terça-feira - 11/01/2022 - 22:20h
TCM-Telecom

Um bate-papo com Carol e Vonúvio no Cenário Político

Carol e Vonúvio são os âncoras do programa (Foto: redes sociais)

Carol e Vonúvio são os âncoras do programa (Foto: redes sociais)

O programa Cenário Político da TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom) vai conversar com o editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos). Será na próxima nesta sexta-feira (14).

A gente vai ficar no ar a partir das 19h25.

Nosso bate-papo será com os âncoras-jornalistas Carol Ribeiro e Vonúvio Praxedes.

Bastidores

Bastidores da política, sucessão estadual, disputa presidencial, pesquisas, gestões públicas e outros assuntos correlatos vão estar em discussão.

O público pode acompanhar no Canal 10 da TCM, pelo App TCM10Play, ou no Site www.tcmplay.tv.br.

O telespectador pode participar enviando mensagem para: WhatsApp (84) 98802-8979, mas também tem opção de de acompanhamento pelo Facebook facebook.com/cenariopoliticotcmTwitter twiter.com/cenariopoliticotcm ou Instagram //www.instagram.com/cenariopoliticotcm/.

Até lá.

Aguardo você! Aguardamos, que se diga.

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Categoria(s): Comunicação / Política
domingo - 09/01/2022 - 07:02h

Bons auspícios

Por Marcos Ferreira

Agora bate em meu peito um coração apaziguado. Porque não me encontro refém, não ao menos hoje, de ímpetos misantrópicos ou furores políticos. Careço me livrar dessas toxinas que envenenam meu coração e minha alma. Supondo-se, claro, que possuo tal coisa. Talvez possua, pois toda noite me vejo voando fora desta carcaça que, num futuro próximo, a bicharia há de roer. Pois é, ganho os ares feito um Clark Kent sem o seu traje impecável, sem capa vermelha.Boas notícias - redes sociais, emoji, sorrindo

Está visto que não sou o Homem de Aço. Sou, quando muito, um minúsculo homem de letras. Digo isto sem charminho nem falsa modéstia. Repito aqui, advogando em causa própria, aquele aforismo do modernista Mário de Andrade: “Devemos chamar ao tostão pelo seu modesto nome de tostão”. Sempre me esqueço de narrar esses voos oníricos ao meu psiquiatra, o Dr. Dirceu Lopes.

Acho que 2022 começou com bons auspícios para mim. Sobretudo pelas precipitações pluviométricas (gosto desta expressão dos meteorologistas) nos últimos dias. Amo este céu plúmbeo, nublado, com chuvas volumosas e duradouras, apesar da situação periclitante do meu telhado e desta Euclides Deocleciano, que depressa se transforma numa espécie de souvenir do rio Amazonas. Aprecio tudo isso. Que me perdoe o querido poeta Aluísio Barros, fã do astro-rei.

Examino este início de ano e pressinto que vêm coisas boas por aí. Estou mais propenso às amizades e à concórdia. Até o jornalista Carlos Santos, meu editor, aceitou um convite meu para um cafezinho numa tarde-noite de prosa muito instrutiva e descontraída. Faltou, entre outros, o cronista Odemirton Filho para dividirmos um pacote de bolachas sete-capas da panificadora Meçalba.

Atendendo a uma antiga sugestão do Dr. Dirceu Lopes, enfim me matriculei numa academia de ginástica. É a busca (ou retomada) pela minha outrora admirável performance de atleta amador de voleibol, quando eu saltava mais de oitenta centímetros e pesava sessenta e oito quilos, dez a menos do que hoje. No momento, portanto, estou bem. Os novos antipsicóticos, exceto por algumas reações adversas de natureza leve, parecem atuar melhor que os anteriores.

A saudade de Gudãozinho, minha mimosa gatinha envenenada recentemente por um elemento perverso, ainda é algo com que preciso lidar melhor. Ela continua presente por meio das fotos no telefone, dos vídeos, da caixa de areia, das vasilhas de água e ração, dos brinquedos e da caminha onde dormia. Fiquei arrasado. Porém há outros bichinhos de rua por aí precisando de amparo e amor.

Este ano, como diz a letra daquela música, “quero paz no meu coração” e também no meu espírito, coisas estas que desejo a todos os meus hipotéticos e estimados leitores. Aqui, enquanto escrevo estas páginas, o clima segue ameno, sem aquele costumeiro mormaço de Mossoró. Há pouco um pardal entrou pela porta da cozinha, voou até as rótulas da porta da frente e retornou por onde viera. Não sei o que ele queria, entretanto lamentei não ter ficado um pouco mais.

Há bastantes pássaros à volta desta casa. É um luxo, uma riqueza, contar com o canto deles a todo momento do dia. Alguns agora vêm à mesa do terraço, dominam o quintal, especialmente depois que Gudãozinho morreu. Como vivo aqui sozinho há uns quinze anos, penso que eles se habituaram a mim. Julgam-me, com razão, inofensivo. Do mesmo modo as lagartixas, pombos, iguanas.

