domingo - 09/11/2025 - 11:18h

Minorias que berram e maiorias silenciosas

Por Wilson Gomes, do Canal Meio

Arte ilustrativa do Canal Meio

Arte ilustrativa do Canal Meio

A direita brasileira é bem maior do que o bolsonarismo, mas o bolsonarismo continua se comportando como se fosse a única e verdadeira direita — e, acima de tudo, como se fosse a voz autêntica do nosso povo. De fato, uma pesquisa recente do Instituto Ideia, feita a pedido do Meio, ajuda a distinguir com precisão as coisas quando se trata do perfil da direita no país: apenas 12% dos brasileiros são efetivamente de direita e bolsonaristas, enquanto 26% se encaixam na direita, mas não são bolsonaristas — uma proporção de um terço para dois terços.

No detalhamento, a diferença é marcada: o núcleo bolsonarista é mais rico, mais escolarizado e mais radicalizado; a outra direita é mais pobre, mais preocupada com segurança pública e custo de vida, menos interessada em guerra cultural. O bolsonarismo, como era de se esperar, é vinculado pessoal e organicamente ao seu líder e coloca a sobrevivência dele acima de outros valores; a direita não bolsonarista tem outras prioridades. São dois mundos com alguma interseção no que diz respeito à autocompreensão ideológica, mas que se afastam em tudo o mais.

A direita bolsonarista é pequena, barulhenta e convicta de que fala pela maioria. A direita não bolsonarista é numericamente maior, mas hesitante, dispersa e, sobretudo, menos visível. A primeira ocupa as redes, pauta o noticiário e define o clima político; a segunda assiste a tudo com muito menor ímpeto missionário e fervor crédulo no seu papel de “salvar o país”. Acontece que, em política, como em muitos domínios da vida pública, a visibilidade costuma valer mais do que a quantidade: quem fala mais alto convence-se (e convence os outros) de ser mais numeroso; quem fala sozinho tem certeza de que todos concordam.

Um levantamento ainda mais recente, produzido pelo think tank More in Common, em parceria com a Quaest, mostra com números e nomes que o Brasil não é simplesmente uma arena dividida entre duas metades que se odeiam. A pesquisa, que entrevistou 10 mil pessoas em todas as regiões, identificou seis grupos politicamente coerentes:

  1. Progressistas Militantes: 5%
  2. Esquerda Tradicional: 14%
  3. Desengajados: 27%
  4. Cautelosos: 27%
  5. Conservadores Tradicionais: 21%
  6. Patriotas Indignados: 6%

Desses seis conjuntos, apenas dois, situados sintomaticamente nos polos — os Progressistas Militantes e os Patriotas Indignados — formam os extremos vocais da polarização política. Juntos, contudo, somam meros 11% da população. Os Desengajados e Cautelosos, que respondem por 54%, constituem o grosso da “maioria silenciosa”: gente que quer tranquilidade, talvez até ver os problemas sociais resolvidos pela política, mas não por cruzadas morais.
No debate público, o que se ouve são os 11%.

Pablo Ortellado, diretor da More in Common no Brasil, explicou que entre os conservadores a diferença entre “tradicionais” e “patriotas” é de intensidade: ambos pensam parecido, mas os patriotas vivem a política como identidade e se reconhecem como bolsonaristas. Já entre os progressistas, a diferença é de pauta: os militantes concentram-se em temas de opressão de gênero e raça, enquanto a esquerda tradicional ainda organiza sua visão de mundo em torno da desigualdade social.

As vanguardas políticas — isto é, as pessoas mais ativas, vocais e envolvidas — não se definem por ideologia, mas por uma atitude principal: a convicção de que representam não apenas o círculo restrito que veem ao seu redor, mas uma massa que não quer ou não pode falar, embora pense e sinta exatamente como elas. O que define um militante — alguém que não apenas se interessa por política, mas já tem um lado escolhido e está convencido de que tem uma missão na mudança do mundo — não é o conteúdo do que ele pensa, e sim a certeza de que pensa pelo país.

Ao acreditar que ‘todo mundo pensa assim’, o indivíduo protege a autoestima e reduz a ansiedade que sente quando se percebe socialmente isolado

Essa certeza é um fenômeno estudado há décadas pela psicologia social e tem nome: viés de falso consenso. Trata-se da tendência que muitos de nós temos de superestimar o grau de concordância dos outros com nossas próprias opiniões. Em bom português: o sujeito toma sua maneira de ver o mundo como padrão supostamente adotado por “todo mundo”. É um atalho cognitivo, mas também um mecanismo de conforto emocional e moral. Ao acreditar que “todo mundo pensa assim”, o indivíduo protege a autoestima e reduz a ansiedade que sente quando se percebe socialmente isolado.

Ocorre que essa ilusão de maioria se transforma, com frequência, em combustível político.

Quanto mais moralizada é a disputa, mais forte o viés. Grupos ideológicos intensos — sejam progressistas, conservadores, religiosos ou identitários — tendem a viver dentro de círculos de semelhança, as tais “bolhas”, o que reforça a impressão de unanimidade. Redes de afinidades, como as redes sociais digitais, somadas à segmentação algorítmica, completam o serviço: como as pessoas acabam sendo expostas quase exclusivamente a quem pensa de forma semelhante, encontram nos outros principalmente versões de si mesmas. O resultado é uma percepção distorcida da sociedade, em que cada facção acredita representar integralmente o verdadeiro povo brasileiro.

A polarização, nesse sentido, decorre menos de um confronto entre ideias e mais de uma competição de maiorias imaginárias.

O falso consenso pode ter efeitos políticos profundos. Ele legitima a intolerância, porque transforma discordância em desvio moral. Se “a maioria pensa como eu”, quem discorda não está apenas errado: está fora da comunidade moral. Daí para a prontidão de calar o outro, punir, excluir ou ridicularizar é um passo curto. O mesmo mecanismo que sustenta o populismo — “eu sou o povo” — alimenta também a arrogância moral de vanguardas políticas, de qualquer polo do espectro ideológico, que se julgam porta-vozes da civilização. Em ambos os casos, o resultado é o mesmo: desaparece o espaço do dissenso legítimo.

A política brasileira recente fornece exemplos de sobra. Patriotas indignados veem em Lula a usurpação de um poder que, por direito, pertenceria à “maioria conservadora”. Setores progressistas radicais, por sua vez, tratam opiniões divergentes sobre costumes ou segurança como se fossem agressões intoleráveis a direitos humanos. Ambos acreditam estar do lado certo — e, mais grave, do lado da maioria. Por isso estão mais dispostos a soltar a voz em público, a transformar seus sentimentos de ultraje moral em performances de punição ou reivindicação, a realizar manifestações e protestos.

Por outro lado, a psicologia tem mostrado que, quanto maior a intensidade da certeza, maior a ilusão de consenso. Ou seja: quanto mais certo se está do que se pensa, do valor da própria causa e do papel que se exerce na transformação do mundo, menos se percebe o mundo real à volta.

As pesquisas citadas revelam um país muito mais fragmentado do que frequentemente supomos. Há múltiplas minorias políticas disputando atenção, recursos e legitimidade. Nenhum grupo chega perto de representar sozinho um terço do eleitorado. Mesmo assim, as minorias mais engajadas dominam a esfera pública porque falam alto, alimentam conflitos e sabem usar os algoritmos da visibilidade. São pequenas em número, mas enormes em ruído.
E o ruído, em tempos digitais, é a nova métrica da força.

Esse descompasso entre barulho e tamanho tem efeitos corrosivos. Ao obter visibilidade desproporcional, minorias militantes criam a ilusão de que o país está rachado em duas metades equivalentes. O cidadão comum, cercado por gritos de um lado e do outro, sente-se compelido a escolher um campo — ou a calar-se. É assim que a “maioria silenciosa” se torna, de fato, quieta e aparentemente aquiescente: não por falta de opinião, mas porque sua voz não se faz ouvir na algazarra política geral.

Mas há algo de mais profundo. O falso consenso não é apenas um engano perceptivo; é também uma autorização moral. Quem acredita falar em nome da maioria sente-se no direito de agir em seu nome. É daí que brota o populismo autoritário — a ideia de que há um “povo verdadeiro”, homogêneo e virtuoso, traído por elites ou minorias espúrias. Essa convicção não é exclusiva da extrema direita. Há versões ilustradas e progressistas do mesmo mito: a crença de que a sociedade decente coincide com “o campo democrático”, e que os demais são bárbaros a serem educados ou cancelados.

Ambos os lados, ironicamente, se sentem nos braços da maioria silenciosa.

O resultado é o que se vê: uma democracia cansada, em que o diálogo cede lugar à catequese

O autoengano tem custo alto. Ele dispensa o trabalho de ouvir, de argumentar, de negociar. Se a maioria já está comigo, por que conversar? A política vira palco de performances morais, não de persuasão racional. Em vez de disputar ideias, disputam-se virtudes. O adversário não é alguém a convencer, mas um inimigo a derrotar. O resultado é o que se vê: uma democracia cansada, em que o diálogo cede lugar à catequese.

