Faleceu hoje por volta das 4h, no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró, José Batista dos Santos. Pelo nome de batismo, seria praticamente um desconhecido. Mas o apelido de “Zé da Volta” o torna plenamente identificável.
Zé da Volta estava internado com problemas circulatórios.
Faria 90 anos no dia 15 de maio próximo. Nasceu no dia 15 de maio de 1924.
Patriarca de uma prole com cerca de 30 filhos, nascido na comunidade de Palheiros (Assu), o comerciante terá velório no Centro de Velório ao lado do Tiro de Guerra de Mossoró, com sepultamento marcado para as 8 horas de amanhã (sexta-feira, 25), no Cemitério São Sebastião (Mossoró).
Volta do Fio
Em seu livro “Casa das Lâmpadas”, o escritor David Leite relata que José Batista dos Santos ganhou o apelido que se fixou como nome próprio, quando instalou um pequeno comércio na zona rural mossoroense em 1954, margeando o que é hoje a BR-304.
A área era conhecida como “A volta do fio”, numa referência aos cabos telegráficos que existiam à época, que faziam uma “volta” (expressão sertaneja para “um contorno” em relação a algum ponto, objeto etc).
Que descanse em paz.
Sensibilizada, envio meus pêsames à família enlutada. José Batista dos Santos, “Zé da Volta”, permanecerá na lembrança dos mossoroenses.
David Leite cuidou de perpetuá-lo em “CASA DAS LÂMPADAS”, destacando o seu empreendedorismo, altruísmo e realçando seu “espírito solidário e amigo.” Diz , ainda David Leite: “Uma vida assim merece registro e destaque. Seus filhos, seus amigos e seus familiares,celebraram, com muita alegria, sua rica história de vida. Zé da Volta é, sem dúvida, uma lenda viva de nossa geografia humana.”
Homenageando ” Zé da Volta” retiro do livro referido, uma citação nele existente:
” Uma cidade
é algo mais que suas ruas.
É algo mais que suas praças.
É algo mais que suas pedras.”
Hildeberto Barbosa Filho
Acrescento eu, humildemente: uma cidade é uma cidade quando nela mora alguém como “Zé da Volta.”
Naide Maria Rosado de Souza.
Naide; repassarei seu comentário à família…
E o farei também arrimado numa velha amizade que existia entre Zé da Volta e Dix-Huit…
Abraços
David Leite
Obrigada, David. Em minha despedida a “Zé da Volta”, despertada pelo comentário de Carlos Santos, voltei às páginas de seu livro que aborda, de maneira singular e perfeita, a essência de uma cidade. Sim, lembro da amizade de Zé da Volta e Serra Grande (Dix-huit). Daí meu sentimento aumentado. E, a melhor forma de dar o meu adeus foi através de suas palavras, David.
Um grande abraço.
Naide Maria Rosado de Souza