domingo - 13/04/2025 - 23:52h

Pensando bem…

“O homem mais feliz, seja ele um rei ou um camponês, é o que encontrou a paz em seu lar.”

Johann Wolfgang von Goethe

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domingo - 13/04/2025 - 22:10h
Em Brasília

Bolsonaro enfrenta cirurgia com duração de 12h e passa bem em UTI

Equipe que fez cirurgia ´foi comandada pelo médico Cláudio Birolini (Foto: rede social)

Equipe que fez cirurgia foi comandada pelo médico Cláudio Birolini (Foto: rede social)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por delicada cirurgia neste domingo (13), em Brasília. Os trabalhos duraram 12 horas, no Hospital DF Star, sendo concluídos agora há noite. Equipe foi comandada pelo médico Cláudio Birolini.

Segundo “Nota de Esclarecimento” do DF Star, a cirurgia aconteceu “sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue.”

Jair Bolsonaro “Encontra-se no momento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções.”

A mesma nota resume, que a cirurgia lidou com uma obstrução intestinal “resultante de uma dobra do intestino delgado”, o que “dificultava o trânsito intestinal, o que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências.”

Esse quadro delicado enfrentado por Jair Bolsonaro é derivado de facada que sofreu no abdômen em 2018, quando concorreu pela primeira vez à Presidência da República.

Problemas no RN

O ex-presidente sofreu mal-estar quando estava sexta-feira (11) pela manhã no RN, começando programação política denominada de “Rota 22 PL RN.”

Foi atendido emergencialmente em Santa Cruz, no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz.

Por solicitação do senador Rogério Marinho (PL), o Governo do Estado disponibilizou helicóptero que o levou para Natal. Primeiramente, Bolsonaro foi recebido no no Hospital Walfredo Gurgel e, em seguida, internado Hospital Rio Grande em Natal.

Ontem (sábado, 12), no fim da tarde, ele foi transportado para Brasília.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 13/04/2025 - 12:32h

Mediando

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Há alguns anos, quando dava aulas de direito processual civil, sobretudo de teoria geral do processo, adorava tratar dos chamados “meios de solução dos conflitos de interesses”. A autotutela, a autocomposição, a arbitragem e a jurisdição, era assim que classificávamos a coisa à época. Na autotutela, gostava sempre de alertar, vigorava infelizmente a “lei” do mais forte. Na desejada autocomposição – seja por renúncia à pretensão, renúncia à resistência ou mesmo pela velha e boa transação –, discutíamos os métodos, direcionados para tanto, da conciliação e da mediação.

Eu era também um entusiasta da arbitragem, na qual o conflito é solucionado por um terceiro imparcial que não o Estado-juiz. Falávamos muito – e sobretudo – da (morosa) jurisdição e seus corolários, já estávamos estudando teoria geral do processo. Sem falar que, vez por outra, misturávamos tudo, afinal nada melhor que uma boa transação, seja antes, durante ou mesmo depois de um processo. Bons tempos de aprendizado e juventude.

Fiz essa introdução – que bem demonstra o meu entusiasmo pelos “meios/métodos alternativos (à jurisdição) de solução dos conflitos de interesses” – para falar de uma dissertação de mestrado, “Mediação institucional de conflitos: uma proposta para criação de colegiado temático para o legislativo estadual do Rio Grande do Norte”, de autoria de Ana Paula Vendramini, de cuja banca examinadora tive oportunidade da participar esta semana na querida Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O trabalho é muito bom. Na verdade, é até desafiador, como se verá, aqui, ao final.

A autora destaca os meios/métodos alternativos de solução dos conflitos de interesses como essenciais para que as partes envolvidas e, sobretudo, um sistema de justiça alcancem seus objetivos. E vai além: ferramentas como a mediação, a conciliação e a arbitragem não são apenas “alternativas”, mas, em muitos casos, as “soluções” mais adaptadas à natureza de dada controvérsia. No que toca ao nosso sistema de justiça, ela faz uma crítica implícita à denominada “cultura da sentença” e defende a “mediação e os métodos consensuais como caminhos para a gestão de disputas” que vêm ganhando cada vez mais adesão entre processualistas, acadêmicos e gestores. Tem bastante razão a autora. Vejo isso no Ministério Público Federal – e no sistema judicial federal como um todo – onde trabalho.

Também não resta dúvida de que a mediação, de natureza multidisciplinar e pautada pela ética, “se apresenta como um recurso indispensável na gestão de conflitos na administração pública, proporcionando soluções rápidas, eficientes e pautadas no diálogo, além de promover a transparência e a sustentabilidade nas relações institucionais”.

Até aí tudo bem. O problema – ou o desafio – é que a autora pretende regulamentar e implementar institucionalmente um “Colegiado Temático de Mediação” na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, em um ambiente legislativo típico, para atender às demandas/dinâmicas internas (supondo-se que até entre os seus parlamentares) e externas da casa legislativa.

A questão é que a ALRN, atualmente composta por 24 deputados dos mais variados matizes, é um órgão eminentemente parcial, partidário mesmo, como não poderia deixar de ser com uma casa legislativa. O conflito, o confronto mesmo, entre situação e oposição e suas nuanças, é da sua natureza, e assim tem de ser com esta ou qualquer outra casa legislativa. Essa “trocação” de ideias, essa desinteligência, contanto que num nível respeitoso, é algo típico, necessário mesmo, à democracia parlamentar. Como mediar isso?