Há quem veja nisso um traço inevitável das redes. Mas as redes apenas potencializam uma distorção antiga. Desde os anos 1970, estudos sobre o viés de falso consenso mostram que o ser humano tem dificuldade estrutural de imaginar que os outros pensam diferente. O digital apenas transformou esse traço cognitivo em epidemia política. O que era tendência virou arquitetura: algoritmos alimentam certezas, certezas alimentam engajamento, engajamento alimenta lucro.

E assim se constrói a ilusão reconfortante de que “a maioria está comigo”.

O problema é que não está. O Brasil das pesquisas mostra um país múltiplo, hesitante e menos extremado do que seus intérpretes. Há conservadores pobres que votam à direita sem idolatrar Bolsonaro; há progressistas tradicionais que não se reconhecem na pauta identitária; há milhões de cidadãos que rejeitam tanto a demagogia quanto o moralismo.

Mas esse centro difuso não tem narrativa nem heróis — e, portanto, quase não existe na política.

Reconhecer a ilusão de consenso é um passo essencial para reconstruir o espaço comum. Enquanto cada tribo se imaginar a voz do povo, o país continuará refém de minorias ruidosas. A democracia precisa de maiorias reais, feitas de discordâncias administráveis, não de unanimidades imaginárias.

Wilson Gomes é doutor em filosofia, professor titular da Universidade Federal da Bahia e autor de “Crônica de uma Tragédia Anunciada”

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Categoria(s): Artigo / Política
domingo - 09/11/2025 - 10:48h

Patos, Paraíba, à procura de Massilon

Por Honório de Medeiros

Cangaceiro Massilon: com Lampião (Foto: reprodução)

Cangaceiro Massilon: personagem de história incompleta (Foto: reprodução)

Saímos cedo de Pau dos Ferros, RN, no rumo de Patos, Paraíba.

Lá chegamos ao meio-dia. Hospedamo-nos no Hotel Zurick.

À noite perguntamos ao recepcionista de onde tinha vindo esse nome. Com certo sarcasmo sertanejo ele nos disse: “o homem andou por lá e por certo achou esse nome bonito”.

Franklin Jorge comentou: “se Cascudo tivesse estado aqui, escreveria uma crônica com o seguinte título: ‘Zurick em pleno Sertão paraibano; faria algo grandioso e o dono terminaria recebendo o título de cônsul honorário da Suíça’”.

Fomo à Matriz. Prédio simples. Chegamos em plena missa das dezesseis horas. Arrodeamos a Igreja cujos fundos dão para uma rua estreita, pequena. Olhávamos para uma porta fechada, indecisos, quando um homem trigueiro, alto, encorpado, trinta e poucos anos, cabelos curtíssimos, vestido com uma camisa branca de mangas compridas abotoada nos pulsos se aproximou maciamente.

Perguntei-lhe se ali era a Secretaria da Paróquia. Ele disse que não e nos apontou onde ficava. Perguntei-lhe se era padre. Confirmou com aqueles ademanes típicos, mas discretos, de seminarista, contidos por sua estrutura física maciça, embora não desmesurada, e nos entregou sua mão também macia para apertarmos.

Padre Francisco foi gentil, delicado.

Na livraria da cidade indagamos à vendedora pelas obras dos autores locais. Ela nos apontou, com certa displicência, um canto afastado de uma estante empoeirada. Encontramos uma gramática em versos, que eu logo comprei, e livros e mais livros de um poeta local, que eu não comprei.

Nada mais.

Depois, fomos às ruas: vibrantes, febris, plenamente comerciais. Carros, motos, bicicletas… Pessoas indo e vindo rápidas, com aquele semblante típico de quem precisa chegar logo em algum lugar preciso, para resolver alguma coisa.

Não havia pedintes, nem pastoradores de carro, nem lavadores de para-brisa, nem deficientes físicos. Somente uma senhora, personagem folclórico, que me abordou na farmácia: “lindão, me dê um dinheiro”.

Como não dar? “Ela dá sempre esse golpe em quem não é daqui” disse-me o caixa da farmácia, com um sorriso sarcástico.

Raros são os passeantes. Os flâneurs. A maioria mulheres. As mulheres de Patos, são belas, não bonitas. Há uma diferença entre ser bela e ser bonita. A mulher, quando é bela, desafia o tempo. Não pede emprestado à juventude aquilo que sempre possuirá.

Belas, as mulheres de Patos. Suavemente arredondadas, como um ideal rafaelita amoldado à realidade anoréxica dos tempos atuais. Altivas. Ou contidas. Ou dissimuladas. Pernas longas, levemente grossas, torneadas. Narizes afilados. Dentes bem cuidados.

Compõem um contraste marcante com o bulício comercial suburbano que ocupa nossos olhos quando caminhamos pelas ruas da cidade. Não haveria ruas onde não se compra e não se vende? Aparentemente não. Em qualquer lugar há essa atividade febril, tipicamente burguesa, que pressupõe uma interação constante entre as pessoas e que se opõe à percepção do aparente distanciamento das belas mulheres de Patos.

“Por que Patos?”, pergunto à Virgílio Trindade na tentativa de encontrar dois velhos amigos de meu pai, a quem seu primo, também chamado Virgílio Trindade, comerciante no Mercado Central, procurado por indicação de um transeunte como sendo bastante antigo na praça, reputa como escritor.

Recebeu-nos muito bem. Tem um programa político em uma rádio importante da cidade. Magro, moreno, careca, sentado por trás de um birô anacrônico em um escritório de um só vão no centro da cidade, nos deu, com uma voz característica de fumante e locutor, um seu livro de crônicas, Relíquias.

Falou-nos do seu programa político: “é complicado”. “Por quê?” “A gente está falando com alguém ao telefone e no ar e ele grita: eu voto em Lula! Já pensou?” Estávamos no começo da saga lulista na presidência da república.

“Por que Patos?”, repito. “Havia, aqui, antes, uma lagoa chamada ‘Lagoa dos Patos’”. “Onde ficava?” “Ah, quem quer que tenha um quintal em casa diz que era lá”. Esboça um esgar de sorriso sardônico no canto da boca.

Virgílio Trindade nos indicou outros intelectuais de Patos, dentre eles o Secretário de Educação do Município, que também é dirigente do Instituto Histórico local. Fomos até lá. Recebeu-nos em um vão vazio uma moçoila loura tão importante quanto decrépito era o prédio da Secretaria.

Perguntou-nos se tínhamos marcado hora. Foi até o gabinete e voltou cerimoniosa, nos pedindo que aguardássemos o término de uma reunião.

Sentamo-nos durante breves cinco minutos e nos despedimos, para espanto da secretária, a quem recomendamos, enfaticamente, a leitura da obra completa de José Sarney, apropriadíssima para moçoilas secretárias de secretários ocupadíssimos.

Passamos no “troca-troca”. Um galpão aberto para todos os lados onde quem quiser chega e expõe sua mercadoria para vender ou trocar.

Seu Antônio, um sertanejo idoso, mas rijo, nos acolheu com um sorriso. Na sua banca encontramos desde uma rede de pescar em açudes até rádios antigos.

“Troca-se qualquer coisa aqui, Seu Antônio?” “Qualquer coisa, doutor, até mulher velha por nova, mas dando o troco”. Rimos.

“Você e seu pai são de onde?”, pergunta ele se virando para Franklin Jorge. Caímos na gargalhada. Franklin diz-lhe que não é meu pai. Eu pisco o olho para Seu Antônio: “ele é muito vaidoso”. Despedimo-nos. Seu Antônio olha para mim quando Franklin lhe dá as costas e sussurra: “eu entendo como é…”

Quem nos recebeu à porta da casa simples, estreita, geminada, praticamente no centro comercial de Patos, quando fomos à procura de Antônio de Lelé, cantador de viola que primeiro fez dupla com Seu Chico Honório, meu pai, em sua breve carreira, foi sua esposa, baixinha, magrinha e enrugadinha. Tudo no “inha”.

Abriu a porta que dava para uma pequena área antecedendo a salinha de estar e nos envolveu com um delicioso cheiro de alguma iguaria que estava sendo cozinhada no tempero de cominho.

Antônio de Lelé não estava, apesar de Dona Maria afirmar que ele nunca saía de casa, fato desmentido diversas vezes ao longo do dia, para perplexidade nossa. Haveria algo freudiano nessa negação do óbvio?

Finalmente nos encontramos com Antônio de Lelé, lá pela quarta procura. Surpresa: é como ver Padre Sátiro Dantas na nossa frente sem aquela impaciência que o distinguia.

Antônio de Lelé conversa longamente com Seu Chico Honório pelo celular, enquanto assediamos Dona Maria com elogios rasgados ao cheiro de sua comida. Queríamos um convite. Era um bode no cominho.

“O que acompanha?” “Arroz, farofa na gordura, uma saladinha”. “Rapadura, também”. E ia recuando, agoniada para escapar da obrigação sertaneja de oferecer a iguaria elogiada.

Constrangida pelo cerco implacável, não entregou os pontos: “se não fosse tão pouca a comida eu até que convidava”. Renunciamos ao ataque, comovidos. Terminamos sem provar o bode.

