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domingo - 12/05/2013 - 09:45h

A construção histórica da figura do cangaceiro

Por Honório de Medeiros

Dia 15 de junho estarei em Sousa, Paraíba, participando de uma Mesa-Redonda (que não será mesa, tampouco redonda) acerca do seguinte tema: “Homem, terra, religiosidade, sertão e cangaço: a construção histórica da figura do cangaceiro.”

O evento começará às 14h20m e acontecerá no Centro Cultural do Banco do Nordeste.

Os outros debatedores serão Lemuel Rodrigues e Múcio Procópio, enquanto a coordenação caberá a César Nóbrega.

Quanto ao tema, penso que a construção histórica da figura do cangaceiro, a partir do homem, da terra, da religiosidade, do Sertão e do cangaço, passa por um obstáculo de natureza metodológica sempre tangenciada pelos pesquisadores que se debruçam sobre o tema: como utilizar o método científico para construir e criticar as hipóteses possíveis acerca do objeto a ser conhecido, do ponto de vista prático.

Esse obstáculo é um dos fatores preponderantes para não termos superado, ainda, com raras e honrosas exceções, no universo da produção literária acerca do cangaço, a narrativa. Como ainda não houve essa superação, a literatura acerca do cangaço ainda não tomou expressivamente o rumo da interpretação e contribui, de forma significativa, para sua folclorização, no sentido negativo do termo, e, também, para um certo “olhar de esguelha” que lhe é dirigido pela Academia.

Obviamente cada interpretação é sempre uma proposta que se alicerça no raciocínio dedutivo.

Isso pressupõe uma base de conhecimento, de caráter ingênuo ou crítico, que antecede a construção da hipótese a ser construída ou investigada.

Entretanto é possível trabalhar, como ponto-de-partida, com o postulado básico de quê podemos não conseguir dizer o que algo é; mas com certeza podemos dizer o que esse algo não é, evitando as areias movediças das discussões bizantinas de caráter epistemológico.

Honório de Medeiros é advogado, professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e Governo do Estado do RN

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. B.Aragon diz:

    Em pleno século 21 ainda se fala de um coisa tão irrelevante e inexpressiva! Tantos assuntos importantes a serem questionados. Esse tipo de assunto é para ser apagado da história diante a sua insignificância.

  2. Honorio de Medeiros diz:

    Caro B. Aragon:

    Lamento não conhecê-lo: quem sabe pudéssemos tomar um café e eu lhe ouvir acerca de quais assuntos são realmente importantes e merecedores de serem questionados. Quem sabe, assim, eu não cometesse o deslize de me apaixonar por temas de nossa história próxima e umbilical, como o cangaço, que nos permitem pensar acerca das estruturas de poder que acompanham o home desde seus primeiros passos na terra.
    É provável que se vc me desse a palavra, eu nada lhe dissesse de importante, pois além de cangaço gosto de poesia, especialmente a de Mário Quintana, tão permeada da banalidade (ou não) do cotidiano. E também gosto de conversar acerca de ovnis, já pensou. Ah! Dentre os assuntos que converso quando estou reunido com meus poucos e queridos amigos, está nosso (meu e deles) passado comum, nitidamente um assunto pouco importante para os outros, muito embora seja a medula da literatura que batisamos de crônicas.
    Mas temo não ser um bom interlocutor para vc: ao contrário do que muitos pensam, tudo que é humano me interessa, parodiadondo Terêncio, desde cangaço à literatura de cordel.
    Sendo assim, carlo Aragão, é melhor deixarmos esse hipotético café para nunca.

    • Paulo Moura diz:

      Resposta perfeita e bem embasada, caro Honório.
      Se o sujeito não gosta de falar/ler sobre Cangaço, porque não muda de site, ora bolas! rsrs

      Grande abraço, grande amigo!

      Paulo Moura

  3. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Este meu velho som sempre a me pregar peças e mais peças.
    Agora “ataca” com a valsa BRANCA.
    HUM, HUM,HUM, LÁ, LÁ, RI, LÁ,LÁ.
    LÁ,RI,LÁ,LÁ,LÁ.
    LÁ,LÁ,LA,LA…
    Só vejo um jeito de me livrar destas intromissões descabidas desta vitrola enxerida.
    Quebrá-la.
    Mas penso melhor.
    Às vezes ela me lembra dos meus tempos de alfabetização, da velha palmatória, do dolorido puxão de orelhas…
    Melhor não quebrar a minha vitrolinha.
    Quantas recordações ela me traz…
    Até da palmatória, do puxão de orelhas…
    Bons tempos que não voltam mais.
    E a danada prosssegue no seu LÁ, LÁ, RI, LÁ, LÁ, LÁ…
    Só me resta dizer a esta minha vitrola o que aquele cantor de forró grita:
    VOCÊ NÃO VALE NADA MAS EU GOSTO DE VOCÊ…
    ////
    EXISTE UMA EMERGÊNCIA ODONTOLÓGICA FUNCIONANDO 24 HORAS NA UPA DO ALTO SÃO MANOEL.
    Seu filho ainda não recebeu o fardamento escolar?
    Ligue 0800 61 61 61. Ou mande e-mail para o FALE COM A PRESIDENTA.
    Dia 27 de maio saberemos quanto ganha a prefeita de Mossoró.

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