Rosalba Ciarlini (DEM) e seus ‘cabras da peste’ vendem perigosa justificativa para sua reprovação em Natal: a culpa é do natalense que odiaria os mossoroenses. Rosalba seria a encarnação dessa antipatia gratuita, espécie de mentalidade extraída do ‘darwinismo social’ ou de uma ‘eugenia’ política.
Quanta bobagem. Estupidez estratosférica!
Daqui a pouco, Rosalba terá que percorrer ruas, avenidas, becos e ruelas de Natal, tendo que se explicar e provar desse “ódio” xenofóbico.
Claro que a rejeição maciça de Natal ao governo não é culpa do natalense ou suposta repulsa aos mossoroenses. O discurso é um escapismo criminoso. Retórica baseada na síndrome da transferência de culpa, uma alternativa comum à nossa classe política que adora se apossar do mérito alheio e transferir seus pecados pros outros ou fatores conjunturais e até metafísicos.
Natal não reprova uma mossoroense e, sim, o governo medíocre e chinfrim que ela promove. Natal elegeu Rosalba ao Senado e Governo do Estado (e bem). Ela derrotou seus adversários (inclusive alguns natalenses) em 2006 (Senado) e 2010 (Governo do Estado), dentro de Natal. Com votos dos natalenses, que em sua maioria a viram como melhor nome.
Se o governo der um “cavalo de pau” e melhorar, Natal puxará Rosalba para cima novamente. Não tenho dúvidas. Mas continuando assim, a empurra para baixo.
Faz parte da cultura, a história revela. Sociologia, psicologia e psicologia social explicam rivalidades entre cidades, povos etc. Quem estuda um pouco sabe, que tudo isso é comum, absolutamente normal e compreensível.
João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba; Natal e Mossoró ou Rio de Janeiro x São Paulo eternizam rivalidades. Entretanto, tudo que exacerba passa a ser pura idiotia ou doença. São desvios psicossociais ou estratégia intencional com fins baixos.
Na Alemanha pós-Primeira Guerra, em recessão estelar e com baixa estima do seu povo, Hitler encontrou nos judeus a causa desses males. Com uma pregação anti-semita e xenofóbica, incitou a população contra essa etnia, arrimando parte de sua campanha até chegar ao poder. O resto da história nós a conhecemos.
“Na Paraíba existe rivalidade João Pessoa-Campina Grande. Não impediu Cássio Cunha Lima (que é de Campina) ser duas vezes governador e agora senador”, lembra-me o webleitor João Fransa.
“Sou natalense radicado em Mossoró há 8 anos e nunca sofri qualquer hostilidade. As brincadeiras sempre foram saudáveis”, exulta o jornalista Bruno Barreto.
Difícil um natalense não se sentir em casa em Mossoró e mossoroense não ser abraçado afetivamente por um natalense. Isso é fato. Amamo-nos. A piada sadia e a troça entre mossoroenses e natalenses sempre existiram e devem existir.
Eu, particularmente, muitas vezes sou muito melhor tratado entre os natalenses do que em minha terra natal. E, agradeço Natal por acolher meus filhos tão bem. Uma mãe gentil.
Volto a lembrar o que tenho dito há meses, mesmo antes da posse da ‘Rosa’ de Mossoró: “O Estado não é a Prefeitura de Mossoró e o RN não é Mossoró”.
Esparta e Atenas sempre trocaram farpas, até brigaram. Mas uma era a extensão da outra. Uma militarizada e fechada. Monossilábica; outra lírica e aberta. Elouquente nas ágoras.
Natal e Mossoró congregam-se com naturalidade, não obstante suas naturais diferenças. A pilhéria faz parte da camaradagem. O bom humor é um traço de inteligência. Além disso, só encontraremos recalques e má-fé.
Natal adora Mossoró, mas é intolerante com a farsa e a incompetência. Eis a própria natalense da gema, Micarla de Sousa (PV), prefeita com quase 100% de reprovação, que não me deixa mentir nem exagerar.
Perfeito Carlos! Que texto primoroso.
Essa história é um absurdo, dizer que a reprovação do (des) governo Rosalba é fruto da discriminação regional. Nada haver! Fosse isso ela não teria sido eleita nem para Senadora, muito menos para Governadora, como você bem disse.
Parabéns pelo texto.
Carlos, apareceu no meu email uma “mensagem secreta” sua. Não abri. Desconfiei de vírus. Tô certo? Abraço.
“Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
A sombra é uma paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
EU QUERO ESTAR CERCADA SÓ DE QUEM ME INTERESSA!”