Não as hostilizo, não as apedrejo, contudo devo confessar que as lagartixas me aborrecem quando, vez por outra, alguma invade a casa. Além disso, recordam-me certos indivíduos sem opinião própria, balançando a cabeça a tudo e a todos. Mas, ao contrário daquelas figuras, as lagartixas caçam os monstros que mais me causam medo, asco, repulsa, pavor — baratas. Embora aqui em casa quase inexista lixo orgânico, coisa que atrai esses monstros de asas envernizadas.

Outra coisa que muito me agrada aqui, além da variedade de pássaros canoros, é o barulho constante do vento arengando com os ramos da grande mangueira na residência aos fundos desta. Lembra-me o som da chuva, o quebrar das ondas em uma praia tranquila, bem longe, por exemplo, daquela fuzarca de Tibau. Agora lhes peço licença. Pois desejo ir para a academia. Não a de letras.

Que este seja um ótimo ano para todos.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
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sábado - 08/01/2022 - 09:14h
Saúde

Novamente zerado e sarado

Amanheci zerado e sarado.

Tive apenas sonolência ontem (sexta-feira, 7), um dia após a terceira dose de vacina Pfizer contra a Covid-19.

Nada mais.

Portanto, pronto para a rotina e com as mesmas prevenções por zelo por mim e à humanidade, incluindo os que não se vacinam por opção.

Simbora!

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segunda-feira - 03/01/2022 - 23:04h
Covid-19

A terceira dose e a dor única

Essa semana espero receber a terceira dose de vacina contra a Covid-19.

Logo, à mente, vem a imagem de várias pessoas que foram vítimas dessa doença.

Amigos, conhecidos socialmente, figuras públicas, anônimos com história cativante…

Toda dor é única, eu sei.

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sexta-feira - 31/12/2021 - 21:00h
2022

Feliz Ano Novo

Vai dar tudo certoRendo-me ao calendário e ao formalismo, mas com todo o sentimento do mundo.

Feliz Ano Novo a você, seus familiares e amigos.

Cuide-se.

Depois voltaremos à rotina nessa página.

Amém!

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domingo - 26/12/2021 - 06:38h

Arengas no blog

Por Marcos Ferreira

Como em toda expressão de arte, o literato trabalha para alcançar um público que, na sua quase totalidade, ele desconhece. Isso, todavia, parece instigar ainda mais o homem de letras. Pois sua grande gloria é saber, ao menos desconfiar, que está sendo lido por alguém em qualquer parte do seu macro ou microcosmo. Nem sempre, contudo, esse vínculo remoto é só aplauso. Algo natural. É que no meio dos leitores comuns estão os críticos literários, alguns bem rançosos.

Outros não são propriamente críticos, mas gostam de dar um palpite na produção de terceiros. Nomes de baixo e alto relevos já se envolveram nesse exercício de análise ou achismo. Um dia o jovem Bruxo do Cosme Velho fez um juízo desabonador acerca duns versos do então poeta Sílvio Romero e isso nunca foi perdoado. Como crítico, Romero devotaria a Machado um ódio incurável.briga, luta, confronto, confusão, disputa física,

Quem convive com o micróbio da literatura está sujeito a experienciar algo assim. Há casos extremos em que autores e obras se tornam malditos. Lembram o sufoco de Gustave Flaubert? Ele findou no banco dos réus francês ao divulgar sua obra-prima, Madame Bovary (1857), visto como o “romance dos romances” e considerado o pioneiro dos romances realistas. Dostoiévski foi parar diante de um pelotão de fuzilamento, tendo sua pena comutada no último instante.

Existe uma porção de grandes autores, inclusive cronistas, que já tornaram conhecidos alguns textos (até livros) um tanto inferiores a outros que publicaram. Mestres como Graciliano Ramos e Machado de Assis, por exemplo, têm os seus pontos altos e baixos, muito embora os altos possuam predominância. Porque os escritores, assim como as ostras, não produzem somente pérolas.

Minha crônica de domingo passado (19/12/2021) desagradou bastante ao exigente leitor Carlos Magno, o que provocou um bate-boca deste com o cronista Inácio Augusto de Almeida, pessoa esta que, a exemplo de Magno, eu conheço apenas pela sadia convivência que mantemos no ilustrado blogue do jornalista Carlos Santos. Pois é. Não tive a intenção, no entanto a minha crônica gerou discórdia, uma rusga entre os senhores Carlos Magno e Inácio Augusto de Almeida.

“Esse texto não parece produção do maior escritor de Mossoró. Marcos, com todo respeito, esse texto está sofrível”, afirmou Magno sobre minha crônica. Isso bastou para que Inácio interferisse dando uma voadora em Magno: “Escreva um texto e depois critique o texto dos outros. Todo crítico carrega consigo a cruz da mediocridade. E estão condenados ao esquecimento”, rebateu Inácio.

Daí por diante, no curto período do domingo para a segunda, já haviam trocado diversas “amabilidades” no espaço reservado à opinião dos leitores. Em minha defesa, portanto, o senhor Inácio soltou os buldogues em cima do senhor Magno, que não reagiu com menos ferocidade. Lamento profundamente que os dois tenham se engalfinhado por minha causa. Estimo tanto um quanto o outro. E trato com respeito todos que acompanham os meus escritos dominicais.

