Por Honório de Medeiros (Blog Honório de Medeiros)
Diz a lenda que o rei da Frígia morrera sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculo anunciara a chegada, à cidade, do sucessor, num carro de bois. Um camponês, de nome Górdio, foi coroado.
Para não esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó impossível de desatar, a uma coluna, e que por isso ficou famoso. Górdio reinou por muitos anos e quando morreu seu filho Midas assumiu o trono.
Midas expandiu o império mas não deixou herdeiros.
O Oráculo foi ouvido novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria toda a Ásia Menor.
Em 334 a.C Alexandre, o Grande, ouviu essa lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a questão foi até o templo de Zeus observar o feito de Górdio. Após muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó em dois, desatando-o.
Lenda ou não, o fato é que Alexandre se tornou senhor de toda a Ásia Menor poucos anos depois.
Pois bem, o nó Górdio que Robinson Faria terá que desatar quando assumir o Governo do Rio Grande do Norte diz respeito ao servidor público estadual. O Rio Grande do Norte tem aproximadamente 3,4 milhões de habitantes. Desses, 102.841 são servidores do Estado.
Multiplicando cada servidor por cinco, que é a média histórica de dependentes diretos seus, teremos um total de 514.205 norte-rio-grandenses. Esse número, entretanto, não dá a verdadeira dimensão da importância da remuneração do servidor público para a sobrevivência daqueles que vivem em seu entorno.
Se diretamente a média é em torno de cinco pessoas para cada servidor, de forma indireta podemos, sem medo, multiplicar cada servidor por dez. Ou seja, temos mais ou menos um milhão de pessoas vivendo às custas da remuneração de cada servidor público estadual no Rio Grande do Norte.
Parece exagerado?
Pense em um servidor público e relacione seus familiares, seus empregados, aqueles que lhe prestam serviços, e assim por diante, e conclua. Pois bem, a influência política de cada servidor sobre seus dependentes diretos e indiretos é muito forte. E a influência do conjunto dos servidores públicos estaduais sobre a política partidária maior ainda.
Aqui no Rio Grande do Norte dois Governadores, de forma mais expressiva, foram atingidos diretamente pela revolta do servidor público: Geraldo Melo e Rosalba Ciarlini. Certos ou errados, desde o início de seus governos abriram um contencioso tenso contra os servidores e amargaram índices muito altos de rejeição popular no final do mandato.
Esse nó Górdio, em relação a Robinson, é ainda mais complexo dada a peculiaridade de seu futuro Governo: com uma mão terá que administrar uma pesada herança de natureza financeira, fruto de gestões passadas, e, com outra, demandas incisivas dos servidores, historicamente espoliados, e dessa vez apadrinhados por quem praticamente lhe deu a vitória, o PT.
Demandas cada vez maiores face à inflação oficial alta e extra-oficial altíssima (inflação de serviço), e a compressão salarial. Medidas paliativas, ou de negaceio, historicamente utilizadas, não resultarão em nada favorável. Caso sejam utilizadas em muito breve hão de dilapidar seu patrimônio de legitimidade política. E confrontos, bem como a inércia do servidor “emburrado”, vão paralisar sua administração.
Há soluções?
É possível.
Um primeiro e importante passo é enfrentar o problema imediatamente, admitindo sua existência e o tratando com a importância que ele sempre teve e merece. Como não pode deixar de ser, alguns passos têm natureza político estratégica. Alguns outros são de natureza essencialmente técnica…
Esse é, apenas, um dos primeiros passos que precisam ser dados para que o Governador eleito possa estabelecer uma diferença essencial em relação aos governos anteriores. Há muito outros, claro.
Entretanto como se trata de algo que afeta profundamente as finanças públicas do Estado, e atinge diretamente um número expressivo de seus habitantes que têm forte poder de replicação, é possível considera-lo o verdadeiro nó Górdio das administrações públicas estaduais.
Prezado Carlos Santos
Um gênio o autor desse artigo. Um gênio.