Nesse tempo Antônio de Lelé já se despedira alegando que tinha que ir ao Banco, mas que nos aguardava de tarde, e garantindo que o livro de Orlando Tejo sobre Zé Limeira, com quem ele cantou várias vezes, tinha muita mentira.

Eu me lembrei de Orlando Tejo no meu apartamento em Brasília, levado por Jânio Rego, espojado na cadeira de balanço, a lançar fumaça de um cachimbo preto empesteando o ambiente, falando acerca da Serra do Teixeira onde, segundo ele, havia um marco que ficava no meio do tudo, porque fincado no meio do nada. Lembrei-me dele anos depois, quando por lá passei.

Escrever acerca do Homem, de suas relações, e das Coisas era meu propósito pretensioso. Existirão Coisas ou tudo, além do Homem, nada mais é que um sonho meu, seu, nosso?

E se este Universo nada mais for que um átomo dentre ilimitados outros de um Universo inconcebível que, por sua vez, é um átomo de outro Universo inimaginável, tudo isso em escala infinita?

Enquanto o carro avançava Sertão adentro, no rumo de Cajazeiras, nossa próxima etapa da perambulação meio séria, meio anárquica, ladeado pela vegetação típica do semiárido, aqui e acolá matizada por um ipê-roxo, juazeiro ou quixabeira especialmente frondosos, e serrotes despidos e enfeitados com pedras esculpidas aleatoriamente, que faziam ondular a paisagem, divagávamos acerca da irrelevância da pesquisa que fazíamos e mergulhávamos na Metafísica.

Entretanto, a metafísica cansa e deprime o mais das vezes, tamanha a vastidão daquilo que ela contém e tamanha nossa incapacidade.

Voltamos ao concreto. O oceano bravio de questões que se tornou nosso assunto de viagem fez-nos correr em busca de um Porto Seguro: o dia-a-dia, o cotidiano, o detalhe mágico, por exemplo, do andar felino do camponês que se prontificou, sem nos conhecer, a ir conosco em busca de um ex-vereador que, segundo ele, “sabia tudo” acerca de Santa Terezinha, município à vinte quilômetros de Patos, onde tínhamos ido procurar o rastro de um tio de Massilon, o cangaceiro que arrastara Lampião para atacar Mossoró.

Livro de Honório de Medeiros (Capa: reprodução)

Livro de Honório de Medeiros (Capa: reprodução)

Nada encontramos. Somente esse andar felino, o português arcaico, a cidadezinha pequeníssima, a sensação de absoluta irrelevância de qualquer pressa. Não por outra razão ao falar em pressa diz o sertanejo que “o apressado come cru”.

O “sabe-tudo” de nada sabia. Ouvira falar que, antigamente…  e coçava o rosto, empurrava o chapéu de couro para trás da cabeça e deixava o olhar vagando pelo cercado onde um menino tangia cabras para algum destino incerto, doido para se livrar da gente.

Até logo, até logo, muito obrigado, dissemos. Muito obrigado ao pessoal do Cartório de Patos que nada encontrando do que procurávamos nos fez descobrir outra pista.

Muito obrigado a Dona Madalena, da Secretaria da Diocese de Patos. A senhora é tão boa, tão gentil, tão atenciosa, quanto é magra, pequenininha, delicada. E perfumada, a senhora é muito perfumada – a “Alma de Flores” – e elegante, naquela elegância anacrônica de moça velha que dedicou sua vida a secretariar Sua Excelência Reverendíssima, o Bispo Diocesano.

Também organizada, com seu birô impecável, onde duas caixetas, uma para “recebido”, outra para “devolvido”, cumpria a burocracia temporal da Igreja, sua face terrena e humana, a “Cidade dos Homens” que se contrapõe à “Cidade de Deus” da qual nos deu a conhecer Santo Agostinho.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

Texto transcrito de Massilon (Nas Veredas do Cangaço e Outros Temas Afins) MEDEIROS, Honório de. Natal: Sarau das Letras. 2010.

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 09/11/2025 - 08:52h

Autodidatas distintos

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616) foi um gênio. Poeta, dramaturgo e, sobretudo, romancista, ele é sinônimo de literatura em língua espanhola, sendo esta às vezes chamada de a “língua de Cervantes”. O “Quixote” (“El ingenioso hidalgo Don Quijote de la Mancha”, no original) é uma obra-prima da literatura universal, por muitos considerado o primeiro romance moderno e, com certeza, um dos melhores já escritos em todos os tempos.

Cervantes foi um gênio autodidata, sem estudos oficiais, ao contrário do que por vezes se imaginou. Como registra Luis E. Rodríguez-San Pedro Bezares, em “Atmósfera universitaria em Cervantes” (Ediciones Universidad Salamanca, 2006), “Cervantes, ao contrário de Góngora, Calderón ou Quevedo, não parece ter feito um curso universitário, nem em Salamanca nem em Alcalá [de Henares, historicamente uma das cidades universitárias mais prestigiadas da Espanha, onde ele nasceu], e deve ser considerado um autodidata, embora de formação humanista e acentuado gosto pelos livros. A formação de Cervantes suscitou diversidade de opiniões. Ele mesmo parece se definir como ‘pouco alfabetizado’ e de ‘sabedoria leiga’.

O mais provável é supor uma educação de cunho humanista e de nível pré-universitário, obtida em colégios jesuítas ou municipais, como já indicamos. Implicaria isso um certo nível de conhecimento do latim, manifestado, entre outras coisas, em várias citações e expressões de Dom Quixote? Por outro lado, Cervantes demonstra familiaridade com a obra de vários autores clássicos como Homero, Virgílio, Horácio, Ovídio, Cícero, Terêncio, Sêneca, Júlio César, Salústio ou Plutarco, para citar alguns. Os especialistas também apontaram um marcado autodidatismo em Cervantes e um notável amor pela leitura”.

Entretanto, apesar do autodidatismo de Cervantes, é certo o seu amor – talvez seja até melhor dizer “fascínio” – pela vida universitária, sobretudo a salamantina. Como anota o autor de “Atmósfera universitaria em Cervantes”, Salamanca “constitui uma referência literária e um fascínio cultural ao longo de toda a obra de Cervantes. São recorrentes as alusões míticas a Salamanca como cidade do saber e das letras (…)”, assim aparecendo, inclusive, em diversos capítulos do Quixote. Esse fascínio universitário inclui quase todos os ramos do saber: letras e humanidades, lógica e filosofia, saberes médicos e, por supuesto, o velho e bom/mau direito.

A essa mesma estirpe – de homem premiado com o dom da genialidade e autodidata em tudo e um pouco mais – também pertence um tal William Shakespeare (1564-1616). Como anota George Steiner, em “Lições dos mestres” (Editora Record, 2005), “o inventário da experiência humana de Shakespeare é considerado, com justiça, praticamente insuperável. Que ocupação, que vocação – a do médico, do advogado, do usurário, do soldado, do navegador, do vidente, da prostituta, do religioso, do político, do carpinteiro, do músico, do criminoso, do santo, do fazendeiro, do mascate, do monarca – escapou à sua percepção?”. Com inigualável capacidade de apreensão, Shakespeare manipula essas ocupações e seus termos técnicos com uma poesia até hoje inigualável. Teria alguma espécie de relação humana escapado à sua intuição? Shakespeare parece abarcar o mundo todo.

Todavia, curiosamente, o tema do estudo formal/universitário, do mestre e seus discípulos, aparentemente deixou Shakespeare indiferente. Pelo menos, a relação do mestre-discípulo e a educação formal como a conhecemos não foram temas centrais na sua obra, sendo marcante o contraste com a fome de saber formal que animava seus grandes contemporâneos, como Christopher Marlowe (1564-1593) e Ben Jonson (1572-1637).

Poderia a ausência do tema “mestre-discípulo”, da educação formal/universitária, significar a rejeição, mesmo subconsciente, por parte do universalista autodidata Shakespeare, da autoridade de um chefe/professor? Poderia ser algum tipo de complexo (de inferioridade) por não possuir ele mesmo esse tipo de educação? Ou poderia ser simplesmente o resultado natural de uma mentalidade tão inovadora e astuta que tem como supérflua, banal até, a dialética da instrução formal então escolástica?

Bom, como aduz o autor de “Lições dos mestres”, explicar essa omissão é ter acesso às “áreas vitais da sensibilidade labiríntica” shakespeareana. E só nos resta, à moda de um Matthew Arnold, “perguntar e perguntar”: “quem poderia ter ensinado a Shakespeare as verdades e falsidades da consciência humana?”.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 09/11/2025 - 07:50h

O Efeito Casulo – Dia 24

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Imaginei que hoje não me colocaria, como se diz bem-humoradamente, entre a cadeira e o teclado. Minha falta de motivação, a exemplo do que ocorreu durante o tempo quase inteiro, era o principal motivo (senão o único) para quebrar a sequência de relatos que venho sustentando e expondo há quase um mês. Esta periodicidade, sendo agora mais preciso, alcança hoje vinte e quatro capítulos consecutivos. É verdade, devo reconhecer, que ao longo desse curso deixei de cumprir essa proposta uma ou duas vezes. No entanto, como o leitor mais atento e rigoroso pode verificar, expus estes relatos com a sequência e números diários sem prejuízo para o ambicionado projeto. Neste instante, que me limitarei a citar que se trata apenas de uma sexta-feira de outubro, toco em frente esta espécie de diário lastimoso, pessimista. Isto, em particular, porque atravessei uma noite por demais horripilante de ontem para hoje. Sonhos conturbados todo mundo os tem, mas o que tive há algumas horas foi algo sobrenatural.

