terça-feira - 29/11/2022 - 21:46h
Creia

De Jobim a Eduardo Bolsonaro, o Brasil não é para principiante

Tom Jobim disse: “O Brasil não é para principiante.”

Eduardo Bolsonaro com família em jogo do Brasil, mas com os bolsos cheios de pen-drives sobre situação do Brasil (Foto reprodução)

Eduardo Bolsonaro com família em jogo do Brasil, mas com os bolsos cheios de pen-drives sobre situação do Brasil (Foto reprodução)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atravessou 11.668 km, de Brasília a Doha-Catar, para distribuir pen-drives “explicando a situação do Brasil.”

Ver Copa do Mundo com a família foi acaso, uma coincidência.

E tem quem acredite.

A turma que faz plantão à porta dos quarteis tem mais um faz-de-conta para se agarrar.

Leia também: Vexame de Eduardo Bolsonaro para tentar se justificar.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 29/11/2022 - 20:48h
Política

Rogério é cotado por PL para disputar presidência do Senado

A imprensa que cobre a política nacional em Brasília noticia: o senador eleito pelo RN e Partido Liberal (PL), ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, é preferido para ser candidato à Presidência do Senado, por sua sigla.

Rogério Marinho vai integrar bancada de 14 congressistas no Senado (Foto: Adalberto Marques/MDR)

Rogério Marinho vai integrar bancada de 14 congressistas no Senado (Foto: Adalberto Marques/MDR)

O ex-ministro vai integrar a partir de 2023 uma bancada numerosa, que se constituirá na maior do Senado, com 14 dos 81 membros.

O PL é a maior sigla nesse poder, à próxima legislatura.

Mesma situação ocorre na Câmara dos Deputados, quando o PL terá 99 dos 513 parlamentares.

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terça-feira - 29/11/2022 - 20:18h
20 anos

TCM e Milton Marques

Milton Marques, em 2011, apresentando livro do editor desta página (Foto: Ricardo Lopes)

Milton Marques, em 2011, apresentando livro do editor desta página (Foto: Ricardo Lopes)

Este dia 29 de novembro marca os 20 anos da TV Cabo Mossoró (TCM Telecom).

Dia para exaltar principalmente Milton Marques de Medeiros (in memoriam), criador dessa marca vitoriosa.

Meus aplausos e gratidão a Milton.

Parabéns a todos que fazem essa empresa.

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terça-feira - 29/11/2022 - 08:06h
Túlio Ratto

“Paisagem Potiguar”, passeio deslumbrante em cores e sentimentos

Multifacetado artista mossoroense retrata cada um dos municípios do RN em quadros únicos
Areia Branca retratada na arte de Túlio Ratto (Reprodução do Canal BCS)

Areia Branca retratada na arte de Túlio Ratto (Reprodução do Canal BCS)

Chargista, caricaturista, ilustrador, o irrequieto Túlio Ratto amplia sua arte e desenvolve projeto artístico-cultural que retrata em quadros panoramas de cada município do Rio Grande do Norte. Desenvolvido desde dezembro de 2021, o “Paisagem Potiguar” se propõe a mostrar num lance de olhar mais que uma extensão de território, mas também os elementos sociais que compõem a compreensão do espaço a partir de um recorte específico.

“O isolamento da pandemia me possibilitou uma dedicação às artes plásticas e à pintura em diversas técnicas. Quando comecei a pintar paisagens, surgiu a ideia do projeto e de retratar cada município do estado”, conta Túlio.

Com cerca de 100 prefeituras já aderindo ao projeto, o “Paisagem Potiguar” repassa ao município uma tela de 1m x 0,80cm pintada a óleo com uma imagem característica ou representativa do local. Além disso, as imagens também são disponibilizadas na Internet junto com um pequeno perfil das cidades, escritos pela jornalista Ana Paula Cadengue, que em breve podem ser conferidos no site www.paisagempotiguar.com.br.

Ceará-Mirim, na visão detalhista do pintor multifacetado (Reprodução do Canal BCS)

Ceará-Mirim, na visão detalhista do pintor multifacetado (Reprodução do Canal BCS)

A cidade oestana de Patu nas cores vivas do pintor (Reprodução do Canal BCS)

A cidade oestana de Patu nas cores vivas da tela de Túlio Ratto (Reprodução do Canal BCS)

Caicó de tantas tradições, de Sant'anna, também é retratada (Reprodução: Canal BCS)

Caicó de tantas tradições, de Sant’Ana, também é retratada (Reprodução do Canal BCS)

Pau dos Ferros, a "Princesinha do Oeste", está eternizada no pincel de Ratto (Reprodução do Canal BCS)

Pau dos Ferros, a “Princesinha do Oeste”, é um dos focos do pincel de Ratto (Reprodução do Canal BCS)

Mas, o projeto “Paisagem Potiguar” vai além dos quadros e pretende, adiante, se transformar também em livro.  “Todo o material será compilado em livro, resultando num recorte que mostrará às gerações futuras a história e o desenvolvimento de cada lugar, interação entre a sociedade e sua paisagem, servindo como fonte de pesquisa e referência”, detalha Túlio Ratto.

Sobre o artista 

Pintor, desenhista, chargista, caricaturista, ilustrador e editor da Revista Papangu e do site Papangu na Rede, o mossoroense Túlio Ratto transita com sucesso nas artes visuais há mais de 20 anos.

Nota do Canal BCS – Deslumbrante! Cada lugar retratado está perpetuado não apenas numa moldura, mas em sentimento, apego, pertencimento, na autoestima que o artista fomenta com sua arte. Repetindo: Deslumbrante!

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terça-feira - 29/11/2022 - 07:30h
Sessão solene

Padroeira de Mossoró terá homenagem na CMM

Imagem de Santa Luzia em procissão Foto: Glauber Soares/Arquivo)

Imagem de Santa Luzia em procissão (Foto: Glauber Soares/Arquivo)

A Câmara Municipal de Mossoró vai realizar a tradicional solenidade em homenagem à Santa Luzia, na quinta-feira, 01 de dezembro, às 9h da manhã, no plenário da Câmara.

Na sessão solene, 21 pessoas que contribuem e contribuíram com a Igreja Católica e com os festejos alusivos à padroeira de Mossoró receberão homenagens e comendas como o título de cidadão mossoroense e a medalha Santa Luzia.

A transmissão do evento ocorrerá ao vivo pela TV Câmara Mossoró, no canal 23.2 TCM.

Sessão solene

A sessão solene em homenagem à Santa Luzia já consta no calendário oficial da Câmara Municipal de Mossoró, através das resoluções número 32/2015 e 02/2016, que instituíram a sessão solene e a Medalha de Santa Luzia.

