Por Gutemberg Dias
Vem chegando o final do ano e 2018 começa a bater na porta de muitos que sonham em disputar as eleições gerais pelo Brasil afora. As articulações políticas já se iniciaram e os caminhos se afunilam levando os pré-candidatos a certeza de uma disputa ou, mesmo, a desistência de sua postulação.
No Rio Grande do Norte não é diferente. Muitos nomes já ensaiam disputar os cargos eletivos. Nomes vindos de todas as matizes políticas que acreditam que, dessa vez, terão chances de desbancar muitos que hegemonizam a politica Potiguar, principalmente, àqueles oriundos das famílias oligarcas como os Maias, Alves e Rosados.
Com tudo que vem ocorrendo no Brasil, as eleições não serão fáceis. Muitos acreditam que os políticos tradicionais sofrerão revezes na disputa, coisa que não tenho tanta certeza. Ainda hoje, o processo eleitoral continuará a mercê do poder econômico. As mudança na legislação eleitoral tendem a não favorecer os candidatos que estejam fora do circuito dos grandes partidos.
A criação do Fundo Eleitoral servirá, basicamente, para fortalecer os partidos que hoje tem maioria no Congresso Nacional. Serão esses partidos que receberão o maior quinhão desse fundo e que, certamente, injetará recursos nos candidatos que atualmente detém mandatos.
Na minha simples opinião quem poderá fazer diferença no pleito será o eleitor. Se não houver uma mudanças na forma de pensar do eleitor tudo continuará como antes.
Escuto muito pelas ruas pessoas negando a politica em função dos péssimos nomes que temos nos parlamentos e no executivo. Essa negação que se materializa no desejo de não votar, na realidade, não contribui em nada com a mudança que essas mesmas pessoas desejam.
Acredito piamente que a mudança só ocorrerá se esses eleitores que estão indignados forem as urnas e votarem diferente de como votaram nas eleições anteriores. Existe um ditado popular muito certeiro que diz: “não se pode fazer um omelete sem quebrar os ovos”. Nesse caso não acontecerá mudanças se os eleitores não quiserem mudar seus hábitos de votação.
Nessas mudanças todas que o Brasil vem passando e, também, nosso Rio Grande do Norte, “sem sorte”, como muitos dizem, a esperança de renovarmos os nomes que comandam a política estadual é muito grande.
No Rio Grande do Norte, como em outros estados, a política é um negócio de pai para filho. Veja o exemplo dos deputados federais Felipe Maia, Walter Alves, Rafael Mota e Fábio Faria, todos alçados a condição de representantes do povo a partir de engenharia política oligarca-familiar. Nesse pacote, lembro também os Rosados que surgem a partir de Mossoró
Se pensarmos que as grandes mudanças nos nomes da política ocorreram no âmbito familiar, vemos que nada mudou, ou seja, as práticas clientelistas continuam as mesmas, já que são perpetuadas pelos herdeiros políticos.
Sendo assim, a mudança não pode ocorrer entre os iluminados que são ungidos no seio familiar dos donos do poder político no Rio Grande do Norte. Se o eleitor quiser mudar realmente esqueça os sobrenomes tradicionais e busquem na biografia dos candidatos aqueles que realmente podem pensar o estado de forma diferente e sem amarras.
Votar nessas eleições terá uma importância ímpar. Por isso convoco todos aqueles que querem mudanças mas não acreditam na política a buscarem nomes que possam representá-los nesse mar de candidatos.
Para mim não resta nenhuma dúvida, 2018 será o ano mais emblemático na política nacional e estadual desde a redemocratização.
Gutemberg Dias é graduado em geografia, mestre em Ciência Naturais e empresário
Tenho Fé em deus de que nunca mais voto num politico do nível desse gestor estadual que está maltratando os servidores do nosso estado. NUNCA MAISSSSSSS.
Recomendo que ouça a música NUNCA MAIS, com o inimitável ORLANDO DIAS.