Essa situação, que ponho como um desafio ao projeto da nova mestre, me faz lembrar um fato curioso, até cômico, da minha vida profissional. Há muitos anos, entusiasta da temática, me inscrevi em um curso que o Ministério Público Federal ofereceu em Brasília, cujo título era, se me lembro bem, “Resolução de conflitos”. Durava duas semanas. Acontece que, só quando cheguei na capital, descobri que o curso era de “resolução de conflitos interiores”. “Conflitos consigo mesmo”, posso dizer.

Passado o susto inicial – ou mesmo a decepção –, veio a boa surpresa. O curso – orientado pelo grande mestre, de quebra potiguar, Professor Hermógenes (1921-2015) – era nada menos que fantástico. Até hoje me lembro da técnica para adormecermos ensinada pelo mestre, que tento aplicar, com relativo sucesso, nestes dias de angústia.

Bom, talvez só o Professor Hermógenes para mediar conflitos parlamentares Brasil afora.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 13/04/2025 - 10:46h

Liège

Por Bruno Ernesto

Cartas de Valèrie, Liège/Bélgica (Foto de autoria de Bruno Ernesto)

Cartas de Valèrie, Liège/Bélgica (Foto de autoria de Bruno Ernesto)

Em outras oportunidades registrei um costume que tenho: enviar cartões postais.

Quem ainda, de fato, os envia?

Embora nossa Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos  – segundo noticiam – ande moribunda, do ponto de vista empresarial, a crise é do próprio mercado postal, somada a outros fatores que você pode se inteirar com mais propriedade em outras fontes de mercados de capitais e de política. Quanto a esta última, muito cuidado com a fonte.

Sim, por ser uma empresa estatal, além dos serviços padrões, mantém serviços que a iniciativa privada despreza solenemente, como por exemplo, transcrição em Braille e o chamado registro módico, que custa a metade do valor convencional de uma encomenda e é muito utilizado para envio de livros e material didático.

Os próprios Correios divulgaram que foi graças a essa modalidade de envio que muitos livreiros conseguiram manter seus negócios durante a pandemia da COVID-19. Os sebos e leitores agradecem penhoradamente.

Eis um dos papéis distintos que uma empresa estatal, numa área tão particular, preserva sem se ater tanto resultado comercial.

Por ser millennial, ainda alcancei as cartas de papel.

Era todo um processo: envelopes, papel pautado, caneta esferográfica de ponta fina, selos, cola e muita inspiração.

Numa carta manuscrita, não há curtidas ou seguidores, como nas redes sociais digitais. Leva e traz notícias boas, ruins ou indiferentes. É uma relação sinalagmática entre remetente e destinatário.

De tão sagrada, seu sigilo é um direito fundamental protegido constitucionalmente no artigo 5º, inciso XII, da nossa Constituição Federal de 1988.

De fato, há muito tempo não escrevo nem envio uma carta pessoal pelos correios. Me falta destinatário.

Recentemente, pus minhas mãos em mais de duas dezenas de cartas que troquei nos anos noventa e início dos anos dois mil, com uma querida amiga de Liège, na Bélgica, que conheci no colégio e criamos um grande laço de amizade durante o seu intercâmbio aqui no Brasil, há quase três décadas: Valèrie Warnier.

Embora tenhamos trocado correspondências por anos a fio, as cartas cessaram. Há anos não mantemos mais contato.

Das últimas notícias que recebi dela, soube que havia concluído a graduação como restauradora de obras de artes e ia se casar. Estava radiante.

A última carta que escrevi para ela – quase vinte anos após as últimas que trocamos -, escrevi poucos meses após o falecimento do meu pai, em 2019 – ela sempre perguntava pelos meus pais -, e dava conta de muitos anos sem notícia alguma minha. Entretanto, nunca postei. Ainda não.

Antes disso, estive próximo de sua casa em Liège, apenas com o seu endereço de memória. Porém, não lembrava o número de sua casa e não pude procurá-la.

Nos últimos anos, por quatro vezes, estive a pouquíssimos quilômetros da sua cidade, que fica nos arredores de Bruxelas e Antuérpia. Novamente não foi possível procurá-la.

Até procurei nas redes sociais, e não a encontrei.

Quem sabe numa próxima oportunidade, muito em breve, possa reencontrá-la e, pessoalmente, entregar a próxima carta.

Espero que só tenha notícias boas.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 13/04/2025 - 08:44h
Ana Júlia

Decisão judicial garante chance de vida à criança de nove meses

Ana Júlia ficou internada no WIlson Rosado em situação delicada (Fotomontagem do BCS)

Ana Júlia ficou internada no WIlson Rosado em situação delicada (Fotomontagem do BCS)

Depois de vários dias de apelo público e cobrança ao Governo do Estado, Ana Júlia Galvão de Medeiros, de nove meses, teve o direito de ser transferida para o Hospital Varela Santiago, em Natal. Com a vida por um triz, ela será submetida a exame de alta complexidade previsto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – uma “Broncoscopia.”

Ana Júlia sofreu duas paradas cardíacas no Hospital Wilson Rosado em Mossoró, onde foi internada, e também contraiu infecção bacteriana – tendo comprometimento das vias respiratórias.

Sua mãe, Leonara Galvão de Lima, fez apelos comoventes à transferência (veja AQUI e em vídeo abaixo), mas apenas por via judicial ela obteve esse direito.

A juíza Welma Menezes, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Mossoró, acolheu pedido de liminar feito pela mãe da criança. Obriga a gestão Fátima Bezerra (PT) a atender Ana Júlia. Nos últimos dias, através de diversas pessoas, entre elas alguns médicos, Leonara tentou vaga no Varela Santiago. Contudo, o sistema de regulação não viabilizou o acolhimento da criança.