Quero frisar que “o maior escritor de Mossoró” não é uma distinção que reivindico. Deixo na conta do senhor Carlos Magno, que já elogiou textos meus tanto na época em que eu os publicava no jornal O Mossoroense quanto na Revista Papangu. Aqueles, excluindo alguns excessos e inexperiências, foram tempos bons. Aprendi muita coisa. Porque ninguém nasce pronto e acabado.

Quando o editor deste Canal BCS (Blog Carlos Santos) me convidou a integrar o seu elenco de colaboradores, confesso que supus que minhas crônicas não fossem contar com muita audiência. É verdade que vez por outra, especialmente se toco no assunto da política, acabo abespinhando certos indivíduos. Estou no saldo. Não ambiciono unanimidade. Isso fica para quem não tem opinião própria e vive em cima do muro balançando a cabeça, feito lagartixa, para tudo e todos.

Claro que o senhor Magno tem todo o direito de não gostar do meu texto. Sobretudo daquele em que execrei o governo Bolsonaro e indaguei sobre os cento e trinta mil reais que os vereadores de Mossoró supostamente empregaram na compra de alho, coentro, cebola, tomate e pimentão. Por outro lado, convenhamos, o senhor Inácio também tem o direito de discordar do senhor Magno.

Divergir, ter opinião diferente, é salutar para o engrandecimento de um debate democrático, sem ataques nem ofensas. O último domingo, entretanto, foi de ânimos acirrados neste blogue. Até o escritor François Silvestre, sertanejo aguerrido, trocou uns bofetes verbais com alguns leitores. Fique tranquilo, homem. O Lula vem com todo o gás, e o meu voto é dele. Pois eu votaria até no falecido Enéas Carneiro se ele tivesse reais chances de expelir o Energúmeno do poder.

— Cadê o coentro?! — indaga Inácio.

Ninguém responde. Silêncio sepulcral na Câmara. Toda a vereança se mantém de bico fechado. O edil Lawrence Amorim, presidente da Casa, também faz ouvidos de mercador. Mas Inácio, incansável vigilante do erário mossoroense e das verbas dos contribuintes, quer saber onde foi parar tanta verdura. Ele também critica, com razão, o novo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Mudemos de assunto. Minha Natália puxa minhas orelhas sempre que toco em política. Quero pedir aos senhores Inácio e Magno que se deem um aperto de mão virtual para restabelecer a concórdia. Não vale a pena brigar. Ainda menos, como diria Carlos Santos (o ex-Homem dos Suspensórios), por um “escritor mundialmente desconhecido”. A vida é tão efêmera, tão curta para que a desperdicemos com nonadas, picuinhas. Quando achamos que estamos aqui, já partimos.

Aí tudo fica para trás: a família, os amigos, o gato, o cachorro, o emprego, a conta-corrente, o prestígio, o status, a vaidade. Não importa o quanto tenhamos. Ficamos sem coisa alguma. Exceto por um traje de madeira, algumas rosas e um pequeno pedaço de chão num condomínio sossegado onde vamos estudar a “frialdade inorgânica da terra”, como naquele soneto de Augusto dos Anjos.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 19/12/2021 - 08:42h

A Princesa de Milton

Por Carlos Santos

Milton Marques de Medeiros, “Doutor Milton”, como solenemente muitos tratavam esse médico, empresário, bacharel em direito, professor, escritor, jornalista, tinha uma especial paixão pelo rádio. Algo atávico, não sei explicar. Entre as muitas conversas que tivemos, nunca veio à minha mente lhe perguntar onde e como nascera esse vínculo afetivo.

Milton Marques em 2011, lançamento do livro "Só Rindo - II", sob o olhar do autor dessa crônica e da publicação (Foto: Ricardo Lopes)

Milton Marques em 2011, lançamento do livro “Só Rindo – II”, sob o olhar do autor dessa crônica e da publicação (Foto: Ricardo Lopes)

Mas, de minha memória, não saem imagens dele agarrado a um rádio receptor nos salões, estúdios, salas e corredores da TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom), acompanhando transmissões radiofônicas. Olhos atentos, ouvidos mais ainda.

Quanto à Princesa, sua Princesa, a relação sempre foi ainda mais intensa. Poderia ter-se separado e a deixado para trás. Porém, fez diferente. Sócio também em outras emissoras radiofônicas no RN, Milton Marques resolveu se desfazer desse vínculo empresarial de uma vez. Contudo, com uma exceção: a Rádio Princesa do Vale.

Perguntado sobre o porquê dessa decisão, era econômico nas palavras, mas enfático, sem deixar espaço para contraponto do interlocutor:

– É como um filho; filho não se vende.

A Princesa de “Milton”, era assim que eu o tratava, sem o “doutor”, chega aos 40 anos seguindo à risca o que estava planejado por ele. A morte o arrebatou de nós no dia 22 de abril de 2017, mas não o flagrou desprevenido ou alheio a nada do que lhe era importante, como essa rádio. E sua família, segue à risca os planos traçados, as aspirações manifestadas e o zelo de pai.

