“Depois de tudo que eu fui, duas vezes governador e quatro vezes senador, não posso dizer que dessa água não beberei. Mas, não é minha prioridade mesmo”. A declaração foi dada há poucos minutos ao Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo ex-senador José Agripino (DEM).
Ele é um dos principais articuladores da fusão do seu partido, o Democratas, com o PSL. E nessa tarefa, garante, não há lugar para projeto particular e pessoal. “Não é minha prioridade ser candidato em 2022. Quero participar do processo de discussão de chapa presidencial alternativa e no âmbito do RN”, disse.
José Agripino surge como nome ascendente no Democratas e PSL para dirigir a legenda que surgirá dessa composição. “Meu nome tem sido comentado para a presidência”, assinalou. “Nosso trabalho é para fortalecimento do novo partido que nascerá como o maior do país e grande no RN”, reforçou e previu.
DEM e PSL hoje possuem bancada na Câmara Federal com 81 deputados (53 do PSL e 28 do DEM), além de sete senadores (seis do DEM e um do PSL). Porém, a comunhão de forças para surgimento de outra sigla não agrada a todos internamente. Vão existir defecções.
– “Devemos lidar com naturalidade em relação à saída de alguns membros. Formaremos um partido de centro democrático e hoje não existe, que eu saiba, ninguém nos dois que seja de extrema esquerda. De extrema direita existe. Essas pessoas estarão livres para novas decisões partidárias, sem problemas – deixou claro.
Quanto à política do RN, José Agripino não vê como compulsória a ideia de uma candidatura própria do novo partido, ao governo, no próximo ano. Contudo, acredita que a legenda que está sendo germinada nasce atrativa à montagem de projeto viável eleitoralmente.
– “Teremos maior tempo de rádio e televisão e fundo partidário. Candidatos com potencial, que comunguem de nossas ideias, podem se juntar a nós”, acenou.
Providências à fusão
Pesquisas qualitativas estão sendo feitas pelo DEM e pelo PSL quanto à definição de nome e número do futuro partido. Algumas etapas precisam ser cumpridas, de lado a lado, até a tese da fusão se materializar na vontade partidária comum e no cumprimento das etapas burocráticas na Justiça Eleitoral.
Ontem, o Democratas realizou reunião de sua Comissão Executiva nacional, quando houve aprovação da proposta de fusão, à unanimidade, com 41 votos a zero (veja AQUI). Nessa terça-feira (22), o PSL fará a mesma consulta interna sobre essa junção de forças com o partido do ex-senador potiguar.
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