A costura política que caminha para transformar um projeto pessoal, numa aposta partidária, na sucessão mossoroense, através do professor Josivan Bezerra, pode gerar várias consequências. É o fato novo da política paroquial.
Josivan desembarcou há poucos dias no PT, apresentando-se logo como pré-candidato a prefeito. Apesar dos naturais questionamentos internos e seu assembleísmo inato, o partido deve confirmar sua postulação. A situação atípica, nesse caso, não deriva tão somente da projeção particular do eventual candidato.
O professor Josivan, reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), é a oportunidade que o PT de Mossoró tem de se reoxigenar, passar uma borracha no passado recente e calibrar discurso. Chance de sair dos próprios escombros em que está soterrado há algum tempo, sem sequer possuir um vereador na cidade e ter apagada presença política.
A opção por candidatura própria, como nas eleições de 1982, 1988, 1992, 1996, 2000 e 2004, quando sempre teve presença eleitoral discreta, ou em alguns casos até apagada, dá ao PT os meios para recomeçar. Em 2008, o partido foi praticamente “arrendado” pelo PSB do grupo da deputada federal Sandra Rosado, para servir de arrimo à candidatura à prefeitura da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), graças a marca Lula, carregada pelo petismo.
Em relação a 2012, há interesse do PSB em insistir na composição. A chegada de Josivan, por exemplo, viria a calhar. Um nome a vice à medida do aspirado por essa banda do clã Rosado, para enfrentar o DEM da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”.
Entretanto é muito pouco provável, quase impossível mesmo, que o reitor da Ufersa deixe a confortável posição gestora-acadêmica, onde tem reeleição viável, para ser penduricalho. Esse papel que coube ao petista Tércio Pereira em 2008, vice de Larissa, não se encaixa no perfil de Josivan.
Existe também a própria vontade de fora para dentro, com peso da hierarquia partidária, para o PT voltar marchar em faixa própria, entre os gigantes dos Rosado, que são governo e oposição em Mossoró. O reitor não será apenas um candidato chancelado pelo diretório municipal. Tende a ser candidato do próprio Planalto.
Esvaziamento
Com uma costura que pode atrair alguns partidos da base aliada da presidente Dilma Roussef (PT), como PR e PCdoB, o petismo mossoroense visa abocanhar uma fatia considerável do eleitorado local. É aquela multidão que costuma ficar distante das forças tradicionais, manifestando sua insatisfação de várias formas: da abstenção ao voto em qualquer candidato não-Rosado.
Para se ter uma ideia da “bolha” de votos sem dono em Mossoró, em 2008 houve registro de 18.701 eleitores que se abstiveram de ir às urnas. Multidão capaz de decidir um pleito. Prova disso é que a maioria da vencedora, a prefeita reeleita Fafá Rosado, sobre Larissa Rosado, foi de 19.180 votos. Ou seja, apenas 479 votos a mais das abstenções.
E a candidata à nova tentativa de chegar à prefeitura, deputada Larissa, que trate de se mexer. O afastamento do PT do centro de gravidade do PSB, além de dificuldade de atrair siglas de alguma representatividade, pode dilapidar seu capital de intenções de voto.
Essa “erosão” tende a ocorrer até mesmo antes de atingirmos o período de convenções e campanha. As peças, em movimento, isolam-na gradativamente.
A visão preliminar, dessa lonjura ainda da campanha de 2012, é que o PT está no jogo, com uma engrenagem capaz de mexer com a sucessão mossoroense.
Tem chance de vencer? É possível, sem que pareça provável, por enquanto. Mas acima de tudo, há meios para marcar posição e oferecer finalmente um projeto alternativo a uma cidade que passa por veloz transformações sociológicas, como o fato de ser um polo acadêmico.
Bom ficarmos atentos. Vem mais novidade por aí.
Carlos, ontem no Teatro Riachuelo, no show do cantor brega Reginaldo Rossi, foi protagonizado uma cena para o potiguar se orgulhar de seus representantes no Congresso Nacional. O personagem principal dessa vez foi o senador democrata José Agripino.
No meio do show, Reginaldo Rossi falou: “eu só estou em Natal por causa do senador José Agripino. Ele é a voz no Congresso Nacional que o Brasil respeita”. O teatro quase foi abaixo de tanta palma. Um orgulho para todo potiguar!
Aff, Maria… Que orgulho eu sinto!
Augusto um orgulho pra Você, para todo potiguar ai já e babação ne?
Desculpe mais eu nao tenho orgulho, de um senador que nao trabalha em favor do Rio Grande do Norte.
Eu Não Tenho Orgulho de um Senador, que nas emendas coloca a verba para Estados vizinhos, e nao No nosso lindo e sofrível RN.
