A ideia de um chapão na política no RN não é de hoje, não é inovadora e não chega a ser surpreendente na luta por 24 vagas na Assembleia Legislativa. Na verdade, é até óbvia diante da dificuldade de sobrevivência política da maioria dos deputados. Antecipamos numa postagem ano passado, dia 4 de outubro, que essa seria uma esperança para muitos parlamentares (veja AQUI).
Em 2018, sob a liderança do deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), que também presidia a Assembleia Legislativa do RN, como atualmente, uma coligação foi formada com chapão integrado por 14 dos 24 deputados estaduais da época. Espalhados por seu partido, o PSD, PR (hoje, PL), Pros e PSB.
A coligação tinha 31 candidatos à Assembleia Legislativa e conseguiu reeleger 9 dos 14 deputados que acomodou, sendo cinco do PSDB (Ezequiel, Gustavo Carvalho, Tomba Farias, Raimundo Fernandes e José Dias).
George Soares do PR (hoje PL), Galeno Torquato e Vivaldo Costa pelo PSD, além de Albert Dickson na legenda do Pros, completaram a lista dos que se salvaram da “degola”.
Já Larissa Rosado (PSDB), Márcia Maia (PSDB), Gustavo Fernandes (PSDB), Ricardo Motta (PSB) e Jacó Jácome (PSD) não se reelegeram. Esse último, por exemplo, somou 26.864 votos e sobrou.
Nenhum novato, ou “esteira”, se deu bem com esses ‘mestres’ da política legislativa potiguar e o chapão da época.
A coligação somou 615.970 votos (36,52%).
Mais votos com menos nomes
Agora em 2022, sem o artifício legal das coligações que foi abolido da legislação, o jeito foi arrumar o chapão com 12 deputados socados no PSDB (veja AQUI quem são eles). Praticamente impossível a reeleição de todos. Precisarão de bem mais votos, com menos nomes.
Se repetir o feito de 2018 (nove reeleitos) será até uma surpresa.
Com bem menos nomes para fazer esteira (chapa proporcional pode ter no máximo 25 candidatos), é difícil que se repita o relativo êxito de 2018 este ano.
A formação de nominatas fortes em certos partidos e a montagem de federações como a definida com PT-PCdoB-PV comprometem as contas dos “tucanos” velhos e os que chegaram agora.
E se alguém resolver desistir, pior ainda para quem fica. A luta é para quem tem muitos votos e nervos fortes.
Leia também: O chapão do PSDB e o salve-se quem puder.
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