Refiro-me a um sonho absurdamente chocante. Um pesadelo dentro de outro pesadelo. No primeiro, em plena madrugada, eu estava sentado num banco diante do Cemitério São Sebastião. Fazia um frio incomum e uma fina neblina se formara naquele trecho em específico. Daí a pouco avistei nitidamente, olhando-me da porta do campo-santo, uma mulher descalça, talvez na faixa dos quarenta anos, bonita, de vestido vermelho, olhos e cabelos negros e pele muito alva. Sim, a distância entre mim e ela era pequena; o banco onde eu estava ficava próximo do portão. Então veio até mim. Antes de ela chegar, caminhando com passos lentos sobre a grama orvalhada, levantei-me. Senti que o corpo inteiro se arrepiara. Contudo, embora com angústia, permaneci ao lado do banco.

Como se tivesse conhecimento de meu câncer, foi dizendo com voz suave e enternecida: “Vamos lá, Fernando. Chegou a sua vez. Peço que me acompanhe. Sua permanência nesta dimensão terrena já expirou. Não tenha medo”. Acordei de súbito, trêmulo, suado, de olhos arregalados. Foi aí que me dei conta de que estava deitado em um caixão na minha sala, o corpo rodeado de pequenas flores cor-de-rosa e brancas. Minhas mãos se achavam cruzadas sobre o peito. Tentei me mexer, descruzar os dedos e sair do esquife, todavia não consegui mover um dedo sequer. É como falei: aquela dúzia de pessoas estava ao redor com semblantes graves, carrancudos.

Entre os circunstantes, mesmo um tanto de soslaio, reconheci Paulo Soares, meu ex-patrão, e alguns amigos da loja de peças de automóveis, onde trabalhei. Além desses, para piorar o estarrecimento, achavam-se perfilados à minha direita, para perto dos pés, Ricardo Gurgel, Leopoldo Nunes e Roberto, aquele amigo de Leopoldo e seu colega de trabalho como caixa do supermercado. Vi-me cheio de pânico. Tive um ímpeto de soltar um grito, mas, além de imóvel, estava emudecido. Aquilo era impossível. Esses três últimos indivíduos foram mortos e enterrados. Não poderiam, então, me velar naquele féretro, na sala de minha casa. Pois bem. Não conseguia me mexer nem proferir uma só palavra. Esse momento foi mais assustador do que me deparar com a desconhecida diante do São Sebastião. Após alguns minutos, felizmente, despertei. Era pouco menos de três e meia. Não mais consegui retomar o sono. Passei a manhã e a tarde desanimado, sem motivação para nada. Neste início de noite, enfim, ponho-me a relatar os minutos aterradores que passei em meio às brumas do sono.

Dessa maneira, portanto, como se isto pudesse extrair de minha cabeça a memória, os instantes de terror da noite passada, decidi escrever, verbalizar ocorrência tão desesperadora, deixar por escrito o registro do tormento da minha morte sonhada. Quem sabe até um sinal de que posso estar bastante próximo de ser deveras levado à cidade dos pés juntos. Felizmente, por mais que aquilo tenha me parecido tão real, ainda não foi desta vez que fui de fato parar na sepultura. Neste exato momento, devo admitir, sinto-me aliviado. Narro o funesto episódio (dois, na verdade) com o coração apaziguado, sem o horror, sem a possibilidade de ser enterrado ainda vivo. Isso mesmo! Embora estirado no caixão, cingido de flores, eu me encontrava bem vivo. Aos demais indivíduos que estavam à minha volta, entretanto, não duvido de que tivessem plena certeza de meu óbito. Aqui redijo, reporto semelhante agonia, entrementes estou cônscio de que preciso tirar esses minutos terrificantes do pensamento.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 09/11/2025 - 07:02h

Um pouco de ontem

Por Odemirton Filho

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

“A criança que fui chora na estrada. Deixei-a ali quando vim ser quem sou; mas hoje, vendo que o que sou é nada, quero ir buscar quem fui onde ficou”. (Fernando Pessoa).

Vez ou outra, lembro-me da criança que fui; de poucas palavras, poucos amigos. Vivi os dias da minha infância na rua Tiradentes, no centro de Mossoró. Ali, o adulto de hoje foi forjado.

Os dias corriam devagar, quase parando, divididos entre a casa onde morava, a padaria dos meus pais e o colégio. À noitinha, gostava de jogar bola com os meninos da rua e ouvir histórias de “trancoso”. As férias, como já escrevi em inúmeras oportunidades, era na praia de Tibau, meu xodó.

Lembro que os dias na padaria começavam ainda de madrugada. Meu pai, por inúmeras vezes saiu de madrugada para ir buscar outro funcionário, porque o padeiro do turno, depois de tomar umas, faltava ao serviço. Então, era um aperreio para conseguir um substituto e conseguir começar o dia com uma nova fornada de pães.

Durante o período da manhã, depois de fazer o dever de casa, eu corria pra padaria a fim de ver os funcionários, literalmente, com a mão na massa, trabalhando incansavelmente com o cilindro. Recordo-me muito bem do padeiro João Camilo, um mestre em sua arte.

A massa depois de pronta era colocada em um enorme forno a lenha. Ao sair do forno, em alguns pães, passava-se um pincel com uma espécie de melaço, transformando-o no famoso “pão doce”. Maria Arimar Braga, funcionária antiga da padaria, fazia os bolos e doces.

O que mais apreciava, entretanto, era a bolacha sete capas, enquanto ajudava a encher os pacotes, saboreava algumas.

Cheguei, algumas vezes, a atender no balcão. O final da tarde era o horário de maior movimento, quase não dava conta atender a freguesia. Outra vezes, porém, quando tinha mais idade, ficava no caixa, recebendo dinheiro e passando troco. Nada de cartão de débito, crédito ou PIX. Era dinheiro “vivo”.

Duas ou três Kombis faziam a entrega dos pães em alguns pontos de revenda nos bairros mais afastados da cidade. Às vezes, vendia-se muito; a sobra, chamávamos de “boia”. Final de semana, normalmente no sábado à tarde, fazia-se o pagamento dos funcionários. Inúmeras vezes, restava-nos uma quantia mirrada de dinheiro.

Havia um senhor, não lembro o nome, que toda tarde passava para comprar pão. Ele chegava no seu carro potente, descia, comprava e ia embora. Criança, eu ficava sentado na calçada, vendo-o, e dizia a mim mesmo que, um dia, teria o meu carro pra ir comprar pão em uma padaria e levar para minha mulher e meus filhos. Um inocente sonho de criança. Mas, quem não teve um sonho quando era criança? Eu tive. Muitos. Não deixei de sonhar, é claro, no entanto, sonho com os pés no chão.

Por isso, aqui e acolá, ao buscar a criança que um dia fui, lembro um pouco do ontem. Dos meus medos e sonhos; das minhas alegrias e tristezas. E hoje, agradeço a Deus pelo pão nosso de cada dia.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos 

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Categoria(s): Crônica
domingo - 09/11/2025 - 06:22h

Descanso

Por Bruno Ernesto

Cemitério São Sebastião no Centro de Mossoró (Foto: Bruno Ernesto/02-11-2025)

Cemitério São Sebastião no Centro de Mossoró (Foto: Bruno Ernesto/02-11-2025)

Visitar cemitérios vai muito além de prestar homenagem aos entes queridos, seja ele um familiar, um amigo, um ídolo ou um anônimo.

Nos últimos anos, uma pesquisa que venho gestando com muito cuidado, me leva constantemente aos cemitérios por onde ando, e procuro registrar o máximo possível em cada oportunidade.

Inegavelmente já vi cenas muito tristes, lamentáveis, serenas, curiosas, mas também engraçadas. Assim dando continuidade à pesquisa, no último Dia de Finados, fui ao cemitério São Sebastião, o cemitério velho de Mossoró, para fazer mais alguns registros.

Percorri diversos corredores e ruas, cada vez mais difíceis de andar diante do amontoado de túmulos, e ali pude observar atentamente os visitantes e os túmulos. Alguns deles continuam sem qualquer visita. Muitos já abandonados, sequer caiados.

Encontrei várias pessoas conhecidas que agora lá repousam. Vi alguns de meus ex-professores do Colégio Diocesano. Vários amigos, personalidades e conhecidos de vista. Cada um deles evocou uma lembrança.

Quando já me preparava para ir embora, enquanto me posicionava para fotografar uma belíssima estátua, ao longe, avistei uma pessoa gesticulando incisivamente para duas senhoras que estavam sentadas aproveitando a sombra de uma árvore ao pé de um túmulo.

