Um dos últimos grandes grupos oligárquicos sobreviventes na política do RN, o clã Alves está fracionado em três pedaços. Num passado bem remoto era monolítico e sólido; virou possessão de três ramos da família nesse período de pré-campanha.
Ninguém se entende.
O sistema que nasceu da liderança e “costela” do ex-governador Aluízio Alves, o maior fenômeno popular do estado em todos os tempos, não fala a mesma língua. O que antes poderia ser tratado como estremecimento pontual e sanável, já é nitidamente um racha acentuado.
Com a proximidade das eleições de 2022, essa crise babélica só se aprofunda, a ponto de ter projetos paralelos e distintos, que não se conjugam. As ramificações excluem-se.
O ex-senador Garibaldi Filho (MDB) e seu filho. deputado federal Walter Alves (MDB), tratam de negociar aliança com o PT do ex-presidente Lula, no RN. Nessa mesa de acertos, não entra o ex-deputado federal Henrique Alves (MDB).
Henrique pode ser novamente candidato à Câmara Federal, casa onde esteve por 11 mandatos. Porém, não tem o controle partidário nem é estimulado por Garibaldi. A legenda está nas mãos do ressentido primo-segundo Walter Alves.
Noutra frente, o ex-prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT) pavimenta seu próprio caminho alheio à desafinação dos primos Henrique e Garibaldi (com Walter). Na verdade, de dissidência familiar Carlos entende, pois se chocou com eles outras vezes.
Garibaldi, filho de Garibaldi Alves; Henrique, filho de Aluízio Alves; Carlos Eduardo, filho de Agnelo Alves. A política e os Alves não são mais os mesmos.
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