domingo - 13/05/2012 - 00:14h
Para ti

Um beijo que não posso dar…

Ligo para um amigo e o alcanço ‘passando por Assu’, diz-me ao celular. A voz é quase inaudível; foge e torna a interlocução quase impossível.

– Amigo, vou para Recife! Vou ver minha mãe. Não posso perder a oportunidade de ficar com ela mais um pouco – adianta-me.

– Ela tem 82 anos e cada momento como esse é precioso – justifica.

A conversa poderia se alongar. Mas não era preciso. Ouvi o suficiente. Restou-me o gosto seco, na boca, para lhe dizer… “vai, vai beijar sua mãe. Diga-lhe que mandei um beijo também.”

O beijo que não posso dar mais à minha…

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Williams Rebouças diz:

    Carlos, espiritualmente sua mãe já recebeu o seu beijo.Porquê?Porque você sempre a amou na carne ,na vida e pelo o que você è.

  2. Honorio de Medeiros diz:

    Faço minhas as suas belas palavras, Carlos. E o faço duplamente: pela mãe que perdi, e pela sua que me viu crescer!

  3. tete bezerra diz:

    Belo texto.Carlos,eu sempre leio seu blog,até mais pelo prazer do seu texto.Vc e Luiz fausto, seu conterraneo são feras na escrita,não menosprezando os demais,poucos escrevem como vcs.

  4. maria lucia rosado amaral diz:

    Bom dia Carlos Santos

    Como tem sido dificil não sentir mais a presença física da minha mãe, como ela era importante nas nossas vidas!Como eu a amo!
    Senti necessidade de falar, publicamente, o meu sentimento por ela e da falta que ela nos faz!

  5. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Caro Carlos, infelizmente no último dia 30, minha mãe fez a última viagem inevitavel viagem.

    Não mais sentir a sua presença física, a sua verve (Toda mãe é poeta e é poesia), a sua energia e a sua luz, da qual ascendia natural autoridade e carinho, nos dá a exata dimensão de sua importância e do quão essencial era sua presença.

    Por último digo `a todos que ainda têm o privilegio de poder estar com suas mães, acariciá-las e beijá-las, façam e façam diariamente pois tesouros precisam de presença, de carinho, aconchego e de eterna gratidão.

    Um Abraço.

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  6. Riomar Mendes diz:

    Amigo Carlos
    Também infelizmente não posso mais beijar a minha razão maior de viver, mais Deus até nisso pensou dando-nos o conforte e a certeza de que o AMOR DE MÃE E ETERNO. Como eu queria passar para aqueles que tem mãe e não a valorisa, para eles verem a dor que é perder o maior simbolo A MÃE.

  7. naide maria rosado de souza diz:

    Carlos.
    Sinto, todos os dias, falta de minha mãe. Mesmo quando as luzes diziam que iam se apagar, aproveitei todos os momentos que pude para me aconchegar , delicadamente, naquele colo, berço de minha vida.
    Quando li o seu livro, tomou conta de meu pensamento aquela dedicatória : ” À Maura Oliveira, madrinha de minha infância insegura, mãe de uma vida afortunada e, hoje, uma saudade em forma de luz.” Maura Oliveira veio iluminando o seu livro. Ele é tudo de bom, mas prevalece esta dedicatória, inesquecível para mim.
    Um abraço bem atrasado e verdadeiro.
    Naide Maria

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