Todos eles candidatos sabem disso, das dificuldades e impossibilidades que terão que herdar, pois assumiram o compromisso dizendo em público saber com faz… Mesmo assim a vontade de ser criticado por não cumprir o prometido é grande, olhe só o número dos que queriam arcar resolver as broncas que o antecessor não conseguiu fazer… E nisso me parece que só “ter experiência” não basta!!!
Pra outras coisas ter experiência é pré-requisito, como por exemplo: só quem tem a experiência de 44 anos sendo deputado federal, presidente da câmara dos deputados, pode voltar derrotado para Brasília e encarar de frente a gozação dos seus opositores numa boa, na maior cara-de-pau, sem sair no pau com os gozadores, né, não???
Esse Robson Fake tá longe de ser sequer parecido com esse REI.KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
A BRIGA AGORA É PRA OS EGOS, QUEM DEU MASI VOTOS E O POVO MORRRENDO.
ROBSON FAKE NÃO DEVERÁ TER PROBLEMAS COM OS SERVDORES JÁ QUE ELE DIZIA QUE IA REMUNERAR BEM OS SERVIDORES. E PORTANTO , COM O SERVIDOR COM ÓTIMOS SALÁRIOS E BEM TRATADOS E SEM FALTAR NADA NÃO HAVERÁ GREVE.
COM ROBSO FAKE USOU UMA MÁSCARA EM TODA CAMAPANHA POUSANDO DE BONZINHO E DE VÍTIMA.
ELE SE PREPARE.
Mais uma vez repito; O estado “Superman” não existe alem das telas de cinema e das paginas do gibi, o estado onipotente, e resolvedor de tudo é uma mentira, ou se limita a ação do estado na sociedade ou não vamos o ver resolver nada, do contrário, ele será parte do problema, como já é.
Veja o “ELEFANTE DAS DUNAS”, passada a fase da festa e da cachaça, o que restou, restou uma divida de R$ 12 milhões mensais para nós pobres potiguares pagarem, esse dinheiro daria para pagar mensalmente a muitos médicos e professores, e o dinheiro gasto no “ELEFANTE DAS DUNAS” teria dado para reformar todas as escolas estaduais adaptando-as para serem de tempo integral, mais infelizmente a herança do LULA é como as pragas do Egito, a cada praga que chega e se vai, em vez do “faraó” jogar a toalha e libertar o povo da “escravidão” que nosso caso é o da ignorância, não ele endurece cada vez mais o ego e continua a errar e a chamar mais pragas para assolar o povo ignorante.
Santa paciência com tanta burrice e imbecilidade.
Oh herança maldita!!!!
Enquanto Analista de extensão rural, da EMATER, trabalhando, no assessoria de projetos, em 08 municípios, coloco que o texto acima reflete de forma muito clara nosso Pobre Estado, considero que faço parte de uma autarquia com capilaridade e estrutura que só perde para saúde, educação e segurança, no entanto, o que nós faz estratégicos e diferenciados é que efetivamos (ou seja somos o governo ou governador de fato), quando estamos em contato direto com os milhares de comunidades rurais e suas famílias de agricultores familiares, onde através da políticas públicas, ou simplesmente levando conhecimento técnico em uma simples visitas, promovemos o desenvolvimento das comunidades e suas famílias que são de fundamental importância para economia das pequenas cidades do nosso Estado. O Governo que entender isso saí estrategicamente na frente… Isso falo apenas de uma categoria, nós extensionistas.
Não resta duvidas de que Robinson tem a “obrigação” e dar emprego a todos os petralhas desempregados no RN. Isso é parte do cordo feito, antes mesmo da campanha.
Paraíso a vista e bem proximo. Em Mossoró existem muitos petralhas, preparados profissionalmente ou não, esperando tão somente janeiro chegar para começar as viagens de ida e volta a Natal.
São os famosos e infindáveis cargos de confianças oriundo de conchavos políticos.
Quem paga tudo, é o contribuinte idiota. Inclusive eu.