Nota do BCS – Que bênção. A Justiça sendo feita. Lamentável é que no mesmo momento em que uma vida tão primária precisava da mão sensível do Estado, o governo realizasse espetáculo midiático sobre cessão de helicóptero para atender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Negaria por qual razão? Nota Oficial promoveu o ‘feito’, governadora publicou decisão em suas redes sociais, secretário de Estado da Saúde Pública do RN Alexandre Motta, à porta de hospital, realçou ações em favor da saúde do ex-presidente adversário.

Já Ana Júlia precisou da mão forte da Justiça.

Nota P.S – Paciente sendo transferida agora (9h50 deste domingo, 13) para Natal, através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Mossoró. Vá com Deus, mocinha.

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domingo - 13/04/2025 - 07:48h

Depoimento – XI

Por Ayala Gurgel

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

B.O: N° 20-1402/2022

NATUREZA: INQUÉRITO INVESTIGATIVO

DATA DA COMUNICAÇÃO: 31 DE MAIO DE 2022

COMUNICANTE: MANOEL CARLOS BARRETO

O senhor Manoel Carlos Barreto, mais conhecido como seu Carlos, setenta e dois anos, casado, técnico em construção de estradas, aposentado, residente nesta freguesia, compareceu a esta delegacia para narrar, perante mim, escrivã de polícia, fatos ocorridos nesta cidade dos quais é testemunha. O depoente disse que estava no dia 18 de maio, às dezenove horas, na Padaria do Oscar, como é de costume há mais de dez anos, para tomar café com seus amigos, e foi nessa ocasião que se deu o fato ocorrido. Estava na companhia de José Francisco Santos e Silva, mais conhecido como Birita, e Roberto Maria da Conceição Almeida, mais conhecido como Fidalgo, além de outros populares que frequentam o lugar regularmente. De duas a três vezes por semana, os três se encontram na padaria para tomar café, comer tapioca com queijo e jogar conversa fora. Disse que um desses encontros tem que ser na quarta-feira, quando tem sorteio da Mega sena, para que Fidalgo possa conferir seu bilhete. Indagado quanto a essa peculiaridade, o depoente disse que os três se conhecem da igreja, há muitos anos, e lá descobriu que todos eram viciados, cada um do seu jeito. Que velho é assim mesmo, cheio de mania. Tanto ele quanto seus amigos são assim, não tem jeito. Advertido que não era de bom tom falar dessa forma sobre apessoas idosas, disse que não queria ofender ninguém e se referia só a ele e seus amigos. Para esclarecer o que queria dizer, declarou que Birita é viciado em placas de trânsito e tem essa mania desde que trabalhou no DNIT. Teve uma época que ele tinha mais de cinco mil placas guardadas em casa, e só se desfez delas porque a mulher ameaçou largá-lo. Apesar de melhor, tem dia que fica sofrendo, com saudades das placas. Que seu problema é com cachaça e esse vício trouxe muitos aborrecimentos e o deixou com um problema no fígado e um par de chifres. Não fosse o AA, nem sabe onde estaria hoje. Fidalgo tem problemas com jogo, qualquer tipo de jogo. O que ganhou com jogo, e nunca foi muito, jogou de volta e perdeu. Explicou que não se deve fazer isso, jogar de volta o dinheiro ganho com jogo, pois dinheiro do jogo quer ficar no jogo. Solicitado a não fugir dos fatos, o depoente retomou a narrativa e disse que os três são velhos cheios de manias, e Fidalgo tava com o bilhete da Mega sena, conferindo o sorteio. Já tinha acertado três números e esperava o quarto. Que deu sorte e fez logo promessa a Nossa Senhora. Disse que Fidalgo é assim, se empolga rápido, e quem o conhece, não liga, mas tem gente que não sabe o que ele já passou. Ao sair o número sete, Fidalgo gritou de alegria, dizendo que a quina estava garantida. O pessoal da mesa já o conhece e entrou na brincadeira, foi a maior gritaria, era a primeira vez que ele acertava cinco números daquele bilhete. O depoente disse que a ansiedade do amigo era grande, só faltava o número treze, e todo mundo ficou torcendo para que saísse e número da sorte, e, de fato, saiu. Fidalgo estava com sorte. Que ele nem pensou direito e gritou “bingo!”. O depoente registra que achou engraçado, porque percebeu que Fidalgo estava tão fora de si que chegou a pensar que estava no bingo, mas nem deu tempo de brincar. Assim que Fidalgo gritou “bingo”, levou um sopapo e deu com a cara no chão. Alguém se atirou em cima dele e roubou o bilhete. Na teima, o ladrão deu uma pernada no velho que o deixou estatelado no chão. Indagado se a queixa é só pelo roubo ou agressão seguida de roubo, o depoente disse que não havia por parte de nenhum deles, até o momento em que foram conduzidos à delegacia, a intenção de prestar queixa. Disse que, como havia falado antes, Fidalgo teve problemas com jogo, mas largou. Largou o jogo e ficou com a mania. O bilhete que ele carregava no bolso tinha mais de dez anos, era só para ele sentir a emoção e se lembrar do tempo em que era viciado e não cair mais na tentação. Completou que não precisava dar queixa porque o bilhete não vale nada e o ladrão vai descobrir o erro, talvez depois de passar a semana pensando que está rico e fazendo planos. Era o que tinha a relatar.