Como já beirava o meio-dia, tive dificuldade de achar um bom ângulo para fotografá-la, de modo que tive que me aproximar cada vez mais daquelas senhoras. Foi então que percebi que a pessoa que gesticulava elevava o tom da voz cada vez mais, num ataque de fúria e disparou:

– Era cabra ruim! Pior que fel!

– Não é porque tá morto e enterrado aí, que vou passar a mão na cabeça!

– Deu um trabalho da peste para a família! Foi é um alívio!

– Quem descansou fomos nós!

Não sei quem eram – Nem os vivos nem o morto -, nem interrompi aquela conversa. Apenas escutei, tirei a foto da escultura e fui embora.

“Está morto, podemos elogiá-lo à vontade”, a ironia do Bruxo do Cosme Velho, não veio a calhar.

Que descansem em paz.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
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sábado - 08/11/2025 - 23:58h

Pensando bem…

“Você pode mudar o que sente mudando o que pensa.”

Andrew Carnegie

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sábado - 08/11/2025 - 23:44h
Novembro

1º Festival Gastronômico do Pastel acontecerá nos dias 14 e 15

Banner de divulgação

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Nos dias 14 e 15 de novembro de 2025, Tangará (RN) – a 93 km de Natal – sediará o 1º Festival Gastronômico do Pastel, evento gratuito que celebra um produto culinário reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Norte.

Realizada em frente ao Largo do Elita Barbosa, a festa oferecerá gastronomia e artesanato locais, com abertura dos portões a partir das 17h na sexta-feira e 18h no sábado. A Prefeitura informa que o festival contará com cerca de 25 estandes, sendo 22 dedicados à gastronomia local. Haverá praça de alimentação e espaços adaptados para crianças e pessoas com deficiência, garantindo acessibilidade a todos.

Como ressalta o prefeito Augusto Alves, “o 1º Festival Gastronômico do Pastel terá mais de 22 stands, com diversas opções gastronômicas além do melhor pastel do mundo; teremos uma competição gastronômica onde os pasteleiros tiveram que desenvolver uma receita original apenas para o festival do pastel.”

O festival tem entrada gratuita e também reunirá atrações culturais. No palco principal, os shows começam sempre às 22h, com programação variada de forró e música popular para as duas noites: 14/11 (sexta, 22h) – Banda Feras, Circuito Musical e Giannini Alencar e 15/11 (sábado, 22h) – Arnaldinho Netto, Michele Andrade e Forró Meirão.

Além disso, a festa contará com espaço para artesanato local, permitindo ao público comprar lembranças e conhecer mais sobre a cultura tangaraense. Cada detalhe do evento foi planejado para reforçar o orgulho pela tradição do pastel de Tangará e estimular o empreendedorismo local.

SERVIÇO:
Evento: 1º Festival Gastronômico do Pastel
Data: 14 e 15 de novembro de 2025
Local: Largo do Elita Barbosa – Centro, Tangará/RN
Horário: A partir das 17h (sexta) e 18h (sábado)
Entrada: Gratuita
Atrações musicais:
* 14/11 – Banda Feras, Circuito Musical e Giannini Alencar
* 15/11 – Arnaldinho Netto, Michele Andrade e Forró Meirão

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sábado - 08/11/2025 - 23:10h
ACJUS

Irmã Zelândia é homenageada por seu compromisso com a educação

Irmã Maria Zelândia recebeu homenagem com discurso do padre Charles Lamartine (Foto: CSCM)

Irmã Maria Zelândia recebeu homenagem com discurso do padre Charles Lamartine (Foto: CSCM)

Na noite desta sexta-feira (07), a Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (ACJUS) celebrou seus 11 anos de fundação com uma solenidade repleta de homenagens no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Mossoró).

Entre os homenageados, um destaque especial foi dedicado à Irmã Maria Zelândia, reconhecida pela sua dedicação incansável à educação e pela trajetória de quase três décadas à frente do Colégio Sagrado Coração de Maria (CSCM).

A cerimônia teve como orador principal o padre Charles Lamartine, diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia e reitor da Universidade Católica do RN (UniCatolica), além de membro da ACJUS. ele ressaltou o legado da Irmã Zelândia na formação de gerações e no compromisso com a missão educativa que transforma vidas.

Um justo reconhecimento a quem, há tantos anos, semeia amor, fé e conhecimento no coração de Mossoró.

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sábado - 08/11/2025 - 05:04h
Mossoró

“Novembro Azul” começa neste sábado com vários serviços

Programação vai se alargar por todo o mês de novembro (Foto ilustrativa/Wilson Moreno)

Programação vai se alargar por todo o mês de novembro (Foto ilustrativa/Wilson Moreno)

A Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Saúde, dará o pontapé inicial na campanha em alusão ao “Novembro Azul”, mês de conscientização contra o câncer de próstata, neste fim de semana. Durante todo o mês, ações serão realizadas em unidades básicas para o público masculino.

A abertura da campanha será realizada neste sábado (8) na Unidade Básica de Saúde Moisés da Costa Lopes, localizada na rua Senador Rui Carneiro, bairro Boa Vista, às 8h30. No local, serão ofertadas pequenas cirurgias, ECG, eletrocardiograma, vacinação, atendimento em odontologia, nutricionista, atendimento médico e ainda emissão de carteira de identidade, emissão do cartão SUS e práticas corporais.

Todas as ações terão sequência na próxima semana no CAPS AD III, localizado na rua Amaro Duarte, bairro Nova Betânia, e nas UBSs Sueldo Câmara e Duclécio Antônio.

Programação

Segunda- 10/11

Local: CAPS AD III, rua Amaro Duarte, bairro Nova Betânia

Horário: 8h às 11h

Ação de Bem-estar (emocional, físico, mental);

-Dinâmicas;

-Fit dance;

-Lanche;

-Brindes

Quarta –  12/11

Local: CAPS AD III, rua Amaro Duarte, bairro Nova Betânia

Horário: 8h às 11h

Dia da beleza;

Cortes de cabelo, cuidado com as unhas, dinâmicas, design de sobrancelha;

Lanche;

Brindes.

Terça – 18/11

“Dia D” – Saúde do homem

Local: UBS Sueldo Câmara

Horário estendido até as 19h

Consulta médica ao público masculino;

Palestra na Sala de Espera: em parceria com a equipe Uninassau;

Realização dos testes rápidos

Acolhimento: peso, altura, HGT, circunferência abdominal

Atualização do Cartão de Vacina: Hepatite B e DT adulto.

Coleta de exames laboratoriais

Consulta de Enfermagem: entrega de preservativos e acolhimento com orientações.

Entrega do Laço azul e outros brindes

Sexta – 21/11 

Ação na UBS Duclécio Antônio de Medeiros, no Supermercados Queiroz.

Segunda – 24/11

Dia 24/11 – Ação na UBS Duclécio Antônio de Medeiros, rua Poeta João Liberalino – bairro Teimosos

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sábado - 08/11/2025 - 04:30h
Nota de Repúdio

Servidores do MP denunciam “precarização de quadro funcional”

Banner de divulgação de Nota de Repúdio

Banner de divulgação de Nota de Repúdio

Segundo noticiou o jornal O Estado de São Paulo, a partir de relatório da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Ministérios Públicos estaduais (FENAMP), em oito unidades da federação, o MP tem mais servidores em cargos de confiança (comissionados) do que concursados em seus quadros efetivos. Esse quadro leva a Fenamp a fazer pressão por mudanças, ao lado de entidades associativas e sindicais, como no RN, onde é emitida uma Nota de Repúdio.

O estudo mapeou os estados onde a proporção de comissionados supera a de servidores de carreira. A liderança do ranking negativo é de Mato Grosso, onde 65,28% dos funcionários do MP estão em cargos de confiança. Confira a lista completa:

Mato Grosso (MT): 65,28%

Santa Catarina (SC): 65,07%

Paraná (PR): 64,82%

Piauí (PI): 64,47%

Rio de Janeiro (RJ): 53,81%

Goiás (GO): 51,61%

Rio Grande do Norte (RN): 50,81%

Paraíba (PB): 50,07%

Veja abaixo, Nota contra o Ministério Público do RN (MPRN), que desqualificou informações publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo:

Nota de Repúdio

A Federação Nacional dos Servidores dos Ministérios Públicos Estaduais (FENAMP), a Associação Nacional dos Servidores do Ministério Público (ANSEMP) e o Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Rio Grande do Norte (SINDSEMP-RN) expressam espanto e repudiam material encaminhado a alguns órgãos da imprensa potiguar pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN), na tentativa de desqualificar dados oficiais sobre o número desproporcional de cargos comissionados, terceirizados e estagiários na instituição, escancarados por reportagem do jornal O Estado de São Paulo (Estadão).

As entidades reafirmam que não trabalham com suposições, mas com informações públicas, extraídas dos próprios portais de transparência dos Ministérios Públicos — como determina a Lei de Acesso à Informação. No caso potiguar, os números são confirmados também em documentos oficiais encaminhados pela própria Procuradoria-Geral de Justiça ao SindsempRN nos autos do Processo de Gestão n° 20.23.0034.0000178/2024-09, no qual esta entidade vinha acompanhando os dados sobre os comissionados através de requerimentos formulados com base na Lei de Acesso à Informação.