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terça-feira - 29/11/2022 - 06:38h
Dezembro/2022

Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa será dias 2 e 3

Esse ano, a 13ª edição do Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa (FINC) vai contar na sua programação com mais de 70 filmes inscritos. Considerado um dos mais importantes festivais audiovisuais do Nordeste, o evento vai ocorrer a partir das 18h, entre os dias 2 e 3 de dezembro de 2022, na Praça Carlota Elisa em Baía Formosa/RN.

Evento já consagrado terá mais de 70 filmes (Foto: divulgação)

Evento já consagrado terá mais de 70 filmes (Foto: divulgação)

Com o tema “Qual é a sua arte?”, os realizadores vão poder mostrar ao mundo, suas ideias no tradicional Festival de Curtas de 1 minuto, onde o vencedor ganhará uma viagem de 10 dias para a Cracóvia, na Polônia e terá seu filme exibido no Festival Off Camera 2023.

Além da exibição de filmes potiguares, o público vai contar com uma programação cultural diversificada nos dois dias de evento. Na sexta-feira (2), o evento vai contar show de mágicos, Mostra de Filmes infantis, Mostra de Fotos, Mostra de Filmes Poloneses e muito mais. No Sábado (3), o Festival promovido a 5ª edição da Corrrida Ecoestrela pelas ruas da cidade, além de apresentação teatral e premiação dos melhores filmes do festival. Todas as atividades serão realizadas em praça pública, com o envolvimento da comunidade e de forma gratuita.

Os filmes selecionados nas categorias Curtas de 1 minuto – Qual a sua arte? e Perólas do RN serão exibidos nos dois dias de festival. Já os filmes da Mostra Potiguar, serão intercalados entre a sexta e o sábado. Confira a lista de filmes selecionados para a 13ª edição do FINC – Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa:

MOSTRA CURTAS 1 MINUTO – Qual é a sua arte?

Roteiro – Danilo Queiroz
Comigo ninguém pode – Juliana Iyafemí
Nômade – Umara Luiz
Uma canção para Lídia – Laura Santos
A arte do artesanato! – Alexandre Fonseca
A arte da dança! – Alexandre Fonseca
A tradição da mariscagem! – Alexandre Fonseca
A tradição do salineiro! – Alexandre Fonseca
A Terra, O Homem, A Poesia – Paulo Sérgio de Sá Leitão
A arte da escrita – Marcelly Duarte de Lira
Desperte Seu Médico Interior – Katryn Ribeiro
Devorarte – Diego Dionisio
Persona – Wallacy Medeiros
Minha Arte Transborda Amor – Ana Carolina Palma
Ponte de palavras – Osair José Vasconcelos de Medeiros
Treinamento para seguir em linha reta – Paty Teles
A arte de enganar o cérebro – Paty Teles
Efêmera – Welane Lima
Mulheres que carregam homens – Andrea Veruska
C
alungueiro – Luiza Gurgel
Minha Arte é Cantar – Paulo Filho
Diabólica: sala 42 – Áquila Félix, J. Brave (Ipê) e Laura Viana
A Minha – Wallacy Medeiros
D
e toda p-arte – Juliana Gomes
É 
tudo nosso – Madson Ney
Ciclos – Bruno Gomes
Almoço de Família – Marcus Vinicius de Marchi
A.Mar – Barbara Coelho Arenhaldt
A Casa e o Poeta – Bruno Fernandes e Vanessa Fernandes

PÉROLAS DO RN

Carnaúba dos Dantas: Terra do monte do Galo –  Gabriel Victor de Oliveira Medeiros
Ponto dos Ciclistas – Alexandre Fonseca
Trilhando em Serrinha dos Pintos – Alexandre Fonseca
Lugares Únicos Inspiram Histórias Únicas – Renato Mengajam
Olhar além da visão – Osmar Araújo Leitão
Estado da Água – Marcos Gabriel e Lucas Oliveira
In Riba do RN – Madson Ney

MOSTRA POTIGUAR

Lugar Nenhum – Camille Silva
Doctor Who 2022: O Retorno do Silêncio – Bruno Nunes da Silva
Normal é Mesmo o Amor – Jailma Felix da Silva
Cultura em Pandemia – Alexandre Fonseca
Uma Partida de Ouro – Jailma Felix da Silva
Olho D’água – João Batista e Ivan Russo
As mãos do meu filho, um jeito bem matuto de contar história – Bruno Nunes da Silva
Vindouro – Wigna Ribeiro
Caligem – Diego Ciro
Jatobá: raízes de uma história – Jussara Felix
Marisqueiras da Ponta do Tubarão – Alexandre Santos e Meysa Medeiros
Roda de Conversa: Angélica Timbó – Orlando Oliveira
Zeladores – Lucio Lofy
O Resgate do Divino – Jemerson Batista Damião
Nossas Memórias – Tavinho Teixeira
Acenda o Lampião – Siziho Jr

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terça-feira - 29/11/2022 - 05:40h
RN

Concurso da Polícia Militar terá 1.000 vagas

Do Blog Regy Carte

Oficializada a banca organizadora do concurso público da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN): Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação.

O certame está previsto para 2023 e ofertará 1.000 vagas para soldado.

Conheça a página de Regy Carte clicando AQUI.

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terça-feira - 29/11/2022 - 00:59h

Pensando bem…

“Disciplina é escolher entre o que você quer agora e o que você mais quer.”

Abraham Lincoln

 

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segunda-feira - 28/11/2022 - 18:26h
Agir

Corte do TRE-RN suspende registro de organização partidária

Plenário do TRE/RN em Natal (Foto: TRE/RN)

Plenário do TRE/RN em Natal (Foto: TRE/RN)

Na Sessão Plenária desta segunda-feira (28), a corte do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) suspendeu, à unanimidade, o registro do Diretório Regional do Partido AGIR (AGIR/RN), em virtude da não prestação de contas referentes ao exercício financeiro de 2020.

A relatora do processo, juíza Érika Paiva, julgou procedente o pedido de suspensão do registro feito pelo Ministério Público Eleitoral. A decisão foi fundamentada com base na Resolução/TSE nº 23.571/2018, que disciplina a não prestação de contas financeiras pelos partidos políticos.

“O indeferimento do pedido de regularização de contas, objeto do presente feito inclusive já com trânsito em julgado, acarreta a procedência do pedido de suspensão de anotação partidária, não havendo fatos novos nos termos do artigo 54-S, parágrafo 4º, inciso II e 54-T, parágrafo 1, inciso II, da norma de regência. Nesta linha, voto pela procedência do pedido formulado pela Procuradoria Regional Eleitoral, no sentido de determinar a suspensão da anotação do Diretório Regional do Partido AGIR”, ressalta a relatora.