Ayala Gurgel é escritor, professor da Ufersa, doutor em Políticas Públicas e Filosofia, além de especialista em saúde mental

*O texto faz parte do livro homônimo e tem como desafio transformar a escrita ordinária, informal, em literatura, tal como os clássicos fizeram com as cartas (criando a literatura epistolar). Veja abaixo, links para as postagens anteriores:

Leia tambémDepoimento (02/02/2025)

Leia tambémDepoimento II (09/02/2025)

Leia tambémDepoimento III (16/02/2025)

Leia tambémDepoimento IV (23/02/2025)

Leia tambémDepoimento V (02/03/2025)

Leia tambémDepoimento VI (09/03/2025)

Leia tambémDepoimento VII (16/03/2025)

Leia tambémDepoimento VIII (23/03/2025)

Leia tambémDepoimento IX (30/03/2025)

Leia também: Depoimento X (06/04/2025)

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 13/04/2025 - 05:32h

Escrevivência

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Conceição Evaristo é uma linguista e escritora brasileira. Sua obra enfatiza, sobretudo, a vivência das mulheres negras, com base em reflexões sobre a profunda desigualdade racial. Ela foi a criadora do termo “escrevivência, no qual se fundem as palavras escrever e vivência.

Sob o olhar estreito, tem-se a expressão que se trata de algo totalmente subjetivo. Entretanto, segundo a escritora, o termo vai além, pois “a escrevivência não é a escrita de si, porque se esgota no próprio sujeito. Ela carrega a vivência da coletividade”.

Decerto, cada um de nós carrega na alma as suas angústias e dúvidas, pois a vida é um turbilhão de emoções. Assim, ao escrever, deixamos registrados a nossa visão de mundo, as ideias que nos cercam, os sentimentos que inundam o coração, bem como o nosso ponto de vista político-ideológico.

Atualmente, na guerra de narrativas existente nas redes sociais, na qual todos podem comentar e expor a sua vida e a dos outros, nem sempre a verdade prevalece. A internet – para usar um lugar-comum – tornou-se palco da disseminação do ódio e das fake news.

Quando escrevemos tentamos passar ao leitor um pouco de nós, um pouco da nossa vida, das nossas lutas, derrotas e vitórias. Dessa forma, por exemplo, quando resgato algo do passado, não se trata de saudosismo, mas, tão-somente, de algo de bom que foi vivido por mim e, sem dúvida, por algumas pessoas.

Contudo, a nossa vivência, por mais experiência de vida que temos, é insuficiente para abordar todos os aspectos da vida, porquanto cada pessoa tem a sua própria experiência. Aliás, todos nós somos eternamente professores e alunos.

Portanto, o ato de escrever deve ajudar a alargar o horizonte, uma vez que diante das histórias que incomodam, a escrevivência quer justamente provocar essa fala, provocar essa escrita e provocar essa denúncia. E no campo da literatura é essa provocação que vai ser feita da maneira mais poética possível”.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 13/04/2025 - 04:02h

O quinteto fantástico

Por Marcos Ferreira

Marcos Ferreira, Genildo Costa, Caio César Muniz, Cid Augusto e Rogério Dias (Fotomontagem e edição de imagem do BCS)

Marcos, Genildo, Caio, Cid e Rogério (Fotomontagem e edição de imagem do BCS)

Agora estou aqui a cismar com os meus botões sobre os antigos e os novos rumos de minha vida até o presente instante. Penso com carinho, e também de forma saudosa, nos vínculos de amizade estabelecidos ao longo de minha trajetória. Avalio essas questões e constato o quanto me distanciei fisicamente (ou nos distanciamos) de algumas pessoas queridas. Sim, apenas do ponto de vista físico, sem aquele calor fraterno e cotidiano de outrora.

Hoje estamos, como se diz, distanciados. Aqui e acolá nos avistamos nas esquinas das redes sociais, nos recantos da blogosfera.

Por uma razão ou por outra, manipulados pelos destinos que a vida nos reserva ou impõe, fomos na direção de outros horizontes e prioridades. Apesar desse afastamento físico, o nosso elo permanece, sobreviveu à diáspora que envolve a busca pelo pão. O papo tête-à-tête tornou-se raro, contudo volta e meia a gente se abraça através dos filamentos “internéticos”, recursos como (por exemplo) WhatsApp e Instagram.

Uma vez ou outra me aparece aqui um Túlio Ratto e mexemos no baú do passado, bebemos café, catamos retalhos de memórias ainda do tempo da Revista Papangu em papel, recordações com cheiro de naftalina, “pensamentos idos e vividos”, como clássico soneto “A Carolina”, de Machado de Assis, o Bruxo do Cosme Velho.

É isto. Já não existe aquela nossa interação amiúde, tão intensa e salutar. Dessa época de ouro, mágica e extremamente profícua em nosso universo de verdes sonhos e primordiais atividades literárias, quero me dirigir com um abraço bem caloroso a quatro indivíduos dos quais nunca me esquecerei. Refiro-me aos senhores Rogério Dias, Genildo Costa, Cid Augusto e um tal de Francisco Caio César Urbano Muniz.

Formávamos, naquela metade dos anos noventa para os anos dois mil em diante, o que ora denomino de Quinteto Fantástico. Apenas para afrontar a Marvel.