Costumo falar nas conversas com seu comandante-em-chefe Lucílio Filho, na emissora há 36 anos, sobre a força catalisadora dessa rádio, umas das mais representativas e paradigmáticas do universo radiofônico do RN. É tudo isso porque é exatamente isso.

Sobreviver à própria composição societária babélica lá do início, com 33 componentes, se manter inteira e íntegra num ambiente sempre conflagrado pela política paroquial, regional, estadual e nacional, além de ser autossustentável economicamente, não é para qualquer uma. É para a Princesa, antes AM, agora em Frequência Modulada (FM).

Com certeza, Milton, “Seu Milton”, “Doutor Milton”, como queira, deve sentir um orgulho enorme – mas discreto, quase imperceptível, como sempre foi seu perfil terreno -, do que legou para o Assu, o Vale e à sociedade alcançada pelo sinal de sua Princesa.

De minha parte, a gratidão pela amizade generosa, a capacidade de ouvir, os conselhos e alguns gestos demasiadamente largos e diluvianos, em afeto, que recebi por tanto tempo e em tantas ocasiões.

– Entre, camarada. Vamos conversar (diria ele à porta de sua sala na TCM, já vaquejando minha entrada até a cadeira à sua frente).

– Vamos, Milton. A gente tem muito ainda o que falar.

Carlos Santos é jornalista do Canal BCS – www.blogcarlossantos.com.br

*Texto originalmente publicado na revista Princesa – 40 Anos (veja AQUI), lançada no último dia 9, em Assu.

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Categoria(s): Crônica
segunda-feira - 29/11/2021 - 13:44h
PorFalar

“Allyson tinha tudo para escolher a mulher como candidata e não quis”

Da Super TV

Em entrevista dada pelo jornalista Carlos Santos ao programa programa PodFalar, da Super TV, ele analisou o porquê do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) trabalhar os nomes do ex-vereador Soldado Jadson (Solidariedade) e o atual presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (Solidariedade), respectivamente a deputado estadual e deputado federal.

“Allyson tinha tudo para escolher a própria mulher e não quis (…), se fosse por vaidade e individualismo (…)”, disse. Sob essa ótica, o nome a estadual ou federal seria da primeira-dama Cínthia Pinheiro, fundamentou o editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos).

“Ele não escolheu Cínthia para não quebrar o discurso e mostrar às pessoas que estão em torno dele, participando da tessitura de um grupo, que não podem conjugar o verbo na primeira pessoa do singular (eu)”, comentou.

“O prefeito (Allyson Bezerra-Solidariedade) passa pelo primeiro grande teste político dele, como homem que está construindo uma liderança e formando grupo”, estimou.

Veja mais esse trecho da entrevista ao programa PodFalar, da Super TV. O programa foi ao ar nesta quarta-feira, 24 de Novembro, às 20h, pelo canal aberto 14.1, Brisanet 173 e pelas redes sociais.

O PodFalar é comandado pelo jornalista Saulo Vale e o advogado Jaílton Magalhães.

Veja também“Larissa nunca foi candidata de Rosalba a deputado estadual.”

Veja Também“Lawrence é um nome forte à Câmara Federal com apoio de Allyson”.

Veja também: “Henrique e Agripino têm mais influência do que maioria da bancada do RN.”

Veja entrevista completa clicando AQUI.

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segunda-feira - 29/11/2021 - 09:44h
Programa A Luz

Padre Flávio fala sobre todos os detalhes da Festa de Santa Luzia

Carlos Santos - banner de chamada do programa A Luz, dia 29 de novembro de 2021, com Padre Flávio Augusto Melo Forte, dentro da Festa de Santa Luzia 2021 - CorretoÉ nessa segunda-feira (29), a partir das 17 horas, através do Canal 10 da TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom) – clique AQUI, o programa especial “A Luz”.

O pároco da Catedral de Santa Luzia e coordenador da Festa de Santa Luzia 2021 em Mossoró, padre Flávio Augusto Forte Melo, falará sobre todos os detalhes desse grande acontecimento social e religioso, que terá início no próximo dia 3 (sexta-feira).

O programa estará no ar em todas as plataformas virtuais da emissora e ainda em reprise no domingo (5 de dezembro), às 12h30.

Atendendo a convite da coordenação do programa, o editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos) conversará com padre Flávio Augusto ao vivo.

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domingo - 28/11/2021 - 11:46h
PodFalar

“Lawrence é um nome forte à Câmara Federal com apoio de Allyson”

Da Super TV

Segundo avalia Carlos Santos, editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos), “Lawrence é um nome forte à federal, tendo a liderança de Allyson”.

Ele refere-se ao presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (Solidariedade), pré-candidato à Câmara Federal com apoio do prefeito mossoroense Allyson Bezerra (Solidariedade).

Porém, considera que o PT tende a eleger dois federais.

Veja esse trecho de entrevista de Carlos Santos ao programa PodFalar, da Super TV.

