Morreu o poeta Luiz Campos, um patrimônio da cultura do Rio Grande do Norte. Quem passou a notícia há poucos minutos foi o poeta Crispiniano Neto.
Nascido aos 11 de outubro de 1939, o mossoroense Luiz de Oliveira Campos era poeta, repentista e cordelista.
Luiz Campos, homem simples, humilde, morava no bairro Lagoa do Mato, em Mossoró.
Internado
Faria 74 anos em Outubro deste ano.
Estava internado há vários dias no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).
Depois o Blog trará mais informações sobre o assunto.
Conheça mais Luiz Campos AQUI.
Me sinto consternado com o desaparecimento de Luis Campos; um dos maiores poetas cordelista e violeiro repentista do solo de Mossoró, Luis Campos já nasceu poeta e sua vida foi uma poesia. – nos campos de Luis muito trilharam aprendendo com Luis como descobrir o encanto e a magia de fazer poesia, citarei alguns nomes Louro Branco, Otacilio Batista, Oliveira Francisco de panela, Chico pedra de Oliveira, João Liberalino, Elizeu Ventania… e tantos outros cantadores Nordeste à fora, foram amigos e alunos de Luis Campos. E os cordelistas não ficaram atrás, eu, por exemplo, levei muitos cordéis meus para Luis revisar a métrica e a rima. hoje Luis nos deixa saudade e a inspiração se faz ausente e ao mesmo tempo presente, porque Luis já mais será esquecido. Adeus, Luis Campos, que Deus lhe dê um bom Lugar nos Campos da poesia.
A poesia na modalidade do Repente ficou profundamente desfalcados com a partida do irreverente amigo Luiz Campos. Em um dos meus encontros com o Luiz, no Sêbado do nosso amigo Dr. Marcos Pereira, houve uma tirada espirituosa do poeta evolado. Lá pras tantas, após saborearmos da legítima aguardente, uma poetisa que se encontrava compondo a mesa, no meio de suas presepadas proferiu o nome caralho, tendo o poeta Luiz arregalado os olhos diante o palavrão. Notando que o poeta tinha se admirado, a poetisa disparou, rindo:
– Por quê você se espantou Luiz ? Por acaso você não sabe o que é um caralho não ?
De bate-pronto Luiz respondeu que não sabia. A poetisa continuou o desafio, respondendo e ao mesmo tempo perguntando:
– Luiz, não se faça de besta não ! – É aquilo que você tem no meio das pernas.
Como o poeta nunca perdeu uma “deixa”, sapecou-lhe uma brilhante tirada espiritual:
– O que eu tenho no meio das pernas são os joelhos !. Agora, no entre-pernas eu tenho o instrumento que você se referiu.
De imediato, a turma toda caiu em uníssonas gargalhadas.
Tive o prazer de indicá-lo para compor o ínclito quadro de Sócios-Correspondentes da Academia Apodiense de Letras (AAPOL), juntamente com o não menos profícuo poeta Antonio Francisco, tendo os mesmos sido empossados há cerca de 03 anos.
Parece que estou vendo a celeuma que o Luiz vai fazer quando chegar na porta do céu e pedir para São Pedro olhar se o nome dele consta naquele livrão dos escolhidos por DEUS. Imagino o Chaveiro do céu apontando para o livrão e mandar o Luiz procurar. Com certeza o Luiz vai reagir, respondendo:
– Olhe você São Pedro, que é pago por Jesus pra cumprir esse ofício ! . Como é que eu, um pobre velho, quase cego, vou conseguir localizar o meu nome nesse volumoso livro ?. .
Que o Supremo Arquiteto do Universo o acolha e coloque-o junto aos poetas que lhe antecederam no plano espiritual. Até mais grande poeta !.
RETIFICANDO um trecho da minha primeira postagem:
De bate-pronto o Luiz respondeu que não sabia. A poetisa continuou o desafio:
– Ô Luiz, não se faça de besta não! – O que é que você tem no meio das pernas ?
(Obs: continua na íntegra do texto anterior).
Nosso Luis Campos foi completar a seleção de cantadores que partiu para glória, desfalcou nosso time aqui.
Saudades eternas…
Raimundo Nonato Sobrinho Nonato
Raimundo nonato sobrinho nonato diz:
14 de agosto de 2013 as 15:41
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ENCONTRO COM O POETA.
Eu conheci o poeta numa noite de maio – quando cheguei pro plantão – E trabalhar do anoitecer ao amanhecer – de cara logo notei que o cara era sangue bom – só fiquei enfezado porque não consegui entender – como um homem daquele naipe tinha ido ali parar – num hospital com poucos recursos – porque seu estado inspirava cuidados – logo percebi que o homem tinha um braço enfaixado – o Homem estava sozinho – A luz apagada e na mesa a sopa – que veio pro ele jantar – encontrei um homem solitário – e logo tentei te ajudar – fui logo me identificando – dizendo eu sou cinquentinha – De repente o homem parou até de respirar- como se tivesse raciocinando – E em poucos segundos o homem voltou a vida – Dizendo há é você – cinquentinha aquele que fala no rádio – E eu respondi meio sem graça que sim – O homem abriu um sorriso que me deixou anestesiado – De volta a realidade eu comecei a pensar – Um homem naquela idade doente e maltratado – com tantas dificuldades estava sereno e não reclamava – suportava os maus tratos – e pouco se ouvia um gemido suave. Nesse momento o homem já estava no leito – e só então eu percebi que o soro tinha saído – Percebi que era preciso o técnico entrar em ação – E disse para o homem – me espera que eu volta já – o sr. preciso ser medicado e sai – Me desloquei até a clínica e retornei em seguida – com um cartão de medicação – e um SORO na outra mão – e disse o sr. é Luis Campos de Oliveira – Ele respondeu que sim – E sou poeta de literatura de CORDEL – Aí muitas revelações veio a tona – uma prosa continuou em diversos – momentos do plantão – E foi assim por mais alguns dias – enquanto esteve internado num Hospital da cidade. Todo plantão era a mesma coisa – o homem já me aguardava – para uma prosa que nunca terminava – Mais terminou o homem recebeu alta – E dias depois eu soube que o homem – Não podia mais comigo prosar – Porque agora prosava com – O DIVINO espírito santo.
LUIS CAMPOS DESCANSE EM PAZ
Os versos de Luiz Campos
Tinha uma maestria
Um humor que encantava
Qualquer uma cantoria
Era um grande cordelista
Um poeta repentista
Que nos deu muita alegria.
Ele agora estar cantando
Ao lado do criador
Fazendo versos matuto
Com carinho e amor
E os anjos assistindo
Sorrindo e aplaudindo
O poeta do senhor.
Valeu Luiz você sempre vai estar presente em nossos corações. “O Galego do Jucuri”