Caio César Muniz foi o cara que me tirou da minha toca no Santa Delmira, num tempo em que eu tinha muito pouco acesso àquela Mossoró das letras, da cultura, da prosa, da poesia. Fomos apresentados pelo então poeta underground Cid Augusto e daí por diante Muniz (assim como Cid) me mostrou o caminho das pedras. Na sequência, por sermos articulistas do Caderno 2 do Jornal O Mossoroense, topamos com o trovador Genildo Costa.

Pouco após, por intermédio de Genildo, Cid e Caio, fui apresentado ao publicitário, poeta e artista plástico Rogério Dias. Eu e Muniz visitávamos o QG, a “oficina irritada” e multicor de Rogério quase que diariamente. Rogério é o sujeito do pavio mais curto, o tipo mais sensível e fascinante que já conheci.

Desempregado à época, pois ainda não havia conseguido o trabalho de revisor e copidesque no jornal, eu não tinha um tostão furado. Caio César Muniz pagava até mesmo as minhas passagens de ônibus para irmos ao Centro. Noutras ocasiões ele também não tinha grana, vinha a pé lá do Conjunto Integração e de minha casa a gente se mandava a pé para O Mossoroense ou para o ateliê de Rogério.

No mais das vezes eu primeiro manuscrevia meus textos e depois passava a limpo em uma bela Olivetti Línea 88 que ganhei de Rogério. A seguir entregava os poemas ou crônicas ao jornal. Daí a pouco, então, formamos isso que hoje denomino de Quinteto Fantástico. Cid era o crânio, o Homem Elástico. Rogério era o Coisa, o Homem de Pedra, porém com um coração de manteiga.

Muniz era o Tocha Humana, o elemento que incendiava nossos ânimos, tocava fogo no circo, inflamava plateias nos bares, escolas públicas, particulares e universidades, sempre audaz, intrépido. Eu, naturalmente, era o Homem Invisível, mais tímido do que uma jovenzinha recém-chegada a um lupanar. Isso no tempo em que ainda existiam essas casas de tolerância.

Foi nesse período que nos deparamos com figuras emblemáticas da poesia, da cultura mossoroense e potiguar, personagens de grande relevo como Luiz Campos, Apolônio Cardoso, Onésimo Maia, Lenilda Santos, Nonato Santos, Tony Silva, Augusto Pinto, Crispiniano Neto, Luiz Antônio, Raimundo Soares de Brito, Vingt-un Rosado, Aluísio Barros, Leontino Filho, Zenóbio Oliveira, Laércio Eugênio e o vate Zé Lima. Uma elite intelectual que nós olhávamos com reverência.

Genildo Costa era (ainda é) um músico e tanto. Naqueles primórdios, sem dúvida, ele representava o grande menestrel do grupo, autêntico cantador, dono de uma voz poderosa e ótima presença de palco. Artista nato, oriundo de uma família de excelentes escultores do verso, musicou alguns poemas de minha autoria, em especial o soneto “Caminhos Opostos”, os poemas “Minha Casa” e “Cores e Caminhos”. Este último Genildo usou para intitular o CD que ele conseguiu lançar na marra.

Além de mim, o mossoroense de Grossos musicou poesias de Luiz Campos, Rogério Dias, de Caio César, Cid Augusto, Maurílio Santos, Antônio Francisco e Crispiniano Neto. Em suma, é justo dizer que o Costinha gravou uma verdadeira antologia poética.

Reacendemos a chama da Poesia nesta vila, levamos a arte do verso para os coretos e vários outros pontos culturais da urbe. Naquela vitrine do Caderno 2, encontravam-se poetas e prosadores como Kalliane Amorim, Gustavo Luz, Líria Nogueira, Francisco Nolasco, Jomar Rego, Margareth Freire, Ricarte Balbino, Fátima Feitosa, Airton Cilon, Goreth Serra, Gualter Alencar, Silvana Alves, Clauder Arcanjo, Antônio Cassiano, Graciele Callado, Tales Augusto, Kézia Silmara, Misherlany Gouthier, Symara Tâmara e o nosso hoje estelar cordelista Antônio Francisco.

Eram poetas e prosadores às pampas. Tantos e tantas que esta minha memória de Sonrisal em copo d’água não consegue abarcar. Temos hoje antigos e novos talentos que coexistem de maneira harmoniosa. Indivíduos de uma quadra remota ao lado de uma turma jovem e não menos talentosa. Então, apesar da eterna falta de incentivo por parte dos governos municipal e estadual, a literatura ainda resiste. “Se foi assim, assim será”. Como na famosa canção do Milton Nascimento.

Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 12/04/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“Você nunca se decepciona quando não espera nada de alguém.”

Sylvia Plath

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sábado - 12/04/2025 - 22:50h
Bolsonaro é transferido

Ex-presidente deixa o RN e segue para tratamento em Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou por volta de 17h30 deste sábado (12), o Hospital Rio Grande, em Natal. Ele estava internado desde o fim da manhã de ontem (sexta-feira, 11).

Foi transferido para Brasília, onde deverá continuar tratamento. Ele passou mal no interior do estado, quando começava programação política denominada “Rota 22 PL RN.”

Sua despedida do hospital teve saudação de diretores, equipe médica, outros servidores e populares.

Nota do BCS – O médico Claudio Birolini – que acompanha Jair Bolsonaro há anos – disse à imprensa que esse “foi o quadro mais grave desde o atentado em 2018”, enfrentado pelo ex-presidente.

Ele poderá ser operado em Brasília neste domingo (13).

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sábado - 12/04/2025 - 10:22h
2º Boletim Médico

Ex-presidente segue internado e sem qualquer previsão de alta

O Hospital Rio Grande, situado em Natal, emitiu o 2º Boletim Médico em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi atendido no fim da manhã dessa sexta-feira (11), após passar mal no interior do RN, quando começava programação política denominada de “Rota 22 PL RN.”