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segunda-feira - 28/11/2022 - 16:24h
Loa 2023

Comissão da CMM dá novo prazo para ajustes de emendas

A Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade (COFC) da Câmara Municipal de Mossoró prorrogou, por mais 24 horas, o prazo para análise de emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023. Com isso, a votação da matéria, prevista para amanhã, está adiada para quarta-feira (30). A sessão desta terça-feira (29) terá pauta normal.

Vereadores Marckuty e Lucas recebem emendas (Foto: Edilberto Barros)

Vereadores Marckuty e Lucas recebem emendas (Foto: Edilberto Barros)

O anúncio da prorrogação foi feito, no começo da tarde de hoje (segunda-feira, 28), pelo presidente da COFC, vereador Marckuty da Maisa (Solidariedade), e pelo relator na Comissão da proposta orçamentária, vereador Lucas das Malhas (MDB). 

“Recebemos um memorando da Presidência da Câmara, solicitando um prazo adicional para correção de emendas impositivas dos vereadores e vereadoras, e atendemos essa solicitação, dando mais 24 horas, do meio de hoje ao meio dia de amanhã”, informa Marckuty.

Lucas das Malhas acrescenta que o adiamento confirma o interesse público, que pauta o trabalho da Comissão de Orçamento. E reconheceu: “Parabenizo colegas parlamentares pela ciência de erros formais em emendas e a disposição de corrigi-los”.

A decisão da COFC é vista como indicativo de consenso entre as bancadas de situação e de oposição, com vistas à aprovação do Orçamento da Prefeitura de Mossoró para 2023.

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segunda-feira - 28/11/2022 - 15:22h
Política

Eleições suplementares apontam dois novos prefeitos no RN

Eleitores de Pedro Velho e Canguaretama voltaram às urnas neste domingo (27), para eleger novos prefeitos e vice-prefeitos. As Eleições Suplementares foram realizadas após decisões da Justiça Eleitoral, cassando os mandatos dos gestores anteriores.

Wilsinho e Edna foram eleitos em pleitos realizados nesse domingo (Fotomontagem TCM Notícia)

Wilsinho e Edna foram eleitos em pleitos realizados nesse domingo (Fotomontagem TCM Notícia)

Em Canguaretama, Wilsinho Ribeiro (PTB) e Fátima do Murim, são os novos prefeito e vice-prefeita, respectivamente. Eles foram eleitos com 54,74% dos votos computados. Dra. Ana Célia (União Brasil) teve 2,46% dos votos; e Márcio Cabelereiro (PDT) obteve 40,8% dos votos válidos.

O resultado foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 18h30.

O município teve 17.178 votos válidos, 634 (3,5%) nulos e 305 (1,68%) votos em branco.

Em Pedro Velho, Edna Lemos (PSB) e Rejane Costa, prefeita e vice-prefeita, respectivamente, foram eleitas com 51,19% dos votos. Júnior Balada (União Brasil), que obteve 47,4% dos votos; Professor Cledenilson, do Avante (1,01%); e Zeca (Psol), que obteve 0,40% dos votos, foram os adversários derrotados.

A apuração encerrou às 18h25, conforme divulgado pelo TSE. O município teve 9.401 votos válidos, 162 (1,68%) nulos e 57 (0,6%) votaram em branco.

Urnas

Os dois municípios pertencem à 11ª zona eleitoral. Segundo a chefe de cartório Anna Pisco, nenhuma urna precisou ser substituída nos locais de votação e a apuração transcorreu de forma rápida.

Os eleitos devem ser diplomados no dia 19 de dezembro e ficarão nos cargos até dezembro de 2024. Além de Pedro Velho e Canguaretama, no Rio Grande do Norte, outros quatro municípios também passaram por Eleições Suplementares neste domingo: Tanabi (SP), Maraial (PE), Ibitirama (ES) e Maiquinique (BA).

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segunda-feira - 28/11/2022 - 10:02h
O outro lado

Aduern rebate reitora e aponta meios para reajuste salarial

Presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do RN (ADUERN), o professor Neto Vale faz contraponto em relação a trecho de entrevista (veja AQUI concedida pela reitora da Uern, professora Cicília Maia, quanto à relação com docentes da instituição.

Leia abaixo:

Prezado jornalista Carlos Santos,

Esclarecer alguns pontos da matéria da reitoria:ADUERN_LOGO_VERTICAL

a) Os assessores da reitoria vem repetindo uma falsa narrativa, sobre a existência de um acordo com a ADUERN, com o único propósito de torná-lo verdadeiro. A verdade: nao existe nenhum acordo entre ADUERN e reitoria, com tabelas com percentuais definidos;

b) A reitoria, continua não cumprindo com a implementação do Plano de Cargos Carreiras e Remunerações (PCCR), para fazer isso teria que consertar os graves erros identificados pela ADUERN. Um dos graves erros, foi a quebra da paridade entre uma parte dos aposentados e ativos. Esse erro será corrigido em parte, graças as ações articuladas da ADUERN, aposentados, Dep George Soares e o Estado que mediou a solução. A verdade: a reitoria nunca concordou com a sugestão da ADUERN, é tanto que o erro persiste com os ativos;

c) Com a aprovação do PCCR, em março de 2022, em seguida a ADUERN realizou uma Assembléia, sendo aprovado pelos docentes às tabelas para os anos de 2023 a 2025, respectivamente, com os seguintes percentuais: 15%; 20%, e, 30,4%;

d) Desde de setembro de 2021, a ADUERN tenta convencer a reitoria que sua proposta de 5% em 2023, não tem como ser aceita, depois de 10 anos sem recomposição, não repõe nem a inflação de 2022;

e) Há recursos, vejamos: só do orçamento do Estado, a UERN receberá 290 milhoes, sem contar outras fontes de captação de recursos, em 2022. Em 2023, a previsão orçamentária é de 341 milhões, sem somar outras fontes. Quer dizer, só do orçamento do Estado, são 50 milhões a mais, comparado com 2022. O problema não é de recursos, é de prioridade; é só repactuar o orçamento.

e) A reitoria aumentou de 406 para 571 suas funções gratificadas e seus cargos comissionados, uma bela farra. A distribuição de parte dessa gratificações é igual às prefeituras, faz a bel prazer da gestão. Com gratificações que pode chegar próxima de 6 mil, pede que aceitemos míseros 5%, por último

f) Nobre jornalista, você sabia que vários docentes estavam para se aposentar e por opção dos assessores da reitoria, ficou mais difícil? Se esses colegas quiserem se aposentar, no último nível de sua respectiva classe ( especialista, mestre ou doutor) terão que esperar 5; …; 10; 15 anos? É justo?

Nunca houve negociação, foi-se impondo percentuais de autonomia, para o PCCR docente, de acordo com outros interesses de poder. O nosso erro foi acreditar que o PCCR não era tão ruim” ( depoimento de colega que acompanhou as discussões anterior a nossa gestão ).