De acordo com essas informações solicitadas pelo SindsempRN no referido processo, o MPRN possuía, em abril/2025, 30,97% dos cargos comissionados ocupados por servidores efetivos e 69,03% por pessoas externas. Em julho/2025, o percentual de efetivos caiu para 30,25%, e em setembro passado, chegou a 30,12%. Esses dados demonstram uma tendência de aumento da precarização e da substituição de servidores concursados por vínculos precários — movimento que tende a se agravar caso seja aprovado o artigo 1° do Projeto de Lei Complementar n° 23/2025, em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, que reduz de 30% para 20% o percentual mínimo de cargos comissionados destinados a servidores de carreira, cuja relatoria é da Deputada Isolda Dantas.

A proposta de redução, além de representar um grave retrocesso institucional, foi incluída pela Procuradoria-Geral de Justiça de forma dissimulada — um verdadeiro jabuti legislativo — dentro do projeto que trata da recomposição salarial dos servidores do MPRN. Esse mesmo projeto, vale destacar, prevê uma reposição muito abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, o que aprofunda a defasagem salarial de uma categoria que já acumula quase 25% de perdas reais em seu poder de compra.

Além disso, conforme o próprio portal da transparência e documentos recentes enviados pelo órgão, o MPRN possui atualmente 515 cargos comissionados e 439 servidores efetivos. A isso somam-se 339 trabalhadores terceirizados e 431 estagiários de graduação e pós-graduação (os chamados “MP Residentes”). Totalizando, o número de pessoas com vínculo precário supera com larga margem o total de servidores concursados — o que confirma, de forma inequívoca, o quadro apontado pela reportagem do Estadão.

A afirmação de que existem “341 cargos exclusivamente comissionados” é um recorte da realidade, pois conforme informações oficiais prestadas recentemente ao SindsempRN pelo próprio MPRN o número de cargos comissionados é de 515.

A Instituição faz recortes de alguns cargos (como por exemplo os de gestão e os de chefia de secretaria) e presta informações parciais para ludibriar a sociedade já que na última informação oficial apresentada pelo MPRN no mês de setembro o percentual de ocupação dos cargos comissionados ocupados por efetivos é de apenas 30,12%, sendo descabida a segregação do percentual por tipo de função do cargo nem a área ocupada.

De toda forma, é importante trazer a informação de que dos 330 cargos de assessoramento jurídico da instituição, apenas 50 deles são ocupados por servidores efetivos. Dos que estão em exercício, apenas 16% são concursados.

Importante destacar que o MPRN já foi alvo da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADI) n° 5503, ajuizada pela ANSEMP em 20/04/2016, quando o percentual de ocupação dos cargos comissionados ocupados por efetivos foi reduzido de 50% para 20%. Por ocasião do julgamento da ADI o Ministro Relator Nunes Marques proferiu voto pela inconstitucionalidade da referida redução por afronta à Constituição Federal. A ação foi arquivada posteriormente quando o referido percentual foi majorado para 30%, em uma clara tentativa de burlar o próprio STF, quando o então Procurador-Geral de Justiça, Dr. Cláucio Pinto, exercia o cargo de PCJ Adjunto da instituição.

Comprova-se esse fato com o envio para a Assembleia Legislativa recentemente de um projeto para tentar reduzir novamente para 20%, tentativa mais uma vez de ir contra os ditames do STF.

A nota divulgada pela Procuradoria-Geral de Justiça não rebate os dados — apenas tenta relativizar uma realidade que está publicada em seus próprios canais oficiais e nos documentos oficiais enviados ao sindicato.

O MPRN tem hoje um dos quadros mais precarizados do país e quer aprofundar essa situação com uma proposta legislativa que antecipa, dentro da instituição, os efeitos da Reforma Administrativa. É inconstitucional e fere a essência da impessoalidade e da moralidade administrativa que o próprio Ministério Público cobra dos demais órgãos públicos.

As entidades nacionais reafirmam que a valorização do serviço público passa pelo fortalecimento do concurso público, pela ocupação de cargos de confiança por servidores de carreira e pela transparência das informações institucionais.

É inaceitável que uma instituição que deve ser exemplo de legalidade e ética queira se isolar na liderança nacional da precarização do trabalho.

Nenhum direito a menos!

Alberto Ledur

Coordenador da FENAMP — Federação Nacional dos Servidores dos Ministérios Públicos Estaduais

Vânia Leal

Presidenta da ANSEMP — Associação Nacional dos Servidores do Ministério Público

Aldo Clemente

SindsempRN — Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Rio Grande do Norte

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sábado - 08/11/2025 - 03:38h
Capitânia Capital

Shopping Midway Mall em Natal é negociado por R$ 1,6 bilhão

BTG Pactual está no núcleo da negociação (Foto: Alex Régis)

Midway Mall surgiu em 2005, num investimento ousado de Nevaldo Rocha (Foto: Alex Régis/Arquivo)

Por Raquel Brandão da Invest News

A Guararapes, dona da Riachuelo, informou nesta sexta-feira (7) que sua submeteu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) uma proposta de venda de 100% das quotas de seu shopping Midway Mall, em Natal, para a Capitânia Capital e outros possíveis investidores minoritários.

Segundo a empresa, a transação está prevista em um memorando de entendimentos de caráter não vinculante, e até o momento, nenhum documento definitivo foi assinado.

De acordo com pessoas de mercado, o negócio foi avaliado em R$ 1,6 bilhão. A empresa havia contratado o BTG Pactual para há venda há cerca de seis meses. O Midway Mall foi inaugurado em abril de 2005, sendo o maior centro de varejo de Natal, com mais de 300 lojas e área bruta locável de 66,2 mil metros quadrados. O projeto foi um dos mais ambicioso do empresário Nevaldo Rocha, fundador da Guararapes.

Entre os ativos do portfólio do fundo da Capitânia estão o Iguatemi Fortaleza, Shopping Praia de Belas, o Shopping Parque Dom Pedro e o Catarina Fashion Outlet. O fundo já se preparava para “um novo ciclo de oportunidades”, segundo seu relatório de desempenho em setembro: “com recursos disponíveis para novos investimentos em shoppings dominantes e cotas de FIIs do setor.”

Em nove meses, a receita líquida do Midway Mall cresceu 11,4%, para R$ 89,8 milhões. O EBITDA totalizou R$77 milhões, 14,1% maior que o mesmo período do ano anterior, com NOI de R$88,9 milhões, crescimento de 16,0%.

A venda do shopping deve ser reforço extra ao caixa da companhia, que já opera em patamar de baixa alavancagem: 0,5x a dívida líquida em relação ao Ebitda.

O que é EBITDA – É a sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization, que em português significa Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA). Ele é um indicador financeiro que mede o resultado operacional de uma empresa, mostrando sua capacidade de gerar caixa a partir de suas atividades principais, excluindo os efeitos de juros, impostos, depreciações e amortizações. 

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sexta-feira - 07/11/2025 - 23:56h

Pensando bem…

“A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele.”

Hannah Arendt

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sexta-feira - 07/11/2025 - 11:27h
Em Brasília

Prefeito Allyson anuncia recursos para saúde e pavimentação

Estrutura terá três centros cirúrgicos (Foto: PMM)

Estrutura terá três centros cirúrgicos (Foto: PMM)

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), anunciou nesta quinta-feira (06) a chegada de R$ 3,9 milhões nas contas do município destinados para a realização de cirurgias eletivas no Hospital Municipal de Mossoró (veja AQUI), que está com obras avançadas com três centros cirúrgicos. Os recursos são do mandato da senadora Zenaide Maia (PSD).

Allyson também informou o repasse de mais R$ 1,8 milhão para a compra de equipamentos para as unidades básicas de saúde de Mossoró. Ao todo, são R$ 5,7 milhões para a saúde de Mossoró.

“É um compromisso que a senadora Zenaide Maia tem cumprido com Mossoró, com a nossa gestão, o que nos dá condições de fazer muito mais pela saúde do nosso povo”, destacou o prefeito.

Em Brasília, o prefeito também anunciou a liberação por parte do deputado federal João Maia (PP) de R$ 1,9 milhão para obras de pavimentação intertravada no bairro Bela Vista. Os recursos foram aprovados em 2022 pelo então ministro Rogério Marinho, hoje senador pelo PL.

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sexta-feira - 07/11/2025 - 08:54h
Mossoró

CDL escolhe chapa de consenso para sua nova diretoria

Damásio e Stella foram eleitos nessa quinta-feira Foto: CDL Mossoró)

Damásio e Stella foram eleitos nessa quinta-feira Foto: CDL Mossoró)

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Mossoró elegeu nessa quinta-feira (06) a sua nova diretoria para o quadriênio 2026-2029. A chapa encabeçada por Damásio Medeiros como presidente e Stella Maris como vice-presidente foi eleita com 98,01% dos votos. Damásio é vice-presidente do atual dirigente da entidade, Stênio Max.

