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segunda-feira - 05/12/2011 - 19:02h
Operação Sinal Fechado

João Faustino nega envolvimento com quadrilha

O suplente do senador José Agripino (DEM), João Faustino, nega envolvimento com a quadrilha do Detran, desmascarada em operação comandada pelo Ministério Público do Estado, há poucos dias.

Após alguns dias sob  prisão provisória, ela emite carta à sociedade potiguar, prestando esclarecimentos. Leia abaixo:

Em Nome da Verdade

Respaldado por uma decisão do egrégio Superior Tribunal de Justiça, declarando ilegal o ato que restringiu a minha liberdade, em que pese todo meu respeito ao Poder Judiciário local.Estou próximo a completar 70 anos de idade. Durante esse período de vida longa enfrentei muitas adversidades, me deparei com muitas injustiças.

Portanto, tenho a exata dimensão de quem exerce o papel de juiz ou algoz; ou ainda, de quem usa o poder para perseguir e destruir as pessoas.

Durante 52 anos de vida pública exerci várias funções, todas do conhecimento dos norte riograndenses: fui ordenador de despesa de grandes e importantes orçamentos públicos. Desafio, a quem quer que seja, apontar qualquer ilícito que por acaso tenha cometido durante essa longa e respeitada trajetória.

Ninguém tem o direito de manchar uma vida limpa. Nunca me locupletei de qualquer bem público; nunca desviei nada, absolutamente nada, vinculado ao patrimônio coletivo. Peço, com toda ênfase que minha alma possa expor, que me digam o que subtrai do patrimônio do povo. Faço esse apelo fortalecido pela justiça e pela consciência limpa e irretocável que me acompanham durante toda a vida.

Tenho a convicção que a instrução processual demonstrará minha absoluta inocência e nela haverão de encontrar a trajetória de um homem que vive para servir, para ser solidário; de um homem que não mente, não tergiversa diante da verdade; de um homem que tem a coragem como valor essencial para defender, a qualquer custo, a honra e a justiça.

Nada me vincula a nenhuma empresa, muito menos àquelas, muito menos àquelas apontadas nesse episódio. Delas nunca recebi, a qualquer título, nem dinheiro nem promessas de recompensas. Não seria no final da minha vida pública, com todos os filhos criados, com total independência financeira minha e de minha esposa, fruto do trabalho incessante, competente e honesto, ao longo de mais de cinco décadas, que iria macular a nossa história.

Sinto-me pré-julgado, condenado, exposto à excreção pública, sem ter o direito ao contraditório, acusado sem conhecer as provas acusatórias. Todavia, conforta-me a decisão do egrégio Superior Tribunal de Justiça, considerando, de forma liminar, a prisão que me foi imposta injustamente, ilegal e arbitrária.Afirmo aos meus conterrâneos ainda com a alma sangrando por dever de justiça e de consciência, com absoluta honestidade, que nunca cometi qualquer ilícito e nunca estive à margem da lei. Não conseguirão manchar a minha honra, isto porque a minha foi construída com muita fé em Deus, com muito trabalho e dignidade, com absoluto respeito à lei.

Aos poderes constituídos, dois dos quais integrei durante décadas, contribuindo de forma eficiente e irreparável, uma palavra: não deixem macular as nobres tarefas que lhes são atribuídas, com atitudes que comprometam o Estado Democrático de Direito, conquistado pelos brasileiros com muitas lutas, das quais orgulhosamente participei.

Por último, agradeço comovido às inúmeras manifestações de solidariedade, dizendo aos que me perseguem e tentam manchar a minha biografia, que jamais atingirão a minha alma, porque ela sempre esteve a serviço da construção do bem.

João Faustino Ferreira Neto

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Geraldo Fagundes diz:

    Nem parece que este “pobre e honesto” homem estava internado em um hospital particular com problemas sérios no coração. Aguardou tão somente ganhar a liberdade para a presão arterial voltar a estacionar na escala 12 por 8 e curtir a vida como antes. Qualquer ladrão, mesmo sendo pego em flagrante e cercado de testemunhas, se diz santo e inocente. Apenas um, em um milhão, se diz culpado. Se é ou foi político, NENHUM.

  2. William pereira da silva diz:

    Então o culpado é o Ministério Público. Entendi.

  3. Monaliza Trigueiro diz:

    kkkkkkkkkkkkk… Ow, mo deuso, tadinho, tão inocente e injustiçado. Alguém me passe o óleo de peroba, por favor.

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