Professor Neto Vale

Programação da Parada:

Segunda feira (28) e terça-feira (29)
Diálogo com Docentes e discentes, em sala de aula
Quarta feira:
Parada Estadual
Ato no portão do Campus Central: 7h

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segunda-feira - 28/11/2022 - 09:20h
Política

Começou a reforma administrativa do segundo governo Fátima

cargos comissionados, nomeação, exoneração, reforma administrativa,Na prática, começou a reforma administrativa do segundo governo Fátima Bezerra (PT).

A governadora reeleita em 2022, com larga margem de votos e ainda no primeiro turno, começará o novo mandato no dia 1º de janeiro próximo.

Em Mossoró, a chegada do bacharel em direito e advogado Emerson Linhares à Supervisão da 1ª Circunscrição do Trânsito (CIRETRAN) – veja AQUI, é, na prática, o início desses ajustes.

Tem também uma simbologia: é aviso de que a governadora vai modificar sem necessariamente ratear a administração e o poder.

O nome de Linhares é seu. Não deriva de qualquer indicação política de grupos locais.

Vale lembrar que em Mossoró, à campanha deste ano, a governadora juntou quase tudo e todos: dos apoios originais como da deputada estadual Isolda Dantas (PT) e vereadora Marleide Cunha (PT), à ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP), passando pela ex-deputada federal Sandra Rosado (União Brasil) e sua filha e vereadora Larissa Rosado (União Brasil), além do vice-prefeito Fernandinho das Padarias (Republicanos). Na conta, ainda tem o núcleo do PCdoB.

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segunda-feira - 28/11/2022 - 08:42h
Nova legislatura

Deputado oferece mandato à disposição de gestão municipal

Do Blog Tio Coloraucumprimento, mãos, apoio - foto maior

O deputado federal eleito, Fernando Mineiro (PT), manteve contato com o prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra (SDD), para colocar seu mandato à disposição do município.

Disse que Mossoró não ficará órfã de parlamentar.

A informação é do jornalista William Robson, do programa Foro de Moscow.

Nota do Canal BCS – Mossoró e o sistema governista municipal não elegeram qualquer deputado federal.

E o único ainda remanescente vai logo se extinguir ao fim da legislatura em vigor, do deputado federal Beto Rosado (PP), adversário do prefeito.

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segunda-feira - 28/11/2022 - 07:52h
Santa Luzia

Artistas criam estandartes para homenagem à padroeira

Um projeto de arte e fé homenageia Santa Luzia, a padroeira de Mossoró. Idealizado pela Sociedade Amigos da Pinacoteca Potiguar, o ‘Viva Santa Luzia’ convocou os artistas de Mossoró e de outras cidades para criarem estandartes artísticos representando diferentes olhares sobre a santa protetora dos olhos. As obras serão apresentadas nesta terça-feira (29) às 9h na Catedral de Santa Luzia. O objetivo do projeto, que conta com a parceria da paróquia, é incrementar as festividades e movimentar o segmento das artes visuais.

Kelly Lira é uma artista com trabalho à exposição (Foto: Divulgação)

Kelly Lira é uma artista com trabalho à exposição (Foto: Divulgação)

As obras serão recepcionadas pelo padre Flávio Melo e o bispo Dom Mariano. Logo após será aberta a exposição dos estandartes na Catedral, que ficarão expostos até dia 1º de dezembro. Na abertura da Festa de Santa Luzia, dia 1º de dezembro, haverá o cortejo das peças até o altar.

A partir do dia 02/12 as obras ficarão expostas no Coração de Jesus. Dia 13 de dezembro, os estandartes vão integrar a procissão conduzida por jovens do Segue-Me. Segundo a coordenadora do projeto, Liana Duarte, a Sociedade Amigos da Pinacoteca fará uma programação dos estandartes pelas paróquias da cidade.

Integram o projeto os artistas Careca, Ângela Almeida, Ney Morais, Marcelo Morais, Iaperi Araújo, Paulo Pedrosa, Kelly Lira, Isaías Medeiros, Tulio Ratto, Laércio Eugênio Marcelo Amarelo, Rogério Dias, Eduardo Falcão, Maria Luíza Neo, Luzia Moura e Carolina Veríssimo, Naide Bessa, Maria Emilia Queiroz, Kátia Fleischmann, Clarissa Torres.

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domingo - 27/11/2022 - 23:52h

Pensando bem…

Em tempos de mudança, os aprendizes herdam a terra, enquanto os eruditos se encontram lindamente equipados para lidar com um mundo que não existe mais.”

Eric Hoffer

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domingo - 27/11/2022 - 13:04h

Maranhão – Capítulo XVI

Por Inácio Augusto de Almeida

– Senhor, escutai a minha prece. Por que tanto sofrimento, Senhor? Que tanto mal eu fiz?fé, oração, 2Lopez falava baixinho, sua voz era um bisbilho. Respirava sem muito ânimo. Quando um raio de sol, atravessando a palha, veio sobre a sua cabeça e tocou os seus olhos, deixando-o encandeado, ergueu a vista para olhar de frente aquela luz. E uma grande esperança começou a tomar conta de si. Começava a crescer nele a esperança. E continuou a rezar… a rezar… a…

 Acordou com uma linda índia a lhe oferecer, dentro de uma cuia, um líquido de uma cor estranha. Pelo gesto que ela fazia, entendeu que era para ele tomar. Ao provar, percebeu que o gosto era agradável. Bebia e olhava a bela índia a sorrir. Lembrou-se de que os canibais, antes de degustarem suas presas, tinham o costume de engordá-las. Deu um pulo e jogou o resto do líquido fora. A índia trocou o sorriso por uma cara fechada. Nos seus olhos, antes ternos, havia agora uma dureza sem brilho.

– Não quero mais, não quero mais.

Lopez falava e gesticulava. Sabia que a índia não entendia o que dizia, por isso se esforçava nos movimentos, principalmente nos das mãos e da cabeça. Ela apenas abaixou-se e pegando a cuia, tomou o resto que ficara, como querendo mostrar ao Lopez que a bebida era boa, que não iria lhe fazer nenhum mal.

Lopez respirou fundo. Era a primeira vez que conseguia algum tipo de comunicação. E bastou isto para o seu espírito irreverente aflorar.

“Se estes índios deixarem eu conseguir me fazer entender, se eu conseguir entendê-los..”

ACOMPANHE

Leia tambémMaranhão – Capítulo I;

Leia tambémMaranhão – Capítulo II;

Leia tambémMaranhão – Capítulo III;

Leia tambémMaranhão – Capítulo IV;

Leia tambémMaranhão – Capítulo V;

Leia tambémMaranhão – Capitulo VI;

Leia tambémMaranhão – Capítulo VII;

Leia também: Maranhão – Capítulo VIII;

Leia tambémMaranhão – Capítulo IX;

Leia tambémMaranhão – Capítulo X;

Leia tambémMaranhão – Capítulo XI;

Leia tambémMaranhão – Capítulo XII;

Leia tambémMaranhão – Capítulo XIII;

Leia tambémMaranhão – Capítulo XIV;

Leia também: Maranhão – XV.