A posse ocorrerá no dia 28 de novembro, no Requinte Buffet, às 19h30.

O processo eleitoral ocorreu na sede da entidade e registrou a participação de 101 dos 126 associados aptos, representando um quórum de 80,16%. Conforme o estatuto, o voto foi pessoal e direto, sendo conduzido por uma Comissão Eleitoral.

Além da presidência, foram eleitos os membros dos conselhos Consultivo e Fiscal, que igualmente serão empossados dia 28 próximo.

Conselho Consultivo: Getúlio Vale (CACIM), Alexandrino Lima (CPP), Neuzo Leite (Posto Olinda) e José Joaquim Neto (Neto AutoPeças).

O Conselho Fiscal será composto por Fabio Fontes (Autopeças São Paulo), Genivan Vale (Farmafórmula), Valney Dantas (Spazio C), Márcio Mota (Sport Magia), Pedro Jorge (Toda Tinta) e Paulo de Tarso (Comodoro Colchões).

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sexta-feira - 07/11/2025 - 07:48h
Ordem de Serviço

Adutora do Agreste Potiguar vai beneficiar 13 municípios do RN

Ordem de Serviço possibilitará que obra comece em janeiro (Foto: Sandro Menezes)

Ordem de Serviço possibilitará que obra comece em janeiro (Foto: Sandro Menezes)

Com capacidade para distribuir mais de 3,2 milhões de litros de água por hora e assegurar abastecimento para cerca de meio milhão de potiguares, a governadora Fátima Bezerra (PT) e o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa (PT), assinaram nesta quinta-feira (6), no Centro Administrativo do Estado, a ordem de serviço para a construção da Adutora do Agreste Potiguar.

A obra, orçada em R$ 448,5 milhões e inserida no Novo PAC, representa um marco histórico para o desenvolvimento hídrico do Rio Grande do Norte. O empreendimento será executado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVAST) e tem como objetivo reforçar e ampliar o abastecimento de água em 38 cidades do Litoral Leste e Agreste potiguar, impactando diretamente 13 municípios e beneficiando, 25 de forma ampliada.

Adutora do Agreste Potiguar

O projeto atenderá uma população atual estimada em 473,9 mil habitantes, podendo alcançar 510 mil pessoas até 2055. As duas primeiras etapas, que somam 168 quilômetros de extensão, serão iniciadas a partir da assinatura da ordem de serviço.

A Etapa 1, com 80 quilômetros, contemplará os municípios de Montanhas, Pedro Velho, Canguaretama, Nova Cruz, Santo Antônio e Serrinha. Já a Etapa 2, com 88 quilômetros, atenderá São José do Campestre, Lagoa D’Anta, Passa e Fica, Monte das Gameleiras, Serra de São Bento, Boa Saúde e Tangará. A Etapa 3, que ligará Tangará a Santa Cruz, encontra-se em fase de licitação.

O novo sistema adutor reduzirá a pressão sobre a Lagoa do Bonfim, importante manancial da região, promovendo o uso sustentável dos recursos hídricos. A captação será feita no Rio Guajú, com início das obras previsto para janeiro de 2026 e prazo de execução de cinco anos.

A execução da obra ficará a cargo do Consórcio Agreste Potiguar, formado pelas empresas OCC Construções, COESA Construção e KL Serviços de Engenharia. Na próxima semana, o consórcio iniciará a identificação da área onde será instalado o canteiro de obras.

Participaram da solenidade o secretário de Estado dos Recursos Hídricos, Paulo Varella; o secretário de Assuntos Federativos, Luciano Santos; o diretor-presidente da Codevasf, Lucas Oliveira; do secretário de Estado da Infraestrutura, Gustavo Coelho; do secretário de Desenvolvimento Econômico, Alan Silveira; da secretária de Planejamento e das Finanças, Virginia Ferreira. Também participaram o procurador-geral do Estado, Antenor Roberto; os deputados federais Fernando Mineiro e Natália Bonavides; além dos deputados estaduais Francisco do PT, Ubaldo Fernandes, Isolda Dantas, Divaneide Basílio e Doutor Bernardo e os prefeitos Leandro Varela (Canguaretama) e Nira Galvão (Goianinha).

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sexta-feira - 07/11/2025 - 07:26h
Saúde

Médico plantonista de UTI do Estado está sem pagamento há 5 meses

Serviço terceirizado fica à espera do Governo do Estado (Foto ilustrativa)

Serviço terceirizado fica à espera do Governo do Estado (Foto ilustrativa)

Médicos plantonistas terceirizados de UTI’s dos hospitais estaduais Rafael Fernandes (em Mossoró) e Giselda Trigueiro (em Natal) não receberam ainda pagamento referente ao mês de junho/2025.

Estão acumulados junho, julho, agosto, setembro e outubro. Cinco meses, por enquanto.

Plantonistas dos demais hospitais da rede estadual estão com remuneração “atualizada” até junho.

Repasse superior a R$ 700 mil foi feito nessa quinta-feira (06) pelo Governo do Estado, mas não atendeu aos plantonistas desses dois hospitais.

Montante não foi suficiente para a saldar compromisso com eles.

E não existe previsão de cobertura.

Pelos lados da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP/RN), o temor é de agravamento desse débito nos próximos meses.

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sexta-feira - 07/11/2025 - 07:00h
27 de Novembro

Leilão do TRT-RN terá sede do Potiguar de Mossoró à disposição

Prédio do Potiguar de Mossoró tem alto valor em leilão (Foto: Marcos Garcia /2019 arquivo)

Prédio da ACDP foi sede social e administrativa do Potiguar por várias décadas (Foto: Marcos Garcia /2019 arquivo)

A sede da Associação Cultural Desportiva Potiguar (ACDP), em Mossoró, que conta com 5.493,11 m², onde há ginásio, quadra de esportes, sobreloja e salas anexas, vai à leilão. O valor de avaliação é de R$ 7.430.000,00.

O leilão será promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN) já tem data marcada para acontecer: 27 de  novembro. O edital foi publicado e a hasta pública será realizada na modalidade híbrida (presencial e online), no Depósito Judicial do TRT-RN, localizado na Rua Dr. Nilo Bezerra Ramalho, nº 1790, bairro de Tirol, em Natal, a partir das 9h.

O certame será presidido pela juíza do trabalho Stella Paiva de Autran Nunes, em exercício na Central de Apoio à Execução (Caex), e  as pessoas que desejarem participar devem aderir às regras constantes no site do leiloeiro (clique aqui) e no Provimento TRT/CR nº. 03/97 (clique aqui).

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sexta-feira - 07/11/2025 - 06:26h
Marconi Perillo

Ex-governador de Goiás recebe cidadania do Rio Grande do Norte

Perillo (o segundo da esquerda para a direita) é dirigente do PSDB nacional (Foto: Eduardo Maia)

Perillo (o segundo da esquerda para a direita) é dirigente do PSDB nacional (Foto: Eduardo Maia)

A Assembleia Legislativa do RN (ALRN) realizou, na tarde desta quinta-feira (6), sessão solene de entrega de título de cidadão norte-rio-grandense ao ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Marconi Ferreira Perillo Júnior. Proposta pelo presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), a cerimônia contou com a presença do vice-governador, Walter Alves (MDB); do vereador Aldo Clemente, representando a Câmara Municipal de Natal; do chefe de gabinete do senador Styvenson Valentim, Aleandro Rocha Barbosa; e do deputado Luiz Eduardo (SDD); além de servidores, amigos e familiares do homenageado.

“Hoje, nesta Casa da Cidadania, celebramos o homem público que fez da política um sacerdócio e da palavra um instrumento de transformação: Marconi Ferreira Perillo Júnior. Nascido em 7 de março de 1963, em Goiânia, moldado pela simplicidade de Palmeiras de Goiás, filho do comerciante Marconi Ferreira Perillo e dona de casa Maria Pires Perillo. Primogênito, tem outros três irmãos: Antônio, Vânia e Tatiana. Aprendeu com o avô Luiz Perillo — um homem que já semeava a vida pública com o senso do dever — o valor do trabalho, da solidariedade e da superação. Engraxou sapatos, vendeu frutas e quitutes feitos pela mãe. A vida o ensinou, desde cedo, que as mãos calejadas também sabem sonhar”, iniciou o parlamentar, acrescentando que “foi com essas mãos firmes e essa fé política” que ele iniciou sua jornada pública.

Segundo o propositor da homenagem, Marconi Perillo escreveu capítulos notáveis da política brasileira.

“Deputado estadual, deputado federal, senador da República e quatro vezes governador de Goiás, ele marcou seu tempo com uma gestão visionária e humanista, que traduziu a política em programas concretos: Renda Cidadã, Cheque Moradia, Bolsa Universitária, Banco do Povo, Restaurante Cidadão, Vapt Vupt, Produzir e Goiás na Frente. Sob sua liderança, Goiás ascendeu no cenário nacional como exemplo de eficiência e inclusão”, enalteceu.