O programa foi ao ar nesta quarta-feira, 24 de Novembro, às 20h, pelo canal aberto 14.1, Brisanet 173 e pelas redes sociais. No comando, o jornalista Saulo Vale e o advogado Jaílton Magalhães.

Veja também: “Larissa nunca foi candidata de Rosalba a deputado estadual.”

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sábado - 27/11/2021 - 16:52h
PodFalar

“Larissa nunca foi candidata de Rosalba a deputado estadual”

Da Super TV

“Larissa Rosado nunca foi candidata de Rosalba Ciarlini a deputado estadual”.

Veja esse trecho de entrevista do criador e editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos), jornalista Carlos Santos, ao programa PodFalar, da Super TV.

O programa foi ao ar nesta quarta-feira, 24 de Novembro, às 20h, pelo canal aberto 14.1, Brisanet 173 e pelas redes sociais.

No comando, o jornalista Saulo Vale e o advogado Jaílton Magalhães.

Veja a íntegra da entrevista AQUI.

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sexta-feira - 26/11/2021 - 10:48h
Na televisão

“A Luz” de Santa Luzia num bate-papo com padre Flávio Augusto

Recebi convite e, de pronto aceitei, para participar do programa “A Luz”, que é apresentado pelo pároco da Catedral de Santa Luzia e coordenador da Festa de Santa Luzia 2021 em Mossoró, padre Flávio Augusto Forte Melo.Carlos Santos - banner de chamada do programa A Luz, dia 29 de novembro de 2021, com Padre Flávio Augusto Melo Forte, dentro da Festa de Santa Luzia 2021 - CorretoSerá às 17h de segunda-feira (29), através do Canal 10 da TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom) e de suas plataformas virtuais, com reprise no domingo (5 de dezembro), às 12h30.

No programa, a gente vai conversar com padre Flávio sobre a programação religiosa e social, a retomada de atividades presenciais, religiosidade, fé, o poder catalizador da padroeira e outros assuntos correlatos.

Até lá, então.

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quinta-feira - 25/11/2021 - 14:52h
Super TV

Carlos Santos fala de sucessão presidencial à política do RN

Da Super TV

Criador e editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos), o jornalista Carlos Santos foi o entrevistado dessa semana do programa PodFalar, da Super TV.

O programa foi ao ar nesta quarta-feira, 24 de Novembro, às 20h, pelo canal aberto 14.1, Brisanet 173 e pelas redes sociais. No comando, o jornalista Saulo Vale e o advogado Jaílton Magalhães.

O bate-papo descontraído abriu espaço para Carlos Santos falar sobre vida profissional, infância, educação, direito, imprensa e muita, muita política.

Ele avaliou a sucessão presidencial, possibilidade de retorno de forças tradicionais da política do RN na campanha 2022, formação de grupo e pré-candidaturas do prefeito mossoroense Allyson Bezerra (Solidariedade), o futuro do rosalbismo e rosadismo, corrida à Câmara Federal, avaliação dos atuais senadores e outras questões.

Acompanhe.

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terça-feira - 23/11/2021 - 11:48h
Entrevista

“PodFalar” da Super TV vai conversar com o editor do Canal BCS

PodFalar - Super TV de Mossoró, programa, Carlos SantosDa Super TV

Jornalista com atuação em rádio, tv, jornal, web e mídias alternativas, além de autor de livros, Carlos Santos é o convidado da semana no programa PodFalar da Super TV.

Ele é editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos)

O programa vai ao ar nesta quarta-feira, 24, às 20h, pelo canal aberto 14.1, Brisanet 173 e pelas redes sociais.

No comando, o jornalista Saulo Vale e o advogado Jaílton Magalhães.

O bate-papo está marcado.

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domingo - 31/10/2021 - 09:46h

O menino que não amava os livros

Por Carlos Santos

Tá bonito pra chover!” Expressão típica do nordestinês que tantas vezes ele ouvia, não era apenas antecipação de que testemunharia uma bela “precipitação pluviométrica”, como falavam os radialistas à época. Era senha em ordem implícita: deveria entrar rapidamente, fugir daquela benção que estava próxima de desabar no sertão.

Que privação cruel! O menino que queria correr nas calçadas, cruzar a rua, chutar poças de água e desaparecer naquela enxurrada como qualquer outro, sabia que não podia sequer imaginar-se em tantas traquinadas, que incluiriam obrigatórios banhos de bica.sonhar-com-crianca-brincando_450844810

Trovões ou raios que talvez rasgassem o teto do mundo, não eram os causadores da apreensão. Mirrado, era um milagre de sobrevivência, muito até por teimosia de dona Mariinha, a vó que virava “mãe” e o tinha sempre protegido à barra da saia.

Escravo da asma, era condenado a assistir à rotina de outras crianças que faziam da natureza o seu recreio de exaltação à liberdade. Pelas frestas da janela, fenda à porta, via o que era negado sem entender o porquê de não ter direito à infância normal.

“Olhe o mormaço! Saia daí”.