Lenine
Uma casa não será nunca feliz com os filhos humilhados, sacrificados, hostilizados e empurrados com uma pisa de corda no lombo. Pai e filhos jamais serão amigos. Governo que não olha seus funcionários não escapa dessa regra.
Já reconheço miragem
E sei muito bem que a imagem
Sem conteúdo é banal.
Engano tolo e fatal.
Não mais me ganham os alaridos
Acho até que bonitos
Mas prefiro ao meu ouvido
Baixinho… sem se findar….”
ROSE FELICIANO
Carlos,
E a rejeição da gov. no RN é culpa de quem???
KKKKKKK,
parece que essa patota também não é mesmo do ramo.
Que final político triste esse da nossa governadora.
Os mossoroenses, são quase obrigados a dizerem que amam a Rosa, mesmo que esta os magoe!
Concordo plenamente Carlos. Senna era espetacular, mas, quem seria Senna sem Prost? Da mesma forma o que seria de Natal sem Mossoró, ou vice-versa? Ja andei por muitos Estados e sei que quanto mais cidades fortes um Estado possui, mas ele se fortalece, quanto a rixa é apenas um confronto de culturas e amor a sua própria causa(Cidade). A grande questão é que em Natal 99 % dos eleitores não vivem, morrem e dependem dos rosados, entretanto aqui mais somos apaixonados por eles do que compreendemos o que significa votar. Até mesmo existe um decreto que só os rosados podem comandar a cidade, só eles sabem, só eles fazem, nós (Mossoroenses) permitimos isso, mas o estado não, acho que é melhor Rosalba deixar de comandar a cidade para comandar o estado.
ah!,. só uma perguntinha que ninguém me responde. Quem coloca os politico lá mesmo?
Faltou a richa entre Sobral e Fortaleza (mas nada sério), Cid e CIro Gomes são de Sobral … os dois irmãos que fizeram grandes obras como governadores do Ceará (com enormes falhas também) são bem avaliados pela opinião pública cearense. Conheço a história de Cássio Cunha Lima desde o início da sua carreira (Campina ama aquele homem como Mossoró ama Rosalba), mas ele pisou muito na bola (o filho de Cássio paresse que será vice numa coligação para prefeito de Campina Grande-PB). O Zé Agripino, Wilma, entre outros já passaram pelo governo do RN e por pior que fossem, suas administrações não chegaram a tamanha desaprovação. Interessante, por falar nele, o que houve com o Jajá (maior orador de oposição do senado) não diz nada, Felipe Maia, tá manso, caladinho, Garibalde Alves não comenta nada, Henrrique Alves só tá preocupado com a presidência da Câmara federal, não sabe de nada do que está acontecendo no RN, o Fábio Faria se arrependeu de ter votado e pedido voto para governadora, o seu pai (vice-governador, 3ª pessoa de ninguém) deprimido, chateado, ficou mudo de tanta raiva… e aquele do PV?, ninguém nem vê, nem pra fazer a gente ri da nossa miséria…bom, o resto vcs. já sabem (oposição zero grau), estamos entregues a meia dúzia de políticos que só amam o seu próprio umbigo, para o RN, as sobras, quando sobra. Rosalba já conseguiu fazer um grande estrago na política do RN, se não melhorar vai levar pro buraco negro seus aliados e seu próprio partido…Esperar por melhoras, até quando? pedi pra sair!pedi pra sair, diria o Capitão Nascimento.
Sou de Mossoró, mas moro em Natal. Nunca fui vítima de preconceito por ter nascido em Mossoró. Às vezes as pessoas me perguntam “O povo de Mossoró aprova esse governo?” Só isso e, mas nada. Acho que á pessoas canalhas que estão usando isso pra defender esse desgoverno e usam isso pra tentar escamotear a verdade. O típico de gente hipócrita.
Não é a “rivalidade” entre Natal e Mossoró que explica a rejeição à governadora Rosalba Ciarlini em Natal, no Ceará a rivalidade entre Sobral[ a quem os Sobralenses denominam de Estados Unidos de Sobral] e Fortaleza não causa rejeição ao gov Cid Gomes que na última pesquisa obteve 69% de aprovação. Portanto à rejeição à Rosalba é fruto da incompetência que tem caracterizado este governo.
Eu nem ousava dizer para os Natalense que não esperasse muito de Rosalba porque eles detonavam comigo.Acreditando que depois de oito anos de Vilma ela seria o messias. Nós de cá conhecíamos bem direitinho O, BA,ABA. Só dizia vamos a guardar.