Fazer o que se a grande maioria da população brasileira nasceu predestinada a ser palhaço ou o bobo da corte?
Fazer o que?
Outro grande nó, satisfazer a ganancia do ministério publico por dinheiro.
Parabéns Honório. A primeira grande medida é ler o seu blog e de outros que queiram colaborar. Todos os servidores precisam e devem ajudar o próximo Governo. Esperamos que o governo de ROBINSON / FÁBIO não gaste mais com propaganda do que com SEGURANÇA e etc Seja transparente e chame o MP para dentro do GOVERNO e permita que os seus secretários sejam ouvidos pelos DEPUTADOS ESTADUAIS. .
Obrigado, Lair. No mais, concordo com suas ponderações. É o que eu espero também.
Parabéns Honório. A primeira grande medida é ler o seu blog e de outros que queiram colaborar. Todos os servidores precisam e devem ajudar o próximo Governo. Esperamos que o governo de ROBINSON / FÁBIO não gaste mais com propaganda do que com SEGURANÇA e etc Seja transparente e chame o MP para dentro do GOVERNO. Permita que os seus secretários sejam ouvidos pelos DEPUTADOS ESTADUAIS. .
Parabéns ao confrade da RISV – República Independente da São Vicente! Um abraço de um dos remanescentes da RIDA – República Independente da Doze Anos!!
Seus sempre bem escritos artigos dominicais, descançam à mente, relaxam os olhos, e acalmam o coração!
Sobretudo, depois de uma derrota dessa! rsrsrsrsr…
Sobre, o nosso nobre governador eleito, principal personagem de seu brilhante artigo de hoje, ao ser entrevistado pela TV CABUGI, no RN TV do meio dia, ele, ao ser questionado sobre como iria enfrentar os problemas na SAÚDE e na SEGURANÇA, foi taxativo: DINHEIRO TEM, o que falta é GESTÃO!!!
Isso me soou, como NOTA DE AGRADECIMENTO, aos milhares e votos dados pela nossa governadora, ao ilustre governador eleito, não mais por debaixo do pano, e sim, às CLARAS!
Eu, particularmente, não acredito nessa “bufunfa toda”, nos momentos finais do governo da ROSA, e que a própria, tenha desaprendido a governar, como apregoa o gaguejante governador eleito.
Queria saber à opinião, do chefe de gabinete, o simpático e cordato, Carlos Augusto, o que ele acha do assunto em questão! Como não sei se ele ler esse blog, pergunto à alguns dos fiéis eleitores da Rosa, que diariamente lerem esse blog, É VERDADE O QUE O GOVERNADOR ELEITO DISSE???
… digo leem… favor corrigir se possível!!
Amigo Antônio Augusto de Souza, da gloriosa RIDA, assino embaixo seu texto e aproveito para lhe mandar um grande abraço!
Outro, amigão!
Caro Honório.
A história do nó de Górdia tem uma particularidade: Quando Alexandre, o Grande, consultou o oráculo sobre como conquistar Górdia, o oráculo (pessoa que tinha a capacidade de prevê o futuro na Grécia antiga) disse que ele teria que desatar o nó que fechava a entrada da cidade, o nó Górdio para poder conquista-la. Alexandre então dirigiu-se para a entrada da cidade e lá estava a sua espera o famoso e enrolado nó para ele desamarrar. Ele um general inteligente acostumado a vencer batalhas examinou o nó e quando viu a dificuldade que teria de enfrentar para desamarra-lo, não perdeu tempo, simplesmente desembaiou a espada e de um golpe só, ele cortou o nó exclamando naquele instante: “O que não venço pela inteligência, venço pela espada. Assim com o nó cortado, 334 AC, entrou com suas tropas e dominou a cidade de Górdia sem qualquer objeção. Fica aí o restante da história para análise e proveitos, se for o caso. ” É daí também que deriva a expressão “Cortar o nó górdio”, que significa resolver um problema complexo de maneira simples e eficaz.”