Quem poderia acreditar que água fizesse mal? Chuva, então?! Como? Quem o convenceria que tudo aquilo não fosse exagero ou má vontade?. Talvez os primeiros chiados pulmonares, o olhar aflito para o teto e aquela sensação de afogamento no seco fossem a prova de que não devia teimar em ser como os outros: criança.

Seria um menino daquele jeito mesmo: confinado, isolado, em conflito com os elementos – terra, água e ar, além daquele fogo de terra em brasa do sertão. O picolé não podia, mas aqui e acolá era permitido drená-lo no copo de alumínio, socado e prensado como se fosse sorvete.

Seu refúgio foram os livros. Não porque os amasse; não mesmo. Eram as companhias possíveis, que foram o abduzindo num teletransporte quântico de matéria. Eram sonhos, personagens, fantasias em capa e espada, viagens ao centro da terra, mergulhos submarinos, o lúdico como escapatória da realidade incômoda.

Tempo para consumir os Tesouros da Juventude, Enciclopédia Britânica (o Gooogle impresso da época), livros, livros e mais livros. Tudo ia sendo devorado como se alimento o fosse, num duelo contra o tempo e aquele clausura sem fim.

Não havia qualquer disciplina ou ordem pedagógica. No cardápio entrava ainda um pequeno rol de publicações ininteligíveis, que só anos ou décadas depois foram decifradas total ou parcialmente, como se fossem a Pedra de Roseta de Champollion.

Ele queria dá bicos na bola Canarinho ou apenas fazer parte do mundo lá fora. Queria jogar futebol sem saber, ser super-herói sem poder ou apenas um menino normal. Era “Carlinhos” que não amava os livros, que jamais jogou futebol nem se deu conta até hoje de que não nasceu para Batman ou Homem-Aranha, apesar de milhares de quadrinhos que povoaram seu quarto e cabeça.

Está na hora de ouvir Prelúdio para ninar gente grande (Luiz Vieira)… “Sou menino-passarinho com vontade de voar”.

Carlos Santos é criador e editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos)

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Categoria(s): Crônica
terça-feira - 28/09/2021 - 10:00h
Grande perda

Lá se foi nosso amigo “Chico de Neco Carteiro”

Chico, eu e o também escritor Clauder Arcanjo em 2009, Areia Branca, noutro lançamento de livro do autor nativo

Chico, eu e o também escritor Clauder Arcanjo em 2009, Areia Branca, noutro lançamento de livro do autor nativo (Arquivo pessoal)

Faleceu nessa terça-feira (28), em sua casa no Abolição I, em Mossoró, nosso amigo e escritor Francisco Rodrigues da Costa, um areia-branquense da gema.

O óbito foi de causa natura, provavelmente infarto enquanto dormia.

Aguardamos maiores informações sobre velório e sepultamento para transmitirmos a tantos amigos e admiradores.

Chico era um mossoroense de coração, sem nunca largar as raízes do seu lugar-berço.

Aquele mesmo que adorava ser tratado por “Chico de Neco Carteiro”, que tinha sempre um sorriso leve e uma palavra amena para seus interlocutores.

Alguém com a prosa sempre recheada de uma memória detalhista, fotográfica e cinematográfica.

Vá em paz, cabra!

E obrigado pela generosa amizade.

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Categoria(s): Gerais
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quinta-feira - 23/09/2021 - 17:12h
Rádio Rural de Mossoró

Jornal da Tarde e Blog Carlos Santos falam sobre política

Rural de Mossoró, rádio, microfone, Rádio RuralO Jornal da Tarde, da Rádio Rural de Mossoró, recebe nesta sexta-feira (24) o editor do Canal BCS – Blog Carlos Santos.

Bate-papo sobre política com o jornalista Saulo Vale, âncora do programa.

Na pauta, avaliações de governos, CPIs, eleições 2022 e muito mais.

É às 12h10, na AM 990.

Você também pode acompanhar pelo site ruraldemossoro.com.br.

Até lá.

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sexta-feira - 13/08/2021 - 12:12h
TCM-Telecom

A gente conversa sobre política no “Cenário Político”

Vonúvio, eu e Carol lhes aguardamos (Foto: arquivo)

Vonúvio, eu e Carol lhes aguardamos (Foto: arquivo)

O programa Cenário Político da TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom) nesta sexta-feira (13) faz análise com o editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos). Será das 19h25 às 20h10.

Vamos conversar sobre os últimos fatos do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, as alterações na legislação eleitoral e a disputa entre Poderes em Brasília.

A interpretação dos números ao Governo do Estado divulgados em últimas pesquisas também será assunto do programa de hoje.

O público pode acompanhar no Canal 10 da TCM, pelo app TCM10Play, ou no Site www.tcmplay.tv.br.

O telespectador pode participar enviando mensagem para: WhatsApp (84) 98802-8979, mas também tem opção de de acompanhamento pelo Facebook facebook.com/cenariopoliticotcm, Twitter twiter.com/cenariopoliticotcm ou Instagram //www.instagram.com/cenariopoliticotcm/.

Nossa conversa será com os âncoras-jornalistas Carol Ribeiro e Vonúvio Praxedes.

Até lá.

