era assim que faziam os grandes descobridores?… E conseguiu rir. Riu por se sentir um grande descobridor e por se lembrar da cara que o Alonso devia estar fazendo.

Na outra margem notou que havia movimento. De imediato, deitou-se, certo de que eram os marujos do Alonso à sua procura. Estava disposto a morrer, mas jamais voltaria àquele navio. Lopez permaneceu totalmente imóvel até notar que eram uns selvagens chegando para o banho e para a pesca. E viu que as índias eram bonitas. E jurou que nestas terras ficaria.

ACOMPANHE

Leia tambémMaranhão – Capítulo I;

Leia tambémMaranhão – Capítulo II;

Leia tambémMaranhão – Capítulo III;

Leia tambémMaranhão – Capítulo IV;

Leia tambémMaranhão – Capítulo V;

Leia tambémMaranhão – Capitulo VI;

Leia tambémMaranhão – Capítulo VII;

Leia também: Maranhão – Capítulo VIII;

Leia também: Maranhão – Capítulo IX.

Inácio Augusto de Almeida – Boêmio/Sonhador

(Continua no próximo domingo)

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Categoria(s): Conto/Romance

Comentários

  1. A de Andrade diz:

    Alguém aí perde tempo lendo isso? Eu não.

  2. Amorim diz:

    Começar as 20 horas um saudoso programa de TV, Telecatch, com direito até aTed Boy Marinho.
    Com direito a voadora e tudo mais!
    .ancada sorte.
    Pode se também briga de galo na rinha!
    Bom domingo

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