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quarta-feira - 14/09/2011 - 13:58h
Ufa!

Fim da greve da Uern, após 106 dias

Fim da greve dos professores e técnicos da Uern.

Os professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) se reuniram em assembleia na manhã de hoje, 14, na sede da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), e decidiram pôr fim à greve que já durava 106 dias, a maior na história da instituição. As aulas da Uern serão retomadas amanhã, 15.

A decisão foi tomada depois que a Reitoria, em nome do Governo do Estado, apresentou um documento constando o atendimento da pauta de reivindicação da categoria. Mesmo considerando que o atendimento foi somente parcial, os docentes avaliaram como positivo o movimento, tendo em vista a intransigência da administração estadual em negociar.

“O Governo só chegou a apresentar uma proposta concreta depois de 70 dias de greve, mesmo assim, depois da pressão da categoria com as mobilizações de rua. Dessa forma, o Governo esticou o movimento paredista se negando a negociar para poder pedir a abusividade e ilegalidade da greve na justiça”, diz o presidente da Aduern, professor Flaubert Torquato.

Nota do Blog – Uma paralisação sem vencedores.

A Uern e a sociedade, a começar por seus alunos, perdem e perdem feio com tudo isso.

A maior obra humana já edificada em Mossoró é tratada com menoscabo, com raras exceções, pela elite política deste estado.

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Categoria(s): Administração Pública / Educação

Comentários

  1. Herbenia Ferreira diz:

    2012 VEM AÍ, QUE TODA A SOCIEDADE DO RN, REFLITA BEM NOS ATOS DESSE (DES)GOVERNO QUE AÍ ESTÁ, PARA QUE POSSA DAR O TROCO DEVIDO E JUSTO!!

  2. Neto Vale diz:

    Quem são os vencedores ou vencidos, na greve da UERN? Não resta dúvidas que sobre os ombros de uma das partes caiba maior responsabilidade, consequentemente, as perdas. Não só, por nossa greve, mas, pela forma como o governo se relacionou com o conjunto das greves do funcionalismo, o governo de Rosalba sai extremamente desgastado. Tempo para se recuperar do desgaste tem. A questão não é simples, para se recuperar, a governadora terá de fazer uma mudança profunda na sua postura frente aos movimentos sociais. A cultura Rosalbista/DEM é de fundo ideológico. Basta observar a política desenvolvida frente aos funcionários públicos do município de Mossoró, em geral, ganha um pouco acima dos acordos estabelecidos por lei, por exemplo, o Piso da Educação. Para um grupo que vem algumas dezenas de anos comandando o município, demonstra o quanto é frágil/fraca a política de valorização de seus funcionários. Por outro lado, outro obstáculo se coloca no caminho, para mudar Rosalba tem que desagradar aos empresários, alvo preferencial de suas ações governamentais. Difícil opção a ser tomada, como não acredito em Papai Noel. anos dificeis virão pela frente.
    Do lado da ADUERN e da própria UERN, talvez precisemos de um pouco mais de tempo para analisar os reais ganhos dessa greve. Alguns elementos serve para ilustrar o raciocínio, por exemplo: a) o governo se comprometeu em discutir com os segmentos da UERN a sua AUTONOMIA FINANCEIRA, conquistada a Autonomia, a UERN viverá um segundo grande momento na sua história; b) sobre o orçamento, foi garantido o descontingenciamento de seus recursos e aberta possibildade de suplementação, c) sobre o percentual, a proposta inicial era 23,98% para abril de 2011. No mes de agosto, o governo manda uma proposta que vai ser aceita pela categoria quando do término da greve de 27,70%, para ser cumprida nos próximos tres anos(2012/2014). Considerando 2011, teremos em média 6,92% ao ano, basicamente a reposição da inflação. longe do reivindicado, mas, na nossa compreensão foi o que foi possível conquistar. Vale ressaltar que durante o período coberto pela proposta, ficou acordado que voltaremos à mesa de negociação. Confirmado esses acordos, e não faço política com desconfiança ( com indagação tipo: ela vai ou não cumprir esses acordos?), no final a grande vencedora será a UERN. Numa greve tem disso, você perde hoje, para ganhar amanhã. Foi assim, na última greve de 2007. Tem sido assim, a história das grandes conquistas da sociedade, só com muita luta.
    Com relação a Pauta Interna, negociada com a reitoria, as vitórias são mais expressivas, por exemplos a) Universalização do Regime de Dedicação Exclusiva-DE, nos próximos três anos, aproximadamente 209 docentes receberão por se dedicarem somente a UERN, 40% sobre o seu salário base; b) no PPA 2012/2015, estão previstos recursos para: Política de Segurança Interna; Política de Urbanização e Construção de Creche; c) acordou-se que a Comissão que vai elaborar a proposta de Autonomia Financeira para a UERN, apresente proposta sobre os atuais Núcleos Avançados; d) acordou-se que o Reitor convocará até final de outubro o Conselho Universitário para tratar de temas de interesse da comunidade uerniana. Como se pode observar algumas conquistas dessa greve terão efeito imediato, mas, uma avaliação mais consistente só será possível ao término do período coberto pelo acordo. Não foi o melhor dos acordos, mas longe de termos saídos derrotados. E por fim, um aspecto importante, um acordo conquistado frente a um governo extremamente arrogante e autoritário. Claro, torcendo para que o nosso gesto de terminar a greve, também em respeito ao TJRN, sensibilize-o em optar por encerrar o processo de judicialização do movimento.