Aguardo você! Aguardamos, que se diga.

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  • Repet
domingo - 08/08/2021 - 05:22h

A imortalidade

Imortalidade, tempo, relógio,Por Carlos Santos

Não sei o tempo que me resta aqui na terra.

Mais um dia? Alguns meses?

Podem ser vários anos.

O certo é que não farei, do tempo, um resto de vida.

Tem que valer a pena.

Tem valido.

Cada segundo é precioso. Respirar apenas, não me basta.

Preciso existir nos outros, pelos meus atos e não apenas com a palavra que lapido no meu trabalho.

A imortalidade é o que deixamos no coração dos que ficam. Enquanto ele bater, pulsará também pelo o que fizemos de bom e útil.

Imortal!

Crônica originalmente publicada há quase dez anos, no dia 23 de outubro de 2011, às 13h32 (veja AQUI), que à semana passada foi lembrada e reproduzida por um amigo-irmão, Eudson Lacerda, em endereço próprio na plataforma Instagram. Gostei do resgate. Tanto tempo depois, ela segue representando o que penso, sinto e faço.

Carlos Santos é criador e editor do Canal BSC (Blog Carlos Santos)

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Categoria(s): Crônica
quinta-feira - 05/08/2021 - 10:00h
Reflexão

Gente feliz, gente infeliz

Felicidade e infelicidade, alegria, raiva -= 2Por Gilson Cardoso

3 de Agosto – O ambiente da internet (me refiro às redes sociais) tá cada vez mais perigoso.

Hoje, a cantora Walkiria Santos perdeu seu filho adolescente.

As críticas que o menino sofreu por conta de uma brincadeira postada foram o suficiente. Por que as pessoas se metem tanto na vida alheia?

Por Canal BCS (Blog Carlos Santos)

4 de Agosto – Pessoas infelizes dedicam boa parte do seu tempo a tornarem a vida alheia infeliz.

Há uma carga viral insana, contaminando muitas outras para mesmo fim: infelicitar os outros.

Quem está bem consigo, com seu entorno e mundo, está muito ocupado em desfrutar a vida e espalhar o bem.

*Diálogo travado na plataforma Twitter com o radialista Gilson Cardoso.

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  • Art&C - PMM - Sal & Luz - Julho de 2025
domingo - 13/06/2021 - 08:00h

Meu ópio negro

Café na xícaraPor Marcos Ferreira

Ela poderia, em se tratando de outro indivíduo, ter ofertado um litro de uísque escocês, por exemplo. Quem sabe uma garrafa de vinho espanhol. Ou, no caso de um tabagista esnobe, ostentoso, uma caixa de charutos cubanos. Chique, não é?! Pois há pessoas, inclusive entre aquelas que compõem a fauna dos literatos, que apreciam artigos ou mimos dessa natureza e origem.

Eu, porém, sem finesse, fidalguia nem pedigree, não tolero nenhuma das opções referidas. Daí que me senti deveras feliz na manhã de ontem ao ser presenteado com um simples pacote de café. Sim. Um pacote desses de duzentos e cinquenta gramas, de cuja linha e fabricante não farei propaganda.

Estamos passando aí. Tenho um presentinho para você — disse-me, por telefone, a leitora e amiga Natália Amorim, esposa do também leitor e amigo José Arimatéia. Pouco após, em companhia dos pequenos Daniel e Joaquim, o casal parou o carro diante da minha casa, todos usando máscara. Natália desceu e me entregou a sacola por cima do meu muro, que tem frente baixa.

— Obrigado — falei sem examinar a sacola. — É muita gentileza de vocês, contudo eu não imagino qual seja o motivo desse presente. Hoje não é meu aniversário, dia da poesia, do escritor nem nada parecido.

— Não carece data especial para presentearmos alguém — contestou ela. — Depois me diga se gostou. Tomara que sim.

— Claro! Eu farei isso em breve.

Então, de bom grado e acertando na mosca, foi um pacote de café que minha leitora Natália Amorim (sentiram o orgulho quando digo “minha leitora”?) me trouxe na manhã de ontem. Tratei de levar a preciosa rubiácea à cafeteira. O inconfundível aroma ocupou a casa toda, decerto alcançando as narinas dos vizinhos mais próximos, como acontece comigo quando eles fazem café.

Permitam-me agora uma rápida digressão. Pois bem. Quem me conhece sabe do meu horror, da minha absoluta repulsa a álcool e a fumo. Tenho as minhas razões, acreditem. Um tanto análogo ao álcool, brinco ao dizer que a bebida mais forte que eu já ingeri foi Biotônico Fontoura. Aquilo descia queimando. Ao menos para o meu paladar de “menino mole”, dizia a minha mãe.

Tomei outras panaceias dessa classe e época, como o Leite de Magnésia Phillips e a intragável Emulsão Scott (óleo de fígado de bacalhau), todos nas suas apresentações e sabores tradicionais. No caso específico do Biotônico, para fazer uma piadinha com o álcool, eu chegava a ficar puxando fogo.