Diretor técnico do hospital, o médico Luiz Roberto Leite Fonseca informou ainda que não existe previsão de alta ou mesmo se cogita, a princípio, que Bolsonaro seja removido para outro centro médico no país.

Seu quadro é estável. “Permanece hemodinamicamente estável, em ar ambiente, sem necessidade de suporte com drogas vasoativas, assintomático e sem uso de analgésicos no momento”, salientou o boletim, com informações adicionais do próprio Luiz Roberto Leite e do também médico Élio Barreto.  Veja abaixo e vídeo acima:

2º Boletim Médico

O Hospital Rio Grande informa, por meio de sua Direção Médica, que o paciente Jair Messias Bolsonaro, ex-Presidente da República, permanece hemodinamicamente estável, em ar ambiente, sem necessidade de suporte com drogas vasoativas, assintomático e sem uso de analgésicos no momento.

Encontra-se em uso de antibioticoterapia venosa e com sonda nasogástrica aberta, mantendo-se em dieta zero. Foi submetido à passagem de acesso venoso central, procedimento realizado sem intercorrências, sendo iniciada nutrição parenteral total.

O paciente permanece hospitalizado, sob os cuidados da equipe médica e multiprofissional do Hospital Rio Grande, com acompanhamento clínico contínuo e supervisão direta da equipe cirúrgica composta pelos Drs. Élio Barreto e Leonardo Barreto. Novas atualizações serão fornecidas conforme evolução do quadro clínico.

Dr. Luiz Roberto Leite Fonseca
Diretor Técnico/Médico – Hospital Rio Grande
CRM/RN 4132 – RQE 2998

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sábado - 12/04/2025 - 08:46h
Mobilidade urbana

Segunda ponte duplicada é entregue no Alto de São Manoel

A Prefeitura de Mossoró concluiu a duplicação da segunda ponte na avenida Presidente Dutra no denominado Grande Alto de São Manoel. O ato de entrega aconteceu nesta sexta-feira (11) e contou com a presença do prefeito Allyson Bezerra (UB) e o vice-prefeito Marcos Medeiros (PSD), vereadores, secretários e moradores da região.

A entrega desse equipamento viário é um dos compromissos constantes do programa “Mossoró Realiza”. A obra era um empreendimento prometido há décadas e aguardada pela população. “Ela garante mais segurança, mobilidade urbana, desenvolvimento e valorização da área”,  destacou o prefeito.

Durante o evento, o prefeito Allyson salientou a importância do investimento para a mobilidade urbana e desenvolvimento da cidade desde o trânsito até o setor econômico.

“Era uma preocupação da população, um sofrimento gigante que existia na região, um gargalo no trânsito. Já tivemos em anos anteriores até vítimas em acidentes fatais aqui com as passarelas que não estavam adequadas e agora nós estamos entregando a segunda ponte completamente restaurada e duplicada, com alargamento, completamente sinalizada, iluminada, com passarelas, um grande investimento e dentro do programa ‘Mossoró Realiza'”, declarou.

Perfil

Cada ponte tem capeamento em asfalto CBUQ, sinalizações horizontal e vertical, além de duas laterais para passagens de pedestres com muros concretados que separam esses corredores do leito da via.

As obras nas pontes de uma das principais avenidas de Mossoró foram iniciadas no segundo semestre de 2024 e ambas alcançam o investimento da ordem de 11 milhões de reais.

Veja AQUI como foi a entrega da primeira ponte, dia 23 de janeiro deste ano.

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sábado - 12/04/2025 - 07:30h
RN

Audiência traça planos para ampliar apoio às famílias atípicas

Audiência Pública "A experiência das mães atípicas - Importância da inclusão e apoio" foi na AL
Audiência fez apanhado de sugestões para encaminhamentos (Foto: João Gilberto)

Audiência fez apanhado de sugestões para encaminhamentos (Foto: João Gilberto)

Com o auditório da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte lotado, foi realizada nesta quinta-feira (10) a Audiência Pública “A Experiência das Mães Atípicas: a Importância da Inclusão e Apoio”. O debate foi proposto pela deputada Divaneide Basílio (PT), reunindo mães, especialistas, representantes de instituições, movimentos sociais e parlamentares de Natal e interior potiguar para discutir os desafios enfrentados por famílias que cuidam de filhos com deficiências.

A discussão rendeu uma série de encaminhamentos que servirão como um plano de trabalho para a Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência da Assembleia e também para subsidiar políticas públicas a serem implementadas no Estado.

Durante a audiência, foram ouvidos relatos emocionantes de mães que vivenciam diariamente uma rotina intensa de cuidados, renúncias pessoais e falta de apoio estrutural por parte do Poder Público. Elas relataram a dificuldade em conciliar o cuidado com seus filhos com a vida profissional e social, além da sobrecarga física e emocional gerada por essa jornada.

Na discussão, o coordenador-geral do Plano dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alex Alverga, falou sobre as estratégias do Governo Federal para a ampliação do atendimento às famílias atípicas. De acordo com ele, é uma prioridade do Governo Federal, mas é importante que a busca por essa implantação seja conjunta com municípios e população.