Inácio Augusto de Almeida – Boêmio/Sonhador

(Continua no próximo domingo)

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domingo - 27/11/2022 - 12:10h

Litigância de má-fé e ato atentatório à dignidade da Justiça

Por Odemirton Filho 

O processo é um meio colocado à disposição da sociedade para resolver os conflitos de interesses. Assim, é possível ajuizar uma ação para buscar um direito violado, pois não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito, conforme rezam o Código de Processo Civil (CPC) no seu Art. 3º, e o inciso XXXV, Art. 5º, da Constituição Federal.

O Estado-juiz não poderá deixar de apreciar uma ação, julgando-a procedente ou improcedente, desde que, para ser processada e julgada, atenda aos requisitos e pressupostos exigidos, garantindo-se o devido processo legal. litigância de má-fé,compromisso, falsidade, juramento

Entretanto, aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. O processo, qualquer que seja a sua natureza, não pode ser usado com objetivos escusos. (Art. 5º do CPC).

Entre outros, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: expor os fatos em juízo conforme a verdade; não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito. (Art. 77 do CPC).

O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que a boa-fé objetiva se apresenta como uma exigência de lealdade, modelo objetivo de conduta, arquétipo social pelo qual impõe o poder-dever de que cada pessoa ajuste a própria conduta a esse modelo, agindo como agiria uma pessoa honesta, escorreita e leal. (REsp. 803.481/GO).

E quando se considera que a parte, autora ou ré, está se comportando de má-fé durante o processo?

Diz o Art. 80 do CPC que se considera litigante de má-fé aquele que: deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo.

E mais: proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; provocar incidente manifestamente infundado; interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Agindo uma das partes dessa forma, de ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. (Art. 81 do CPC).

Destaque-se que as partes devem cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação e não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. A violação desses dispositivos constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. (Art. 77, § 2º do CPC).

Por fim, ressalto que no dia a dia forense não observo muitas condenações por litigância de má-fé e por ato atentatório à dignidade da Justiça. Creio que se houvesse mais condenações as partes teriam receio em se comportar de modo temerário.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 27/11/2022 - 10:42h
Conversando com... Cicília Maia

Uern precisa extrapolar cada vez mais os seus próprios muros

Por Carlos Santos

A reitora da Universidade do Estado do RN (UERN), professora-doutora Cicília Maia, está há pouco mais de um ano à frente dessa instituição de ensino.

Graduada em Ciência da Computação, Cicília é professora efetiva do Departamento de Informática desde 2006 e compôs o quadro de professores do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (UERN/UFERSA). Obteve doutorado em Engenharia Elétrica e da Computação, pela UFRN, e pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Ela fez parte da equipe do professor Pedro Fernandes na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – na gestão do reitor Milton Marques, e foi Pró-Reitora de Recursos Humanos e Assuntos Estudantis no primeiro mandato de Pedro Fernandes (2013-2017). Na segunda gestão do reitor (2017-2021), Cicília atuou como assessora técnica da reitoria e na Chefia de Gabinete.

É a reitora da Uern num momento muito especial, com início de período de autonomia financeira da universidade. Nessa entrevista, ela fala sobre alguns aspectos desse trabalho e seus desafios.

Cicília Maia está (Foto: arquivo)

Cicília Maia diz que autonomia exige ainda mais dedicação e zelo (Foto: arquivo)

Em um ano de gestão, quais têm sido os principais desafios e conquistas à frente da Uern?

Primeiro, Carlos, obrigado pelo espaço neste importante espaço jornalístico. Quero aqui reiterar o meu agradecimento à comunidade da Uern pela confiança que nos foi dada, ao sermos escolhida, ao lado do professor Chico Dantas, para ser a reitora da instituição. De setembro do ano passado até aqui temos vivenciado importantes momentos na história da Uern, conseguindo conquistas fundamentais ao seu fortalecimento, como foi o caso do fim da lista tríplice para reitoria e vice-reitoria, a autonomia financeira da instituição, os planos de cargos, carreiras e remuneração dos servidores técnicos e docentes, e a ampliação de nossa política de ações afirmativas, atendendo melhor à nossa classe estudantil e toda sua diversidade.

Com a conquista da autonomia financeira, a Uern passou a poder planejar melhor suas ações, tendo a segurança em relação ao recebimento de seus recursos. Isso possibilitou que a universidade conseguisse honrar os compromissos com fornecedores, efetuar os pagamentos necessários, e projetar melhorias na infraestrutura, na aquisição de equipamentos e materiais, retomando, aos poucos, um cenário de investimento que há muito tempo não se tinha condições de fazer devido aos contingenciamentos orçamentários. Estamos trabalhando e cumprindo aquilo que assumimos como  compromisso com a comunidade universitária. Melhorias importantes nos campi avançados vêm sendo feitas constantemente, no campo estrutural mas também em relação à equipamentos em salas de aula e laboratórios.

Os desafios são aqueles comuns a qualquer gestão pública, mas temos contado com apoio da comunidade universitária e conseguido avançar em pautas extremamente necessárias à instituição.

Esse trabalho realizado foi importante para fortalecer a imagem da universidade junto às pessoas?

Com certeza. Iniciamos a gestão com duas lutas históricas, que eram a busca de autonomia e dos planos de cargos dos servidores, e conseguimos unir a comunidade, conquistar o apoio da sociedade e concretizar esses sonhos. Tivemos uma recepção e apoio fundamental na Assembleia Legislativa, com todos os deputados e deputadas nos apoiando, e a compreensão e parceria do Governo do Estado. A governadora Fátima Bezerra (PT) e sua equipe foram imprescindíveis para que pudéssemos comemorar essas conquistas.

Foi um momento que não esquecerei jamais. Tudo isso mostrou às pessoas como a Uern é forte e o principal patrimônio vivo do Rio Grande do Norte. De lá para cá, temos colocado a universidade cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, seja por ações no campo do ensino, da pesquisa ou da extensão. Precisamos extrapolar cada vez mais nossos muros levando o melhor dos programas/ ações que tenham impacto no dia a dia e qualidade de vida do povo potiguar.

A associação dos docentes (ADUERN) anunciou recentemente uma paralisação das atividades cobrando reajuste salarial. O plano de cargos dos servidores não conseguiu atender às necessidades?