Naqueles tempos bicudos de minha infância, enquanto o general João Batista Figueiredo só sabia mandar o povo apertar o cinto, volta e meia os meus pais recorriam a esses polivitamínicos, no mais das vezes sem receita médica. Esta, entre outras manobras, era uma estratégia intuitiva para mitigar a desnutrição, que campeava feroz em meio ao crepúsculo dos anos de chumbo.

Gostávamos mesmo era do Poliplex, com sabor e consistência semelhantes ao mel. Mas este não era nada indicado para mim e meus dez irmãos, posto que se tratava, também, de um estimulante do apetite. E apetite, senhoras e senhores, tínhamos de sobra. Ou, como se diz, para dar e vender.

Encerremos esta digressão medicamentosa. Voltemos ao assunto do café: meu ópio negro. Quero registrar que esta não foi a primeira vez que uma leitora me brindou com esse tipo de presentinho saboroso. Não faz muito a fisioterapeuta Luzia Praxedes, pelas mãos do esposo e escritor Clauder Arcanjo, também me enviou essa bebida apreciada por onze entre cada dez brasileiros.

Desculpem mais esta gracinha. Estou bem-humorado, como devem ter percebido. Nos últimos dias, entretanto, tenho me visto às voltas com uma saudade recorrente dos amigos, das boas conversas em torno de uma mesa, regadas a café e a taças de água mineral com gás. Exato, prefiro com gás.

Vem-me à lembrança, a propósito, a saudosa Livraria Café & Cultura, que funcionou ao lado do Teatro Municipal. Era o nosso ponto de encontro. Ali brotaram e cresceram amizades que nutro até hoje.

Penso nesses amigos enquanto escrevo e saboreio uma caneca de café escoteiro, forte e amargo. Por onde andarão meus colegas de ópio negro, como Leandro Tomé, Cid Augusto, Elias Epaminondas, Jessé de Andrade Alexandria, Gustavo Luz, Francisco Nolasco, Túlio Ratto, Antônio Alvino, André Luís? A pandemia, entre outros desfalques, prejudicou esse grêmio da cafeína.

Quando daquelas visitas, antes do coronavírus, eu disponibilizava um potinho de demerara. Só não tenho aqui, para quem possua glicemia elevada, adoçantes dietéticos, cujo travo final me lembra a dipirona e acaba interferindo no sabor do café. Melhor (na minha opinião) tomar totalmente amargo.

— Assim não dá! — dizem alguns.

Isto é uma questão menos de gosto que de hábito. Mas tudo bem. Com açúcar, adoçante dietético ou de todo amargo, o café nos une de alguma forma. Talvez quem se depare com esta crônica cafeinada, embora se tratando de leitores que não conheço pessoalmente, sinta o desejo de qualquer dia sentarmos para uma conversa descontraída, à volta de uma mesa com xícaras e taças.

O que acha, Carlos Santos? Refiro-me àqueles leitores que conheço apenas por nome: Rocha Neto, Fransueldo Vieira de Araújo, Naide Rosado, João Bezerra de Castro, Raniele Alves Costa. Outros ignoro o segundo ou o primeiro nome, a exemplo desses três: Magno, Fernando e Amorim.

Toda vez que me ponho a escrever, conforme participei a Odemirton Filho domingo passado, penso nos meus leitores. Penso no dever e desafio de fazer valer a pena o tempo que me dedicam. Eis um privilégio: contar com leitores, por menor que seja o número. Os meus, se não são tantos, ao menos são preciosos. Porque a qualidade me interessa ainda mais que a quantidade.

Observo o quanto estamos em sintonia nos depoimentos que me endereçam. Ao escrever, portanto, assumo um compromisso especial com leitores e leitoras não menos especiais. Tenho a agradável sensação de que os recompenso. Assim como me sinto recompensado e honrando por suas leituras.

Pecando pelo excesso, cito mais estes nomes: Aluísio Barros, Cristiane dos Reis, Leontino Filho, Rozilene Costa, Rogério Dias, Vanda Jacinto, Francisco Amaral Campina, Simone Martins, Valdemar Siqueira, Rizeuda da Silva, Marcos Aurélio de Aquino, Natália Maia, Airton Cilon, Luíza Maria, Gualter Alencar, Zilene Marques, David Leite, Fábio Augusto e Misherlany Gouthier.

Chega de citações! Não descambemos para o colunismo literário, ou algo pior. São oito e cinco da manhã e o aroma do meu ópio negro trescala pela casa. Então ergo a caneca e lhes saúdo com o gesto característico.

Um brinde a todos com café. Tim-tim!

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
segunda-feira - 07/06/2021 - 20:50h
Vacina

Estou zerado

Salto, alegria, pulo, silhuetaMais de 24h após tomar 1ª dose da AstraZeneca, não sinto qualquer efeito colateral.

Sigo cuidados preventivos de sempre (distanciamento social, máscara e álcool gel, entre outros).

Lembrei de um porre com Conhaque Imperial para “curar” uma gripe nos anos 90.

Sobrevivi e conto a história.

Que venha a segunda dose.

Da vacina, claro.

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Categoria(s): Crônica / Saúde
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