Do G1BA
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (26), a operação Cianose, que investiga a contratação da empresa Hempcare pelo Consórcio Nordeste, para fornecimento de ventiladores pulmonares durante o pico inicial da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Salvador, no Distrito Federal, e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). As buscas contaram com apoio da Controladoria Geral da União (CGU).
Em Salvador, a operação foi cumprida em um prédio de luxo no Corredor da Vitória e em outros prontos. Um dos alvos dos mandados foi Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil do governador Rui Costa (PT) . O governador é um dos investigados, mas não foi alvo de mandados na ação desta terça.
O governador criticou a operação. “Eu confesso que até entenderia e bateria palma se hoje os responsáveis tivessem sido presos. Mas eu não consigo entender uma busca e apreensão dois anos depois. Alguém acha que esse povo tá com alguma coisa a mais?”, disse.
Por meio de nota, o ex-secretário Bruno Dauster considerou a ação “extemporânea e desnecessária”. Dauster diz que já prestou, de forma espontânea, dois depoimentos, um para a Polícia Civil e outro para a Polícia Federal.
Entenda o caso
O Consórcio Nordeste, formado pelos nove estados da região, foi criado em 2019 como ferramenta política e de gestão. Durante parte da pandemia, foi responsável por compras conjuntas de alguns equipamentos de combate à Covid-19 para os estados-membros.
Investiu cumulativamente R$ 48,7 milhões na aquisição de 300 respiradores mecânicos que nunca foram entregues nem dinheiro devolvido.
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