Toda a sociedade acompanhou o trabalho que fizemos, junto com a comunidade acadêmica, em busca da autonomia financeira e também dos planos de cargos. Para que pudéssemos avançar com o projeto dos planos, cada categoria elaborou sua proposta, aprovou em assembleia, e encaminhou para que a reitoria pudesse enviar ao Governo do Estado. Trabalhamos todo o tempo em constante diálogo e acordo com os sindicatos, encaminhando as propostas elaboradas por suas categorias. O plano dos servidores técnicos, por conter uma tabela única com as previsões salariais, foi aprovado integralmente. O plano dos servidores docentes – contendo tabelas escalonadas para os anos de 2022, 2023, 2024 e 2025, em alinhamento com o que foi pactuado na lei de autonomia financeira para estes anos, foi aprovado e transformado em lei, mas somente com a tabela referente às previsões salariais para 2022. Porque? Pelo fato do impedimento legal do governo, em seu último ano de mandato, de sancionar uma lei que resultaria em impacto financeiro para os anos subsequentes.

Desta forma, pactuou-se que, ao final de 2022 seriam encaminhadas as tabelas restantes (2023,2024 e 2025), ao Governo e Assembleia Legislativa, para efetivação da parte complementar do plano de cargos docente, por meio de nova lei.

Entretanto, a associação dos docentes  passou a desconhecer o plano por ela apresentado, e tem reivindicado a aprovação de novas tabelas, desta vez com um impacto financeiro bem diferente daquele apresentado nas tabelas enviadas ao Governo do Estado ainda em 2021.

Reitora (Foto: Uern)

Reitora fala sobre reajuste salarial (Foto: Uern)

Temos dialogado com a associação reafirmando o nosso compromisso, assumido desde o início, de cumprimento do que foi estabelecido inicialmente, já que é essa a realidade prevista nos percentuais da autonomia financeira para os respectivos anos. Desde o início de todo este processo fizemos questão de ressaltar que os planos apresentados não corrigiam todas as perdas salariais históricas que tivemos ao longo de mais de uma década, mas que seria um começo importante para que ao final de 2025 pudéssemos passar a prever um cenário com reajustes salariais que possamos compensar esse histórico e gradativamente pudéssemos realinhar o que é justo e merecido aos servidores que tanto trabalham em prol da educação pública, gratuita e de qualidade.

Então, não se trata aqui de propostas de reajustes que a reitoria tenha oferecido, se trata de cumprir o que está previsto no plano – frise-se novamente – pactuado por todos. Todo o histórico deste processo é público e pode ser conferido por qualquer cidadão. A comunidade nos conhece e sabe que lidamos com responsabilidade, zelo e verdade.

No início de sua gestão uma das marcas foi a efetivação de uma política que garante que no mínimo 50% dos cargos de primeiro escalão da administração central sejam ocupados por mulheres. Qual o impacto disso junto à comunidade?

A equidade de gênero é um compromisso que não deve ser somente das mulheres, como algumas pessoas pensam. Deve ser um compromisso de todas as pessoas que acreditam e que lutam por um mundo mais justo. Ter mais mulheres liderando os processos de gestão, seja na universidade, no governo, nas empresas, no dia a dia, é uma experiência que muda todo o sistema. Por meio de ações como essa, e outras mais, queremos que as mulheres que fazem a universidade sintam-se cada vez mais acolhidas neste espaço, e tenham cada vez mais oportunidades e condições de estudar, pesquisar e fazer aquilo que lhe interessa nesse seu percurso profissional. Recentemente, inauguramos  o espaço da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade, no Campus Central, em mais um momento de fortalecimento dessa atuação estratégica. A diretoria de ações afirmativas e diversidade foi um compromisso que assumimos e que já concretizamos. Com ela, questões fundamentais de apoio e assistência a estudantes e servidores e servidoras terão um suporte e acompanhamento institucional mais humanizado e forte.

Cicília, as pessoas conhecem bem a reitora da Uern, a professora, mas parece que há uma poetisa escondida em você. Isso é verdade?

Nossa, Carlos. Você já sabe disso? Olha costumo dizer que sou uma poetisa em construção e tímida nesta matéria. Mas na pandemia resgatei a poesia como forma de colocar para fora muito do que não conseguia compreender. Gosto das letras e de sua intensidade. E foi muito bom! Encontrei pessoas que me inspiraram como prof. Ailton Siqueira e a jornalista Rosalba Moreira. Com Rosalba fiz alguns versos. Quem sabe liberaremos nosso livro, que está pronto já, em breve.

Qual a importância de uma mulher na liderança da única universidade pública estadual do Rio Grande do Norte para inspiração e motivação a mais mulheres ocuparem espaços de liderança?

Tenho como princípio e vontade me aperfeiçoar enquanto pessoa humana. Falo isso para poder dizer às mulheres que muito temos a construir, a  aprender e a fazer e se não formos nós dizendo ao mundo o que nós queremos e merecemos quem dirá?

Eu, terceira reitora mulher, mãe, professora e pesquisadora, aproveito todos os espaços, toda ocupação de fala para levar essa voz que por muito tempo foi de homens. E sempre digo que a missão é coletiva e só ganhará a dimensão necessária quando a sociedade entender que a luta é de todos e todas e não somente de nós mulheres.

Qual sua expectativa para os próximos anos, tendo a Uern, agora sim, como uma universidade autônoma financeiramente?

Neste ano a Uern teve conquistas importantes e históricas e isso foi possível porque toda a comunidade universitária esteve junta e unida. Quero agradecer toda essa construção coletiva à nossa comunidade universitária (estudantes, docentes, técnicos (as) e terceirizados) e sociedade em geral. Estou cada dia mais convicta que a autonomia financeira da Uern é uma conquista fundamental para a instituição exigindo cada vez mais responsabilidade, zelo, compromisso, diálogo, união e maturidade institucional para que possamos tornar a universidade ainda mais forte.

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domingo - 27/11/2022 - 09:38h

Obediência eleitoral

Por Marcelo Alves

A Justiça Eleitoral brasileira, como sabemos, é composta: (i) pelo Tribunal Superior Eleitoral, com sede em Brasília e jurisdição em todo o país; (ii) por um Tribunal Regional em cada estado e no Distrito Federal; (ii) pelos vários Juízes Eleitorais; (iv) e pelas (hoje mui esvaziadas) Juntas Eleitorais. Ramo especializado do Poder Judiciário, como informa o próprio TSE, sua atuação se dá em três esferas: (i) administrativa, organizando e realizando as eleições periódicas, os referendos e os plebiscitos, além de ser responsável por todo o cadastro eleitoral, tanto dos eleitores como dos partidos políticos e candidatos; (ii) regulamentar, regulando e normatizando o processo eleitoral propriamente dito; (iii) e jurisdicional, processando e julgando as lides eleitorais.

