Por François Silvestre
De bananas? Sim, senhor. Mas é da banana ouro? Não. Prata? Não. D’água? Também não. É do bananal de nanicas. A banana nanica é grande, porém a bananeira de onde ela vem é anã. Pequenina. Frutos aparentemente pomposos vindo de fruteira raquítica.
Esse recheio de bexiga quer chegar onde? Num jantar pomposo de figuras e raquítico de miolos. Jantaram ontem, escondidos, na penumbra da vergonha, não deles, onde vergonha não se aboleta, mas na vergonha nossa. Nossa triste e bananosa vergonha coletiva.
“Até quando Catalina, abusarás da paciência nossa”? Perguntou Cícero e ficou sem resposta.
Quem estava no rega bofe? Muitos. Mas bastam quatro nomes pra definir e fotografar o escárnio gigantesco dos comensais com a pequenez do respeito que eles têm por nós. Estavam lá, à tripa forra, Artur Lira, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro. Pensam que é ficção? Aconteceu mesmo. Juízes, suspeitos, candidatos, farsantes, todos juntos e misturados. Isenção de privada, não da vida, da latrina mesmo.
Penca de bananas nanicas, vindo da colheita de uma República anã. Com a mesma dimensão da bananeira que fornece bananas vistosas, de qualidade inferior. O resto do cacho não foi divulgado. Deve haver bananas menores escondidas, que preferem não sair ao claro e resguardar-se na penumbra úmida do bananal.
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