Para Ezequiel Ferreira, ao receber o Título de Cidadão Potiguar, Marconi Perillo inscreve seu nome entre os que compreenderam que o Nordeste é também uma ideia – de resistência, de fé e de povo.

“O Rio Grande do Norte, terra de Câmara Cascudo e de Augusto Severo, de abolicionistas e educadores, reconhece em Marconi um irmão de ideal, um estadista que acredita no poder da educação, da ética e do diálogo. Este título não é apenas uma honraria — é um abraço da terra potiguar. A você, a sua esposa Valéria Jaime Peixoto e as suas duas filhas, Isabela e Ana Luísa”, destacou.

Finalizando seu discurso, o presidente da Casa ressaltou que, “ao tornar Marconi Perillo Cidadão Potiguar, esta Assembleia não concede apenas um título — mas reconhece uma alma pública, um espírito republicano, um homem que fez da política uma pedagogia da esperança”.

“Receba, pois, Marconi Perillo, o abraço desta terra generosa, onde o vento sopra liberdade e o sol nasce anunciando novos tempos. Que o seu nome se una para sempre aos que constroem o Brasil com fé, coragem e amor. Muito obrigado!”, concluiu.

Após a entrega da placa de título honorífico de cidadão potiguar a Marconi Perillo, o homenageado foi convidado a se pronunciar na tribuna do Plenário.

“Recebo hoje este título de cidadão norte-rio-grandense com o coração cheio de gratidão. Gratidão por esta terra generosa, por este povo de fé e coragem, e por cada homem e mulher que ajuda a escrever, todos os dias, uma das histórias mais belas e inspiradoras do Brasil. O Rio Grande do Norte é um estado que encanta o olhar e toca o coração”, disse.

Após contar um pouco da origem do RN e da sua capital, Natal, além de enaltecer a fruticultura, as belezas naturais, as tradições e a cultura potiguar, Marconi Perillo falou do sentimento de honra e gratidão pela homenagem.

“Eu, que venho do coração do Brasil, de Goiás, sinto-me honrado por agora também pertencer a esta terra de gente trabalhadora, criativa e solidária. Ser cidadão potiguar é, para mim, mais do que uma homenagem… É um compromisso com o futuro”, garantiu.

Em seguida, Perillo externou seus agradecimentos ao presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado Ezequiel Ferreira.

“Quero, de maneira muito especial, agradecer ao deputado Ezequiel Ferreira, presidente desta honrada Assembleia Legislativa, pela generosa proposição deste título. Ezequiel é presidente pelo sexto mandato consecutivo. Uma das pessoas que mais contribuíram com a história recente do Rio Grande do Norte. Da mesma forma, agradeço cada um dos deputados estaduais por aprovarem a proposta. Quero expressar, também, meu carinho e admiração aos meus queridos amigos, todos ex-governadores: José Agripino Maia, Garibaldi Alves Filho e Rosalba Ciarlini”, citou, dentre outras figuras políticas estaduais e nacionais, bem como servidores da ALRN.

A respeito do seu trabalho como governador de Goiás, ele afirmou com muito orgulho que “governar é servir”.

“Amigas e amigos, em Goiás, tive a honra de governar meu estado por quatro mandatos. E sempre fiz isso com uma convicção muito clara: governar é servir. Servir com planejamento, com método, com resultados. Nossos governos são reconhecidos como estruturantes, modernizantes, que fizeram Goiás dar um enorme salto no PIB. Nossa educação atingiu o 1º lugar no Ideb. Construímos uma rede de hospitais digna. Contratamos 10 mil policiais, que tiveram os maiores salários do País. E sempre — SEMPRE! — cuidamos das pessoas, com programas de renda, de moradia, de crédito e de inclusão”, elencou o presidente do PSDB.

Na sequência, Perillo frisou que é a sua experiência, “construída com alguns erros e muitos acertos, mas sobretudo com muito aprendizado”, que lhe motiva a estar aqui hoje – e a colocar-se à disposição também do povo potiguar.

Sobre o Rio Grande do Norte, Marconi Perillo disse que o estado “é um exemplo para o Brasil”.

“O RN é referência em energia limpa, em potencial turístico, em tradições culturais, em talento humano. É um estado que tem tudo para crescer ainda mais. Merece uma educação forte, gestão eficiente e união de propósitos. E podem contar comigo para somar. Não venho ensinar, venho aprender. Mas coloco minha experiência a serviço desta terra, para ajudar, trocar ideias, pensar caminhos. Sempre com respeito e fraternidade”, ressaltou.

Ao final do seu pronunciamento, o novo cidadão potiguar enfatizou que será um cidadão potiguar presente, participativo e comprometido.

“Que este título seja mais do que uma homenagem. Que seja um laço de irmandade entre Goiás e o Rio Grande do Norte. Do cerrado ao litoral; da Chapada dos Veadeiros às dunas; que possamos caminhar juntos pela mesma estrada do desenvolvimento, da justiça social e do respeito às pessoas. Hoje, diante de vocês, repito: receber este título é um compromisso. É a palavra dada de que continuarei sensibilizado por esta terra, participando da grande jornada de crescimento e de afirmação do Rio Grande do Norte. O futuro pertence a quem acredita e trabalha. E o RN acredita, trabalha e merece vencer. Muito obrigado, de coração. Que Deus abençoe o Rio Grande do Norte. Que Deus abençoe Goiás. E que Deus abençoe o nosso Brasil!”, finalizou Marconi Perillo.

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sexta-feira - 07/11/2025 - 06:02h
Trama golpista

Julgamento de recurso de Bolsonaro contra prisão começa hoje

Jair Bolsonaro tem condenação como certa (Foto: Mateus Bonomi/AFP)

Jair Bolsonaro está próximo de começar a cumprir pena (Foto: Mateus Bonomi/AFP)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta sexta-feira (7) o julgamento dos recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis condenados no caso da chamada suposta trama golpista.

A análise ocorre em plenário virtual até o dia 14 e pode deixar Bolsonaro mais próximo de começar a cumprir pena.

As defesas apresentaram embargos de declaração, recurso usado para apontar omissões ou contradições no julgamento. O relator, ministro Alexandre de Moraes, será o primeiro a votar, e a tendência é que rejeite os pedidos. Além de Bolsonaro, foram condenados os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Por quatro votos a um, a Primeira Turma entendeu que o grupo formou uma organização criminosa armada para tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. O único voto pela absolvição foi do ministro Luiz Fux, que não participará desta fase por ter migrado para a Segunda Turma.

Bolsonaro já cumpre prisão domiciliar em outro processo, ligado à suposta tentativa de seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de pressionar a Justiça com apoio do governo Donald Trump. No caso da trama golpista, Moraes decidirá se o ex-presidente seguirá em casa ou será transferido para uma unidade militar ou da Polícia Federal.

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sexta-feira - 07/11/2025 - 05:28h
Lançamento

“Enquanto eu viver” conta experiências da maternidade no autismo

Emanuela lançará livro no Parque da Cidade (Foto: Reprodução)

Emanuela lançará livro no Parque da Cidade (Foto: Reprodução)

Mães e filhos no espectro do autismo são protagonistas no livro-reportagem “Enquanto eu Vvver”, da jornalista Emanuela de Sousa, que atua no Grupo TCM em Mossoró. A obra apresenta histórias reais, com narrativas fortes, que retratam os desafios enfrentados por famílias atípicas.

O lançamento será aberto ao público e está marcado para o dia 8 de novembro, às 15h, no Parque Municipal. Depois de Sinal Fechado, livro-reportagem sobre pessoas em situação de rua, esse será o segundo livro apresentado por Emanuela, que escolhe abordar temas sociais e dar visibilidade às vozes silenciadas pela sociedade. Esteja pronto(a) para conhecer testemunhos que vão além de qualquer diagnóstico ou estatística.

Em uma série de reportagens, a experiência da maternidade é contada por meio dos diferentes relatos de mães que enfrentam o silêncio em salas de espera enquanto aguardam por um laudo, ou que convivem com a angústia causada pela falta de vagas para terapias no sistema público de saúde. Do outro lado, há mães que contam com assistência médica privada, mas que precisam lidar com o capacitismo que insiste em se manifestar dentro e fora de casa.

Para mostrar essas diferentes realidades, a autora faz uso do jornalismo literário, gênero que combina apuração rigorosa dos fatos com técnicas da literatura, resultando em um trabalho sensível e humano. Enquanto eu viver atravessa as várias formas de amar e, ao mesmo tempo, levanta um medo comum entre as mães, especialmente aquelas que estão mergulhadas no Transtorno do Espectro Autista (TEA): quando a vida chegar ao fim, quem cuidará dos filhos? O mundo estará preparado?

Mais do que oferecer respostas prontas, o livro que, conta com o incentivo cultural da Lei Paulo Gustavo, (Lei Complementar nº 195/2022), por meio da Secretaria Municipal da Cultura e Prefeitura de Mossoró, propõe reflexões necessárias.

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Categoria(s): Cultura
quinta-feira - 06/11/2025 - 23:24h

Pensando bem…

“Paramos de procurar monstros debaixo da nossa cama, quando percebemos que eles estavam dentro de nós.”

Charles Darwin

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