Acorda! menino. JaJa já era. ele nao trabalha pra quem votou nele o ( povo) trabalha pra sí & familia, e agregados.
Só acho que Larissa merece uma chance dos Mossoroenses, Ela sabe trabalhar, ela sabe falar, e enfrentar as dificuldades, sem precisar de se esconder ^^.
Só tem um problema! Ela é Rosado e chega desse povo, chega de alienação besta, eles já tiveram o tempo deles, tá na hora de mudar o sobre nome do prefeito de Mossoró.
Fiquei muito feliz ao ler essa matéria, muito semelhante ao comentário que fiz anteriormente sobre o Prof. Josivam ao pleito de 2012, com um detalhe a mais, você é genial na sua simplicidade e intelectualidade em escrever um texto tão claro. Se Josivam endurecer o pescoço pra sair na cabeça, outros partidos estaram juntos, algumas siglas estão só aguardando os momentos que se seguem. O Prof. Josivam vai levantar a massa pensante e os formadores de opinião que querem o bem de Mossoró…pode ter certeza, Josivam não terá outra chance tão boa e positiva no futuro para ser candidato a prefeito de Mossoró como ele está tendo agora, na minha humilde opinião é a vez dele, por mérito. O PT tem que decidir logo, se ficar cozinhando o galo demais, o bicho vai ficar sem sabor…partir na frente é uma vantagem que deve ser administrado até o final, todos sabem o poder do motor da Ferrari rosa_da (dinheiro muito, combustível envenenado), só que na reta final o carrão dos ricos pode ser surpreendido….acelera Prof. Josivam! aproveite a indecisão dos adversários e pé na carreira!!!!
Cheguei em Mossoró em 2009, sou de Aracaju, mas por gostar de política comecei a acompanhar a forma como se dar a política nessa cidade. Interpretei da seguinte forma após conversas, leituras e pesquisas: Mossoró é uma cidade que cresceu muito após a década de 90, mas nos últimos 10 anos esse crescimento tem ficado estagnado, não porque a cidade não tenha a capacidade de se manter no mesmo ritmo de crescimento, mas porque o rol de gestores públicos que se dispuseram para cuidar da cidade não teve a renovação necessária. Já estamos há 16 anos com a mesma estrutura gerencial, que apesar do que acontece hoje, nos seus primeiros anos realmente foram produtivos, mas todos que moramos nessa cidade sabemos da necessidade urgente de melhoria no nível dos serviços púbico.
A questão não é “rosado”, pois essa família já contribuiu muito para a cidade e região, mas agora é hora de dar espaço para outros gestores mostrarem seu trabalho. Se tivéssemos gestores sem capacidade se dispondo, eu continuaria com o que estava, mesmo estando ruim, mas sabemos da capacidade do Reitor Josivan Barbosa e sabemos que se “entregarmos” Mossoró ao Professor, em quatro anos receberemos uma cidade totalmente diferente, pois assim foi com a UFERSA em somente seis anos e assim será com a nossa amada Mossoró, chamo de nossa pois me apaixonei por essa cidade. Eu já decidi meu voto em 2012, é do Professor Josivan e ficarei na torcida pra que tenhamos um Gestor diferenciado em nossa cidade.
Coitado do RN,ter como referência José Agripino. Onde esse estado quer chegar? Potiguares voçês estão esagnados político/econômico e social.
Concordo em gênero número e grau com o lúcido e bem informado Web-leitor B. Nunes,.
Só quem está de má fé ou não conhece a história pólitica de JOSÉ PEPINO CULATRA MAIA, seus eNxovaLzinhos, suas feIrInhas E SUES RABOS DE PALHAS COMO ESTRATÉGIA DE CONSEGUIR VOTOS, ALÉM de suas conhecidas, autoriárias, elitistas e enlameadas adminstrações é que pode emitir opinão tão alienada e contraproducente.
Aos que, de fato, não conhecem a história política de JOSÉ PEPINO CULATRA MAIA DO DEMO… procurem investigar minimamente (BASTA IR AO GOOGLE), e, depois emitam sua opinião.
Um abraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
Realmente, só sendo muito alienado… Ou comissionado.
Boa matéria Carlos!
É preciso unir as forças oposicionistas para possamos derrotar este império!
Josivan,nome limpo, gestor público e com pensamentos modernos sobre administração. Rosado já deu a sua parcela de contribuição à cidade de Mossoró; agora é hora de mudarmos mesmo! A chance é sua PT!
Josivan Menezes soma bem com os grandes nomes que o PT tem em Mossoró e sua gestão exitosa a frente da UFERSA pode dá ótimo exemplo do que seria o Partido dos Trabalhadores com Josivan a frente governando Mossoró. É a grande novidade da política potiguar.