“Queremos que esse plano consiga chegar à vida e ao dia a dia das pessoas, melhorando a capacidade do Estado no diagnóstico em tempo adequado, mas também de dar também o atendimento, com políticas de saúde e assistência social”, disse Alverga, afirmando ainda que é um plano que visa criar essa governança local. “Política Pública só funciona na pressão. Se as pessoas não tiverem um espaço, que entendemos que é o espaço do conselho, fica mais difícil de se dar andamento. E os municípios precisam criar e fortalecê-los (os conselhos) para que exista a adesão ao plano nacional”, disse.

Na discussão, diversas mães puderam relatar suas dificuldades, que vão além de cuidar dos filhos. Nos relatos, as mães disseram que, por vezes, são terapeutas, enfermeiras e até advogadas. Porém, tanto mães quanto instituições que participaram do debate afirmaram que desistir nunca é uma opção. Inclusive, na última das mais de 30 participações na audiência pública, Raquel Monteiro, mãe de Erick e Kimberly, fez um relato que emocionou todos os presentes.

“Não temos o privilégio de desistir”

Os filhos de Raquel, que têm 15 anos, têm uma síndrome rara. A incidência, de acordo com ela, é de 1 em um 1 milhão. “Receber o diagnóstico que seu filho não vai poder ter uma vida normal, que vai precisar de tratamentos, faz com que você entre em um mundo desconhecido. Eu não conhecia quase nada. E me deparei com um filho nos braços com um mínimo de esperança porque o diagnóstico de Erick era de que ele não teria condições de andar, falar, nem de dar sinal de estar consciente. Mas, hoje, ele é a prova viva de que diagnóstico não é destino e ele foi um dos aprovados para o IFRN”, relatou a mãe, que estava com os dois filhos na audiência.

“Não temos privilégio de desistir. Assim é a minha vida e da maioria das mães aqui. Quem falou antes, falou um pouco sobre mim. Nós, mães atipicas, eu comparo com a Fênix: a gente se destrói num dia, mas somos obrigadas a renascer no outro”.

A deputada Divaneide Basílio, autora da proposta, ressaltou a importância de dar visibilidade à causa e construir políticas públicas eficazes para acolher essas mulheres. Ela destacou que o objetivo da audiência foi justamente ouvir, acolher e transformar as dores em pautas concretas, por meio da mobilização do legislativo estadual.

Essas mães precisam ser vistas, reconhecidas e apoiadas. Precisamos pensar em políticas de cuidado, inclusão e suporte para quem cuida. Não é possível falar de inclusão sem pensar em quem sustenta, com tanto amor e esforço, esse processo”, afirmou a parlamentar.

“Foi a audiência mais cheia de emoção e não poderia terminar de forma mais forte. É um sinal de luz também”.

Encaminhamentos

Ao final da audiência, diversos encaminhamentos foram enumerados por Divaneide Basílio, a cobrança para que se implementem políticas públicas de saúde mental e terapêutica, além de mecanismo de escuta e atenção de saúde integral, para as mães atípicas; a capacitação para educação inclusiva e atendimento às crianças nos serviços públicos; acompanhar junto à Sesap e Unicat o abastecimento de medicamentos, insumos e alimentos para tratamentos de crianças e jovens; ampliar divulgação de legislações resoluções e orientações técnicas de atendimentos específicos de crianças e pessoas atípicas; e dar andamento à criação do Fórum Estadual das Mães e Famílias Atípicas, fortalecendo trocas e experiências.

“Vamos encaminhar o conteúdo da audiência às secretarias do Governo, assim como vamos também dar andamento a esses encaminhamentos na Assembleia Legislativa, tanto na Comissão de Direitos Humanos quanto na Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência”, disse a deputada.

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sábado - 12/04/2025 - 07:02h
Turismo

Justiça suspende aumento da taxa de vigilância sanitária

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

Uma decisão judicial da 1ª Vara de Execução Fiscal e Tributária de Natal assegurou aos hotéis, restaurantes, bares, motéis e casas de eventos de Natal a suspensão do reajuste da taxa de vigilância sanitária. Havia caso de cobrança que chegava a quase 1.000%.

A ação foi proposta pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do RN (SHRBS/RN). A entidade ao defender que a Lei Complementar Municipal n. 250, publicada em 24 de dezembro de 2024, que aumentou os valores da taxa de vigilância sanitária – sem qualquer justificativa – enfrenta obstáculos legais que impedem a sua aplicação, citando como exemplos empresas que tiveram, de um ano para o outro, o aumento da taxa de R$ 1.216,06 para R$ 12.494,40, revelando o excesso tributário de quase 927%.

Com a decisão, o sindicato assegurou a suspensão da aplicação da nova tabela imposta pelo Município aos seus associados, mantendo os valores do ano passado. Para a presidente do SHRBS/RN, Grace Gosson, “essa decisão representa uma vitória importante para a categoria, porque esse reajuste desproporcional, que elevou em mais de 10 vezes a taxa sanitária, impacta diretamente no caixa das empresas associadas, especialmente em um contexto de recuperação econômica pós-pandemia”.

O Sindicato orienta que, as empresas interessadas, entrem em contato para garantir o acesso aos benefícios da decisão.

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sábado - 12/04/2025 - 06:34h
100 dias

TCM começa série de pesquisa avaliando gestões municipais

TCM Pesquisa - 2022O Grupo TCM inicia na próxima segunda-feira (14) a temporada 2025 do projeto TCM Pesquisa. Durante o mês de abril, serão apresentados levantamentos realizados pelo Instituto TSDois Pesquisas com avaliação dos 100 primeiros dias de gestão nos principais municípios do RN, de diferentes regiões do Estado.