Urnas eletrônicas também passarão por processo de auditagem (Foto: TRE/RN)

Urnas eletrônicas são equipamentos utilizados pela Justiça Eleitoral do país (Foto: TRE/RN)

Pondo de lado aquelas de carne e osso, sua maior celebridade é uma tal “urna eletrônica”, na qual todos votamos, de dois em dois anos, mas que também pode ser utilizada por entidades públicas e instituições de ensino a título de empréstimo, em eleições parametrizadas, assegurando-lhes o apoio e o suporte necessários à realização do pleito, com vista a difundir os serviços desenvolvidos pela Justiça Eleitoral e garantir a livre manifestação da comunidade, conforme prevê a Resolução-TSE nº 22.685/2007.

Por falar em resolução, sou de um tempo em que não existiam movimentos deliberadamente orquestrados para enfraquecer o fundamental papel normativo/decisório da Justiça Eleitoral no exercício da nossa Democracia. Sou de um tempo, por exemplo, de grande respeito ao poder normativo da Justiça Eleitoral, exercido mediante as famosas “resoluções” (em resposta ou não às denominadas “consultas”), que são verdadeiros atos normativos editados pelo Tribunal Superior Eleitoral ou pelos Tribunais Regionais Eleitorais acerca de qualquer tema de direito eleitoral, tais como elegibilidade, coligações, prazos, pesquisas, propaganda e voto.

A imensa maioria dos operadores do direito reconhecia (e os juristas de boa-fé ainda reconhecem) que as resoluções, por sua própria natureza, deviam ser seguidas pelo próprio tribunal que a deu e pelos tribunais e juízes a quo (se dada pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelos Tribunais Regionais Eleitorais e pelos juízos eleitorais de primeiro grau; se dada por um Tribunal Regional Eleitoral, pelo próprio e pelos juízos eleitorais daquele estado). Todos seguiam as decisões da Justiça Eleitoral – os seus órgãos/juízos, os partidos, os candidatos, as autoridades constituídas etc. – e o jogo da democracia seguia. Era a consagração do nosso Estado Democrático de Direito.

Nunca é demais lembrar as naturais peculiaridades do processo eleitoral – entre outras, a máxima celeridade, a conveniência de se reduzirem os litígios e a necessidade para a democracia de uma previsibilidade do que é o direito –, que é muito mais administração judicial de questões de máxima relevância (as eleições no país) do que atividade jurisdicional propriamente dita.

No mais, a nossa Justiça Eleitoral e a célebre urna eletrônica, em particular, sempre foram razões de orgulho. Nacional e internacionalmente. Vide o recente caso das “midterms elections” nos EUA: vários dias para se saber quem controlará o Senado americano; semanas para se saber quem controlará a Câmara. Entre nós, temos o resultado das eleições gerais em um tico de horas.

Mas alguns insistem em macaquear o “lado sombrio da força” ianque. Adaptando delírios ao Brasil, prévia e deliberadamente atacam a Justiça Eleitoral, para, ao cometer ilegalidades (que vão bem além das já gravíssimas fake news), acusarem ela, a Justiça, que apenas cumpre o seu papel disciplinador, de ser parcial. Tirando barato, isso é uma imitação da prática nazifascista de desacreditação das instituições, em especial o Judiciário.

Afinal, para alguns, nada pior do que “ainda existirem juízes em Berlim”. Com teorias super-uber-hiper conspiratórias, alegam até fraude nas eleições que seus candidatos também venceram.

Nonsense, para dizer o mínimo.

Dito isso, chegamos ao estado atual das coisas, o ano eleitoral de 2022, que “não acaba”, com alguns ainda berrando, nas cancelas dos quartéis, como vivandeiras perdidas, por não sei nem o quê. “Golpe militar em prol da democracia ou da liberdade” – é isso mesmo, cara pálida?

Bom, de toda sorte, para quem arenga com os números, com a matemática dos votos, qualquer nonsense pode parecer patriótico.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 27/11/2022 - 08:20h

Grandes e Pequenos Homens e Mulheres especiais

Porque, como eu a considero, a história universal, a história daquilo que o homem tem realizado neste mundo, é no fundo a história dos grandes homens que aqui têm laborado (Os Heróis, Thomas Carlyle)[1].

É bem verdade que isso acontece em casos isolados e únicos em várias partes da Terra e sob as mais variadas culturas, nas quais certamente se manifesta um tipo superior; tipo que, comparado ao restante da humanidade, aparece como uma espécie de super-homem (O Anticristo, Friedrich Nietzche)[2]. 

heróiPor Honório de Medeiros

Sempre houve alguma percepção, às vezes discreta, outras, não, de que o percurso da humanidade somente pode ser compreendido se for levada em consideração a noção de que homens ou mulheres especiais, heróis ou bandidos, o mais das vezes anônimos, construíram a história.

Não se defende, aqui, que haja uma lei histórica que aponte a existência desses homens ou mulheres especiais, heróis ou bandidos, conduzindo o processo histórico, às ocultas ou claramente.

O que se defende é que sempre houve essa percepção, discreta ou ostensiva, por parte significativa de pensadores, de que isso realmente aconteceu.

Sempre houve essa percepção, assim como a de que esses homens ou mulheres especiais, heróis ou bandidos, tanto poderiam ser considerados do “Bem”, quanto do “Mal”, seja o que seja um e outro a depender da avaliação dos seus contemporâneos ou pósteros.

Essa percepção, atenta às suas circunstâncias, originou relatos mitológicos, como os do Zoroastrismo, onde Ormuzd é a fonte de todo o Bem, e Ariman, a fonte de todo o Mal.

Há, portanto, uma justificativa metafísica para essa conjectura desenvolvida por muitos pensadores.

Saliente-se o embaralhamento proposital, no romance de Hermann Hess, Demian, entre o que seria o Bem, e o que seria o Mal, quem seriam os heróis, e quem seriam os bandidos, que aponta para o problema da construção das narrativas que solapam verdades ocultas até que o tempo e as circunstância as resgate da escuridão.

No texto, Demian diz para Emil Sinclair, o personagem principal e narrador, referindo-se a Caim:

– Também gostei, mas creio que essa história de Caim pode ser interpretada de maneira diferente. A maioria das coisas que nos ensinam é, sem dúvida, verdadeira, mas também pode ser considerada de um ponto de vista diferente daquele dos professores, e então passa a apresentar quase sempre um significado muito mais amplo. Por exemplo: essa história de Caim, o homem que tinha um sinal na fronte, não poderia nunca nos satisfazer tal como nos é ensinada. Não achas?… Que um homem possa matar seu irmão numa disputa é algo admissível; como também o fato de haver sentido medo em seguida e se humilhado. Mas que sua covardia seja premiada com uma distinção que o ampara e inspira medo a todos os demais… isso já é francamente estranho.