  3. karly Robson de Sousa pereira diz:

    Aí vou eu para os desconfortáveis bancos da velha e boa faculdade de Direito.Muito do bom!!!

  4. Josué Moreira diz:

    Na minha opinião Rosalba Rosado sai vencedora e a UERN mais ainda enfraquecida e desmotivada para voltar as aulas…Qual o estimulo que terão os professores e administrativos para encarar os alunos em sala de aula e em suas atividades diárias? os mais prejudicados serão os alunos, como sempre…Acho que tá na hora de trabalhar e intensificar a luta pela Federalização da UERN, já que Dilma aponta para criação de novas universidades em todo o Brasil. A UERN federalizada poderia até ser chamada de Universidade Federal de Mossoró – UFM, UFMO, UFEM, UFEMO, pense aí numa sigla (esse nome deveria ter sido o da antiga ESAM que hoje se chama UFERSA). A UFMO levaria o nome de uma das mais expresivas cidades nordestina. Algo semelhante ocorreu na paraíba quando a UFPB foi dividida e criou-se uma nova universidade, a Universidade Federal de Campina Grande – UFCG (onde fui formado). Seria bom pra todo mundo, principalmente para Rosalba Rosado, já que ela defende a educação como mais um gasto público…dessa forma, a senhora governadora investiria todo o orçamento da UERN nas Escolas Públicas Estaduais para melhorar sua média no Enem e a qualidade de vida do povo riograndense, pense que a senhora ganharia uma coroa de flores (rosas) dos educadores que hoje te desejam uma coroa de espinhos. Só posso dar idéias mas se eu fosse governador faria isso, um gol laço a favor da educação na história do RN e do Brasil…A chance agora é sua!

  5. Elison Freitas diz:

    E depois de mais de 100 dias sem aula,a greve encerra vitoriosa???

    pra quem?

    A mesma proposta havia sido dada há quase dois meses!
    E em que aspecto, senão apenas no salário dos professores, a UERN foi vitoriosa com essa greve??
    Em nenhuma manchete, coluna etc.. vi/ouvi falar de propostas que melhorassem a tão sucateada UERN.
    SALÀRIO É O QUE IMPORTA. INTERESSE PRÓPRIO É O QUE IMPORTA!
    É CLARO QUE É JUSTO SALÁRIOS DIGNOS AOS NOSSOS PROFESSORES,MAS SÓ ISSO BASTA??
    E A ESTRUTURA FÍSICA ? BIBLIOTECAS DIGNAS? E O INVESTIMENTO EM PROJETOS, PESQUISAS, BOLSAS DE ESTUDO?, MONITORIA REMUNERADA E AFINS.

    VERGONHAAAAA!!!

    ESSA GREVE NÃO PASSOU DE UMAS BOAS FÉRIAS REMUNERADAS. ENQUANTO ISSO, A UERN CONTINUA A MESMA “SUCATEADA” DE SEMPRE….

  6. Profa. Simone Gurgel diz:

    Como assim? Se os professores fazem uma greve para lutar pelo cumprimento do seu plano de cargos e salários e por melhorias nas condições de funcionamento da UERN são irresponsáveis? E se resolvem cessar, por considerar que não há mais espaço para negociação com um governo duro e intransigente e para não acumular mais prejuízos, também são chamados de irresponsáveis? Pode observar que quem tem essa opinião não conhece a metade da pauta que motivou a grave e nem sabe o significado do que foi alcançado com a luta. Para os desavisados, segue ALGUNS dos entendimentos feitos entre professores governo e a reitoria ao final da greve: (1) ficou acertado que o governo iria liberar os recursos retidos do orçamento da UERN e que ainda iria fazer uma suplementação na ordem de alguns milhões para o orçamento de 2011; (2). Que iria iniciar o processo de discussão para a autonomia financeira da UERN;( 3). Que até 2013 mais de 200 professores poderão ter seu pedido de Dedicação Exclusiva atendido (4). Que o programa de segurança e de urbanização nos campi será implementado. (5) Que o processo estatutinte será retomado (6) O DCE conseguiu o cumprimento da pauta estudantil em sua quase totalidade, além de outras garantias para retomada de negociação, a partir de 2012, com um novo orçamento. É muito fácil criticar os resultados de uma luta quando se está assistindo tudo no conforto do seu lar. Os professores decidiram parar a greve, mesmo não tendo a pauta salarial atendida, porque tem COMPROMISSO com a UERN e com seus alunos e não se iguala a um governo que despreza a educação e os trabalhadores do estado. Agora, se mesmo depois de toda essa luta e de toda essa mobilização de professores e alunos, o governo insistir nesse tratamento com a UERN, VOCÊ VAI CONTINUAR AÍ PARADO??????

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