A primeira pesquisa trará dados da cidade de Pau dos Ferros.

As informações coletadas trazem a avaliação da população sobre os 100 primeiros dias de gestão no município e sobre áreas como saúde, educação, pavimentação, limpeza pública, iluminação e apoio às comunidades rurais.

Além dos dados da pesquisa, o programa TCM Pesquisa contará com a participação dos prefeitos dos municípios para repercutir as informações constantes nos levantamentos.

O programa será apresentado pelo jornalista Vonúvio Praxedes.

Confira o 1º TCM Pesquisa de 2025 nesta segunda-feira (14), a partir das 19h25 (horário do Cenário Político) pelos Canais 10 e 14.1, pelo site www.tcmplay.tv.br e Canal TCM 10 HD no YouTube.

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sexta-feira - 11/04/2025 - 23:44h

Pensando bem…

“Duas coisas instruem o homem, qualquer que seja a sua natureza: o instinto e a experiência.”

Blaise Pascal

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sexta-feira - 11/04/2025 - 19:42h
Crimes cibernéticos

Advogado Marcos Araújo alerta sobre tentativas de golpes

O advogado Marcos Araújo faz alerta sobre tentativas de golpes com uso indevido de seu nome e de outros componentes do escritório do qual é sócio.

Segundo Araújo, golpistas passam informações inverídicas e tentam induzir pessoas a erros que podem resultar em perdas financeiras.

Veja o vídeo.

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sexta-feira - 11/04/2025 - 14:22h
Mossoró

Missa de um ano de morte do ex-deputado federal Betinho Rosado

Banner de divulgação

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Será nesse sábado (12), na Igreja São José, em Mossoró, a missa de um ano de falecimento do professor e ex-deputado federal Betinho Rosado.

O ato litúrgico acontecerá às 17 horas.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sexta-feira - 11/04/2025 - 13:32h
Boletim Médico

Bolsonaro poderá ser levado para outro centro especializado

Boletim (1ª parte)

Boletim (1ª parte)

Boletim (2ª parte)

Boletim (2ª parte)

O Hospital Rio Grande de Natal, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado desde o fim da manhã desta segunda-feira (11), emitiu Boletim Médico sobre seu quadro de saúde.

O quadro é estável, mas Jair Bolsonaro poderá ser transportado “para outros centros especializados.”

Porém, novos exames e manifestação da família do paciente dirão os próximos passos.

Saiba mais AQUI, AQUI E AQUI.

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sexta-feira - 11/04/2025 - 11:42h
Atendimento

Ex-presidente chega de maca ao Hospital Rio Grande

Imagem mostra chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Hospital Rio Grande, em Natal, nesta manhã de sexta-feira (11).

Ele passou mal na programação política denominada “Rota 22 PL RN”, no estado.

Saiba mais AQUI e AQUI.

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sexta-feira - 11/04/2025 - 10:32h
Rota 22 PL RN

Bolsonaro passa mal em agenda e governo do RN faz socorro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve um mal-estar em Bom Jesus-RN, à manhã desta sexta-feira (11), na agenda política denominada de “Rota 22 PL RN.”

Bolsonaro foi levado a um hospital em Natal para socorro imediato. Porém, passou antes  pelo Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz.

O Governo do Estado utilizou aeronave própria para translado do ex-presidente à capital. Primeiro, ele foi recebido no Hospital Walfredo Gurgel e, em seguida, internado Hospital Rio Grande em Natal.

O Governo do Estado utilizou aeronave própria para translado do ex-presidente ao Hospital Rio Grande em Natal.

Uma Nota Oficial foi emitida pelo governo, tratando do assunto.

Nota Oficial 

A governadora Fátima Bezerra (PT) determinou total empenho e providências às equipes das secretarias da Saúde e da Segurança Pública do RN em assistência ao ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, que na manhã desta sexta-feira (11), deu entrada em uma unidade de saúde no interior do estado.

Jair Bolsonaro cumpre agenda no Rio Grande do Norte. A Sesed mobilizou, de imediato, uma das aeronaves para traslado do ex-presidente a uma unidade de saúde, em Natal, e orientou os gestores da Secretaria de Saúde que adotassem todas as providências necessárias ao eventual atendimento.

Nota do PL

Em nota, o PL afirmou que, Jair Bolsonaro teve que interromper sua agenda no Rio Grande do Norte “após sentir fortes dores abdominais em decorrência da facada sofrida em 2018”. O partido está “profundamente consternado com o ocorrido”, diz o texto.

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sexta-feira - 11/04/2025 - 08:26h
Bolsonaro no RN

Ex-presidente chega ao RN para programação política hoje e amanhã

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou no início da madrugada desta sexta-feira (22) ao RN. Desembarcou no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo.

Uma multidão o recebeu aos gritos de “mito” e também “volta, presidente.”

Hoje pela manhã, Bolsonaro saiu do hotel, em Ponta Negra, para iniciar o denominado “Rota 22 PL RN”, programação política em alguns municípios, até sábado (12).

Hoje

07h – Encontro com apoiadores no CCAB Sul, Av. Eng. Roberto Freire – Natal

10h30 – Visita ao Complexo Acari Cidade da Moda, em Acari.

12h30 – Visita à Barragem Oiticica em Jucurutu

18h00 – Seminário Rota 22 – Alto Oeste, na AABB, Pau dos Ferros

Sábado, 12 de abril

8h – Visita ao Túnel Major Sales, Ramal Apodi do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

*Vídeo publicado em redes sociais do senador Rogério Marinho (PL).

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