                        (…)

O que houve desde o princípio, e constituiu como ponto originário da história, foi o sinal. Havia um homem que tinha algo no rosto que atemorizava os demais. Não se atreviam a toca-lo e sentiam medo diante dele e de seus filhos. Mas, naturalmente, o sinal que aquele homem trazia na face não era material, não era, por exemplo, como o de um carimbo dos correios; as coisas não costumavam acontecer, na vida, de maneira tão rudimentar. Tratava-se, possivelmente de algo talvez sinistro, apenas perceptível, digamos um pouco mais de vivacidade e de audácia no olhar. Aquele homem era poderoso e esparzia inquietude. Tinha um “sinal”. As pessoas podiam explicar aquilo como quisessem. E sempre queremos aquilo que nos seja mais cômodo e que nos dê razão. Os filhos de Caim, marcados com o “sinal”, atemorizavam os demais, e aquele sinal passou a ser explicado não como a distinção que realmente era, mas exatamente como o contrário. Passaram a dizer que os homens assim marcados era pessoas suspeitas e ímpias, o que, na verdade, ocorria. Pois os homens corajosos, as pessoas de caráter, sempre inquietaram as demais. Tornava-se, portanto, francamente incômoda a existência de uma raça especial de homens sem medo e capazes de infundir medo aos demais, e então lhes atribuíram um apodo e uma lenda para se vingarem daquela raça e justificarem de certo modo os temores sofridos…[3]

Observemos que a crença na existência do Bem e do Mal atuando concomitantemente, e, em decorrência, de anjos e demônios, heróis e bandidos, constituindo parte do caldo fundamental do qual surge a história poderia, assim, ser considerada arquetípica, fazendo parte do inconsciente coletivo da humanidade, nos moldes propostos na obra de Carl Gustav Jung, um dos maiores psicanalistas de todos os tempos, fundador da Psicologia Analítica.

É de se mencionar o interesse de Carl Jung, tão condenado por Freud, pelo esoterismo, espiritualidade e artes ocultas, que temia pelo comprometimento da credibilidade da Psicanálise.

Carl Jung foi muito importante para a comunidade psicanalítica, chegando a presidir a Associação Internacional de Psicanálise. Fez significativas contribuições para esse ramo do conhecimento, como a elaboração do conceito de “Complexo de Édipo”, chamado por ele de “Complexo de Electra”; da noção de “inconsciente coletivo”; da hipótese dos “arquétipos”; além de outras. Uma teoria famosa de Carl Jung é a dos “tipos psicológicos”, por meio da qual ele propôs os conceitos de introversão e extroversão.

Pois bem, o texto do capítulo anterior é uma alegoria, utilizada para propor a hipótese de que, ao longo do tempo, não faltou quem defendesse ser a história da humanidade constituída pelas ideias e ações daqueles que, de uma forma ou outra, enquanto “heróis” ou “bandidos”, louvados ou condenados, ao resolverem seguir em frente, impulsionaram a história.

No que diz respeito aos “heróis”, respeitados Homero, Heródoto, Tucídides, Hesíodo, Ésquilo, e tantos outros antecessores, Thomas Carlyle foi um dos principais pensadores a defender diretamente o papel fundamental por eles exercidos.

Seu livro Os Heróis, o mais notório de quantos escreveu, publicado em 1841, reuniu seis conferências por ele realizadas desde 1837, e é imediatamente posterior à História da Revolução Francesa, e, nele Carlyle discorreu acerca dos heróis, do culto dos heróis, do heroísmo na história, e expôs sua teoria fundamental, qual seja a de que o conhecimento da história do mundo resulta do estudo da vida de homens como Maomé, Dante, Shakespeare, Lutero, Knox, Samuel Johnson, Jean Jacques Rousseau, Cromwell e Napoleão.

Deve-se ressaltar, entretanto, que uma exegese atualizada do seu texto exige uma abrangência maior quanto a quem impulsiona, com suas ideias e ações ou omissões, a história universal, para englobar tanto aqueles que possam merecer os elogios dos seus contemporâneos e da posteridade, quanto aqueles que mereceriam o opróbrio da humanidade:

Porque, como eu a considero, a história universal, a história daquilo que o homem tem realizado neste mundo, é no fundo a história dos grandes homens que aqui têm laborado. Eles foram os condutores de homens, estes grandes homens, os modeladores, padrões e, em sentido amplo, criadores de tudo o que a massa geral dos homens imaginou fazer ou atingir; todas as coisas que nós vemos efetuadas no mundo são propriamente o resultado material externo, a realização prática e a incorporação dos pensamentos que habitam nos grandes homens mandados ao mundo: a alma de toda a história universal, pode justamente considerar-se, seria a história destes[4].

É de Carlyle a avançada teoria, para a época, de que os patrões, que ele apontava como um dos tipos de heróis, viriam a pensar, algum dia, que é (seria) “possível e necessário conceder a seus empregados um interesse permanente nas suas empresas”[5].

Não é possível deixar de comparar o trecho anterior, com outro, do romance Demian, de Hermann Hesse:

Para isso levamos o sinal, como Caim o trazia para infundir medo e ódio e arrancar a humanidade de então de um mundo idílico e limitado, conduzindo-a a horizontes mais amplos e perigosos. Todos os homens que influíram na marcha da humanidade, todos eles, sem exceção ou diferença, puderam fazê-lo porque estavam sempre prontos para o destino. Tanto Moisés quanto Buda, Napoleão ou Bismarck. Ninguém pode escolher a onda a que obedecerá nem o polo pelo qual será atraído. Se Bismarck tivesse compreendido os social-democratas e acolhesse suas inspirações, teria sido um político prudente, mas não um homem do destino. O mesmo se passou com Napoleão, com César, com Inácio de Loyola, com todos eles. Essas coisas devem ser consideradas sempre do ponto de vista biológico e evolutivo[6].

Mais que à noção de “heróis”, no sentido proposto por Thomas Carlyle, é melhor estar atento, portanto, aos que ele nomina de “condutores”, “modeladores”, “padrões”, “criadores” de tudo quanto “a massa geral dos homens (ou mulheres) imaginou fazer ou atingir”.

Seriam os “grandes homens” de Carlyle os mesmos “homens do destino” aos quais aludiu Hermann Hesse, pela boca de seu personagem Demian, todos eles, enfim, heróis” ou bandidos”, “santos ou hereges”, “estadistas” ou “terroristas”, a depender, um ou outro qualificativo, de como os seus contemporâneos e pósteros os julgaram e julgam, formando a unidade primordial entre os opostos mencionada pelo Zoroastrismo e Heráclito de Éfeso e constituindo a história da humanidade.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e Governo do RN

[1] CARLYLE, Thomas. Os Heróis. São Paulo: Melhoramentos. 1956.

[2] NIETZSCHE, F. O anticristo. São Paulo: Martin Claret. 2015.

[3] Demian, O.a.c.

[4] Os Heróis, O.a.c.

[5] Idem.

[6] Demian, O.a.c.

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